Morgoth Senhor Anéis: 3 Detalhes Ocultos nos Filmes de ‘O Senhor dos Anéis’!

Explore a presença sutil de Morgoth, o primeiro Lorde das Trevas de Tolkien, nos filmes de ‘O Senhor dos Anéis’. Este artigo revela como Peter Jackson incorporou detalhes do vilão primordial no design de Sauron e em referências escondidas, aprofundando a compreensão do mal na Terra-média e a fidelidade à mitologia.

Se você é fã de ‘O Senhor dos Anéis’, prepare-se para descobrir algo que vai mudar sua forma de ver os filmes! O vilão primordial de toda a mitologia de Tolkien, o temível Morgoth Senhor Anéis, está mais presente nas telonas do que você imagina, mesmo sem aparecer diretamente. É uma jogada de mestre de Peter Jackson que mostra o quanto ele respeita e se aprofundou no universo de J.R.R. Tolkien. Vem com a gente desvendar esses segredos!

Quem é Morgoth e Por Que Ele é Tão Importante?

Antes de mergulharmos nos detalhes cinematográficos, vamos entender quem é Morgoth. Ele não é apenas um vilão, ele é O vilão. Pense nele como a fonte original de todo o mal na Terra-média, o primeiro Lorde das Trevas. Muito antes de Sauron sequer pensar em forjar um Anel, Morgoth já estava lá, corrompendo o mundo e seus habitantes. Ele é, na verdade, o mestre e mentor de Sauron.

Nos livros de ‘O Senhor dos Anéis’, Morgoth é apenas mencionado de passagem, quase como um eco de um passado distante. Mas no vasto “Legendarium” de Tolkien – que inclui obras como ‘O Silmarillion’ e ‘Os Contos Inacabados’ – sua história é central. Ele é o responsável por grande parte do sofrimento e das tragédias que assolaram a Terra-média por eras. A forma como Peter Jackson conseguiu tecer essa figura primordial, mesmo que de forma sutil, nos filmes, é um testemunho da sua paixão e do seu conhecimento profundo da obra de Tolkien.

O Design de Sauron: Um Reflexo Sombrio de Morgoth

Uma das maneiras mais impressionantes e visuais de como Morgoth Senhor Anéis se manifesta nos filmes é através do próprio design de Sauron. Sim, você leu certo! Aquele visual imponente e ameaçador do Senhor do Escuro, com sua armadura imponente e sua coroa de ferro, é uma homenagem direta às descrições de Morgoth nos escritos de Tolkien, e não de Sauron.

J.R.R. Tolkien descreveu Morgoth em um de seus poemas, “The Lay of Leithian”, de forma bem específica:

“Black-armoured, towering, iron-crowned”

Essa descrição, que também aparece em ‘O Silmarillion’, com a adição de um escudo e uma maça, e detalhes sobre seu tamanho colossal, serviu de inspiração para os artistas dos filmes. O ilustrador John Howe, conhecido por seu trabalho com Tolkien, desenhou Morgoth para uma edição de ‘Morgoth’s Ring’. Essa ilustração de Morgoth, incrivelmente, se tornou a base para os primeiros esboços da armadura de Sauron nos filmes.

É fascinante pensar que o Sauron que conhecemos nas telas é, na verdade, uma representação visual do seu antigo mestre. Isso não só adiciona uma camada extra de profundidade à relação entre os dois, mas também mostra o cuidado da equipe de Jackson em honrar a mitologia mais ampla de Tolkien, mesmo nos detalhes que a maioria dos espectadores não percebe de imediato.

Sauron Tinha um Corpo? Desvendando a Forma Física do Lorde das Trevas

Para muitos fãs dos filmes, Sauron é aquele Olho gigante e flamejante que tudo vê, uma presença etérea e aterrorizante. Mas a verdade, segundo os livros de Tolkien, é que Sauron tinha, sim, um corpo físico durante a Terceira Era, a época em que se passa ‘O Senhor dos Anéis’. E essa corporeidade também tem um elo sutil com Morgoth Senhor Anéis.

Gollum, em suas divagações, menciona a “mão negra” de Sauron, e um desenho do próprio Tolkien confirma essa descrição física. O fato de Sauron ter torturado Gollum com suas próprias mãos já indica que ele não era apenas um espírito incorpóreo. Além disso, seu olhar causava dor, e seu toque queimou Isildur. Mesmo a risada de Sauron era capaz de infligir sofrimento em Pippin, como podemos ler nos livros. Tudo isso aponta para uma forma física e tangível.

