O erro de ‘Dexter: Ressurreição’ sobre o ‘Dark Passenger’

A nova temporada de ‘Dexter: Ressurreição’ gerou debate ao aparentemente confundir o conceito de ‘Dark Passenger’ com um alter ego, ignorando o verdadeiro ‘Dark Defender’ de Dexter. Este artigo explora a distinção crucial entre os termos e explica por que a apropriação do “Dark Passenger” por um novo serial killer é tão pessoal e ofensiva para Dexter Morgan, impactando sua jornada de “renascimento”.

Se você é fã de carteirinha de ‘Dexter’, prepare-se para uma discussão que tem tirado o sono de muita gente por aí! Com o lançamento de ‘Dexter: Ressurreição’, a série trouxe de volta nosso serial killer favorito, mas parece ter havido uma confusão sobre o que realmente significa o termo Dark Passenger. Será que a produção se esqueceu do verdadeiro alter ego do nosso justiceiro sombrio? Vem com a gente desvendar esse mistério!

Afinal, Quem é o Verdadeiro “Dark Passenger” de Dexter?

Afinal, Quem é o Verdadeiro

Para quem acompanha Dexter Morgan desde o comecinho, a expressão “Dark Passenger” não é novidade. Mas o que ela realmente representa? Ao longo das temporadas da série original, Dexter sempre usou esse termo para se referir à sua pulsão incontrolável de matar, aquele instinto primitivo que o impulsiona a buscar e eliminar outros serial killers. É a personificação de sua necessidade de derramar sangue, uma parte intrínseca de si mesmo, não um nome que ele usa para se apresentar ou um codinome secreto.

No entanto, em ‘Dexter: Ressurreição’, a trama nos apresenta um novo serial killer que adota justamente o nome de “Dark Passenger”. E é aí que a confusão começa! Para Dexter, isso é quase um sacrilégio. Imagine só: sua força interna, seu impulso mais sombrio, sendo “roubado” por um estranho. É claro que isso o tira do sério, mas a série insinua que a irritação de Dexter vem de uma suposta “apropriação” de seu alter ego, o que levanta uma bandeira vermelha para os fãs mais atentos.

Desvendando o Passado: Onde Estava o “Dark Defender”?

Para entender a raiz dessa confusão, precisamos fazer uma viagem no tempo até a segunda temporada de ‘Dexter’. Naquela época, a polícia de Miami Metro estava em polvorosa com a descoberta dos corpos das vítimas de Dexter, e ele ganhou o infame apelido de “Bay Harbor Butcher”. Mas a opinião pública, por outro lado, começou a enxergá-lo de uma forma diferente.

Foi em uma loja de quadrinhos que surgiu um outro apelido, muito mais heroico e que realmente mexeu com o nosso Dexter. Um funcionário do local, impressionado com a ideia de um serial killer que só matava outros assassinos, criou um pôster que retratava o “Bay Harbor Butcher” como um anti-herói. E assim nasceu o “Dark Defender”!

Dexter adorou tanto esse título que ele se tornou seu verdadeiro alter ego por um tempo. Ele chegava a fantasiar, em seus sonhos, vestindo uma capa e salvando a si mesmo e sua mãe, Laura Moser, do contêiner onde ela foi assassinada. O “Dark Defender” era a personificação de seu lado “justiçoso”, a fachada que ele construía para si mesmo como um protetor, ainda que de uma forma nada convencional. Embora ele mais tarde tenha se resignado ao apelido de “Bay Harbor Butcher”, o “Dark Defender” foi, sem dúvida, o nome que ele adotou para si mesmo em seu mundo interior de fantasia.

Portanto, quando ‘Dexter: Ressurreição’ sugere que o novo assassino roubou o “alter ego” de Dexter ao usar “Dark Passenger”, os fãs que se lembram do “Dark Defender” ficam com aquela pulga atrás da orelha. A relação de Dexter com o “Dark Passenger” sempre foi de uma característica interna, uma força motriz, e não um nome pelo qual ele era conhecido ou se identificava publicamente.

A Confusão da Ressurreição: Por Que o Nome Incomoda Tanto?

A Confusão da Ressurreição: Por Que o Nome Incomoda Tanto?

