‘Squid Game 3’: A Morte Polêmica de Gi-hun e Por Que Ela Faz Sentido

A polêmica morte de Gi-hun em ‘Squid Game 3’ dividiu fãs, mas este artigo explora por que seu sacrifício final foi crucial e fez todo o sentido para a narrativa da série. Descubra como a jornada do protagonista culminou em um desfecho inesperado, mas ideologicamente vitorioso.

Se você já maratonou ‘Squid Game 3’ na Netflix, com certeza deve ter se deparado com a polêmica em torno da morte de Gi-hun. A cena dividiu completamente a galera, deixando muitos fãs chocados e outros tantos sem entender o porquê de um final tão controverso para nosso protagonista. Mas e se a gente te disser que, por mais dolorosa que tenha sido, essa morte era crucial e fez todo o sentido para a narrativa da série? Prepare-se, porque este artigo contém SPOILERS pesados e vai te fazer repensar tudo!

O Terremoto da Morte de Gi-hun: Por Que Tanta Polêmica?

A temporada final de ‘Squid Game’ chegou com a promessa de respostas e muita adrenalina, mas ninguém esperava o desfecho trágico para Seong Gi-hun. Sua morte, um sacrifício chocante no clímax da ‘Sky Squid Game’, a rodada final, foi um verdadeiro divisor de águas. Enquanto a crítica especializada aplaudiu a audácia e o peso dramático, a recepção do público foi bem mais morna, com notas que refletem essa divisão clara. Afinal, como um personagem tão central, que lutou tanto para sobreviver e, depois, para desmantelar os jogos, poderia ter um fim tão… definitivo?

Gi-hun, o número 456, havia retornado aos jogos não por desespero financeiro, mas com uma missão clara: acabar com aquela carnificina de uma vez por todas. Seu plano inicial de usar Jun-ho para rastreá-lo falhou, forçando-o a se tornar um participante comum novamente. Mesmo assim, sua determinação em salvar o máximo de pessoas possível permaneceu inabalável. No entanto, a temporada 3 mostrou que esse objetivo era cada vez mais distante. O número de sobreviventes diminuía a cada rodada, e a esperança de Gi-hun em ser um “salvador” se esvaía. Sua morte no final, portanto, foi o golpe final em sua jornada, gerando a discussão: foi justo? Foi necessário? A gente acredita que sim, e vamos te explicar o porquê.

A Escolha Impossível: O Sacrifício de Gi-hun

A cena final da ‘Sky Squid Game’ é de tirar o fôlego e confronta Gi-hun com a decisão mais angustiante de sua vida. Após Myung-gi cair, ele se vê diante de um dilema brutal: soltar o bebê de Jun-hee, que ele segurava, ou sacrificar-se para que a criança pudesse viver. É um momento de pura tensão, onde a humanidade de Gi-hun é testada ao limite. Ele poderia ter escolhido a própria sobrevivência, como tantos outros jogadores fizeram ao longo das temporadas, mas optou por um caminho diferente.

Essa escolha não foi aleatória. Ela é o ponto culminante de tudo o que Gi-hun representou desde o início da série. Desde a primeira temporada, ele foi o personagem que, apesar de suas falhas e sua situação desesperadora, sempre buscou um resquício de bondade e solidariedade em meio ao caos. A morte de Gi-hun neste contexto não é apenas um fim, mas uma declaração poderosa sobre os valores que ele defendeu até o último suspiro. Ele se recusou a se tornar mais uma engrenagem na máquina cruel dos jogos, escolhendo a vida de um inocente em detrimento da sua.

Os Jogos São Maiores: Por Que Gi-hun Nunca Poderia Tê-los Parado

Uma das maiores frustrações dos fãs com o desfecho de Gi-hun é a sensação de que seu objetivo de parar os jogos foi em vão. Ele lutou, arriscou tudo, e ainda assim, os jogos continuam. Mas, se formos honestos, a série sempre deixou claro que os ‘Squid Game’ são uma força muito maior do que qualquer indivíduo, por mais determinado que seja. Desde a primeira temporada, com a introdução dos VIPs de diferentes nacionalidades, ficou evidente que esses jogos não são um fenômeno local da Coreia do Sul, mas sim um evento global, com tentáculos por todo o mundo.

