‘Moana: Um Mar de Aventuras’: Por que a Disney vetou IA de Dwayne Johnson?

Descubra por que a Disney vetou o uso de inteligência artificial para criar um deepfake de Dwayne “The Rock” Johnson no live-action de ‘Moana: Um Mar de Aventuras’, mesmo com a aprovação do ator. A decisão, motivada por complexas questões legais e de propriedade intelectual, reflete o dilema atual de Hollywood em equilibrar inovação tecnológica com a proteção dos direitos dos artistas.

Prepare-se para uma reviravolta nos bastidores de Hollywood que vai te deixar de queixo caído! Se você é fã de ‘Moana: Um Mar de Aventuras’ e adora ficar por dentro das novidades do cinema, com certeza vai se surpreender com essa história sobre o uso de Moana IA. A Disney quase embarcou em uma aventura tecnológica com um deepfake de Dwayne “The Rock” Johnson para o live-action do filme, e o próprio ator tinha dado o sinal verde! Mas, no último minuto, os planos foram por água abaixo. O que será que rolou?

O Que Aconteceu nos Bastidores de ‘Moana: Um Mar de Aventuras’?

O Que Aconteceu nos Bastidores de 'Moana: Um Mar de Aventuras'?

Desde que ‘Moana: Um Mar de Aventuras’ chegou aos cinemas em 2016, a animação se tornou um fenômeno global, conquistando corações e se tornando um dos maiores sucessos do Disney+. Com o anúncio de ‘Moana 2’ (a sequência animada que já estreou) e, em seguida, um aguardado live-action, a empolgação dos fãs foi às alturas. Para a versão com atores reais, Dwayne Johnson, a voz original do carismático semideus Maui, está confirmado para reprisar seu papel, enquanto Catherine Laga’aia viverá Moana.

Mas, a produção do live-action quase teve um toque de tecnologia futurista que pouca gente imaginava. Segundo um relatório do The Wall Street Journal, a Disney tinha planos bem avançados para usar inteligência artificial na criação de um deepfake do rosto de Dwayne Johnson. A ideia era genial: esse deepfake seria aplicado sobre a performance de Tanoai Reed, que é primo de Johnson e tem um porte físico parecido com o dele. Assim, The Rock não precisaria estar no set todos os dias, otimizando seu tempo e agenda lotada.

Essa tecnologia de IA seria utilizada em um número limitado de cenas, apenas para otimizar a presença do ator. E o mais surpreendente é que Dwayne Johnson aprovou a ideia! A equipe da Metaphysic, uma empresa especializada em deepfakes, trabalhou por 18 meses, negociando contratos e desenvolvendo a tecnologia com a Disney. Tudo parecia pronto para essa inovação, mas, de repente, o projeto foi cancelado. Por quê?

Por Que a Disney Deu um Passo Para Trás na IA?

Apesar de toda a empolgação e do aval de Dwayne Johnson, a Disney decidiu frear o uso do deepfake de IA em ‘Moana: Um Mar de Aventuras’. E o motivo principal? Preocupações legais. Não é novidade que Hollywood usa dublês digitais há anos, especialmente para cenas de ação onde o rosto do ator é sobreposto digitalmente ao de um dublê de corpo. Mas a inclusão da inteligência artificial no processo trouxe uma camada extra de complexidade e incerteza.

O departamento jurídico da Disney levantou uma série de questões cruciais. A maior delas era sobre a propriedade: quem realmente seria o dono do material gerado por IA? Esse é um terreno legal ainda cinzento, sem regras claras. A Disney se sentiu desconfortável com a ideia de não ter total controle e propriedade sobre cada elemento do filme, especialmente algo tão central quanto a imagem de um de seus maiores astros.

Além disso, havia apreensão sobre como esse deepfake de Johnson poderia ser usado no futuro. Uma vez criado, como garantir que ele seria protegido e não utilizado de formas não autorizadas ou em outros contextos? Essas mesmas preocupações foram um ponto central nas negociações da greve do SAG-AFTRA (o sindicato dos atores de Hollywood) em 2023, onde os artistas lutaram por proteção contra o uso indiscriminado de suas imagens geradas por IA.

A situação mostra que, mesmo com a tecnologia de IA avançando a passos largos, a legislação e os acordos contratuais ainda não conseguiram acompanhar. A Disney, sendo uma das maiores empresas de entretenimento do mundo, precisa ser extremamente cautelosa para proteger seus ativos e evitar futuros litígios. Não é à toa que a empresa, junto com a Universal, chegou a processar a Midjourney em junho de 2024, uma empresa de IA de geração de imagens, por supostamente reproduzir personagens e materiais protegidos por direitos autorais.

O Dilema da IA em Hollywood: ‘Moana IA’ é Só a Ponta do Iceberg

O Dilema da IA em Hollywood: 'Moana IA' é Só a Ponta do Iceberg

A história da Moana IA é um reflexo de um dilema muito maior que Hollywood está enfrentando. A inteligência artificial está transformando a forma como os filmes são feitos, desde a pré-produção até os efeitos visuais, mas não existe ainda uma estrutura legal abrangente para governar seu uso. Isso cria um ambiente de incerteza e cautela para grandes estúdios como a Disney.

