Matt Groening explica: Como ‘Os Simpsons’ melhorou após a 32ª temporada

Descubra como Os Simpsons melhorou de forma surpreendente após a 32ª temporada, contrariando anos de críticas. O próprio Matt Groening revela a filosofia de “surpreender a si mesmos”, que levou a uma priorização de histórias focadas nos personagens, menos piadas por minuto e o uso estratégico do Disney+ para episódios experimentais. Este renascimento prova que a família amarela ainda tem muito a oferecer!

E aí, galera do Cinepoca! Prepare-se para uma notícia que pode chocar alguns e alegrar muitos: parece que Os Simpsons melhorou de verdade! Sim, a série animada mais longeva da história da TV, que por anos gerou discussões acaloradas sobre sua suposta “queda de qualidade”, está surpreendendo a todos e recuperando o fôlego. Mas como isso aconteceu? O próprio Matt Groening, o gênio por trás da família amarela, abriu o jogo e revelou os segredos por trás dessa virada inesperada. Vem com a gente descobrir o que mudou em Springfield!

A Lenda de Springfield: Da Era de Ouro à “Era Zumbi”

A Lenda de Springfield: Da Era de Ouro à

‘Os Simpsons’ é um fenômeno, não há como negar. Com mais de 790 episódios, a série não é apenas a produção animada mais duradoura, mas também o programa roteirizado em horário nobre mais longo da televisão americana. É natural que, em uma jornada tão extensa, nem todos os episódios sejam obras-primas. Afinal, estamos falando de décadas de histórias!

Por muito tempo, o consenso entre fãs e críticos era que a “Era de Ouro” de ‘Os Simpsons’ aconteceu entre as temporadas 1 e 3, estendendo-se até as temporadas 8 a 12. Foi um período de pura genialidade, com episódios que se tornaram ícones da cultura pop e influenciaram gerações de roteiristas e comediantes. Mas, como toda boa história, essa também teve seu “plot twist”.

Depois dessa fase gloriosa, surgiu o termo pejorativo “Zombie Simpsons”. Ele era usado para descrever os episódios que, segundo a percepção de muitos, tinham menos esforço, menos alma e, consequentemente, menos brilho que seus antecessores. Era como se a série estivesse viva, mas sem a centelha que a tornava tão especial. Essa trajetória, embora lamentável para os fãs mais antigos, parecia um caminho sem volta para muitos.

No entanto, a história não é tão linear quanto parece. Mesmo durante a “Era Zumbi”, ‘Os Simpsons’ ainda conseguia entregar momentos de pura excelência. Em 2004, bem depois do fim da Era de Ouro, a série ganhou o Paul Slevin Award por um episódio que muitos consideraram tão bom quanto os clássicos. Isso já era um indício de que a chama ainda não havia se apagado completamente.

O Segredo de Matt Groening: Surpreender a Si Mesmos

A grande virada começou a ser percebida por volta de 2020, quando as temporadas 33, 34, 35 e 36 de ‘Os Simpsons’ começaram a receber um inesperado grau de aclamação. Fãs nas redes sociais e criadores de conteúdo online, como SuperEyepatchWolf no YouTube, começaram a notar e analisar: ‘Os Simpsons’ estava bom de novo! Mas o que diabos aconteceu para essa ressurreição?

A resposta veio do próprio mestre, Matt Groening, durante o Annecy International Animation Film Festival. Ele explicou a filosofia por trás dessa nova fase, e é algo que surpreende pela simplicidade e profundidade. Segundo Groening, a principal motivação da equipe é “surpreender a si mesmos”. Ele acredita que, se eles conseguirem se surpreender, então conseguirão surpreender a audiência também.

Essa abordagem mudou a forma como a série é escrita. Groening observou que, com o tempo, ‘Os Simpsons’ se tornou conhecido por diferentes tipos de piadas. Eles passaram a incluir paródias de cinema, referências a livros, programas de TV e até anedotas autobiográficas. Um exemplo perfeito dessa nova abordagem foi o emocionante e inesperado tributo a ‘Toy Story 2’ no final da 36ª temporada, um momento genuinamente tocante envolto em um pacote de puro absurdo simpsoniano.

Essa busca pela surpresa interna é o motor que impulsionou a qualidade da série, mostrando que, mesmo após décadas, ainda há espaço para inovação e criatividade em Springfield. É um lembrete de que a arte, para se manter relevante, precisa continuar desafiando seus próprios limites.

