Por que Jeffrey Jones não está em ‘Os Fantasmas se Divertem 2’?

A ausência de Jeffrey Jones em ‘Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice’ se deve a sérios problemas legais enfrentados pelo ator nas últimas décadas. Para justificar a não participação e impulsionar a trama, o filme explica a morte do personagem Charles Deetz, pai de Lydia, que se torna um ponto crucial para a reunião da família e a jornada de Delia.

Se você é fã de ‘Os Fantasmas se Divertem’ e estava super ansioso pela sequência, ‘Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice’, provavelmente notou a ausência de um rosto conhecido: Charles Deetz, o pai de Lydia. E se você se perguntou por que Jeffrey Jones Os Fantasmas se Divertem 2 não rolaram juntos, a resposta envolve mais do que apenas decisões de roteiro. Prepara a pipoca (ou o sanduíche de mosca), porque vamos mergulhar nos motivos por trás dessa ausência e no destino do personagem!

Quem é Charles Deetz e o que Jeffrey Jones fez no filme original?

No filme clássico de 1988, ‘Os Fantasmas se Divertem’, Charles Deetz é o patriarca da excêntrica família Deetz, que se muda para a casa assombrada em Winter River. Interpretado por Jeffrey Jones, Charles é retratado como um tipo mais alheio e focado nos negócios, meio desconectado da esposa Delia, obcecada por arte, e da filha adolescente gótica, Lydia. Ele só se dá conta da bagunça sobrenatural quando a coisa fica realmente séria no final.

Antes de entrar para o universo de Tim Burton, Jeffrey Jones já tinha papéis marcantes na carreira. Quem não se lembra do diretor chato Ed Rooney em ‘Curtindo a Vida Adoidado’? Ele também esteve em filmes como ‘Howard, o Super-Herói’ antes de se mudar para aquela casa mal-assombrada ao lado dos Maitland e Betelgeuse.

Depois de ‘Os Fantasmas se Divertem’, Jones continuou atuando em produções notáveis. Ele apareceu em filmes aclamados como ‘A Caçada ao Outubro Vermelho’, ‘Ed Wood’ (outra parceria com Tim Burton), ‘O Pequeno Stuart Little’ e ‘A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça’. Sua carreira parecia seguir um bom rumo no cinema.

Os problemas legais que tiraram Jeffrey Jones dos holofotes

Apesar de uma carreira sólida nas décadas de 80 e 90, a vida de Jeffrey Jones deu uma guinada drástica no início dos anos 2000. Em 2002, o ator enfrentou sérias acusações criminais. Ele foi preso por posse de pornografia infantil e por solicitar imagens sexualmente explícitas de um garoto de 14 anos.

Embora as acusações mais graves tenham sido retiradas posteriormente, o incidente teve consequências severas. Jeffrey Jones foi condenado a cinco anos de liberdade condicional e, crucialmente, foi obrigado a se registrar como agressor sexual. Esse foi um divisor de águas em sua vida e carreira.

Infelizmente, os problemas legais não pararam por aí. Anos depois, em 2010, Jones foi preso novamente. O motivo? Ele falhou em cumprir as exigências de atualizar seu status como agressor sexual nos estados da Flórida e Califórnia por um período de seis anos. Dessa vez, ele se declarou culpado das acusações.

Essa segunda condenação resultou em mais três anos de liberdade condicional e a exigência de realizar um extenso serviço comunitário. Diante da seriedade e da natureza dos crimes pelos quais Jeffrey Jones foi condenado e registrado, fica bem claro por que o convite para retornar como Charles Deetz em ‘Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice’ simplesmente não aconteceu.

A decisão de não incluir o ator na sequência, mesmo que ele tenha mantido a inocência em relação às primeiras acusações, é totalmente justificável e compreensível para os produtores e para o público.

Como ‘Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice’ explica a ausência de Charles Deetz?

Com o retorno de personagens amados como Lydia (Winona Ryder), Delia (Catherine O’Hara) e, claro, o próprio Betelgeuse (Michael Keaton), a ausência de Charles Deetz precisava ser explicada na trama de ‘Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice’. Afinal, ele era uma figura central na família Deetz original.

