Prequel Gus Fring: Por que ‘Better Call Saul’ matou essa ideia?

Exploramos por que uma Prequel focada unicamente em Gus Fring, após os eventos de ‘Better Call Saul’, pode não ser a melhor ideia. A série derivada já revelou aspectos cruciais do passado do personagem, e seus momentos mais icônicos e a aura de mistério que o cercam são elementos-chave que talvez não precisem ser totalmente desvendados.

E aí, galera do Cinepoca! Preparados para mergulhar no universo de ‘Breaking Bad: A Química do Mal’ e ‘Better Call Saul’? Hoje, a gente vai bater um papo sobre uma ideia que muita gente curte: uma Prequel Gus Fring. Parece maneiro, né? Afinal, quem não ama o vilão mais cool e calculista da TV? Mas, calma lá! Depois de ‘Better Call Saul’, talvez essa ideia não seja tão incrível quanto parece. Vamos entender por quê?

Quando Gus Fring apareceu pela primeira vez em ‘Breaking Bad: A Química do Mal’, ele era um enigma. Um cara que gerenciava uma rede de fast-food super popular e, ao mesmo tempo, comandava um império das drogas com uma frieza assustadora. A gente sabia pouco, e esse mistério só aumentava o fascínio pelo personagem.

‘Better Call Saul’: Onde o Mistério Começou a Desaparecer

Aí veio ‘Better Call Saul’, a série que explora a jornada de Jimmy McGill para se tornar Saul Goodman. E, para a nossa alegria (e talvez um pouco de tristeza, como vamos ver), Gus Fring voltou! A série nos mostrou como ele recrutou Mike Ehrmantraut, detalhou a estrutura do seu negócio ilícito e deu algumas pinceladas sobre o seu passado e suas motivações.

Em ‘Better Call Saul’, vimos Gus em ação, sempre passos à frente, sempre no controle. A série fez um trabalho excelente ao integrar sua história à de Saul e Mike. Mas, ao mesmo tempo, ela começou a desvendar alguns segredos que, em ‘Breaking Bad: A Química do Mal’, eram apenas pontas soltas que atiçavam nossa curiosidade.

Lembra daquela cena em ‘Better Call Saul’ na sexta temporada, que mostrava um túnel secreto ligando a casa de Gus a outra propriedade que ele usava? Em ‘Breaking Bad: A Química do Mal’, Hank Schrader colocou um rastreador no carro de Gus, mas só via ele indo de casa para o Los Pollos Hermanos. O túnel explicou como ele conseguia operar sem ser detectado.

Essa revelação foi super inteligente e totalmente coerente com a personalidade meticulosa do Gus. No entanto, ao explicar algo que antes era um mistério, ‘Better Call Saul’ acabou removendo um pouco daquela aura enigmática que cercava o personagem em ‘Breaking Bad: A Química do Mal’. E é aí que mora o perigo de uma Prequel Gus Fring dedicada só a ele.

Uma série focada unicamente no passado de Gus inevitavelmente teria que revelar ainda mais. Detalhes sobre sua vida antes de ‘Better Call Saul’, antes de trabalhar com Don Eladio. Por mais que a gente queira saber tudo, será que desvendar cada pedacinho da história dele não tiraria justamente o que o torna tão cativante? As séries originais já nos deram os detalhes essenciais que moldam quem ele é. Talvez não precisemos de um raio-X completo.

Os Momentos Épicos de Gus Estão em ‘Breaking Bad: A Química do Mal’

Não dá para negar: Gus Fring foi fundamental em ‘Better Call Saul’. A série não seria a mesma sem a presença calculista e aterrorizante dele. Ele adicionou uma camada de perigo e estratégia que casou perfeitamente com a trama. Mas, sejamos honestos, os momentos mais icônicos, as falas que ficaram na nossa cabeça e as cenas que nos deixaram de queixo caído aconteceram em ‘Breaking Bad: A Química do Mal’.

Pensa bem: a brutalidade de Gus matando Victor na frente de Walt e Jesse; aquele discurso frio e assustador para Walter no deserto; a vingança meticulosa contra Don Eladio e todo o cartel; e, claro, a morte chocante dele no final da quarta temporada, no episódio “Face Off”. Essas cenas são marcos na história da televisão, momentos que definiram o personagem Gus Fring para sempre.

