‘Stranger Things 5’: O sacrifício final e quem deve (ou não) sobreviver

Analisamos as chances de sobrevivência de Eleven, Steve e Max no ‘Stranger Things 5’ final. Descubra por que o encerramento da saga na Netflix promete ser um teste de coragem para os irmãos Duffer e o que as pistas dos bastidores revelam sobre o destino de Hawkins.

Quase uma década após o desaparecimento de Will Byers mudar o curso da cultura pop, Hawkins se prepara para o adeus definitivo. O ‘Stranger Things 5’ final não carrega apenas a responsabilidade de encerrar arcos narrativos; ele carrega o peso de ser o último grande pilar da ‘era de ouro’ da Netflix. Os irmãos Duffer enfrentam agora o maior desafio de suas carreiras: entregar um desfecho que evite o cinismo de ‘Game of Thrones’ sem cair no sentimentalismo vazio.

O que vimos nos primeiros teasers e fotos de bastidores sugere um retorno às raízes. A estética parece abandonar o colorido neon da terceira temporada para resgatar a paleta fria e granulada do primeiro ano. Mas a tensão real não está no visual, e sim no frame de Dustin (Gaten Matarazzo) que circulou recentemente: um olhar de luto que sugere que o preço da vitória contra Vecna será pago com sangue do grupo original.

O destino de Eleven: Heroína ou Mártir?

O destino de Eleven: Heroína ou Mártir?

A trajetória de Eleven (Millie Bobby Brown) sempre foi sobre a busca por agência — o direito de ser uma pessoa, não uma arma. No entanto, a simetria narrativa aponta para um sacrifício final. Se Vecna é a personificação do trauma de Hawkins, Eleven é a única capaz de selar a fenda permanentemente, possivelmente de dentro para fora.

Diferente das teorias infundadas sobre o retorno de Kali para um ‘pacto de irmãs’, o verdadeiro conflito reside na humanidade de El. Os Duffer já indicaram que a temporada final focará no grupo de Hawkins, deixando de lado subtramas geográficas. Isso coloca Eleven em uma posição vulnerável: ela não está mais lutando para salvar o mundo, mas para garantir que seus amigos tenham o futuro que ela, como experimento de laboratório, nunca pôde planejar plenamente.

Max Mayfield e o peso do conhecimento proibido

A situação de Max (Sadie Sink) é o elemento mais cruel do tabuleiro. Após os eventos brutais do Volume 2 da quarta temporada, ela se tornou uma ‘caixa preta’ de informações sobre Vecna. A análise técnica da cinematografia nos momentos em que Max está no ‘limbo’ sugere uma conexão psíquica que não foi totalmente cortada.

O perigo aqui é transformar Max em um mero dispositivo de roteiro. Para que sua sobrevivência seja significativa, ela precisa recuperar a autonomia que Vecna tentou roubar. Se os Duffer optarem por matá-la após o esforço monumental de salvá-la na temporada anterior, correm o risco de invalidar um dos melhores arcos de desenvolvimento da série. Max não é apenas uma vítima; ela é o ponto cego de Vecna.

Steve Harrington: O arco de redenção exige um fim trágico?

Steve Harrington: O arco de redenção exige um fim trágico?

Joe Keery transformou Steve Harrington de um clichê de antagonista colegial no coração emocional da série. Essa popularidade, ironicamente, o coloca no topo da lista de possíveis mortes. Matar Steve seria o golpe emocional mais fácil para os roteiristas, mas seria o mais inteligente?

Um sacrifício de Steve protegendo Dustin ou as crianças seria coerente com sua evolução como ‘babá’ e protetor. No entanto, a verdadeira coragem narrativa dos Duffer seria permitir que Steve sobrevivesse e encontrasse um propósito além de Hawkins. Matar o personagem favorito dos fãs tornou-se um tropo previsível; deixá-lo viver com as cicatrizes da guerra pode ser um final muito mais profundo e melancólico.

Will Byers: O início e o fim da fenda

Tudo começou com Will, e tudo deve terminar com ele. Noah Schnapp entregou uma performance sutil na quarta temporada, onde a conexão de Will com o Mundo Invertido foi reapresentada não como uma maldição passiva, mas como uma antena ativa. Agora que Will verbalizou sua verdade e se libertou de segredos internos, ele se torna a maior ameaça para Vecna.

A teoria de que Will poderia herdar os poderes de Hawkins ou se tornar o ‘novo vilão’ parece ignorar o tema central da série: a amizade como antídoto ao isolamento. O papel de Will no finale será, provavelmente, o de arquiteto da derrota de Vecna, usando sua conexão para expor as fraquezas do vilão que ele conhece melhor do que ninguém.

Veredito: Hawkins merece um final sem concessões

Com episódios que prometem duração de longa-metragem e a adição de Linda Hamilton ao elenco, ‘Stranger Things 5’ tem escala de blockbuster. Mas o sucesso do finale dependerá da intimidade. Se os Duffer tentarem agradar a todos, correm o risco de não satisfazer ninguém.

Quem deve sobreviver: Max e Will. Eles representam a resiliência das vítimas de trauma.
Quem corre perigo real: Eleven e Steve. O sacrifício de um deles parece inevitável para que a conclusão tenha o peso de um fim de era.

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Perguntas Frequentes sobre o Final de ‘Stranger Things’

Quando estreia a 5ª temporada de ‘Stranger Things’?

A Netflix confirmou que a temporada final de ‘Stranger Things’ será lançada em 2025. A produção sofreu atrasos devido às greves de Hollywood, mas as filmagens já estão em estágio avançado.

Quantos episódios terá ‘Stranger Things 5’?

A temporada final terá 8 episódios. Os irmãos Duffer já confirmaram que, embora a contagem seja menor que a da 4ª temporada, a duração de cada episódio será estendida, com o finale podendo ultrapassar duas horas.

O Steve Harrington vai morrer no final?

Não há confirmação oficial, mas Steve é um dos personagens com maior risco narrativo. Os criadores mencionaram que ‘ninguém está seguro’, mas também afirmaram que não pretendem matar personagens apenas por choque visual.

A 5ª temporada é realmente a última?

Sim, esta é a temporada final da série principal. No entanto, a Netflix e os irmãos Duffer já anunciaram que o universo continuará através de spinoffs e uma peça de teatro em Londres, focando em outras histórias e personagens.

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Marina Souza
Marina Souza
Oi! Eu sou a Marina, redatora aqui do Cinepoca. Desde os tempos de criança, quando as tardes eram preenchidas por maratonas de clássicos da Disney em VHS e as noites por filmes de terror que me faziam espiar por entre os dedos, o cinema se tornou um portal para incontáveis realidades. Não importa o gênero, o que sempre me atraiu foi a capacidade de um filme de transportar, provocar e, acima de tudo, contar algo.No Cinepoca, busco compartilhar essa paixão, destrinchando o que há de mais interessante no cinema, seja um blockbuster que domina as bilheterias ou um filme independente que mal chegou aos circuitos.Minhas expertises são vastas, mas tenho um carinho especial por filmes que exploram a complexidade da mente humana, como os suspenses psicológicos que te prendem do início ao fim. Meu objetivo é te levar em uma viagem cinematográfica, apresentando filmes que talvez você nunca tenha visto, mas que definitivamente merecem sua atenção.

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