Peggy e Don Mad Men: 5 confrontos inesquecíveis que moldaram a série

A relação complexa entre Peggy Olson e Don Draper em ‘Mad Men: Inventando Verdades’ é um dos pilares da série. Explore os cinco confrontos mais marcantes que moldaram suas carreiras e aprofundaram a dinâmica entre mentor e pupila, revelando a evolução de ambos e a essência dessa amizade profissional inesquecível na publicidade dos anos 60.

Se você é fã de ‘Mad Men: Inventando Verdades’, sabe que a relação entre Peggy e Don Mad Men é um dos pilares mais fascinantes e complexos da série. Mais do que uma simples dinâmica de chefe e funcionário, essa amizade cheia de altos e baixos nos presenteou com alguns dos momentos mais icônicos e transformadores da televisão. Prepare-se, porque vamos mergulhar nos cinco confrontos inesquecíveis que não só moldaram a trajetória de Peggy Olson, mas também definiram a essência dessa obra-prima!

O Início de Tudo: De Secretária a Gênio Criativo

O Início de Tudo: De Secretária a Gênio Criativo

Desde o primeiro episódio de ‘Mad Men: Inventando Verdades’, Peggy Olson (interpretada pela brilhante Elisabeth Moss) surge como a secretária de Don Draper (o carismático Jon Hamm). Mas quem assistiu à série sabe que ela estava destinada a muito mais do que atender telefones e servir café. A jornada de Peggy, de uma jovem tímida e inexperiente a uma copywriter de mão cheia, é uma das mais gratificantes e inspiradoras que já vimos nas telinhas. Ela não só aprendeu a trabalhar no mundo da publicidade, mas também a se impor em um ambiente dominado por homens, e Don, de uma forma torta, foi seu mentor.

A relação entre Don e Peggy é estabelecida logo na primeira temporada como algo que foge do clichê romântico, mesmo com Don tendo inúmeros affairs. Ele sempre deixou claro: “Sou seu chefe, não seu namorado”. E essa linha, por mais que tenha sido testada, foi fundamental para o desenvolvimento de ambos. Don, inicialmente, promove Peggy a copywriter quase como uma provocação a Pete Campbell, mas logo percebe o talento bruto e a inteligência afiada da moça. É a partir daí que o respeito mútuo começa a florescer, pavimentando o caminho para os embates que viriam a seguir. Peggy, por sua vez, nunca se calou quando sentiu que precisava lutar por seu valor, e é exatamente isso que a torna tão admirável.

O Primeiro Desafio: ‘Cadê Minha Grana, Don?’

Em ‘Mad Men: Inventando Verdades’, mesmo sendo uma copywriter júnior na segunda temporada, Peggy já demonstrava uma percepção aguçada de seu próprio valor. No episódio “The New Girl”, Don se envolve em um acidente de carro embriagado com Bobbie Barrett, uma de suas amantes, e quem ele chama para o resgate? Isso mesmo, Peggy. Ela se vê em uma situação delicada, tanto pessoal quanto financeiramente, precisando pagar a fiança de Don.

Considerando a enorme diferença de poder entre eles, essa não foi a hora mais “brilhante” de Don na amizade com Peggy. Mas ela não se intimidou. Com a coragem que só Peggy Olson tem, ela confronta Don, deixando claro que o valor da fiança era significativo para ela e pede o dinheiro de volta. O mais marcante dessa cena é a sutil, mas poderosa, mudança na forma como ela se dirige a ele: começa chamando-o de “Sr. Draper” e termina agradecendo-o pelo primeiro nome, “Don”. Esse detalhe é um verdadeiro divisor de águas, mostrando que Peggy estava pronta para estabelecer uma relação em termos mais igualitários.

Não Sou Cachorro de Seguir: Peggy Exige Respeito

Não Sou Cachorro de Seguir: Peggy Exige Respeito

O final da terceira temporada de ‘Mad Men: Inventando Verdades’, no episódio “Shut The Door, Have A Seat”, é um marco na vida de Peggy e na dinâmica com Don. Quando Don decide não se juntar à McCann Erickson e resolve abrir sua própria agência, ele simplesmente assume que Peggy o seguirá. Uma presunção arrogante, convenhamos. E Peggy, com sua sagacidade habitual, não deixa barato.

