‘Poker Face’ 2ª Temporada: O vilão mais trágico que você vai entender

Descubra a complexidade de Kendall, o personagem de ‘Poker Face’ que se destaca como um dos vilões mais trágicos e humanizados da série. Analisamos como suas intenções, um roteiro de cinema e uma série de eventos inesperados o levam a um caminho sombrio, transformando um sonho em um pesadelo com consequências devastadoras.

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Se você é fã de ‘Poker Face’ e adora desvendar mistérios, prepare-se para mergulhar em uma história que vai além do crime: a jornada de Kendall, o personagem que se consagra como o vilão trágico Poker Face mais complexo e tocante da série. Aqui no Cinepoca, a gente adora uma boa análise de personagem, e o caso dele é um prato cheio para entender como as coisas podem sair do controle de um jeito inesperado.

A Fórmula Única de ‘Poker Face’ e Seus Criminosos Inesquecíveis

‘Poker Face’ conquistou a todos com sua estrutura “whodunit reverso”, onde a gente já sabe quem cometeu o crime desde o início. Mas o verdadeiro charme está em ver a genial Charlie Cale desvendar como tudo aconteceu e, claro, em conhecer os criminosos por trás das falcatruas. A segunda temporada, em particular, tem se superado na criação de figuras memoráveis e suas motivações pra lá de peculiares.

Já vimos de tudo um pouco: desde uma policial que se mete em uma confusão com laxante para répteis e um jacaré, até uma estudante do ensino fundamental disposta a fazer qualquer coisa para vencer. Cada episódio nos entrega um culpado diferente, com crimes variados e métodos que nos deixam de queixo caído. É essa versatilidade que mantém a série fresca e empolgante, mostrando que o lado humano por trás do delito é sempre o mais fascinante.

Kendall: O Roteirista com um Sonho que Virou Pesadelo

No sétimo episódio da segunda temporada de ‘Poker Face’, somos apresentados a Kendall. Ele é um funcionário da loja de departamento SuperSave, mas seu verdadeiro sonho é se tornar um roteirista de sucesso em Hollywood. Ele vive e respira cinema, e tem até um roteiro novinho em folha chamado ‘One Last Job’, que ele acredita ser sua grande chance.

O ponto de virada acontece quando seu chefe e melhor amigo, Bill, decide demiti-lo. A intenção de Bill era nobre: forçar Kendall a perseguir sua paixão e não se acomodar. No entanto, essa “ajudinha” acaba empurrando Kendall para um caminho sombrio. É nesse momento de vulnerabilidade que ele se une a Juice, um ladrão experiente, e juntos, eles decidem usar o roteiro de Kendall como um mapa para roubar a SuperSave. O que parecia uma ideia brilhante para financiar um sonho, rapidamente se transforma em uma tragédia.

O Roubo que Deu Errado: Uma Morte Inesperada

Apesar de ser o cérebro por trás do assalto à SuperSave, Kendall não tinha a intenção de que a situação escalasse para a violência. Ele planejou o roubo de quase 400 mil dólares, sim, mas a ideia era pegar o dinheiro e sumir, sem machucar ninguém. O problema é que a vida real não segue um roteiro de cinema tão à risca.

Quando Bill, seu amigo e ex-chefe, o descobre em meio ao roubo, Kendall tenta explicar, pedir desculpas. Ele queria consertar as coisas, talvez até devolver o dinheiro. Mas, em um instante fatídico, Juice atira em Bill pelas costas, sem saber que ele era amigo de Kendall. Esse momento choca Kendall profundamente. O assalto nunca deveria ter resultado em uma morte, e o peso da culpa recai sobre ele, transformando-o imediatamente em um vilão trágico Poker Face.

A cena da fuga é marcada pela angústia de Kendall. Ele está visivelmente abalado, percebendo que suas ações, mesmo que indiretamente, levaram à morte de seu amigo. Essa culpa é um tema constante em sua jornada, diferenciando-o de outros criminosos que vimos na série.