Um exemplo claro dessa incerteza é o que aconteceu com ‘TRON: Ares’, outro aguardado filme da Disney. Havia a ideia de incorporar IA generativa em um personagem de IA chamado Bit, o que poderia ter gerado um burburinho enorme de marketing. No entanto, durante a greve do SAG-AFTRA, a Disney também descartou essa ideia, temendo a reação negativa do público e da comunidade artística, que estavam (e ainda estão) muito sensíveis às questões de IA e direitos autorais.

É uma batalha complexa: de um lado, o potencial da IA para inovar, economizar tempo e criar efeitos visuais incríveis; do outro, a necessidade de proteger os direitos dos artistas, garantir a propriedade intelectual e evitar que a tecnologia seja usada de forma antiética ou exploratória. A indústria está em um momento de transição, tentando encontrar o equilíbrio entre o avanço tecnológico e a responsabilidade.

O Que Vem Por Aí para ‘Moana’ e o Cinema?

Quando o live-action de ‘Moana: Um Mar de Aventuras’ chegar aos cinemas no próximo ano, tudo indica que não veremos deepfakes de IA no corte final. Embora os planos para a Moana IA tenham sido abandonados desta vez, uma coisa é certa: a tecnologia de inteligência artificial não vai a lugar nenhum. Pelo contrário, ela está destinada a desempenhar um papel cada vez maior no processo de criação de filmes nos próximos anos.

Essa experiência com ‘Moana: Um Mar de Aventuras’ serve como um estudo de caso importante. Ela mostra que, antes que a IA possa ser totalmente integrada à produção cinematográfica, regras e regulamentações robustas precisam ser estabelecidas. É crucial garantir que a tecnologia seja usada de forma responsável, ética e que beneficie a todos os envolvidos, desde os grandes estúdios até os artistas e técnicos.

O futuro do cinema com IA é promissor, mas também desafiador. A conversa sobre como usar essa ferramenta poderosa de forma justa e transparente está apenas começando. E nós, aqui no Cinepoca, vamos continuar acompanhando cada capítulo dessa saga tecnológica em Hollywood, trazendo todas as novidades para você!

E aí, o que você achou dessa história? Acha que a Disney fez certo em vetar o deepfake de IA? Conta pra gente nos comentários!

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Perguntas Frequentes sobre IA em ‘Moana’

Por que a Disney vetou o uso de IA em ‘Moana: Um Mar de Aventuras’?

A Disney decidiu vetar o uso de IA (deepfake) no live-action de ‘Moana’ principalmente devido a preocupações legais. O departamento jurídico da empresa levantou questões sobre a propriedade do material gerado por IA e o controle sobre como a imagem de Dwayne Johnson poderia ser usada no futuro, um terreno legal ainda incerto.

Qual era o plano original para o uso de IA com Dwayne Johnson?

O plano era usar um deepfake do rosto de Dwayne Johnson, criado com inteligência artificial, e aplicá-lo sobre a performance de seu primo, Tanoai Reed, que atuaria como dublê de corpo. Isso permitiria otimizar a agenda de Johnson, reduzindo sua necessidade de estar no set todos os dias.

Dwayne Johnson aprovou o uso do deepfake de IA inicialmente?

Sim, o próprio Dwayne Johnson havia aprovado a ideia do deepfake de IA para o filme, e a empresa Metaphysic, especializada em deepfakes, trabalhou por 18 meses desenvolvendo a tecnologia e negociando com a Disney.

Como a greve do SAG-AFTRA se relaciona com o uso de IA em Hollywood?

A proteção contra o uso indiscriminado de imagens de artistas geradas por IA foi um ponto central nas negociações da greve do SAG-AFTRA em 2023. As preocupações da Disney sobre a propriedade e o controle da imagem de Johnson, mesmo com seu consentimento, refletem as questões levantadas pelos sindicatos sobre direitos autorais e uso ético da tecnologia.

A Disney já teve outros problemas com IA e direitos autorais?

Sim, a Disney, juntamente com a Universal, processou a Midjourney em junho de 2024, uma empresa de IA de geração de imagens, por supostamente reproduzir personagens e materiais protegidos por direitos autorais. Além disso, a Disney também descartou o uso de IA generativa em ‘TRON: Ares’ devido a preocupações semelhantes.

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Marina Souza
Marina Souza
Oi! Eu sou a Marina, redatora aqui do Cinepoca. Desde os tempos de criança, quando as tardes eram preenchidas por maratonas de clássicos da Disney em VHS e as noites por filmes de terror que me faziam espiar por entre os dedos, o cinema se tornou um portal para incontáveis realidades. Não importa o gênero, o que sempre me atraiu foi a capacidade de um filme de transportar, provocar e, acima de tudo, contar algo.No Cinepoca, busco compartilhar essa paixão, destrinchando o que há de mais interessante no cinema, seja um blockbuster que domina as bilheterias ou um filme independente que mal chegou aos circuitos.Minhas expertises são vastas, mas tenho um carinho especial por filmes que exploram a complexidade da mente humana, como os suspenses psicológicos que te prendem do início ao fim. Meu objetivo é te levar em uma viagem cinematográfica, apresentando filmes que talvez você nunca tenha visto, mas que definitivamente merecem sua atenção.

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