Um detalhe curioso é que Gollum também revela que Sauron tinha apenas quatro dedos em uma das mãos. Lembram-se de Isildur cortando o dedo anelar de Sauron para remover o Um Anel? Pois bem, assim como Morgoth ficou com uma mancada permanente após ser ferido por Fingolfin (mesmo sendo um mestre da metamorfose), o dedo de Sauron nunca se curou, mesmo após sua “reencarnação”. É um traço que mostra como as ações malignas e as feridas profundas podem deixar marcas indelévels, mesmo em seres poderosos como eles.

Tanto Morgoth quanto Sauron eram maiores que os homens, mas não gigantescos ao ponto de serem monstros inumanos. Eles eram imponentes, sim, mas mantinham uma forma que os tornava ainda mais aterrorizantes por sua capacidade de manipular e corromper. A forma mais “bela” de Sauron, que ele usava para enganar e seduzir, desapareceu para sempre após a queda de Númenor, deixando-o com sua forma mais sombria e temível, que ecoa a imponência de seu antigo mestre.

Referências Escondidas a Morgoth nos Filmes de ‘O Senhor dos Anéis’

Além do design de Sauron, existem outras referências, algumas bem discretas, que conectam os eventos dos filmes à figura de Morgoth Senhor Anéis. Essas menções, muitas vezes perdidas por quem não conhece a fundo o Legendarium, mostram a riqueza do universo de Tolkien e o cuidado de Peter Jackson em honrar essa mitologia.

No corte estendido de ‘O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel’, há uma cena memorável onde Legolas se refere ao Balrog que Gandalf enfrenta como um “Balrog de Morgoth”. Essa frase não é apenas um detalhe jogado; ela contextualiza a origem dessas criaturas. Os Balrogs eram originalmente Maiar (espíritos angelicais, como Gandalf e Sauron) que foram corrompidos por Morgoth e se tornaram seus servos mais temíveis durante a Primeira Era. A menção de Legolas é um aceno direto a essa história milenar.

Outra referência sutil, mas poderosa, vem do próprio Gandalf. Ao confrontar o Balrog, ele o chama de “chama de Udûn”. Udûn é um vale em Mordor, mas seu nome não é aleatório. Ele deriva de Utumno, a primeira e mais formidável fortaleza de Morgoth na Terra-média, construída nos primórdios do mundo. Ao invocar “chama de Udûn”, Gandalf não está apenas dando um nome ao Balrog; ele está invocando a escuridão primordial e a origem do mal que o Balrog representa, diretamente ligada a Morgoth.

Essas pequenas inserções servem para construir um mundo mais profundo e conectado, mostrando que o mal que assola a Terra-média em ‘O Senhor dos Anéis’ tem raízes muito mais antigas e profundas do que se poderia imaginar. É um lembrete constante da influência duradoura de Morgoth, mesmo após sua derrota e expulsão do mundo.

A Lógica por Trás da Semelhança: Morgoth e Sauron Juntos

A semelhança visual e as conexões entre Morgoth Senhor Anéis e Sauron nos filmes não são por acaso. Elas têm uma lógica narrativa e histórica dentro do universo de Tolkien. Sauron foi o principal tenente de Morgoth durante a Primeira Era, seu braço direito e aprendiz mais leal. Essa relação mestre-discípulo é fundamental para entender por que Sauron viria a se tornar o próximo Grande Inimigo após a queda de Morgoth.

Embora a relação entre eles não fosse sempre tranquila – Sauron, em alguns momentos, parecia temer a ira punitiva de Morgoth – sua lealdade era inegável. Sauron aprendeu muito com seu mestre, incluindo rituais de forja e corrupção. O próprio Um Anel, por exemplo, foi criado por Sauron usando um ritual que Morgoth havia inventado. Essa transferência de conhecimento e poder é crucial.

Após a derrota final de Morgoth e sua expulsão para o Vazio, Sauron se escondeu. No entanto, ele logo buscou assumir o controle das forças remanescentes de seu mestre e continuar sua obra de dominação da Terra-média. Para isso, fazia todo o sentido que ele emulasse Morgoth, não apenas em táticas e poder, mas também em sua aparência. Adotar uma armadura similar, no estilo Úmaiar (o estilo de quem serve aos Senhores das Trevas), seria uma forma de legitimar sua nova posição como o novo Senhor das Trevas, inspirando medo e lealdade em seus exércitos.

