Descubra a surpreendente revelação dos bastidores do MCU: John Walker, o Agente Americano, quase foi o principal vilão do filme ‘Thunderbolts*’. Saiba por que essa ideia foi descartada em favor da introdução do poderoso Sentry e como essa mudança moldou a narrativa e os temas centrais da equipe, explorando a complexa jornada dos personagens.
Se você é fã do Universo Cinematográfico Marvel (MCU) e mal pode esperar por ‘Thunderbolts*’, prepare-se para uma curiosidade de bastidores que vai te deixar de queixo caído! Sabia que o John Walker Thunderbolts que veremos no filme quase foi o grande vilão da história? Sim, o Agente Americano, interpretado por Wyatt Russell, estava nos planos iniciais para ser o antagonista principal, mas tudo mudou com a chegada de outro personagem superpoderoso: o Sentry.
A Montanha-Russa de John Walker no MCU
A primeira vez que vimos John Walker em ação foi na série ‘Falcão e o Soldado Invernal’. Ele surgiu como o substituto “oficial” do Capitão América, escolhido pelo governo dos EUA. A ideia era que ele representasse um ideal de herói, mas a realidade foi bem diferente.
Walker era habilidoso e dedicado, mas lhe faltava a bússola moral e a humanidade de Steve Rogers. Sua jornada foi marcada por pressão, frustração e decisões questionáveis. Longe de ser o símbolo de esperança que o escudo representava, ele se tornou uma figura controversa, culminando naquele momento chocante em que usa o escudo de forma brutal.
Após perder o manto de Capitão América, Walker foi recrutado pela misteriosa Contessa Valentina Allegra de Fontaine (Val), que o transformou no Agente Americano. Essa transição o colocou em um limbo moral ainda maior, operando em uma área cinzenta, nem herói total, nem vilão declarado. Essa complexidade o torna um personagem fascinante e perfeito para uma equipe como os ‘Thunderbolts*’, cheia de figuras com passados complicados.
O Rascunho Original: Walker Contra a Equipe
O roteirista de ‘Thunderbolts*’, Eric Pearson, em uma entrevista exclusiva para o ScreenRant, abriu o jogo sobre as ideias que ficaram pelo caminho durante o desenvolvimento do filme. E a mais surpreendente delas é, sem dúvida, a de colocar John Walker no papel de antagonista principal.
Segundo Pearson, a ideia inicial era que Val manipulasse Walker de uma forma bem cruel. Ela o faria acreditar que os efeitos do soro do supersoldado em seu corpo estavam “acabando”, que ele estava perdendo seus poderes. Para “ajudá-lo”, Val administraria nele certas “medicações”.
Na verdade, essas substâncias não estariam mantendo seus poderes, mas sim os “amplificando” de forma descontrolada. Pearson descreveu essa situação como transformar Walker em uma “bomba-relógio”. Ele até fez uma comparação interessante com o que Samuel Sterns faz com o General Ross (que se torna o Hulk Vermelho) em ‘Capitão América: Admirável Mundo Novo’, mostrando que a ideia de manipulação e transformação descontrolada estava no ar.
Com Walker como vilão, o clímax do filme seria um confronto físico épico. Pearson mencionou que a ideia era ter um “vilão de porradaria” no final, um inimigo que a equipe teria que enfrentar em uma batalha intensa. Ele confessou que essa versão era “meio divertida” no começo, mas que algo não parecia certo.
A Virada de Chave: A Chegada do Sentry
Enquanto exploravam diferentes caminhos para a história, a figura do Sentry, interpretado por Lewis Pullman, começou a ganhar força. Nos quadrinhos, Sentry é um dos seres mais poderosos da Marvel, frequentemente comparado ao Superman, mas com uma complexidade imensa ligada à sua saúde mental e ao seu lado sombrio, o Void.
