A ‘Série Stick’, estrelada por Owen Wilson, prometia ser uma comédia leve e divertida sobre golfe na Apple TV+, mas acabou decepcionando o público. A produção falha ao não definir seu tom, relegar seu protagonista a segundo plano e apresentar uma trama com furos e um humor quase inexistente, resultando em uma experiência frustrante para os fãs do gênero e do ator.
Se você é daqueles que adora uma boa comédia e se empolgou com a ideia de ver Owen Wilson de volta aos campos de golfe, provavelmente ficou com uma pulga atrás da orelha depois de assistir à Série Stick. A produção da Apple TV+ prometia risadas e talvez até um pouco de superação no universo do golfe, mas o que entregou foi uma experiência que, para muitos, passou longe das expectativas. Infelizmente, a ‘Série Stick’ acabou tropeçando mais do que acertando o buraco. Vem com a gente descobrir por que essa comédia de golfe está decepcionando e deixando os fãs de cinema com aquele gosto amargo na boca.
Onde a ‘Série Stick’ Erra o Buraco: A Crise de Identidade do Tom
Sabe aquela sensação quando um filme ou série não consegue decidir o que quer ser? É exatamente isso que acontece com a ‘Série Stick’. A gente começa esperando uma comédia leve, com aquele humor característico do Owen Wilson, algo que nos lembre de filmes divertidos no estilo ‘Um Maluco no Golfe 2’. Mas, logo nos primeiros episódios, fica claro que a série tem uma crise de identidade séria.
A produção tenta ser otimista e alegre, quase um conto de fadas moderno, mas ao mesmo tempo se joga em temas pesados e dramáticos, como se quisesse nos fazer chorar um minuto e rir no outro. O problema é que essa mistura não funciona. O resultado é uma bagunça tonal que soa forçada e pouco autêntica. Parece que a série vive em um mundo à parte, onde os problemas se resolvem de forma muito fácil e as emoções não parecem genuínas.
Essa “esperança forçada” que a ‘Série Stick’ tenta vender acaba sendo cansativa. Em vez de nos conectar com os personagens e suas jornadas, a gente se sente distante, como se estivéssemos assistindo a algo que não reflete a realidade de forma alguma. E o pior: para uma “comédia de golfe”, o humor é praticamente inexistente. Os momentos que deveriam ser engraçados simplesmente não arrancam risadas, deixando a experiência ainda mais frustrante para quem buscava um entretenimento leve e divertido.
Cadê o Owen Wilson? Quando a ‘Série Stick’ Esquece Sua Própria Estrela
Um dos maiores atrativos da ‘Série Stick’ era, sem dúvida, a presença de Owen Wilson. Ele é um ator carismático, conhecido por papéis em comédias que conquistam o público. A expectativa era vê-lo brilhar como Pryce Cahill, o ex-jogador de golfe que tenta se reerguer. No entanto, a série toma um rumo inesperado e, para muitos, decepcionante, ao focar excessivamente em um novo personagem.
A partir do quinto episódio, a personagem Zero (interpretada por Lilli Kay) ganha um protagonismo avassalador, quase que roubando a cena de Pryce. A série insiste em colocar as ideologias de Zero de forma tão presente e didática que se torna maçante. É como se cada fala fosse uma lição de moral, e isso, em uma comédia sobre golfe, parece completamente desnecessário e fora de lugar. A mensagem social, por mais bem-intencionada que seja, é entregue de uma maneira tão estereotipada e antagonista que cria um choque geracional clichê e forçado.
O resultado é que Owen Wilson, o grande chamariz da ‘Série Stick’, acaba virando quase um coadjuvante em seu próprio show. Seu personagem, Pryce, é deixado de lado, e até mesmo o golfe, que deveria ser o coração da trama, perde relevância. A série parece esquecer quem é seu público-alvo e o que o atraiu em primeiro lugar. Fica a pergunta: para quem essa série foi feita, afinal? Quando a estrela principal e o tema central são ofuscados por uma personagem que não consegue sustentar o enredo, a decepção é inevitável. É uma pena ver o potencial do elenco e da premissa se perderem em uma direção tão equivocada.
Trama Desconexa e Golfe de Faz de Conta: Os Furos da ‘Série Stick’
Além dos problemas de tom e foco, a ‘Série Stick’ também derrapa feio na construção de sua narrativa e na forma como aborda o universo do golfe. A premissa inicial de Pryce Cahill sendo banido do golfe profissional após um colapso público já é um pouco frágil. Para alguém que a série insiste em pintar como um gênio do esporte, um deslize como esse dificilmente mancharia sua reputação de forma tão irreversível. Grandes nomes do esporte já passaram por escândalos muito maiores e continuam sendo lendas, o que torna a situação de Pryce um tanto implausível.