Mesmo com essa aparente “esquecida” sobre o “Dark Defender”, a série ‘Dexter: Ressurreição’ consegue nos mostrar por que o uso do termo “Dark Passenger” por um novo serial killer é tão irritante para Dexter Morgan. Não é porque era o seu alter ego, mas sim porque ele tem uma conexão profundamente pessoal e quase sagrada com essa expressão.

Para Dexter, o “Dark Passenger” não é apenas uma frase; é a definição da parte mais sombria e essencial de sua existência. É o motor de suas ações, a razão pela qual ele é quem é. Ele o carrega consigo por décadas, e a ideia de alguém aleatório se apropriar desse termo para descrever suas próprias atrocidades é inaceitável. É como se estivessem profanando algo que é intrinsecamente dele. Como ele mesmo expressou para Harry em um momento, “Ele não é o Dark Passenger, isso faz parte de mim. Eu me recuso a chamá-lo assim.” É uma questão de identidade, de posse sobre a sua própria natureza.

Além disso, o novo “Dark Passenger” está agindo de uma forma que vai totalmente contra o Código de Harry. Este novo assassino não segue regras, mata inocentes e age motivado por preconceito e racismo, o que é um verdadeiro insulto à filosofia de Dexter de proteger os inocentes e direcionar sua fúria apenas para quem realmente merece. Em certa medida, o “Dark Passenger” de ‘Dexter: Ressurreição’ simboliza o que Dexter poderia se tornar se não fosse contido pelo código moral que seu pai adotivo o ensinou. É um espelho distorcido de si mesmo, e isso é aterrorizante para ele.

Mais do que um Nome: A Luta de Dexter pela “Rebeldia Controlada”

A obsessão de Dexter em “reivindicar” o termo “Dark Passenger” vai além da simples irritação com um plágio de nome. Ela se encaixa perfeitamente na temática de ‘Dexter: Ressurreição’ e na jornada de “renascimento” que o personagem está vivendo. O título da série não é à toa; Dexter está passando por uma espécie de ressurreição, um novo começo, e parte desse processo envolve confrontar e, de certa forma, redefinir sua relação com seu próprio instinto assassino.

Em ‘Dexter: New Blood’, vimos Dexter tentando, com todas as suas forças, suprimir seu “Dark Passenger”. Ele se isolou em uma pequena cidade, longe das tentações e dos gatilhos que o levavam a matar. No entanto, essa supressão não foi saudável, e ele estava se desintegrando por dentro. Agora, em ‘Ressurreição’, ele é forçado a encarar essa parte de si mesmo de frente, não para negá-la, mas para integrá-la de forma diferente, mais controlada e, paradoxalmente, mais livre.

A caçada ao falso “Dark Passenger” é, para Dexter, uma oportunidade de reafirmar seu controle e sua identidade. É uma forma de dizer: “Essa parte de mim é minha, e eu a uso para um propósito, seguindo um código. Você, impostor, não tem direito de manchar o que ela representa.” Essa luta é um elemento crucial para o seu desenvolvimento na nova série, mostrando que ele precisa se reconciliar com seu “Dark Passenger” e colocá-lo a serviço de sua própria versão de justiça, sem se tornar um monstro descontrolado.

Um Novo Começo? A Caçada e a Satisfação Pessoal de Dexter

Um Novo Começo? A Caçada e a Satisfação Pessoal de Dexter

Além de todas as razões temáticas e psicológicas, a caçada ao novo “Dark Passenger” em ‘Dexter: Ressurreição’ representa algo mais simples, mas igualmente poderoso para Dexter: a primeira chance real de alimentar seu próprio instinto assassino de uma forma satisfatória em anos. Em ‘New Blood’, as mortes que ele causou foram mais acidentais ou desesperadas, parte de um processo de descontrole que o estava destruindo por dentro. Não havia a “arte” ou a “satisfação” que ele encontrava em suas caçadas anteriores.

Agora, em uma nova cidade, longe da vigilância constante de Deb (que o assombrava de outra forma em ‘New Blood’), e com a sensação de ter menos chances de ser pego, Dexter vê uma oportunidade de ouro. A perseguição ao “Dark Passenger” impostor não é apenas uma missão moral; é uma forma de saciar sua própria sede de sangue de maneira organizada, com um propósito, e com a adrenalina da caçada que ele tanto sentia falta. É uma volta às suas raízes, mas com a maturidade e as cicatrizes de tudo o que ele viveu.