Eric Pearson, que já conhecia o personagem dos quadrinhos desde o programa de roteiristas da Marvel em 2010/2011, viu em Sentry a oportunidade perfeita para explorar temas mais profundos. Ele percebeu que, em vez de focar na luta do “Deus de Ouro do Bem contra o Puro Mal” dos quadrinhos, poderia adaptar Sentry para representar “ambição heroica e autoestima contra autoaversão, depressão e solidão”.
Sentry, com seus próprios demônios internos e sua luta constante contra o Void, se tornou um espelho para os membros dos ‘Thunderbolts*’, que são, em sua maioria, personagens lidando com seus passados, traumas e busca por redenção. A dualidade do personagem, a perda de memória e o fato de ele ser um experimento que deu errado (elementos tirados dos quadrinhos para honrar a fonte) se encaixaram perfeitamente na narrativa que eles queriam contar.
Por Que Sentry Faz Mais Sentido Para ‘Thunderbolts*’?
A mudança de John Walker para Sentry como vilão principal não foi aleatória. Ela reflete o amadurecimento da história e o desejo de abordar temas mais relevantes. Eric Pearson explicou que, desde o início, ele queria que a luta final do filme terminasse de uma forma inusitada: “Eu quero terminar nossa luta do terceiro ato com um abraço”.
Um confronto de “porradaria” com John Walker simplesmente não permitiria esse tipo de resolução. A ideia era ter alguém que a equipe não pudesse derrotar apenas na força bruta, mas sim que eles tivessem que se “conectar de uma forma emocional”.
Sentry, com sua batalha interna e sua vulnerabilidade, se tornou o adversário ideal para isso. O clímax emocional, focado na saúde mental de Sentry e na empatia da equipe, se alinha muito melhor com o tom que Pearson queria para o filme. Ele até comparou a dinâmica da equipe e a abordagem dos conflitos internos com o clássico ‘Clube dos Cinco’, onde diferentes personalidades com seus próprios problemas se encontram e, de alguma forma, se conectam.
A escolha de Sentry permitiu que o filme aprofundasse seus temas centrais sobre saúde mental e superação de traumas, tornando a narrativa mais rica e significativa. A luta contra Sentry não é apenas física, é psicológica e emocional, forçando os ‘Thunderbolts*’ a confrontar não apenas um inimigo poderoso, mas também suas próprias fragilidades.
Bastidores Agitados: Outras Mudanças em ‘Thunderbolts*’
A história de John Walker quase sendo o vilão não é a única curiosidade sobre o desenvolvimento de ‘Thunderbolts*’. O filme passou por várias mudanças ao longo do processo de criação, o que é comum em grandes produções de Hollywood, especialmente no MCU.
Por exemplo, o ator Steven Yeun (‘Minari’, ‘The Walking Dead’) estava inicialmente escalado para interpretar Bob, o Sentry, mas teve que deixar o projeto devido a conflitos de agenda. O papel acabou ficando com Lewis Pullman.
Outra ideia que foi considerada em algum momento envolvia a Taskmaster, interpretada por Olga Kurylenko em ‘Viúva Negra’. Originalmente, ela sobreviveria aos eventos do filme e desenvolveria um laço com a personagem Ghost.
Houve também um período em que Baron Zemo, o manipulador mestre de ‘Capitão América: Guerra Civil’ e ‘Falcão e o Soldado Invernal’, seria o antagonista secreto por trás dos eventos de ‘Thunderbolts*’. Embora Zemo seja um personagem fascinante, a equipe criativa decidiu seguir por outro caminho para focar nos membros da equipe e em seus próprios conflitos.
Essas mudanças nos bastidores mostram como a produção de um filme é um processo dinâmico, onde diferentes ideias são exploradas e ajustadas até que a versão final se encaixe perfeitamente. A decisão de focar em Sentry como vilão principal, em vez de Walker ou Zemo, parece ter sido fundamental para moldar o filme que veremos.