Menos Risadas por Minuto, Mais Coração

Menos Risadas por Minuto, Mais Coração

Uma das observações mais curiosas e cruciais sobre essa nova fase de ‘Os Simpsons’ veio da análise detalhada de SuperEyepatchWolf. Ele notou que, nos episódios que foram ao ar a partir da 33ª temporada, a série apresenta visivelmente menos piadas por minuto. À primeira vista, isso pode parecer um problema para uma comédia, certo? Mas, na verdade, provou ser o oposto.

Embora maximizar o número de piadas por minuto funcione em contextos mais caóticos e anárquicos – como em revistas como MAD Magazine ou filmes de comédia dos Marx Brothers – em um programa onde o público precisa se importar com os personagens e se relacionar com eles, as piadas precisam vir em segundo plano em relação à narrativa centrada nos personagens.

E foi exatamente essa a mudança. Nos episódios mais recentes, a principal preocupação da equipe de ‘Os Simpsons’ é surpreender os espectadores com tramas focadas nos personagens, e isso tem dado frutos imensos, a julgar pela recepção crítica. A série tem desfrutado de uma melhora notável na crítica precisamente por causa dessa troca de foco.

Pense em algumas histórias anteriores de Lisa Simpson. Muitas vezes, um enredo convincente para a personagem era desperdiçado porque o episódio estava focado em encaixar o máximo de piadas por minuto. As temporadas 33 a 36, por outro lado, têm evitado esse problema em sua maioria. O resultado? Histórias mais profundas, momentos mais significativos e um engajamento emocional que havia se perdido.

As Temporadas Recentes: Onde ‘Os Simpsons’ Brilha Novamente

As temporadas mais recentes de ‘Os Simpsons’ não são apenas um “retorno à forma”, mas uma reinvenção audaciosa. A 36ª temporada, por exemplo, foi um verdadeiro laboratório de ideias, com uma sequência de episódios que tentaram fazer algo novo com a estrutura básica da série. E o melhor de tudo é que Os Simpsons melhorou de um jeito que a gente consegue sentir!

O episódio de estreia da 36ª temporada, ‘Bart’s Birthday’, foi uma “finale de série” surreal e autorreferencial. Ele zombou tanto dos clichês das finais de programas quanto da longa e complicada história de ‘Os Simpsons’ em si. Depois de brincar consigo mesma logo no primeiro episódio, a série seguiu com ‘Desperately Seeking Lisa’ (episódio 3), que fez algo inédito ao quase não apresentar a família principal, focando apenas em Lisa.

Outros destaques incluem ‘Treehouse of Horror Presents: Simpsons Wicked This Way Comes’ (episódio 7), um tributo soberbo e multi-história ao icônico autor de gênero Ray Bradbury. Já ‘Women in Shorts’ (episódio 6) apresentou uma ambiciosa trama polifônica que focou nas personagens femininas subexploradas de Springfield, dando a elas o holofote que mereciam.

Apesar de todo o sucesso crítico e da inovação, a recepção do público em termos de audiência foi um misto. Enquanto ‘Treehouse of Horror Presents: Simpsons Wicked This Way Comes’ conseguiu uma audiência comparativamente excelente de 2,69 milhões, ‘Women in Shorts’ atraiu apenas 0,83 milhão de espectadores. Mesmo com estrelas de peso como Seth Rogen, John Cena, Tom Hanks e Danny DeVito, ‘Bart’s Birthday’ registrou míseros 1,08 milhão de espectadores. Infelizmente, o aclame da crítica ainda não se traduziu em um sucesso consistente de audiência para a série na TV tradicional.

O Papel do Disney+: Novas Fronteiras para a Família Amarela

O Papel do Disney+: Novas Fronteiras para a Família Amarela

Se você, como a gente, adora as histórias mais “diferentonas” que ‘Os Simpsons’ tem explorado nas últimas temporadas, não precisa se preocupar com os números de audiência na TV. A série encontrou um novo e importante canal para suas ideias mais arriscadas: o Disney+!

A 36ª temporada de ‘Os Simpsons’ lançou quatro episódios diretamente no serviço de streaming, marcando a primeira vez que um episódio completo da série foi ao ar em outro lugar que não a Fox desde o seu início. Esses especiais permitem que ‘Os Simpsons’ explore conceitos mais estranhos e experimentais que poderiam não ter o mesmo impacto ou aceitação na televisão aberta, onde a audiência é um fator mais crítico.

Um exemplo é ‘Yellow Planet’, lançado em abril, uma paródia hilária da icônica série ‘Blue Planet’ de David Attenborough, com todos os personagens principais de ‘Os Simpsons’ interpretando suas contrapartes animais selvagens. Outra história experimental igualmente peculiar foi ‘The Past and the Furious’, de fevereiro, um episódio de realidade alternativa que viu Lisa viajar no tempo para tentar salvar a alma do Sr. Burns e a população de vida selvagem de Springfield.

