Por que ‘Desobedientes’ é o papel mais perturbador de Toni Collette desde ‘Hereditário’

A performance de Toni Collette em ‘Desobedientes’ na Netflix é considerada seu papel mais perturbador desde ‘Hereditário’, solidificando sua reputação como a rainha das personagens inconvencionais. A série explora o terror psicológico e a manipulação através de sua personagem Evelyn, líder de um culto, oferecendo aos fãs de horror uma nova e inquietante experiência que demonstra a versatilidade e o talento singular da atriz.

Se você é fã de atuações que te deixam de queixo caído e, ao mesmo tempo, com um nó no estômago, prepare-se: a performance de Toni Collette em ‘Desobedientes’ é, sem dúvida, o papel mais perturbador da atriz desde ‘Hereditário’. Aqui no Cinepoca, a gente já sabia que Collette era um monstro de talento, mas o que ela entrega nessa nova série da Netflix vai te deixar pensando por dias a fio, provando que a dupla Desobedientes Hereditário é um marco na carreira dela.

Toni Collette: A Rainha das Personagens Inconvencionais

Toni Collette: A Rainha das Personagens Inconvencionais

Desde que pisou no cenário do cinema em 1992, Toni Collette construiu uma carreira invejável, marcada por escolhas audaciosas e papéis que fogem do comum. Ela não é daquelas atrizes que se prendem a um único gênero ou tipo de personagem; pelo contrário, ela abraça o estranho, o complexo e o profundamente humano, mesmo quando esse humano é completamente bizarro. É essa versatilidade que a transformou em uma das atrizes mais impactantes de sua geração.

Se você prestar atenção, vai notar uma tendência super interessante na trajetória dela: a cada década, Collette nos presenteia com pelo menos um papel que a gente pode chamar de “esquisitão”, mas no melhor sentido da palavra. Nos anos 90, tivemos Diana Spencer (e não, não é a princesa!) em ‘Diana and Me’, uma atuação que já mostrava seu potencial para o excêntrico. Nos anos 2000, ela nos tocou profundamente como Mary no adorável e melancólico filme em stop-motion ‘Mary e Max: Uma Amizade Diferente’. Mas foi nos anos 2010 que ela elevou a barra do “estranho” a um novo patamar, entregando uma performance que viraria referência no cinema de horror.

O Legado Arrepiante de ‘Hereditário’ na Carreira de Collette

Ah, ‘Hereditário’! Lançado em 2018, esse filme é um daqueles que grudam na sua mente e se recusam a sair. É uma obra-prima do horror que desafia a compreensão total, mesmo depois de várias assistências. Cada vez que você assiste, novos detalhes perturbadores e camadas de terror psicológico se revelam, tornando a experiência ainda mais densa e arrepiante. O filme é literal e metaforicamente “cult”, com uma atmosfera inquietante que permeia cada cena.

A performance de Toni Collette como Annie Graham em ‘Hereditário’ é frequentemente citada como uma de suas melhores, se não a melhor. Ela personifica o luto, o desespero e a loucura de uma forma tão visceral que é difícil não sentir cada emoção junto com ela. Annie se vê presa em uma trama familiar sombria e sobrenatural, sendo uma vítima aterrorizada de forças que fogem ao seu controle. A intensidade e a crueza de sua atuação foram tão marcantes que o filme, apesar de ter dividido opiniões, consolidou seu lugar como um clássico moderno do terror e a atuação de Collette como um divisor de águas.

‘Desobedientes’: Um Novo Nível de Perturbação para Toni Collette

E agora, chegamos a ‘Desobedientes’. Se você achou que ‘Hereditário’ era o ápice da estranheza de Toni Collette, prepare-se para ser surpreendido. Esta nova série da Netflix é, sem dúvida, o papel mais bizarro e inquietante da atriz em muito tempo, e a gente não ficaria chocado se ela for considerada a “personagem estranha” da década de 2020 para Collette. A série transita entre o suspense e o terror psicológico, criando uma atmosfera que te deixa tenso do começo ao fim.

Em ‘Desobedientes’, somos levados à cidade de Tall Pines e seus cidadãos excessivamente amigáveis, que parecem guardar segredos sombrios. Há uma sensação constante de que algo está errado, mesmo nos momentos mais calmos, um pressentimento que te acompanha a cada episódio. Assim como ‘Hereditário’ dividiu o público, ‘Desobedientes’ também tem gerado discussões acaloradas, mas uma coisa é unanimidade: a atuação de Toni Collette.

O mais fascinante é a inversão de papéis em relação aos temas de culto. Enquanto em ‘Hereditário’, Collette era a vítima de uma seita aterrorizante, em ‘Desobedientes’ ela assume a liderança. Sua personagem, Evelyn, comanda um culto que adora a ideia metafísica de “o salto”, e a forma como ela o faz é de arrepiar. Essa mudança de perspectiva adiciona uma camada extra de complexidade e perturbação à sua atuação, mostrando o quão longe ela pode ir em suas escolhas artísticas.

Evelyn: A Força Inegável Por Trás do Caos em ‘Desobedientes’

Mesmo com as opiniões divididas sobre ‘Desobedientes’, um ponto é inegável e consistentemente elogiado, até mesmo pelos críticos que não se conectaram com a trama: Toni Collette é a parte mais cativante e essencial da série. Ela não apenas atua; ela é a força motriz por trás de todo o mistério e o horror que se desenrolam. É a sua performance que dita o tom sombrio e inquietante do show desde o primeiro momento.