Essa nova fase, essa “ressurreição” de seu lado mais sombrio, mas ainda regido pelo Código de Harry, é o que ‘Dexter: Ressurreição’ propõe. Ele não está apenas caçando um assassino; está caçando uma versão de si mesmo que ele não quer ser, ao mesmo tempo em que permite que seu verdadeiro Dark Passenger finalmente respire e se manifeste de uma forma que ele, e apenas ele, entende e controla.

Conclusão: O Legado do “Dark Passenger” e o Caminho de Dexter

Apesar da pequena confusão entre “Dark Defender” e “Dark Passenger” em ‘Dexter: Ressurreição’, fica claro que a série busca explorar a relação complexa de Dexter com seu próprio instinto assassino. O “Dark Passenger” é muito mais do que um apelido; é a essência do personagem, sua maldição e sua razão de ser.

A batalha de Dexter contra o impostor que usa esse nome é uma metáfora para sua luta interna: a busca por controle, a necessidade de impor sua própria justiça e a tentativa de encontrar um novo equilíbrio em sua vida. Para os fãs de ‘Dexter’, essa discussão só prova o quanto o universo do nosso serial killer favorito continua relevante e cheio de nuances. E você, o que achou dessa reviravolta? Compartilhe sua opinião com a gente aqui no Cinepoca!

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Perguntas Frequentes sobre “Dark Passenger” em ‘Dexter’

O que o termo “Dark Passenger” realmente significa para Dexter?

Para Dexter, o “Dark Passenger” é a sua pulsão incontrolável de matar, o instinto primitivo que o impulsiona a eliminar outros serial killers. É uma parte intrínseca de si mesmo, não um nome ou codinome.

Quem era o “Dark Defender” e qual sua importância para Dexter?

O “Dark Defender” foi um apelido que Dexter adotou para si mesmo na segunda temporada, após a polícia o chamar de “Bay Harbor Butcher”. Era a personificação de seu lado “justiçoso”, a fachada que ele construía como um anti-herói que matava apenas outros assassinos.

Por que a série ‘Dexter: Ressurreição’ gerou confusão sobre o “Dark Passenger”?

A confusão surge porque ‘Dexter: Ressurreição’ introduz um novo serial killer que adota o nome “Dark Passenger”, e a série insinua que a irritação de Dexter vem da apropriação de seu “alter ego”, quando o “Dark Passenger” nunca foi um alter ego, mas sim uma força interna.

Por que Dexter se irrita tanto com outro assassino usando o nome “Dark Passenger”?

A irritação de Dexter não vem de uma apropriação de alter ego, mas da profanação de algo profundamente pessoal e quase sagrado para ele. O “Dark Passenger” é a definição da parte mais sombria e essencial de sua existência, e ver alguém usá-lo para atos que violam o Código de Harry é um insulto.

Como a caçada ao “falso Dark Passenger” afeta Dexter em ‘Ressurreição’?

A caçada representa uma oportunidade para Dexter reafirmar seu controle e identidade, confrontando uma versão distorcida de si mesmo. Além disso, permite que ele alimente seu instinto assassino de forma controlada e com propósito, saciando uma sede de sangue que estava reprimida.

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Lucas Lobinco
Lucas Lobinco
Sou o Lucas, e minha paixão pelo cinema começou com as aventuras épicas e os clássicos de ficção científica que moldaram minha infância. Para mim, cada filme é uma nova oportunidade de explorar mundos e ideias, uma janela para a criatividade humana. Minha jornada não foi nos bastidores da produção, mas sim na arte de desvendar as camadas de uma boa história e compartilhar essa descoberta. Sou movido pela curiosidade de entender o que torna um filme inesquecível, seja a complexidade de um personagem, a inovação visual ou a mensagem atemporal. No Cinepoca, meu foco é trazer uma perspectiva única, mergulhando fundo nos detalhes que fazem um filme valer a pena, e incentivando você a ver a sétima arte com novos olhos.Tenho um apreço especial por filmes de ação e aventura, com suas narrativas grandiosas e sequências de tirar o fôlego. A comédia de humor negro e os thrillers psicológicos também me atraem, pela forma como subvertem expectativas e exploram o lado mais sombrio da psique humana. Além disso, estou sempre atento às novas vozes e tendências que surgem na indústria, buscando os próximos grandes talentos e as histórias que definirão o futuro do cinema.

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