Talvez o melhor desses episódios tenha sido o primeiro, um especial de Natal em duas partes intitulado ‘O C’mon All Ye Faithful’, lançado em dezembro de 2024. Embora o final da 36ª temporada de ‘Os Simpsons’ tenha sido emocionante, a representação de Ned Flanders recuperando sua fé após uma crise de consciência neste episódio foi uma trama pungente, engraçada e genuinamente imprevisível. Essa história provou que os comentários de Groening sobre a busca pela surpresa são mais do que precisos.

Enquanto ‘Os Simpsons’ continuar determinado a surpreender os espectadores e a si mesmo, a série tem tudo para manter essa inesperada e bem-vinda revitalização crítica. É uma prova de que, mesmo após décadas, a família amarela ainda tem muito a nos oferecer, seja com risadas, emoção ou aquela dose de maluquice que só eles sabem entregar.

Conclusão: O Renascimento de uma Lenda

Ao que tudo indica, a era da “Zombie Simpsons” ficou para trás. Graças à visão de Matt Groening e à coragem da equipe de se reinventar, ‘Os Simpsons’ não apenas sobreviveu, mas floresceu novamente. A série abraçou uma nova filosofia, focando em surpreender a si mesma, priorizando histórias centradas em personagens em vez de apenas piadas rápidas, e explorando novas plataformas como o Disney+ para suas ideias mais audaciosas. O resultado é que, sim, Os Simpsons melhorou, e muito!

Para nós, fãs de cinema e séries, é uma alegria ver uma produção tão icônica encontrar uma nova vida e continuar a nos encantar. Se você estava afastado de Springfield, essa é a hora perfeita para revisitar a família amarela e se surpreender com a qualidade das temporadas mais recentes. A jornada de Homer, Marge, Bart, Lisa e Maggie está longe de terminar, e o futuro parece mais brilhante do que nunca!

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Perguntas Frequentes sobre a Nova Fase de ‘Os Simpsons’

‘Os Simpsons’ realmente melhorou nas temporadas recentes?

Sim, a série tem recebido aclamação crítica e dos fãs a partir das temporadas 33, 34, 35 e 36, indicando uma melhora significativa na qualidade e na abordagem narrativa.

Qual a explicação de Matt Groening para a melhora da série?

Segundo Matt Groening, a principal motivação da equipe é “surpreender a si mesmos” na criação dos episódios, acreditando que, se eles se surpreenderem, a audiência também será surpreendida.

O que mudou na forma de escrever os episódios de ‘Os Simpsons’ atualmente?

A série passou a focar menos em maximizar piadas por minuto e mais em desenvolver tramas centradas nos personagens. Essa mudança resultou em histórias mais profundas, momentos significativos e maior engajamento emocional.

Qual o papel do Disney+ na nova fase de ‘Os Simpsons’?

O Disney+ se tornou um canal importante para a série explorar conceitos mais estranhos e experimentais através de episódios especiais, que podem não ter o mesmo impacto ou aceitação na TV aberta tradicional.

Qual o termo pejorativo usado para descrever a fase de baixa qualidade de ‘Os Simpsons’?

A fase de baixa qualidade da série, percebida por muitos fãs, era pejorativamente chamada de “Zombie Simpsons”, indicando que a série estava “viva”, mas sem a centelha de sua era de ouro.

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Lucas Lobinco
Lucas Lobinco
Sou o Lucas, e minha paixão pelo cinema começou com as aventuras épicas e os clássicos de ficção científica que moldaram minha infância. Para mim, cada filme é uma nova oportunidade de explorar mundos e ideias, uma janela para a criatividade humana. Minha jornada não foi nos bastidores da produção, mas sim na arte de desvendar as camadas de uma boa história e compartilhar essa descoberta. Sou movido pela curiosidade de entender o que torna um filme inesquecível, seja a complexidade de um personagem, a inovação visual ou a mensagem atemporal. No Cinepoca, meu foco é trazer uma perspectiva única, mergulhando fundo nos detalhes que fazem um filme valer a pena, e incentivando você a ver a sétima arte com novos olhos.Tenho um apreço especial por filmes de ação e aventura, com suas narrativas grandiosas e sequências de tirar o fôlego. A comédia de humor negro e os thrillers psicológicos também me atraem, pela forma como subvertem expectativas e exploram o lado mais sombrio da psique humana. Além disso, estou sempre atento às novas vozes e tendências que surgem na indústria, buscando os próximos grandes talentos e as histórias que definirão o futuro do cinema.

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