O vídeo de recrutamento de Evelyn é a primeira pista para os espectadores de que há algo profundamente errado com a Tall Pines Academy, uma instalação que ecoa os horrores reais da indústria de “adolescentes problemáticos”. Evelyn é a mente por trás de grande parte do abuso e das táticas de “terapia” questionáveis e desumanas que ocorrem no local. Sua presença é tão dominante que mesmo quando não está ativamente causando danos, sua linguagem corporal e suas expressões faciais são suficientes para criar uma sensação de desconforto profundo.

Collette consegue levar sua personagem para um lugar que beira o “vale da estranheza” (uncanny valley), fazendo com que Evelyn, apesar de ser humana, pareça quase artificial em sua calma perturbadora e em sua fachada de “salvadora”. É essa dualidade que torna sua atuação tão magnética e assustadora, solidificando ‘Desobedientes’ como uma vitrine para seu talento inigualável em papéis complexos e moralmente ambíguos.

Por Que Fãs de ‘Hereditário’ Vão Amar (e Temer) ‘Desobedientes’

Por Que Fãs de 'Hereditário' Vão Amar (e Temer) 'Desobedientes'

Se você é um daqueles que ainda se pega pensando nas cenas chocantes e na atmosfera opressora de ‘Hereditário’, então ‘Desobedientes’ é uma parada obrigatória na sua lista da Netflix. A conexão entre as duas produções não se limita apenas à presença de Toni Collette e ao tema de cultos. Ambas as obras mergulham fundo no terror psicológico, na sensação de que algo está fundamentalmente errado e na exploração de traumas e vulnerabilidades humanas.

A maestria de Collette em transitar entre a vítima aterrorizada de ‘Hereditário’ e a líder de culto manipuladora em ‘Desobedientes’ é um show à parte. Ela prova que é capaz de encarnar o medo de diferentes ângulos, seja ele imposto ou infligido. Se você apreciou a estranheza, a profundidade e o desconforto que ‘Hereditário’ provocou, vai encontrar em ‘Desobedientes’ uma nova fonte de inquietação e admiração pela capacidade de Toni Collette de nos perturbar da melhor forma possível. Prepare-se para uma maratona que vai te deixar sem fôlego!

Conclusão: Toni Collette e o Poder do Desconforto

Toni Collette não é apenas uma atriz; ela é uma força da natureza, uma artista que não tem medo de explorar os cantos mais sombrios da psique humana. Com ‘Hereditário’, ela nos mostrou o terror do luto e da possessão; com ‘Desobedientes’, ela nos mergulha no horror da manipulação e do controle. Ambas as performances são monumentais e servem como um testemunho de seu talento singular para nos deixar desconfortáveis de uma maneira que poucos conseguem.

Seja você um veterano do terror ou alguém que está apenas começando a explorar o gênero, a jornada de Toni Collette por esses papéis perturbadores é essencial. Ela nos lembra que o cinema tem o poder não só de entreter, mas também de nos desafiar, nos assustar e nos fazer refletir sobre as complexidades do mal e da psique humana. Então, se joga nessas duas obras e prepare-se para uma experiência cinematográfica que vai muito além de um simples susto!

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Perguntas Frequentes sobre Toni Collette em ‘Desobedientes’ e ‘Hereditário’

Qual é o papel de Toni Collette em ‘Desobedientes’ e como ele se compara a ‘Hereditário’?

Em ‘Desobedientes’, Toni Collette interpreta Evelyn, a enigmática líder de um culto que adora a ideia metafísica de “o salto”. Diferente de ‘Hereditário’, onde era uma vítima, aqui ela é a figura de controle, causando terror e manipulação.

O que torna Toni Collette uma atriz tão impactante em papéis perturbadores?

Sua versatilidade e coragem em abraçar o estranho, o complexo e o profundamente humano, mesmo em personagens bizarros. Ela não se prende a um gênero, sempre buscando papéis que fogem do comum e exigem grande profundidade emocional.

‘Desobedientes’ é uma série de terror?

A série transita entre o suspense e o terror psicológico, criando uma atmosfera tensa e inquietante do começo ao fim. Ela explora temas de culto, manipulação e trauma, assim como ‘Hereditário’.

Quem é Evelyn em ‘Desobedientes’ e qual seu impacto na série?

Evelyn é a líder carismática, mas profundamente perturbadora, de um culto na Tall Pines Academy. Sua presença é a força motriz por trás do mistério e do horror, e sua atuação cria uma sensação de desconforto profundo, fazendo-a parecer quase artificial em sua calma.

Fãs de ‘Hereditário’ vão gostar de ‘Desobedientes’?

Sim, se você apreciou a estranheza, a profundidade e o desconforto psicológico de ‘Hereditário’, encontrará em ‘Desobedientes’ uma nova fonte de inquietação. Ambas as obras mergulham no terror psicológico e na exploração de traumas, com Collette transitando entre ser vítima e manipuladora.

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Marina Souza
Marina Souza
Oi! Eu sou a Marina, redatora aqui do Cinepoca. Desde os tempos de criança, quando as tardes eram preenchidas por maratonas de clássicos da Disney em VHS e as noites por filmes de terror que me faziam espiar por entre os dedos, o cinema se tornou um portal para incontáveis realidades. Não importa o gênero, o que sempre me atraiu foi a capacidade de um filme de transportar, provocar e, acima de tudo, contar algo.No Cinepoca, busco compartilhar essa paixão, destrinchando o que há de mais interessante no cinema, seja um blockbuster que domina as bilheterias ou um filme independente que mal chegou aos circuitos.Minhas expertises são vastas, mas tenho um carinho especial por filmes que exploram a complexidade da mente humana, como os suspenses psicológicos que te prendem do início ao fim. Meu objetivo é te levar em uma viagem cinematográfica, apresentando filmes que talvez você nunca tenha visto, mas que definitivamente merecem sua atenção.

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