Gi-hun já havia tentado um levante direto contra o Front Man no final de ‘Squid Game 2’. Essa tentativa resultou na morte de Jung-bae e de muitos outros jogadores. Embora essa iniciativa tenha mostrado a coragem de Gi-hun e sua recusa em aceitar o status quo, ela também reforçou a impossibilidade de desmantelar a organização por dentro. Os jogos são uma máquina bem azeitada, com recursos ilimitados e uma rede de poder intrincada. Mesmo que Gi-hun tivesse conseguido eliminar o Front Man, outro seria colocado em seu lugar, e a engrenagem continuaria girando. A série, nesse sentido, é brutalmente realista: não há um “herói” que possa derrubar um sistema tão vasto e complexo sozinho. A morte de Gi-hun reforça essa mensagem, mostrando que sua batalha não era contra os jogos em si, mas contra a ideologia por trás deles.

A Batalha Ideológica: Humanidade Contra Cinismo

Se Gi-hun não podia parar os jogos, qual era, então, o verdadeiro propósito de seu retorno? O cerne da sua jornada nas temporadas 2 e 3 não era uma batalha física contra os organizadores, mas sim um embate ideológico contra o Front Man. Gi-hun, apesar de todas as atrocidades que testemunhou e viveu, mantinha uma fé inabalável na humanidade. Ele acreditava que, mesmo nas circunstâncias mais extremas, as pessoas ainda eram capazes de compaixão e altruísmo.

O Front Man, por outro lado, representava o cinismo absoluto. Para ele, os seres humanos não passavam de animais, como cavalos de corrida, prontos para se trair e se destruir por dinheiro e sobrevivência. Seu objetivo principal, ao trazer Gi-hun de volta, era quebrar essa fé. Ele queria provar que Gi-hun, sob pressão suficiente, se tornaria tão egoísta e implacável quanto os jogadores mais cruéis. Ele chegou a dar uma faca a Gi-hun, incentivando-o a eliminar outros participantes enquanto dormiam, garantindo sua vitória e a segurança do bebê de Jun-hee.

Mas Gi-hun fez o impensável. Ele não cedeu. Ele se recusou a cometer um ato tão desumano para salvar a própria pele. Mesmo que isso tenha custado sua vida, sua escolha final validou sua crença. A morte de Gi-hun, nesse contexto, é uma vitória ideológica retumbante. Ele provou ao Front Man, e a si mesmo, que a humanidade, mesmo frágil, pode prevalecer sobre a ganância e a crueldade. Ele morreu, sim, mas não foi quebrado. Ele manteve seus princípios até o fim, e isso é o que realmente importava para sua jornada.

Um Final Digno: O Legado do Sacrifício de Gi-hun

Apesar da dor que a morte de Gi-hun causou nos fãs, ela é, na verdade, um final incrivelmente apropriado para sua história. Lembre-se que Gi-hun teve seus próprios momentos sombrios, como quando matou Dae-ho. Se ele tivesse soltado o bebê de Jun-hee para se salvar, ele teria sacrificado o último resquício de sua humanidade, tornando-se exatamente o que o Front Man queria que ele fosse: um assassino de crianças para sua própria sobrevivência. Mas ele não o fez.

Em vez disso, ele se deixou cair, morrendo com as palavras “As pessoas não são cavalos”, uma resposta direta à filosofia do Front Man. Gi-hun não conseguiu parar os jogos, uma tarefa que se tornou impossível assim que seu plano inicial desmoronou. No entanto, ele conseguiu algo muito mais significativo: ele demonstrou que nem todos podem ser corrompidos pelo dinheiro e pela autopreservação. Ele escolheu o bem maior, a esperança no futuro da humanidade, personificada na vida daquele bebê.

Essa prova de que o Front Man estava errado pode até ter influenciado a decisão do vilão de dar os ganhos restantes de Gi-hun à sua filha, um pequeno vislumbre de humanidade em um personagem tão frio. Além disso, a série deixou claro que, mesmo se Gi-hun tivesse sobrevivido, ele jamais pararia de tentar derrubar os jogos. Agora que o Front Man sabia que ele era uma ameaça viável, Gi-hun provavelmente teria sido caçado e morto de qualquer forma, mesmo fora dos jogos. Sua morte no final da temporada, portanto, não só garantiu a vida do bebê de Jun-hee, mas também solidificou seu legado como um símbolo de fé na humanidade.