O filme não perde tempo em resolver esse mistério. Já nos primeiros trailers divulgados, foi confirmado o destino de Charles Deetz: ele morreu. A sequência optou por tirar o personagem de cena de forma definitiva, mas de um jeito que pudesse ser usado como ponto de partida para a nova história.

O primeiro teaser de ‘Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice’ mostrou a família Deetz reunida em Winter River para um funeral. Embora os detalhes exatos de como Charles morreu não fossem revelados imediatamente, a imagem já sinalizava que o personagem não estaria vivo no presente da história. Essa foi a solução encontrada por Tim Burton e os roteiristas para justificar a não participação de Jeffrey Jones e, ao mesmo tempo, criar um motor para a trama.

O papel de Charles Deetz na trama da sequência (mesmo ausente)

Apesar de não estar vivo, o personagem Charles Deetz, ou melhor, sua morte, é um catalisador importante para a história de ‘Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice’. A ausência física de Jeffrey Jones não impediu que Charles tivesse um impacto na narrativa, especialmente na jornada de sua esposa, Delia.

A morte de Charles é o que inicialmente reúne Lydia e sua filha, Astrid (Jenna Ortega), com Delia em Winter River. Mais do que isso, a busca de Delia por seu marido no pós-vida se torna uma subtrama significativa. É essa busca que a leva a fazer um acordo com Betelgeuse, que promete ajudá-la a encontrar Charles se ela o ajudar a encontrar Lydia.

O personagem de Charles chega a aparecer brevemente no pós-vida em ‘Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice’. No entanto, sua aparição é feita utilizando efeitos visuais e recriação de sua semelhança, sem a necessidade de Jeffrey Jones. Os detalhes de sua morte são revelados de forma peculiar: ele morre em um acidente de avião, sobrevive à queda na água, mas é comido por um tubarão. Sua aparição no pós-vida reflete essa morte bizarra, com grande parte de seu corpo superior faltando.

Essa inclusão de Charles no pós-vida, mesmo que de forma limitada e visualmente alterada, serviu para criar uma linha de continuidade com o filme original e dar um fechamento emocional para a história de Delia. No final, Delia e Charles se reencontram no pós-vida antes de seguirem para o “Grande Além”, proporcionando um final feliz para a personagem de Catherine O’Hara.

Alguns podem argumentar que a subtrama de Delia procurando Charles no pós-vida pareceu um pouco menos interessante se comparada às outras linhas narrativas do filme, como a relação complexa entre Lydia e Astrid. O tempo de tela dedicado a essa busca poderia, talvez, ter sido melhor utilizado explorando ainda mais a dinâmica entre mãe e filha.

No entanto, do ponto de vista da franquia e da continuidade, a decisão de incluir Charles na trama, mesmo que morto, faz sentido. Permitiu que a história de Delia tivesse um arco completo e emocionante, mesmo que a forma como foi executada pudesse ter sido mais envolvente para alguns espectadores.

Por que simplesmente não escalaram outro ator para ser Charles?

Uma pergunta que poderia surgir é: por que Tim Burton e a equipe de ‘Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice’ não optaram por simplesmente escalar outro ator para interpretar Charles Deetz? Essa é uma prática comum em Hollywood, especialmente em sequências lançadas muitos anos depois do original.

No entanto, os produtores e o diretor provavelmente consideraram que essa abordagem traria mais problemas do que soluções. Charles Deetz, embora não fosse o personagem mais icônico do filme original, foi interpretado por Jeffrey Jones de uma forma específica. Após tantos anos, associar o personagem a um novo rosto levantaria inúmeras perguntas em entrevistas e eventos de divulgação.

Os fãs esperaram décadas pela sequência. O retorno de Winona Ryder, Michael Keaton e Catherine O’Hara era um dos pontos altos e mais esperados. A equipe queria focar a atenção na história, no retorno desses ícones e na introdução de novos personagens, como Astrid, interpretada por Jenna Ortega. Ter que responder constantemente sobre a mudança de ator para Charles Deetz seria uma distração desnecessária.

