O final da segunda temporada de ‘The Last of Us’ gerou discussões e críticas devido ao seu ritmo acelerado e fragmentação narrativa. Entenda os pontos que decepcionaram os fãs e como a aguardada terceira temporada, ao focar na perspectiva de Abby, promete resgatar a profundidade emocional e amarrar as pontas soltas da aclamada série da HBO.
Se você, assim como a gente aqui no Cinepoca, ficou com aquele nó na garganta e uma sensação de “e agora?” ao ver o final ‘The Last of Us’ da segunda temporada, pode ter certeza que não está sozinho nessa. A série da HBO, que conquistou corações na primeira temporada, deixou muita gente coçando a cabeça com seu desfecho, e vamos mergulhar fundo para entender o porquê e, claro, o que pode salvar a próxima etapa dessa jornada pós-apocalíptica.
O Que Aconteceu no Final de ‘The Last of Us’ Temporada 2?
Para quem acompanhou a segunda temporada de ‘The Last of Us’ sem ter jogado os games, o final chegou com uma enxurrada de eventos intensos, mas que, de alguma forma, não se conectaram de forma totalmente satisfatória. Vimos a morte chocante de Jesse, um momento que deveria ter um peso emocional gigantesco, mas que pareceu acontecer em meio a um turbilhão de outras revelações.
Ellie confrontou Owen e Mel, e a tensão era palpável, mas a execução desses momentos cruciais foi tão rápida que mal deu tempo de processar. E, para coroar tudo, a temporada terminou com um gancho abrupto, um tiro que nos deixou sem saber quem foi atingido e o que virá a seguir. É como se a série dissesse: “Isso é só o começo da Parte 2”, mas sem a devida preparação para quem não conhece a história original.
Por Que o Ritmo da Trama Não Convenceu?
Um dos pontos mais criticados do desfecho da segunda temporada de ‘The Last of Us’ foi o ritmo. Eventos narrativos gigantescos, que deveriam ser digeridos com calma, foram apresentados em uma velocidade vertiginosa. A morte de Jesse, por exemplo, é um divisor de águas na jornada de Ellie, mas a rapidez com que aconteceu, logo após ele explicar por que salvou Ellie, diminuiu seu impacto.
A série também inseriu cortes para outros personagens, como Isaac e a guerra dos Vagalumes (WLF) contra os Serafitas, que, embora importantes para o universo, acabaram diluindo a atenção da trama principal de Ellie e Dina. Em vez de aprofundar a emoção e o peso das decisões dos protagonistas, a narrativa parecia mais preocupada em verbalizar temas complexos sobre destino e moralidade, ao invés de mostrá-los através das ações e dilemas dos personagens. Isso contribuiu para uma sensação de que o final ‘The Last of Us’ não entregou todo o seu potencial dramático.
Essas escolhas narrativas, embora possam fazer sentido para quem jogou e entende o arco completo, para o público que acompanha apenas a série, resultaram em uma conclusão que deixou mais pontas soltas do que resoluções. A promessa de uma jornada emocional profunda se viu apressada, e a conexão com os personagens, que deveria estar no auge, acabou enfraquecida pela pressa.
A Questão da Perspectiva: Onde ‘The Last of Us’ Errou?
Parte da insatisfação com o final da segunda temporada de ‘The Last of Us’ reside na forma como a série optou por explorar as diferentes perspectivas. Em vez de focar inteiramente na jornada de Ellie e Dina em Seattle, a trama se dividiu para apresentar os bastidores e os pontos de vista de grupos como o WLF e os Serafitas. Essa decisão, embora compreensível para expandir o universo, acabou prejudicando a imersão na história principal.
Para quem não jogou, a série apresentou informações demais e de menos sobre esses novos grupos. Sabíamos da guerra, mas não o suficiente para nos importarmos profundamente, e ao mesmo tempo, a história de Ellie e Dina, que deveria ser o coração da temporada, ficou em segundo plano. Era como se a série estivesse dando “spoilers” de elementos que ainda não haviam sido devidamente construídos para o público da TV.
Se a ideia era que a terceira temporada explorasse a fundo a perspectiva de Abby, talvez fosse mais eficaz ter mantido o foco na jornada de Ellie e Dina em Seattle, revelando apenas o que elas próprias descobriam sobre o conflito. Isso teria permitido uma construção mais orgânica e uma conexão mais forte com as protagonistas, guardando as revelações mais profundas sobre o WLF e os Serafitas para o momento em que a história de Abby tomasse o centro do palco.
Essa fragmentação da narrativa, embora possa ter sido uma tentativa de equilibrar a fidelidade ao jogo com a criação de um suspense para o público da TV, acabou deixando a história de Ellie e Dina incompleta, sem a profundidade emocional necessária para que o final ‘The Last of Us’ da temporada 2 ressoasse com o impacto esperado.
Ellie e Dina: Faltou Tempo de Tela em Seattle?
A relação entre Ellie e Dina é um dos pilares emocionais da segunda temporada de ‘The Last of Us’, mas o tempo de tela dedicado a elas em Seattle pareceu insuficiente para o peso dos eventos que vivenciaram. Em apenas três dias de história na série, elas passam por momentos gigantescos: Dina revela sua gravidez, Ellie confessa a verdade sobre o massacre de Joel aos Vagalumes, e as duas enfrentam perigos de morte.