A Complexidade de um Vilão: Não Queria Ferir Ninguém

A complexidade de Kendall como um vilão trágico Poker Face se aprofunda quando Charlie Cale entra em cena. Quando ela descobre o plano e a conexão de Kendall com o caso, ele se vê em uma encruzilhada. Ele tem uma arma apontada para Charlie, mas a relutância em machucá-la é palpável. Ele explica, com a voz embargada, que Bill nunca deveria ter sido ferido.

Apesar de Charlie ser uma testemunha crucial – e ter uma ligação pessoal com o caso por seus laços românticos com Bill – Kendall a deixa ir embora. Essa decisão é um divisor de águas. Ela mostra que, apesar de ter orquestrado um roubo e estar envolvido em uma morte, Kendall não é um assassino frio. Ele não quer mais sangue em suas mãos. Seu arrependimento pela morte de Bill é genuíno, e ele deseja, acima de tudo, que a violência pare ali.

Essa nuance faz dele um personagem muito mais interessante do que um simples “bandido”. Ele é um homem comum que cometeu um erro terrível, e as consequências desse erro o perseguem a cada passo. É por isso que ele se encaixa tão bem na descrição de um verdadeiro vilão trágico Poker Face.

Confronto e Legítima Defesa: O Segundo Ato de Desespero

A espiral de infortúnios de Kendall não para por aí. Ele se torna diretamente responsável pela morte de Juice, mas, mais uma vez, as circunstâncias são complexas. Juice descobre que Kendall escondeu uma parte do dinheiro do roubo em seu armário de trabalho e o ameaça com uma arma para conseguir a combinação.

Em um momento de tensão, a arma de Juice falha, e uma briga desesperada começa. Em meio ao caos, Kendall pega uma das katanas de exposição da loja e, em um ato de legítima defesa, acidentalmente esfaqueia Juice. É um movimento para salvar sua própria vida, não um assassinato premeditado. A cena é brutal, mas a motivação de Kendall é clara: sobrevivência.

Contrariando as expectativas, Juice não morre imediatamente. Ele reaparece na SuperSave no final do episódio, perseguindo Charlie e Kendall com uma metralhadora. No entanto, ele acaba sucumbindo aos ferimentos. Kendall é finalmente preso pela polícia, chamada por Charlie através do botão de emergência de Bill. Seu destino está selado, mas a forma como ele chegou até ali é o que o torna tão singular.

O Legado Trágico de Kendall: Uma Lição Dolorosa

A história de Kendall em ‘Poker Face’ é profundamente trágica porque era completamente evitável. Bill, seu amigo, acreditava em seu talento como roteirista. O roteiro ‘One Last Job’ era tão realista que se tornou um plano de roubo bem-sucedido, o que só reforça a ideia de que Kendall tinha o que era preciso para brilhar em Hollywood.

Ele poderia ter perseguido seus sonhos sem a necessidade de dinheiro rápido, sem se envolver com um criminoso como Juice. Mas ele fez uma escolha consciente, uma decisão que o levou a um caminho de desgraça. Em vez de escrever roteiros e viver seu sonho, Kendall agora enfrentará a prisão, provavelmente pelo resto de sua vida. É um final devastador que ressalta as consequências de decisões impulsivas e o poder destrutivo de uma única má escolha.

Essa narrativa faz de Kendall um dos criminosos mais trágicos e humanizados de ‘Poker Face’. Ele não é um monstro, mas alguém que cometeu um erro colossal que fugiu completamente do seu controle. Sua história serve como um lembrete de como a vida real pode ser cruel, e como as melhores intenções podem levar aos piores resultados. É por isso que ele é o vilão trágico Poker Face que a gente não consegue esquecer.

A história de Kendall, o vilão trágico Poker Face, é um exemplo brilhante da capacidade da série de explorar a complexidade humana por trás do crime. Ele nos lembra que nem todo “vilão” é puramente mau, e que as circunstâncias e as escolhas podem levar pessoas comuns a caminhos inimagináveis. A jornada de Kendall é um espelho das consequências e dos arrependimentos que vêm quando os sonhos se chocam com a dura realidade. É uma lição dolorosa, mas que torna ‘Poker Face’ ainda mais fascinante.

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