Em ‘Better Call Saul’, vimos um Gus mais “construindo” seu império, lidando com os desafios iniciais, interagindo com Mike e Saul. Foram momentos importantes para entender a logística do seu negócio e sua ascensão. Mas a intensidade dramática e o impacto visceral das suas ações mais memoráveis estão concentrados em ‘Breaking Bad: A Química do Mal’. Uma Prequel Gus Fring teria dificuldade em superar ou até mesmo igualar o peso desses momentos que já vimos.

O Mistério é o Tempero Secreto do Gus

Uma das razões pelas quais Gus Fring funcionou tão bem em ‘Breaking Bad: A Química do Mal’ é que, tanto para os personagens quanto para nós, o público, ele era uma grande incógnita. Walter White teve seu primeiro contato com ele através de Saul Goodman, mas Gus permaneceu um enigma. Nem mesmo a investigação de Hank Schrader, com todos os recursos do governo, conseguiu desenterrar muito mais do que detalhes vagos e desconectados sobre ele. E essa falta de informação só o tornava mais fascinante e perigoso.

O fato de não sabermos exatamente de onde ele veio, quais eram seus demônios internos mais profundos ou o que o motivava além da vingança e do poder, permitia que nossa imaginação preenchesse as lacunas. Ele era a personificação do mal controlado, da crueldade por trás de uma fachada polida. E esse mistério era parte integrante do seu charme sombrio.

Preservar os mistérios que ainda rondam Gus é essencial para manter a força do personagem. E isso só é possível se não houver uma Prequel Gus Fring que se proponha a explicar tudo. Além de revelar demais sobre o passado, uma série focada nele também teria outro obstáculo: nós já sabemos o futuro dele. Sabemos como ele termina, sua morte é definitiva e um dos momentos mais icônicos de ‘Breaking Bad: A Química do Mal’.

‘Better Call Saul’ conseguiu ser uma prequel e uma sequência de ‘Breaking Bad: A Química do Mal’, explorando o passado de Saul e mostrando um vislumbre do seu futuro após os eventos da série original. Mas para Gus, essa opção não existe. Sua história tem um ponto final claro e definitivo.

Conclusão: Deixe o Mistério Viver

No fim das contas, por mais que a ideia de explorar a fundo o passado de Gus Fring em uma nova série seja tentadora, ‘Better Call Saul’ já mostrou que revelar demais pode diminuir o impacto do personagem. O mistério é parte fundamental do que o torna tão interessante e aterrorizante. Seus momentos mais memoráveis e impactantes estão em ‘Breaking Bad: A Química do Mal’.

Talvez seja melhor deixar o personagem Gus Fring onde ele está, com sua história contada de forma brilhante em ‘Breaking Bad: A Química do Mal’ e ‘Better Call Saul’. Preservar o que não sabemos sobre ele é, ironicamente, a melhor forma de manter viva a magia e o fascínio desse vilão inesquecível. Às vezes, o que fica escondido é muito mais poderoso do que aquilo que é revelado, né?

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Perguntas Frequentes sobre uma Prequel de Gus Fring

Por que uma prequel de Gus Fring pode não ser uma boa ideia?

‘Better Call Saul’ já desvendou muitos mistérios sobre Gus Fring, como a estrutura de seu negócio e seu recrutamento de Mike. Uma prequel dedicada só a ele poderia revelar demais, tirando a aura enigmática que o torna fascinante.

O que ‘Better Call Saul’ revelou sobre Gus Fring?

A série mostrou a ascensão de Gus, sua relação com Mike Ehrmantraut, detalhes de como ele construiu seu império e até mesmo explicou o túnel secreto usado para evitar ser detectado por Hank Schrader.

Onde estão os momentos mais icônicos de Gus Fring?

Os momentos mais memoráveis e impactantes de Gus, como a morte de Victor, o discurso no deserto, a vingança contra Don Eladio e sua morte final, estão concentrados em ‘Breaking Bad: A Química do Mal’.

Por que o mistério é importante para o personagem Gus Fring?

Não saber todos os detalhes sobre o passado de Gus, suas motivações mais profundas e de onde ele veio aumenta seu fascínio e o torna mais perigoso e enigmático. O mistério é parte integrante de seu carisma sombrio.

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