Ela o confronta com uma frase que ecoa até hoje: “Você simplesmente presume que farei tudo o que você disser. Que vou segui-lo, como um poodle nervoso.” Don, com seu ego inflado, diz que não vai “implorar”. Ao que Peggy retruca, com uma dose de ironia e muita verdade: “Implorar? Você nem me pediu… Não quero fazer carreira estando lá para você me chutar quando falhar.” Essa cena não só mostra a inteligência de Peggy com as palavras, mas também sua determinação em não ser dada como certa. O impacto em Don é visível, mesmo que ele não demonstre na hora. Mais tarde, ele aparece no apartamento dela, quase como um suplicante, e promete passar o resto da vida tentando contratá-la, um sinal claro do respeito que ela finalmente conquistou.

Aniversário Esquecido: A Vida Pessoal em Jogo

‘Mad Men: Inventando Verdades’ sempre foi mestre em mostrar o lado intenso e muitas vezes cruel da vida na publicidade, onde trabalho duro e festas se misturam sem limites. O aclamado episódio “The Suitcase”, da quarta temporada, é um exemplo perfeito. Don e Peggy passam a noite em claro, trabalhando em ideias para a Samsonite. E é nesse cenário exaustivo que Peggy mais uma vez se defende, confrontando Don sobre o fato de que ela tem uma vida fora da agência.

Enquanto eles suam para criar a campanha perfeita, o namorado de Peggy, Mark, a espera em um restaurante para o jantar de aniversário dela. A resposta de Don? “É hora de superar aniversários”, uma projeção irônica, considerando que ele mesmo não celebra seu verdadeiro aniversário. A situação se complica quando Peggy descobre que Mark convidou a mãe dela para o que deveria ser um jantar romântico e íntimo, reforçando a dolorosa realidade de que nem mesmo as pessoas mais próximas a conhecem de verdade. Don, percebendo sua insensibilidade, compensa levando Peggy para comer, um momento de reconciliação tocante que solidifica ainda mais essa que é, sem dúvida, a amizade mais complexa e envolvente da série.

O Adeus que Partiu Corações (e Carreiras)

O Adeus que Partiu Corações (e Carreiras)

Um dos momentos mais emocionantes e difíceis da relação entre Peggy e Don Mad Men acontece na quinta temporada, no episódio “The Other Woman”. Peggy decide dar o passo mais difícil de sua carreira e pede demissão da Sterling Cooper Draper Pryce (SCDP). É um momento de cortar o coração para ambos, dada a longa história e o papel de Don como mentor de Peggy.

A reunião já começa mal. Don, tentando adivinhar o motivo do encontro, a insulta duas vezes sem querer: primeiro, dizendo que “não pode colocar uma garota na Jaguar”, e depois, perguntando se é sobre Joan ter sido feita sócia, algo que Peggy nem sequer sabia. Apesar disso, Peggy começa sua fala de demissão expressando gratidão. Elisabeth Moss entrega uma atuação brilhante, mostrando toda a sua vulnerabilidade – a voz quase sem fôlego, as mãos nervosas. Jon Hamm, por sua vez, retrata as fases do luto de Don de forma magistral: negação, barganha (ele ainda tenta negociar para mantê-la), choque ao perceber que ela está falando sério, raiva e, finalmente, aceitação.

É interessante notar que o beijo na mão de Peggy, em vez de um aperto de mãos de despedida, foi um improviso de Jon Hamm. E a reação emocionada de Elisabeth Moss foi genuína, como a própria atriz revelou à Vanity Fair. Esse momento se tornou um dos pontos altos da relação entre Peggy e Don, marcando um ponto crucial na crescente confiança e independência de Peggy.

Quando o Mentor Vira ‘Monstro’: O Ponto Sem Retorno

Na sexta temporada, no episódio “The Quality of Mercy”, a relação entre Peggy e Don Mad Men atinge um ponto de tensão quase insuportável. O caso de Peggy com Ted Chaough chega ao auge, e Don decide intervir, pressionando os dois sobre as ramificações de um relacionamento no local de trabalho. Peggy havia criado uma ideia de anúncio genial, inspirada em ‘O Bebê de Rosemary’, uma escolha narrativa inteligente e historicamente relevante, considerando a própria experiência de gravidez de Peggy na primeira temporada de ‘Mad Men: Inventando Verdades’. Ted estava convencido de que Peggy ganharia um prêmio Clio pela ideia criativa.

Don, no entanto, não estava tão entusiasmado. A ideia de Peggy ultrapassava o orçamento acordado com o cliente, e ele percebia que o julgamento de Ted estava nublado pela paixão. A forma como Don lida com a situação é, para dizer o mínimo, repugnante para Peggy. Ele inicia a reunião dizendo “Acho que todos sabemos por que estamos aqui”, claramente insinuando que revelaria o relacionamento deles ao cliente. Mas, em um movimento simultâneo de “salvar” o anúncio e humilhar Ted e Peggy, ele afirma que a ideia era a última de Frank Gleason antes de sua trágica morte por câncer.