Esses desenvolvimentos, que em uma narrativa mais espaçada teriam um impacto avassalador, foram comprimidos em meio ao caos da guerra e aos cortes para outras perspectivas. Para o público, faltou aquele tempo de respiro, de ver a relação das duas se aprofundar não apenas nas cenas de ação, mas também nos momentos mais íntimos e de diálogo, que são essenciais para criar uma conexão duradoura.
A showrunner de ‘The Last of Us’, Craig Mazin, já revelou que a série precisará de quatro temporadas para contar a história completa. Isso sugere que a segunda temporada foi intencionalmente dividida, com o objetivo de preparar o terreno para o que virá. No entanto, a forma como essa divisão foi executada, com a história de Ellie e Dina sendo tão apressada, pode ter comprometido a ressonância emocional do final ‘The Last of Us’ da segunda temporada.
Para que a jornada de Ellie e Dina realmente nos toque, era preciso mais espaço. Seja através de mais episódios, de um tempo de duração maior para cada um, ou de uma decisão de cortar as perspectivas externas, o que importa é que o público se sinta completamente investido no destino dessas personagens. Deixar a história delas incompleta para pular para a perspectiva de Abby na terceira temporada é um risco, pois pode diluir o impacto do que já vimos e do que ainda está por vir.
Como a 3ª Temporada Pode Salvar o ‘Final ‘The Last of Us’ da Decepção?
A boa notícia é que o futuro de ‘The Last of Us’ na terceira temporada parece promissor e pode, de fato, resgatar a sensação de completude que faltou no desfecho anterior. A expectativa é que o próximo ciclo se aprofunde na perspectiva de Abby, revisitando aqueles mesmos três dias em Seattle, mas através dos olhos dela. E isso é crucial para preencher as lacunas que tanto nos incomodaram.
Ao focar na jornada de Abby, a série terá a oportunidade de explorar os detalhes mais sombrios e complexos de Isaac, do WLF, dos conflitos em Seattle e da verdadeira natureza dos Serafitas. O que antes parecia uma série de cortes confusos e informações incompletas, agora terá a chance de se tornar uma narrativa coesa e aprofundada, dando sentido a tudo que Ellie e Dina presenciaram.
A história de Abby promete não apenas preencher as lacunas da segunda temporada, mas também adicionar uma camada de profundidade à sua própria trajetória, nos mostrando suas motivações, seus dilemas morais e seu lugar nesse mundo pós-apocalíptico. Quando a terceira temporada chegar ao ponto em que Abby se encontra com os eventos da segunda temporada, o público terá uma compreensão muito mais rica e completa de todos os personagens e seus arcos.
Essa abordagem, de mostrar os mesmos eventos por diferentes pontos de vista, é um recurso poderoso que, se bem executado, pode transformar a percepção do final ‘The Last of Us’ da temporada 2. O que antes parecia um desfecho apressado e insatisfatório, pode se revelar uma construção intencional para um clímax ainda maior, onde as diferentes narrativas finalmente convergem, entregando o impacto emocional que a série tanto promete.
O final da segunda temporada de ‘The Last of Us’ nos deixou com um misto de emoções: a empolgação pela qualidade da produção, mas também uma certa frustração com o ritmo e a forma como a história foi contada. A pressa em apresentar eventos cruciais e a fragmentação da perspectiva de Ellie e Dina foram os principais pontos de discórdia para muitos fãs.
No entanto, a expectativa para a terceira temporada é alta, pois a promessa de mergulhar na perspectiva de Abby e preencher as lacunas da narrativa pode ser o que a série precisa para amarrar todas as pontas soltas. Se conseguir entregar uma história mais completa e emocionalmente ressonante, o que hoje parece um final ‘The Last of Us’ um tanto morno, pode se transformar em um trampolim para um dos arcos mais impactantes da TV. Estamos na torcida e prontos para mais essa jornada!
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Perguntas Frequentes sobre o Final de ‘The Last of Us’
Por que o final da 2ª temporada de ‘The Last of Us’ foi criticado?
O final da segunda temporada de ‘The Last of Us’ foi criticado pelo ritmo acelerado dos eventos, a fragmentação da narrativa com múltiplos pontos de vista e a falta de tempo de tela para aprofundar a relação de Ellie e Dina.
Quais foram os principais problemas de ritmo na 2ª temporada?
Eventos cruciais, como a morte de Jesse e os confrontos de Ellie, aconteceram muito rapidamente, diminuindo seu impacto emocional. Além disso, a inserção de cortes para outros personagens (Isaac, WLF, Serafitas) diluiu o foco da trama principal.
Como a 3ª temporada de ‘The Last of Us’ pode resolver as críticas?
A terceira temporada promete explorar a perspectiva de Abby, revisitando os mesmos eventos da segunda temporada através de seus olhos. Isso deve preencher as lacunas, aprofundar a compreensão dos conflitos e personagens, e dar sentido à narrativa que antes parecia fragmentada.
A série ‘The Last of Us’ é fiel aos jogos?
A série busca fidelidade aos jogos, mas a adaptação para a TV envolveu decisões narrativas que, para quem não jogou, podem ter parecido apressadas ou confusas na segunda temporada, especialmente na forma como as diferentes perspectivas foram introduzidas.
Quantas temporadas ‘The Last of Us’ terá ao todo?
O showrunner Craig Mazin indicou que a história completa de ‘The Last of Us’ precisará de quatro temporadas para ser contada na HBO.