Descubra a surpreendente série de TV que Quentin Tarantino, mestre do diálogo cinematográfico, considera ter os melhores roteiros do mercado. O aclamado diretor revela sua devoção por ‘The Newsroom’, de Aaron Sorkin, e explica por que o estilo ágil e inteligente do criador o cativou, oferecendo uma nova perspectiva sobre a arte da palavra falada no cinema.
Se você já se pegou vidrado nas conversas afiadas e cheias de referências pop nos filmes de Quentin Tarantino, sabe bem que o Tarantino diálogo é uma marca registrada que poucos cineastas conseguem replicar. Ele é o mestre em transformar uma simples troca de palavras em um espetáculo à parte, quase tão emocionante quanto as cenas de ação. Mas e se eu te dissesse que o próprio Tarantino, o cara que nos deu discussões icônicas sobre hambúrgueres e músicas da Madonna, aponta outro nome como o “melhor roteirista de diálogo do mercado”? Prepare-se para uma surpresa que vai te fazer querer maratonar uma série que talvez você nem imaginasse que ele curtiria tanto!
Quentin Tarantino: O Mestre do Diálogo que Conhecemos (e Amamos!)
Desde que ‘Cães de Aluguel’ explodiu nas telonas, lá no início de sua carreira, Quentin Tarantino se estabeleceu como um verdadeiro gênio da palavra falada no cinema. Não é à toa que suas obras são sinônimo de roteiros afiados, cheios de personalidade e com um ritmo único. Quem mais conseguiria fazer a gente rir e pensar profundamente sobre o significado oculto de “Like a Virgin” ou sobre as diferenças culturais de um Big Mac na Europa, como em ‘Pulp Fiction: Tempo de Violência’?
O que torna o Tarantino diálogo tão especial é a forma como ele mistura o trivial com o profundo. Suas conversas são tão envolventes que, às vezes, a gente esquece que estamos no meio de um thriller de assalto ou de uma perseguição explosiva. Ele nos entrega debates sobre cultura pop que são tão cativantes quanto qualquer sequência de ação, definindo personagens e construindo uma tensão palpável mesmo nas interações mais mundanas. É como se cada personagem tivesse sua própria voz, suas próprias manias e um jeito de falar que é inconfundível. Essa habilidade de criar trocas de palavras que ressoam e se tornam icônicas é o que o diferencia. Ele até foi chamado para dar um “tapa” no roteiro de outros filmes, como ‘Maré Vermelha’ e ‘Sombras na Noite’, mostrando que seu toque mágico com as palavras era requisitado em Hollywood.
Muitos diriam que Tarantino é, sem dúvida, o maior escritor de diálogos da atualidade. Seus filmes são um prato cheio para quem ama boas conversas, aquelas que ficam na cabeça muito depois dos créditos rolarem. O estilo inconfundível do Tarantino diálogo não só avança a trama, mas também serve como um espelho da cultura pop e da própria humanidade, com suas idiossincrasias e obsessões. Mas, como veremos, ele mesmo tem uma opinião diferente sobre quem detém esse título de “rei do diálogo”.
A Surpreendente Obsessão de Tarantino por ‘The Newsroom’
Pode parecer estranho, mas o diretor de filmes intensos e cheios de sangue como ‘Os Oito Odiados’ é um grande fã de uma série de TV que se passa nos bastidores de um telejornal. Em uma entrevista lá em 2015, quando questionado sobre ‘True Detective’, que estava fazendo o maior sucesso na época com seu tom sombrio e atmosférico, Tarantino foi bem direto: ele achou a série “realmente chata” e não conseguiu passar de um episódio. Para um cineasta que adora mergulhar em narrativas densas, essa aversão a um drama aclamado como ‘True Detective’ é, no mínimo, curiosa, talvez porque faltasse o tipo de embate verbal que ele tanto aprecia.
Mas a conversa mudou de figura quando ele mencionou sua verdadeira paixão da HBO: ‘The Newsroom’, a série criada por Aaron Sorkin. Estrelada por Jeff Daniels como o âncora Will McAvoy, a trama nos leva para dentro da redação de um noticiário, mostrando os dramas, as discussões éticas e o ritmo frenético do jornalismo televisivo. E a obsessão de Tarantino por ela era real, gente!