Manipular os sentimentos do cliente com uma mentira mórbida e tirar a chance de um prêmio de Peggy foi uma das piores coisas que Don Draper já fez. Além disso, havia o fator de Don sentir ciúmes profissionais de Ted e talvez ainda ressentimento pelo fato de Peggy ter deixado a SCDP para a CGC. Don pode ter achado que estava certo na situação, mas Peggy, com toda a sua raiva e decepção, o chama de “monstro” por interferir em seu caso de amor em ‘Mad Men: Inventando Verdades’. Esse confronto é um dos mais intensos e mostra o quão longe a dinâmica entre eles havia chegado.

O Legado de Peggy e Don: Uma Amizade que Marcou Época

A jornada de Peggy e Don Mad Men é um testemunho da complexidade das relações humanas, especialmente em um ambiente de trabalho tão competitivo e machista como o da publicidade dos anos 60. O que começou como uma relação de mentor e aprendiz, evoluiu para uma amizade repleta de respeito, frustração, admiração e, acima de tudo, um crescimento mútuo inegável. Cada confronto, por mais doloroso que fosse, serviu para moldar Peggy em uma mulher forte, independente e uma profissional de sucesso, e para humanizar Don, revelando suas próprias vulnerabilidades e a forma como ele via a si mesmo e aos outros.

Esses cinco momentos que revisitamos são apenas uma amostra da profundidade e da riqueza dessa dinâmica. Eles nos lembram que os verdadeiros laços são forjados em meio a desafios e que, às vezes, as maiores demonstrações de carinho vêm na forma de um confronto honesto. Se você ainda não assistiu a ‘Mad Men: Inventando Verdades’ ou quer reviver esses momentos épicos, não perca tempo! A história de Peggy e Don é um capítulo à parte na história da televisão e continua inspirando fãs de cinema em todo o mundo. Qual desses confrontos te marcou mais? Conta pra gente!

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Perguntas Frequentes sobre Peggy e Don em Mad Men

Qual a importância da relação entre Peggy e Don em ‘Mad Men’?

A relação entre Peggy Olson e Don Draper é central em ‘Mad Men’, evoluindo de mentor-aprendiz para uma amizade complexa e de respeito mútuo, moldando o desenvolvimento de ambos e aprofundando a narrativa da série.

Como Peggy Olson evoluiu em ‘Mad Men’?

Peggy Olson começou como secretária de Don Draper e, através de sua inteligência e determinação, evoluiu para uma copywriter de sucesso, impondo-se em um ambiente dominado por homens e tornando-se uma figura independente e respeitada na publicidade.

Quais são alguns dos confrontos notáveis entre Peggy e Don?

Alguns confrontos marcantes incluem Peggy exigindo o dinheiro da fiança de Don, sua recusa em segui-lo cegamente ao abrir a nova agência, o embate sobre seu aniversário esquecido, sua demissão da SCDP, e o tenso episódio onde Don manipula uma campanha e Peggy o chama de “monstro”.

A relação entre Peggy e Don foi romântica?

Não, a relação entre Peggy e Don em ‘Mad Men’ nunca foi romântica. Don sempre deixou claro que era seu chefe, e a dinâmica deles focou no desenvolvimento profissional, mentoria e uma amizade complexa e de respeito mútuo.

O que o beijo na mão de Peggy por Don significou?

O beijo na mão de Peggy por Don, um improviso de Jon Hamm, ocorreu no momento da demissão dela. Ele simbolizou um profundo respeito e reconhecimento da independência e do valor de Peggy, marcando um ponto alto na complexa relação de ambos.

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Marina Souza
Marina Souza
Oi! Eu sou a Marina, redatora aqui do Cinepoca. Desde os tempos de criança, quando as tardes eram preenchidas por maratonas de clássicos da Disney em VHS e as noites por filmes de terror que me faziam espiar por entre os dedos, o cinema se tornou um portal para incontáveis realidades. Não importa o gênero, o que sempre me atraiu foi a capacidade de um filme de transportar, provocar e, acima de tudo, contar algo.No Cinepoca, busco compartilhar essa paixão, destrinchando o que há de mais interessante no cinema, seja um blockbuster que domina as bilheterias ou um filme independente que mal chegou aos circuitos.Minhas expertises são vastas, mas tenho um carinho especial por filmes que exploram a complexidade da mente humana, como os suspenses psicológicos que te prendem do início ao fim. Meu objetivo é te levar em uma viagem cinematográfica, apresentando filmes que talvez você nunca tenha visto, mas que definitivamente merecem sua atenção.

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