Confira nossa análise detalhada no Terra da Máfia review do episódio 6, “Antwerp Blues”. Descubra se a série conseguiu superar seus problemas narrativos, os pontos positivos como a atuação de Anson Boon e Paddy Considine, e os desafios que ainda enfrenta na metade da temporada, incluindo pontas soltas e a caracterização das personagens femininas.
E aí, galera do Cinepoca! Chegamos na metade da primeira temporada de ‘Terra da Máfia’ e, claro, não podíamos deixar de trazer o nosso Terra da Máfia review do sexto episódio. Depois de altos e baixos, a gente se perguntou: será que a série finalmente encontrou o caminho ou ainda está meio perdida na própria história? Vem com a gente desvendar os mistérios (e as confusões) que rolaram em “Antwerp Blues”.
Confesso que o episódio 6 de ‘Terra da Máfia’ trouxe um leve respiro depois de alguns tropeços. A gente esperava que, chegando na metade da temporada, as coisas começassem a se encaixar de vez, né? Mas a série ainda insiste em nos deixar coçando a cabeça com algumas escolhas narrativas que parecem vir de um sorteio aleatório.
É como se os roteiristas tivessem várias ideias boas jogadas em um chapéu e fossem pegando uma por uma, sem muita preocupação com a ordem ou a conexão entre elas. Isso faz com que, mesmo com alguns momentos interessantes, a gente termine o episódio com mais perguntas do que respostas sobre para onde a história está realmente indo.
O sexto episódio, chamado “Antwerp Blues”, conseguiu ser um pouco mais envolvente que o anterior, o quinto. No entanto, a série continua com uma certa relutância em ir direto ao ponto principal. Tem uma história forte escondida ali, sim, mas ela tá soterrada debaixo de tantos fios de roteiro que foram simplesmente abandonados pelo caminho que fica difícil enxergar o quadro completo.
Pontas Soltas e Histórias que Não se Conectam
Sério, o que rolou com aquele rato que apareceu lá atrás? E o corpo do Archie, qual foi o desfecho daquilo? A amiga infiltrada da Jan (‘Joanne Froggatt’) sumiu do mapa? Quem era o cara francês andando com a Bella (‘Lara Pulver’)? E a história do guarda sádico da prisão onde o Kevin (‘Paddy Considine’) está? Parece que a série abre um monte de portas, mas esquece de fechar a maioria delas.
Essa mania de pular de uma trama para outra sem focar em nenhuma direito é um dos maiores problemas de ‘Terra da Máfia’. A série parece ter um pouco de dificuldade em decidir qual história quer contar e acaba contando várias ao mesmo tempo, mas de um jeito picotado que mais confunde do que ajuda.
É frustrante ver personagens agindo sem um plano claro para o futuro, como se as decisões fossem tomadas no calor do momento, sem pensar nas consequências a longo prazo para a narrativa. Isso tira um pouco a credibilidade e a profundidade que a história de máfia poderia ter.
A Trama Central e o Vai e Volta Constante
No episódio 6, a gente vê o Conrad (‘Pierce Brosnan’) assumindo a responsabilidade pela morte da Vron Stevenson (‘Annie Cooper’). Mas a cara que a Maeve (‘Helen Mirren’) faz na hora entrega que ele provavelmente tá só acobertando ela. Por que ele continua defendendo a esposa depois de tudo? A série não explica, e, como o Harry (‘Tom Hardy’) meio que diz, “não importa”. A Vron morreu, não tem volta, e agora é guerra.
Olha, a gente podia ter chegado nesse ponto de “guerra” lá no episódio 2, com a morte do Tommy Stevenson (‘Felix Edwards’), né? Mas, ok, pelo menos agora temos uma direção mais clara… ou não? Justo quando as coisas pareciam esquentar, com o Brosnan finalmente mostrando a que veio numa cena com o Considine (que, diga-se de passagem, continua sendo o ponto alto de ‘Terra da Máfia’), a série muda de foco de novo.
De repente, o centro das atenções vira a Seraphina (‘Mandeep Dhillon’) e o Brendan (‘Daniel Betts’) e a compra de diamantes deles. Essa alternância frenética de núcleos narrativos simplesmente não funciona quando as histórias não têm uma ligação forte entre si. Ver a Bella e a Jan conversando sobre como é difícil ser esposa de mafioso enquanto o Kevin e o Harry discutem se o império do Conrad tá caindo não adiciona nada porque as cenas não se conectam nem tematicamente, nem estruturalmente.
Cortar essas cenas em pedacinhos e intercalar não esconde o fato de que nada de realmente novo acontece nelas. A gente não aprende mais sobre a relação meio estranha da Bella e da Jan, e também não descobrimos nada sobre os Harrigan que já não soubéssemos. Eles eram poderosos, agora talvez não sejam tanto, e é isso.
Anson Boon: Um Raio de Sol na Confusão
Apesar dos problemas, alguns elementos se destacam. O Anson Boon, que interpreta o Eddie, é um desses pontos positivos. Não dá pra saber se o personagem dele tá curtindo a atenção da Maeve ou se arrependido de ter se envolvido nesse caos, porque as motivações dele mudam conforme a série precisa. Mas, cara, é muito bom ver ele em cena. Ele tem uma energia diferente, meio esquisita, que prende a atenção.