Essa continuidade visual e ideológica reforça a ideia de que o mal na Terra-média é um fluxo contínuo, uma sombra que se estende por eras, com Sauron herdando o legado sombrio de seu predecessor. É um toque de gênio de Peter Jackson e sua equipe, que pegaram essas nuances do Legendarium e as traduziram para a linguagem cinematográfica, enriquecendo ainda mais uma obra já épica.

Conclusão

É incrível como Peter Jackson conseguiu infundir os filmes de ‘O Senhor dos Anéis’ com a presença de Morgoth Senhor Anéis, mesmo que de forma tão sutil. Desde o design icônico de Sauron, que ecoa a imponência de seu mestre, até as pequenas, mas significativas, referências nos diálogos, percebemos o respeito e a profundidade com que a equipe de produção abordou a obra de Tolkien.

Esses detalhes não são apenas curiosidades; eles enriquecem a experiência de assistir aos filmes, conectando-os a um universo muito mais vasto e antigo. Da próxima vez que você maratonar ‘O Senhor dos Anéis’, preste atenção a esses pequenos sinais. Você verá que o legado do primeiro Lorde das Trevas está lá, sussurrando nas sombras, moldando o mal que Frodo e a Sociedade do Anel enfrentam. É a prova de que, para um verdadeiro fã, cada detalhe conta e cada segredo desvendado torna a jornada ainda mais mágica!

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Perguntas Frequentes sobre Morgoth nos Filmes de ‘O Senhor dos Anéis’

Quem é Morgoth e qual sua importância no universo de Tolkien?

Morgoth é o vilão primordial de toda a mitologia de Tolkien, o primeiro Lorde das Trevas e mestre de Sauron. Ele é a fonte original de todo o mal na Terra-média e sua história é central no “Legendarium” de Tolkien, embora apenas mencionado nos livros de ‘O Senhor dos Anéis’.

Como Morgoth está presente nos filmes de ‘O Senhor dos Anéis’ sem aparecer diretamente?

Sua presença é sutil, manifestando-se principalmente através do design de Sauron, que foi inspirado nas descrições de Morgoth por Tolkien, e em referências em diálogos, como a menção de Legolas a um “Balrog de Morgoth” e a fala de Gandalf sobre a “chama de Udûn”.

O design de Sauron nos filmes é baseado em Morgoth?

Sim, o visual imponente de Sauron com sua armadura e coroa de ferro foi diretamente inspirado nas descrições de Morgoth em poemas e obras de Tolkien, como “Black-armoured, towering, iron-crowned”. A ilustração de Morgoth de John Howe serviu de base para os esboços da armadura de Sauron.

Sauron tinha um corpo físico nos livros de ‘O Senhor dos Anéis’?

Sim, apesar de ser frequentemente retratado como um Olho nos filmes, Sauron tinha um corpo físico na Terceira Era, conforme indicado por Gollum e por descrições de Tolkien. Ele inclusive tinha quatro dedos em uma das mãos, uma ferida permanente que ecoa a de Morgoth.

Qual a lógica por trás da semelhança entre Morgoth e Sauron nos filmes?

Sauron foi o principal tenente e aprendiz leal de Morgoth. Após a derrota de seu mestre, Sauron buscou continuar sua obra de dominação da Terra-média. Ao emular Morgoth em aparência e táticas, ele legitimava sua nova posição como o novo Senhor das Trevas, reforçando a ideia de um fluxo contínuo do mal no universo de Tolkien.

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Lucas Lobinco
Lucas Lobinco
Sou o Lucas, e minha paixão pelo cinema começou com as aventuras épicas e os clássicos de ficção científica que moldaram minha infância. Para mim, cada filme é uma nova oportunidade de explorar mundos e ideias, uma janela para a criatividade humana. Minha jornada não foi nos bastidores da produção, mas sim na arte de desvendar as camadas de uma boa história e compartilhar essa descoberta. Sou movido pela curiosidade de entender o que torna um filme inesquecível, seja a complexidade de um personagem, a inovação visual ou a mensagem atemporal. No Cinepoca, meu foco é trazer uma perspectiva única, mergulhando fundo nos detalhes que fazem um filme valer a pena, e incentivando você a ver a sétima arte com novos olhos.Tenho um apreço especial por filmes de ação e aventura, com suas narrativas grandiosas e sequências de tirar o fôlego. A comédia de humor negro e os thrillers psicológicos também me atraem, pela forma como subvertem expectativas e exploram o lado mais sombrio da psique humana. Além disso, estou sempre atento às novas vozes e tendências que surgem na indústria, buscando os próximos grandes talentos e as histórias que definirão o futuro do cinema.

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