A trama de Pryce continua a desafiar a lógica. Ele investe uma fortuna – cem mil dólares, nada menos – em um completo estranho, o jovem Santi, para treiná-lo. E o que acontece? Ele é simplesmente escanteado por outra pessoa aleatória, a já mencionada Zero. Para piorar, Zero mal consegue se dar ao trabalho de ouvir as regras básicas do golfe de Pryce, mesmo sendo a caddie de Santi em um torneio crucial. Essa sucessão de eventos sem sentido faz com que a história perca qualquer credibilidade, deixando o espectador confuso e desengajado.
E a falta de coerência não para por aí. Momentos cruciais do golfe na ‘Série Stick’ parecem ignorar as regras básicas e a lógica do esporte. Por exemplo, uma jogada em um bunker que, para um golfista do nível de Santi, seria facilmente contornável, acaba resultando em uma queda drástica na classificação. Esses erros, que seriam perdoáveis em uma série que não se leva tão a sério, tornam-se irritantes quando a produção se apresenta com uma falsa confiança em seu conhecimento do golfe. É como se a série estivesse tentando nos enganar, ou pior, como se os roteiristas não tivessem feito a lição de casa.
Ainda sobre a narrativa, a ‘Série Stick’ tinha uma oportunidade de ouro para explorar uma trama secundária realmente interessante: o relacionamento complexo de Santi com seu pai ausente, que só lhe dava atenção quando ele se destacava no golfe. Essa dinâmica, cheia de potencial dramático e emocional, foi relegada a segundo plano, enquanto a série insistia em elementos forçados e superficiais. A história de Jett, por exemplo, na vida de Pryce, parece mais um adereço performático do que algo que realmente agregue profundidade ao personagem ou à trama.
Tudo na ‘Série Stick’ parece excessivamente “adocicado”, como se tivesse saído de um canal infantil. As emoções não parecem genuínas, as vitórias não parecem merecidas e os personagens agem de formas inconsistentes com a realidade. Em um mundo onde a série tenta desesperadamente ser “relacionável”, ela falha em criar personagens e situações que ressoem de verdade. A dor, a alegria, a superação – nada parece ter substância. E, no fim das contas, nada realmente “cola” ou fica na memória, o que é uma pena para uma produção que tinha tudo para ser um sucesso.
Veredito Final: Por Que a ‘Série Stick’ Não Conseguiu Deixar Sua Marca
A ‘Série Stick’ chegou com a promessa de ser uma comédia leve e divertida, com o charme de Owen Wilson e a emoção do golfe. Mas, como vimos, a série se perdeu em uma crise de identidade tonal, colocou seu protagonista em segundo plano para dar espaço a uma personagem forçada e construiu uma trama cheia de furos e inverossimilhanças. A falta de humor genuíno, a insistência em mensagens didáticas e a pouca atenção aos detalhes do esporte contribuíram para uma experiência que, para muitos, beirou o inassistível.
É uma pena que uma produção com tanto potencial tenha se desviado tanto do caminho, deixando os espectadores com a sensação de que o tiro saiu pela culatra. Se você é fã de Owen Wilson ou de comédias esportivas, talvez seja melhor revisitar clássicos como ‘Um Maluco no Golfe 2’ e esperar por projetos que realmente saibam aproveitar o talento de seus elencos e o potencial de suas premissas. A ‘Série Stick’ é um lembrete de que nem toda tacada é certeira, e algumas, infelizmente, acabam direto no bunker da decepção.
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Perguntas Frequentes sobre a ‘Série Stick’
Qual o principal problema da “Série Stick” segundo a crítica?
A série sofre de uma crise de identidade tonal, misturando comédia e drama de forma desordenada e não conseguindo entregar humor genuíno, o que a torna cansativa e pouco autêntica.
Owen Wilson tem destaque na “Série Stick”?
Apesar de ser o protagonista e grande chamariz, Owen Wilson (Pryce Cahill) perde protagonismo para a personagem Zero a partir do quinto episódio, tornando-se quase um coadjuvante em seu próprio show.
A “Série Stick” representa bem o golfe?
Não, a série é criticada por ignorar regras básicas e a lógica do golfe em momentos cruciais da trama, o que irrita os espectadores familiarizados com o esporte e compromete a credibilidade.
O que a “Série Stick” prometia e o que entregou?
A série prometia ser uma comédia leve e divertida sobre golfe, com o carisma de Owen Wilson. No entanto, entregou uma experiência frustrante devido à sua trama desconexa, falta de humor e desvio do foco principal.