No episódio 6, essa pulação de histórias diminui um pouco enquanto a gente segue a Seraphina e o Brendan. Eles parecem personagens secundários que, por acidente, foram parar no elenco principal. O Conrad manda o Harry buscar os filhos antes que o Richie descubra que eles não estão escondidos. Mas a Maeve, esperta, liga para o Richie e entrega a localização deles.
Ela planeja deixar o Richie matar a Seraphina como pagamento pelas perdas dele, mas faz o Richie prometer, de dedinho, que não vai encostar no Brendan. É uma jogada, saca? Se você não sacar, ela explica para o Eddie. A Maeve diz para o neto que o Richie não vai cruzar o caminho dela porque ele sabe do que ela é capaz. E sim, ele sabe, Maeve: você explodiu a esposa dele. Não sei do que mais ele precisaria ter medo.
Essa trama com a Maeve, o Richie, Seraphina e Brendan é um dos focos principais do episódio e tenta trazer um pouco mais de ação e tensão para o ‘Terra da Máfia review’ que estamos fazendo. A tentativa de criar um jogo de manipulação e vingança é clara, mas a forma como é executada, com a própria Maeve explicando seus planos, tira um pouco o impacto e a sutileza.
O Harry, por sua vez, teve pouquíssimo a fazer no episódio “Antwerp Blues”. Ele passa boa parte do tempo com o rosto coberto por um capacete de moto, correndo para buscar os irmãos. Chega a dar a impressão de que o Tom Hardy nem estava no set de gravação em algumas cenas.
As Mulheres de ‘Terra da Máfia’: Todas Iguais?
Uma crítica que a gente precisa fazer é sobre como as personagens femininas são escritas. Enquanto o Kevin, o Harry e o Conrad parecem ter personalidades distintas, a Bella, a Jan e a Seraphina são quase intercambiáveis. É meio cansativo ver isso, especialmente considerando que a Joanne Froggatt é uma atriz super talentosa, vencedora do Globo de Ouro e indicada ao Emmy. Ela tem potencial para muito mais do que a série tem mostrado.
A Seraphina, por exemplo, é descrita como “inabalável”, o que, convenhamos, serve para caracterizar quase todas as mulheres em ‘Terra da Máfia’. A gente mal conhece a Seraphina neste ponto da história. Quais são os medos dela? Os desejos? O que a motiva além de ser parte do plano da Maeve? A série não se aprofunda nelas, e isso é uma pena, pois um drama de máfia forte precisa de personagens femininas complexas e bem desenvolvidas.
Essa falta de distinção entre as personagens femininas empobrece a narrativa e faz com que a gente não se importe tanto com o que acontece com elas. É um ponto que a série precisa urgentemente melhorar se quiser prender a atenção do público e entregar um ‘Terra da Máfia review’ mais positivo nos próximos episódios.
O episódio termina com um gancho, uma cena de tiroteio (que o Harry, claro, perdeu) e uma arma apontada para a Seraphina. É um cliffhanger clássico, mas que só funciona se a gente se importar com a personagem em perigo. E, como dissemos, a Seraphina ainda é um mistério para nós.
Conclusão: ‘Terra da Máfia’ Tem Potencial, Mas o Tempo Está Acabando
No fim das contas, o episódio 6 de ‘Terra da Máfia’ mostrou pequenos sinais de melhora, especialmente ao focar um pouco mais em uma trama central com a Seraphina e o Brendan e ao destacar atuações como a do Anson Boon. No entanto, a série ainda luta contra seus próprios demônios: uma narrativa picotada, pontas soltas que se acumulam e personagens femininas que precisam de mais profundidade.
Existe uma história promissora dentro de ‘Terra da Máfia’, uma trama sobre poder, família e crime que está ali, querendo sair. Mas, com apenas quatro episódios restantes na primeira temporada, o relógio está correndo para os Harrigan e para a série encontrar seu ritmo e entregar o potencial que a gente sabe que ela tem. Continuaremos acompanhando para o próximo ‘Terra da Máfia review’!
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Perguntas Frequentes sobre ‘Terra da Máfia’ Episódio 6
O episódio 6 de ‘Terra da Máfia’ melhora em relação aos anteriores?
Sim, o episódio “Antwerp Blues” (episódio 6) mostrou um leve respiro e foi um pouco mais envolvente que o quinto, focando mais em uma trama central. No entanto, a série ainda mantém alguns problemas narrativos.
Quais os principais problemas da série ‘Terra da Máfia’ apontados no review?
O review destaca a narrativa picotada, o acúmulo de pontas soltas abandonadas, a dificuldade da série em focar em uma história principal e a falta de profundidade na caracterização das personagens femininas como os maiores problemas.
Existem pontos positivos no episódio 6 de ‘Terra da Máfia’?
Sim, o episódio “Antwerp Blues” destaca a atuação de Anson Boon (Eddie) como um ponto positivo, além de mais uma boa performance de Paddy Considine (Kevin). A tentativa de focar na trama de Seraphina e Brendan também é mencionada como um avanço.
As personagens femininas são bem desenvolvidas em ‘Terra da Máfia’?
De acordo com o review, as personagens femininas como Bella, Jan e Seraphina são pouco diferenciadas e carecem de profundidade. Apesar de atrizes talentosas, a série não se aprofunda em suas motivações e medos, tornando-as quase intercambiáveis.
A série ‘Terra da Máfia’ tem potencial?
Sim, o review acredita que existe uma história promissora sobre poder, família e crime dentro de ‘Terra da Máfia’. Contudo, com poucos episódios restantes na temporada, a série precisa urgentemente encontrar seu ritmo e desenvolver esse potencial.