Ele não apenas gostava da série, ele a assistia religiosamente. Imaginem só: quando um novo episódio de ‘The Newsroom’ ia ao ar, Tarantino assistia na hora, às sete da noite. Assim que terminava, ele dava o play de novo e assistia tudo de novo! E não parava por aí: durante a semana, enquanto esperava o próximo, ele frequentemente assistia uma terceira vez. Qual o motivo de tanta dedicação? Simplesmente “para poder ouvir o diálogo mais uma vez”. Isso não é paixão pela escrita, é devoção pura à arte da palavra falada!
Essa rotina de assistir repetidamente só para absorver cada palavra e cada frase demonstra o quanto o Tarantino diálogo, que ele tanto domina e pelo qual é reconhecido, o fez reconhecer e reverenciar a maestria de outro artista na arte da conversa cinematográfica. É um testemunho do poder que um roteiro bem escrito tem sobre até mesmo os maiores criadores.
Aaron Sorkin: O Gênio por Trás das Palavras (Segundo Tarantino)
Quando Tarantino revelou seu amor incondicional por ‘The Newsroom’, o entrevistador logo apontou que a série teve uma recepção mista da crítica. A primeira temporada, por exemplo, marcou um “podre” 48% no Rotten Tomatoes, ou seja, quase metade das críticas não foram positivas. O entrevistador chegou a mencionar que o próprio Sorkin havia se desculpado publicamente por algumas partes da série, talvez por conta dessa recepção.
Mas Quentin Tarantino, como sempre, não se importou nem um pouco com o que os críticos diziam. Sua resposta foi bem direta e com a sua marca registrada de sinceridade brutal: “Quem diabos lê resenhas de TV? Pelo amor de Deus!” Para ele, o que importava era a qualidade do que estava na tela, e não a opinião alheia. Quando perguntado por que seria surpreendente ele gostar tanto de ‘The Newsroom’, a resposta foi a cereja do bolo: “Por que seria surpreendente que eu goste do melhor roteirista de diálogo do mercado?”
O que faz o diálogo de Aaron Sorkin ser tão especial, e o que certamente encantou Tarantino, é sua característica de ser rápido, inteligente e muitas vezes sobreposto. Sorkin é famoso por suas sequências de “walk and talk”, onde personagens discutem temas complexos enquanto caminham por corredores, com falas que se encaixam perfeitamente, quase como uma sinfonia verbal. Em ‘The Newsroom’, essa agilidade reflete o caos e a urgência de uma redação de notícias. As conversas são densas, cheias de fatos, opiniões e argumentos, exigindo total atenção do espectador. É um estilo que valoriza a inteligência e o ritmo, algo que o próprio Tarantino diálogo também preza, embora de uma forma diferente.
As críticas positivas da série concordavam com Tarantino em um ponto crucial: o diálogo era brilhantemente escrito e as atuações do elenco talentoso eram impecáveis. No entanto, as críticas negativas apontavam que as discussões políticas da série muitas vezes pareciam um sermão, como se Sorkin estivesse criando argumentos intermináveis apenas para se vangloriar. Mas para Tarantino, esses “defeitos” não existiam. Para ele, a maestria na construção das frases e a cadência das conversas eram o que realmente importava.
Apesar da primeira temporada ter dividido opiniões, as temporadas seguintes de ‘The Newsroom’ tiveram uma recepção bem mais positiva. Sorkin ajustou a rota, focou mais na narrativa e resolveu muitos dos problemas apontados pelos críticos. Mas, para Quentin Tarantino, a primeira temporada já era perfeita. Ele não tinha nada além de elogios para a série e para o trabalho de Aaron Sorkin. Essa admiração de um mestre do Tarantino diálogo por outro é um testemunho poderoso da arte da escrita de Sorkin e da capacidade de um artista de reconhecer a excelência, independentemente do consenso geral.
O Que o Diálogo Diz Sobre Nós (e Sobre o Cinema)?
A paixão de Tarantino por ‘The Newsroom’ nos faz refletir sobre o verdadeiro poder do diálogo no cinema e na televisão. Não é apenas sobre o que os personagens dizem, mas como dizem, o ritmo, as pausas, as entrelinhas. Um bom diálogo é capaz de construir mundos, revelar a alma de um personagem e até mesmo impulsionar a trama de uma forma que nenhuma cena de ação conseguiria. O Tarantino diálogo, por exemplo, é tão característico que se tornou um subgênero em si, com suas referências pop, sua violência estilizada e seu humor ácido, tudo embalado em conversas inesquecíveis.