A Versão Final: Um Acerto de Contas e Redenção
A julgar pelas primeiras reações e análises (o filme já foi considerado um dos “melhores avaliados da Saga do Multiverso até agora”), a versão final de ‘Thunderbolts*’, com Sentry como o principal antagonista e o foco nos temas de saúde mental, parece ter sido a escolha certa. O roteirista Eric Pearson e o diretor Jake Schreier conseguiram encontrar um equilíbrio entre ação, drama e profundidade emocional.
A decisão de não transformar John Walker em um vilão completo permitiu que o filme continuasse a explorar sua complexa jornada de redenção. Assim como outros membros da equipe, como Ghost, Walker tem a oportunidade de evoluir, confrontar seus erros e talvez encontrar um novo propósito. O fato de ele não ser o vilão permite que ele faça parte da equipe e contribua para a dinâmica do grupo, que, como Pearson apontou, é uma das grandes forças do filme.
Essa abordagem também abre portas para o futuro de John Walker no MCU. Com a promessa de que ‘Avengers: Doomsday’ continuará explorando as consequências dos eventos de ‘Thunderbolts*’, é provável que vejamos o Agente Americano em ação novamente, talvez em um papel mais heroico, ou pelo menos menos ambíguo. A jornada de redenção de um personagem como Walker é muito mais interessante do que simplesmente transformá-lo em um inimigo a ser derrotado.
Até mesmo a aparente “falta de preparação para uma sequência” em ‘Thunderbolts*’ (algo que Pearson menciona como uma decisão “ousada”) e a mudança no nome da equipe no MCU (que parece se afastar do conceito original dos quadrinhos) indicam que o filme está focado em contar uma história completa e significativa para os personagens que apresenta, dando a eles uma segunda chance.
Conclusão
A revelação de que John Walker Thunderbolts quase foi o vilão principal de ‘Thunderbolts*’ é fascinante e nos dá uma perspectiva valiosa sobre o processo criativo por trás dos filmes do MCU. Embora a ideia de ver o Agente Americano em um confronto total com a equipe fosse interessante, a escolha de Sentry como antagonista, com sua profunda conexão com temas de saúde mental e luta interna, parece ter sido fundamental para moldar a versão final do filme.
Essa decisão permitiu que ‘Thunderbolts*’ fosse mais do que apenas um filme de ação, transformando-o em uma exploração das complexidades humanas e dos desafios emocionais. E para John Walker, significa a continuação de sua jornada, cheia de nuances e a possibilidade de redenção, provando que, às vezes, o caminho mais interessante para um personagem não é se tornar o vilão, mas sim lutar contra seus próprios demônios internos.
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Perguntas Frequentes sobre John Walker em Thunderbolts*
John Walker seria o vilão principal de ‘Thunderbolts*’?
Segundo o roteirista Eric Pearson, nos rascunhos iniciais do filme, a ideia era que John Walker fosse o antagonista principal, manipulado pela Contessa Valentina.
Por que a ideia de Walker como vilão foi abandonada?
A equipe criativa decidiu que a introdução do personagem Sentry permitiria explorar temas mais profundos, como saúde mental e conflitos internos, buscando um tipo de clímax diferente, menos focado apenas em luta física.
Quem é Sentry e qual seu papel no filme?
Sentry (interpretado por Lewis Pullman) é um personagem extremamente poderoso dos quadrinhos, com problemas de saúde mental e uma dualidade interna. Ele se tornou o vilão principal do filme, representando um desafio mais emocional e psicológico para a equipe.
Essa mudança afeta a jornada de John Walker?
Sim. Ao não se tornar o vilão, John Walker pode continuar sua complexa jornada dentro da equipe Thunderbolts, explorando a possibilidade de redenção e contribuindo para a dinâmica do grupo.
Houve outras mudanças notáveis na produção de ‘Thunderbolts*’?
Sim, o filme passou por várias mudanças. Steven Yeun foi escalado para Sentry antes de Lewis Pullman, e ideias como Taskmaster sobrevivendo ou Baron Zemo sendo o vilão secreto também foram consideradas e descartadas.