O sacrifício de Gi-hun, por mais amargo que tenha sido, simboliza a crença de que, mesmo quando não podemos mudar o mundo inteiro, podemos, com nossas escolhas, garantir que a chama da bondade e da esperança continue acesa. Ele não salvou a todos, mas garantiu que alguém, um inocente, tivesse uma chance de viver. E isso, para a mensagem de ‘Squid Game’, é uma vitória muito maior do que qualquer prêmio em dinheiro.

Conclusão: Um Fim Necessário Para Uma Jornada Inesquecível

A morte de Gi-hun em ‘Squid Game 3’ foi, sem dúvida, um momento chocante e controverso que pegou muitos de surpresa. No entanto, ao analisar a fundo a jornada do personagem e a mensagem central da série, percebemos que esse desfecho, por mais doloroso que seja, era fundamental. Gi-hun não conseguiu derrubar o sistema gigantesco dos jogos, uma tarefa que se mostrou impossível. Mas sua verdadeira vitória não estava em parar a máquina, e sim em provar que a humanidade não pode ser completamente subjugada pela crueldade e pela ganância.

Seu sacrifício final, a escolha de salvar uma vida inocente em detrimento da sua própria, foi o ápice de sua batalha ideológica contra o Front Man. Ele morreu, sim, mas manteve sua essência, sua fé na bondade humana, intacta. E essa, galera, é a mensagem mais poderosa que ‘Squid Game’ poderia nos deixar. Um final agridoce, mas incrivelmente significativo, que solidifica o legado de Gi-hun como um verdadeiro herói moral. E aí, o que você achou desse desfecho? Conta pra gente nos comentários!

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Perguntas Frequentes sobre a Morte de Gi-hun em Squid Game 3

Por que a morte de Gi-hun gerou tanta polêmica em ‘Squid Game 3’?

A morte de Gi-hun foi chocante e dividiu fãs porque ele era o protagonista que lutou para sobreviver e desmantelar os jogos. Muitos esperavam um desfecho diferente para um personagem tão central.

Qual era o objetivo de Gi-hun ao retornar aos jogos na terceira temporada?

Gi-hun retornou aos jogos não por desespero financeiro, mas com a missão de acabar com a carnificina de uma vez por todas e salvar o máximo de pessoas possível.

Por que Gi-hun não conseguiu parar os jogos de ‘Squid Game’?

A série mostra que os ‘Squid Game’ são uma organização global e muito maior do que qualquer indivíduo. Gi-hun não poderia derrubar um sistema tão vasto e complexo sozinho, mesmo com suas tentativas.

Qual foi a verdadeira vitória de Gi-hun, apesar de sua morte?

A verdadeira vitória de Gi-hun foi ideológica. Ele provou que a humanidade, mesmo sob pressão extrema, pode prevalecer sobre a ganância e a crueldade, mantendo seus princípios e escolhendo o altruísmo.

O sacrifício de Gi-hun teve algum impacto no Front Man?

Sim, a série sugere que a prova de Gi-hun de que “as pessoas não são cavalos” pode ter influenciado a decisão do Front Man de dar os ganhos restantes de Gi-hun à sua filha, indicando um pequeno vislumbre de humanidade no vilão.

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Lucas Lobinco
Lucas Lobinco
Sou o Lucas, e minha paixão pelo cinema começou com as aventuras épicas e os clássicos de ficção científica que moldaram minha infância. Para mim, cada filme é uma nova oportunidade de explorar mundos e ideias, uma janela para a criatividade humana. Minha jornada não foi nos bastidores da produção, mas sim na arte de desvendar as camadas de uma boa história e compartilhar essa descoberta. Sou movido pela curiosidade de entender o que torna um filme inesquecível, seja a complexidade de um personagem, a inovação visual ou a mensagem atemporal. No Cinepoca, meu foco é trazer uma perspectiva única, mergulhando fundo nos detalhes que fazem um filme valer a pena, e incentivando você a ver a sétima arte com novos olhos.Tenho um apreço especial por filmes de ação e aventura, com suas narrativas grandiosas e sequências de tirar o fôlego. A comédia de humor negro e os thrillers psicológicos também me atraem, pela forma como subvertem expectativas e exploram o lado mais sombrio da psique humana. Além disso, estou sempre atento às novas vozes e tendências que surgem na indústria, buscando os próximos grandes talentos e as histórias que definirão o futuro do cinema.

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