Seria como ter um “elefante na sala” durante toda a promoção do filme. A imprensa e os fãs estariam mais focados em entender a substituição e suas razões do que na própria obra. Ao matar o personagem e incluí-lo de forma limitada (e sem o corpo superior) no pós-vida, o filme conseguiu abordar a ausência de Jeffrey Jones de forma criativa, sem precisar escalar outro ator e gerar polêmica ou questionamentos que tirassem o foco do que realmente importava: a sequência em si.

‘Beetlejuice 3’ pode seguir em frente sem Charles Deetz

A forma como a história de Charles Deetz foi concluída em ‘Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice’ tem um benefício claro para o futuro da franquia. Ao dar um fechamento para a jornada de Delia e Charles no pós-vida, o filme permite que futuras continuações, como um possível ‘Beetlejuice 3’, se concentrem em outros personagens e novas narrativas.

Agora que Delia e Charles seguiram para o “Grande Além”, suas histórias estão encerradas. Isso libera a franquia para focar totalmente na relação entre Lydia e Astrid e em suas próprias experiências e desafios com Betelgeuse. A dinâmica entre mãe e filha é o coração da nova geração Deetz no filme, e há muito espaço para explorar essa relação e os pesadelos que o bio-exorcista ainda pode causar a elas.

A inclusão de Charles Deetz na trama de ‘Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice’, mesmo sem Jeffrey Jones, foi necessária para amarrar pontas soltas da história de Delia e justificar a ausência do ator original de uma forma orgânica à trama sobrenatural. Agora que essa parte da história foi contada e concluída, a franquia pode, finalmente, se desassociar completamente do ator e de seu personagem, olhando para o futuro com Lydia e Astrid no centro.

Conclusão

A ausência de Jeffrey Jones Os Fantasmas se Divertem 2 se deve, infelizmente, aos sérios problemas legais enfrentados pelo ator nas últimas décadas. Diante da gravidade das acusações e condenações, sua não participação na sequência é uma decisão compreensível e necessária por parte da produção.

Para contornar essa ausência e, ao mesmo tempo, manter a continuidade da família Deetz, ‘Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice’ optou por matar o personagem Charles Deetz. Sua morte, bizarra e digna do universo de Tim Burton, serviu como ponto de partida para a trama, impulsionando a jornada de Delia e dando um fechamento emocional para a história do casal no pós-vida.

Embora a forma como Charles foi incluído na sequência tenha gerado discussões, essa abordagem permitiu que o filme seguisse em frente sem a necessidade de escalar outro ator ou lidar com as distrações que isso traria. Agora, com a história de Charles e Delia concluída, o caminho está livre para que futuras produções da franquia ‘Os Fantasmas se Divertem’ se concentrem nas novas gerações e nas travessuras (ou horrores) que Betelgeuse ainda pode aprontar!

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Perguntas Frequentes sobre a Ausência de Jeffrey Jones em ‘Beetlejuice 2’

Por que Jeffrey Jones não está em ‘Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice’?

A ausência do ator se deve aos sérios problemas legais e condenações que ele enfrentou a partir dos anos 2000, incluindo acusações relacionadas à pornografia infantil.

O que aconteceu com o personagem Charles Deetz no novo filme?

Na trama de ‘Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice’, o personagem Charles Deetz morre, e seu funeral serve como ponto de partida para a reunião da família Deetz e o desenvolvimento da história.

Charles Deetz aparece de alguma forma na sequência?

Sim, o personagem Charles Deetz aparece brevemente no pós-vida no filme, utilizando efeitos visuais para recriar sua semelhança, sem a participação de Jeffrey Jones.

Por que não escalaram outro ator para fazer o papel de Charles?

Os produtores provavelmente evitaram escalar outro ator para Charles Deetz para não criar uma distração ou polêmica desnecessária, focando a divulgação no retorno dos atores originais e novos personagens. Matar o personagem foi a solução narrativa encontrada.

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