Quem Hank MacLean contata no final de ‘Fallout’ S2? Teoria

A cena final do episódio 1 de Fallout S2 mostra Hank MacLean gravando um relatório para alguém em Vegas. Analisamos as pistas que apontam para Robert House e explicamos por que essa aliança entre Vault-Tec e RobCo pode reescrever o que sabemos sobre a Grande Guerra.

O primeiro episódio da segunda temporada de Fallout termina com uma cena que, à primeira vista, parece simples: Hank MacLean entra em um escritório abandonado, checa mensagens e grava um relatório de progresso. Mas se você prestou atenção nos detalhes — e conhece o universo dos jogos — percebeu que essa sequência muda completamente o que sabemos sobre os planos de Hank e sobre quem realmente controla os fios do apocalipse.

Vamos destrinchar o que acontece, quem provavelmente está do outro lado da linha, e por que essa conexão pode ser a peça que faltava para entender a conspiração por trás da Grande Guerra.

O que Hank faz na cena final do episódio 1

Depois de fugir de Lucy e do confronto em Shady Sands no final da primeira temporada, Hank MacLean chega a um prédio comercial com um laboratório escondido. Kyle MacLachlan entrega a cena com aquele entusiasmo perturbador que só Hank consegue ter — o cara encontra milhares de mensagens esperando na caixa de entrada e reage como se tivesse ganhado na loteria. Duzentos anos de ausência, e ele está animado para “voltar ao trabalho”.

O momento crucial vem logo depois: Hank entra em uma sala de comunicações globais e grava uma mensagem para alguém. Não é um monólogo qualquer. É um relatório de progresso, com referências específicas que funcionam como migalhas de pão para quem conhece o lore.

As pistas que apontam para Robert House

Na mensagem, Hank menciona que Vegas é o “antigo território” da pessoa com quem está falando. Ele também diz que está continuando o trabalho de onde pararam. Esses detalhes, combinados com o que vemos no laboratório, praticamente confirmam a identidade do contato: Robert House.

Para quem não jogou Fallout: New Vegas, Robert House é o gênio excêntrico que fundou a RobCo e essencialmente governava Las Vegas antes e depois das bombas. Ele sobreviveu ao apocalipse conectado a máquinas, controlando New Vegas através de uma rede de securitrons. O cara é basicamente o que acontece quando você mistura Howard Hughes com um supercomputador e adiciona ambição megalomaníaca.

A série já havia plantado sementes sobre House. Agora, com Justin Theroux escalado para o papel — confirmado em agosto de 2025 —, a conexão sai do campo da especulação.

A tecnologia no laboratório de Hank não é coincidência

Aqui é onde a coisa fica interessante para quem prestou atenção. No mesmo episódio, vemos Robert House usando uma tecnologia similar antes das explosões nucleares. O sujeito que serve de cobaia tem a cabeça explodindo — e os corpos em decomposição no laboratório de Hank apresentam danos consistentes com esse mesmo tipo de experimento.

Isso sugere que Hank não está apenas seguindo ordens da Vault-Tec. Ele está trabalhando com tecnologia da RobCo, o que implica uma parceria entre as duas corporações que vai além do que a primeira temporada revelou. A Vault-Tec tinha seus próprios experimentos sádicos nos Vaults, mas o que Hank está fazendo parece ser algo diferente — algo que exige a expertise de House.

Por que essa aliança muda tudo para a série

A primeira temporada de Fallout estabeleceu a Vault-Tec como a grande vilã corporativa, responsável por orquestrar o apocalipse para garantir controle sobre o que restasse da humanidade. Hank MacLean era um peão importante nesse esquema, mas ainda assim um peão.

A revelação de que ele está em contato direto com Robert House eleva as apostas. House não é funcionário de ninguém. Nos jogos, ele é apresentado como alguém que joga xadrez enquanto todos os outros jogam damas — um estrategista que sobreviveu à destruição nuclear porque planejou décadas à frente.

Se Hank e House estão trabalhando juntos, isso significa que a conspiração por trás da Grande Guerra pode envolver mais corporações do que imaginávamos. Vault-Tec, RobCo, e quem sabe quantas outras. O “novo mundo” que Hank menciona pode não ser apenas uma reconstrução — pode ser a concretização de um plano que começou antes das bombas caírem.

O que esperar da segunda temporada

A série agora tem dois caminhos narrativos fascinantes para explorar. De um lado, Lucy e o Ghoul lidando com as consequências do que descobriram sobre Shady Sands e a Vault-Tec. Do outro, Hank avançando com experimentos que parecem envolver algum tipo de controle ou modificação humana — com Robert House como parceiro ou mandante.

Justin Theroux como House é uma escolha de elenco que faz sentido. O ator tem experiência interpretando personagens que oscilam entre carismáticos e perturbadores, e House exige exatamente isso. Ele não é um vilão que grita ou ameaça. É o tipo que explica calmamente por que suas ações são lógicas enquanto você percebe que está ouvindo um sociopata.

A cena final do episódio 1 é curta, mas funciona como declaração de intenções. Fallout não vai simplesmente repetir a fórmula da primeira temporada. Está expandindo o escopo, trazendo elementos dos jogos que os fãs esperavam, e posicionando Hank MacLean não como um vilão isolado, mas como parte de algo muito maior.

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Se a teoria sobre House se confirmar nos próximos episódios — e tudo indica que vai —, a segunda temporada pode finalmente responder uma pergunta que os jogos deixaram em aberto: quem realmente apertou o botão?

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