Da mesma forma, o estilo de Sorkin, com sua cadência quase musical e sua inteligência afiada, transforma discussões sobre política e jornalismo em puro entretenimento. Ele nos lembra que a força de uma história não está apenas nos eventos, mas na forma como os personagens interagem e expressam suas ideias. Essa é a magia que atraiu Tarantino: a habilidade de Sorkin de transformar a palavra em espetáculo, algo que o próprio Tarantino domina com maestria em seus filmes. A complexidade e a profundidade de um bom Tarantino diálogo sempre foram o centro de sua arte, e ele reconheceu essa mesma paixão em Sorkin.
Essa revelação de Tarantino sobre Sorkin é um lembrete valioso para todos os fãs de cinema: a arte é subjetiva, e o que um mestre admira pode não ser o que a maioria espera. Mas quando um artista do calibre de Tarantino aponta outro como o “melhor no ramo”, vale a pena prestar atenção. Isso nos encoraja a olhar além das críticas e a formar nossas próprias opiniões, valorizando a originalidade e a qualidade artística onde quer que ela se manifeste.
A Lição de um Mestre para Fãs do Cinema
A história da paixão de Quentin Tarantino por ‘The Newsroom’ e sua admiração por Aaron Sorkin nos dá uma perspectiva fascinante sobre a mente de um dos maiores cineastas da nossa era. Ela nos lembra que, mesmo os maiores artistas, têm seus próprios ídolos e suas próprias paixões inesperadas. Mais do que isso, ela reforça a ideia de que o diálogo, quando bem feito, tem um poder imenso de prender a nossa atenção, de nos fazer refletir e até de nos fazer assistir a mesma cena três vezes seguidas! O legado do Tarantino diálogo é inegável, mas sua humildade em reconhecer um colega é ainda mais inspiradora.
Seja você um fã incondicional do Tarantino diálogo, um amante de debates inteligentes ou apenas alguém procurando uma série com roteiro afiado, talvez seja a hora de dar uma chance a ‘The Newsroom’. Afinal, se o próprio Quentin Tarantino aprovou, quem somos nós para discordar? Que tal maratonar e ver se você também se apaixona pelas conversas dessa redação?
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Perguntas Frequentes sobre a Opinião de Tarantino sobre Diálogo
Quem Quentin Tarantino considera o melhor roteirista de diálogo da atualidade?
Quentin Tarantino, apesar de ser um mestre do diálogo, considera Aaron Sorkin o “melhor roteirista de diálogo do mercado”, citando sua admiração pela série ‘The Newsroom’.
Qual série de TV Quentin Tarantino assistia obsessivamente e por quê?
Tarantino assistia ‘The Newsroom’, criada por Aaron Sorkin, de forma obsessiva, chegando a ver o mesmo episódio três vezes. Ele fazia isso para “poder ouvir o diálogo mais uma vez”, demonstrando sua devoção à escrita de Sorkin.
O que faz o diálogo de Aaron Sorkin ser tão especial, segundo Tarantino?
O diálogo de Sorkin é caracterizado por ser rápido, inteligente e muitas vezes sobreposto, com as famosas sequências de “walk and talk”. Essa agilidade e densidade verbal, que exigem atenção, foram o que cativou Tarantino.
Como o estilo de diálogo de Tarantino se relaciona com o de Sorkin?
Ambos os diretores prezam a inteligência, o ritmo e a capacidade do diálogo de construir personagens e avançar a trama. Embora com abordagens diferentes (Tarantino com referências pop e humor ácido; Sorkin com discussões densas e rápidas), Tarantino reconhece a maestria de Sorkin na arte da palavra falada.
Qual a opinião de Tarantino sobre as críticas negativas a ‘The Newsroom’?
Quentin Tarantino desconsiderou as críticas negativas à série, afirmando: “Quem diabos lê resenhas de TV? Pelo amor de Deus!”. Para ele, a qualidade do diálogo de Sorkin era o que realmente importava, independentemente da recepção da crítica.