‘Kakegurui: Bet’ é um live-action genial ou um erro da Netflix?

A adaptação live-action ‘Kakegurui: Bet’ da Netflix gerou intenso debate entre fãs, com a série dividindo opiniões sobre sua fidelidade ao material original. Enquanto alguns elogiam a cinematografia e atuações, outros criticam as liberdades criativas e a falta de transparência sobre sua proposta como uma interpretação distinta do universo Kakegurui, levantando a questão se é um acerto ou um erro da plataforma.

E aí, galera do Cinepoca! Se você é fã de anime e games, provavelmente já se pegou pensando: “Será que essa adaptação em carne e osso vai prestar?”. E quando o assunto é o Kakegurui live-action, a conversa fica ainda mais quente, com a internet fervendo em debates. A série ‘Kakegurui: Bet’, da Netflix, chegou causando um burburinho danado, dividindo a galera entre quem amou, quem odiou e quem ficou… confuso. Vem com a gente desvendar esse mistério!

‘Kakegurui: Bet’: Um Jogo de Apostas que Dividiu a Banca?

Quando o primeiro trailer de ‘Kakegurui: Bet’ pintou na internet, a reação dos fãs do anime original de Homura Kawamoto foi imediata e, para muitos, bem negativa. Muita gente torceu o nariz, dizendo que a adaptação da Netflix tinha ‘arruinado’ a essência e a complexidade que tanto amamos em ‘Kakegurui – Compulsive Gambler’. Afinal, a expectativa era alta para ver as apostas insanas e as expressões faciais exageradas ganharem vida de forma fiel.

Mas, olha que curioso: apesar do alvoroço inicial, os números e as avaliações da série não foram tão ruins assim. Sites como o IMDb registraram uma média de 6.2, e no Rotten Tomatoes, a recepção do público ficou em 75%. Até mesmo aqui no Cinepoca, ‘Kakegurui: Bet’ manteve uma nota sólida de 7/10 desde o lançamento. Onde a coisa realmente esquenta é nos comentários e nas avaliações pessoais, onde as opiniões se chocam e a linha entre “genial” e “erro” fica bem tênue.

A verdade é que ‘Kakegurui: Bet’, sob a batuta do diretor e roteirista Simon Barry, nunca teve a intenção de ser uma cópia carbono do anime. A proposta era criar um drama adolescente com pitadas de thriller policial, algo mais alinhado com o gosto do público ocidental. A série apostou forte no estilo “camp” e em clichês que já deram certo em outras adaptações de sucesso, como a queridinha ‘Wandinha’. Era para ser uma experiência diferente, mas será que a Netflix deixou isso claro o suficiente?

Entre Acertos e Desacertos: O Que ‘Kakegurui live-action’ Mandou Bem (e Nem Tanto!)

Mesmo com toda a polêmica, ‘Kakegurui: Bet’ tem seus méritos, e é justo reconhecer o que funcionou. Um dos pontos mais elogiados é a cinematografia. As tomadas de câmera são incrivelmente coreografadas e conseguem capturar parte da energia visual que a gente vê no mangá e no anime. Os efeitos visuais também dão um tempero especial aos jogos, deixando a gente por dentro das apostas e da situação de cada jogador a cada rodada.

E o elenco? Embora as mudanças em relação aos personagens originais tenham causado um estranhamento inicial para os fãs, algumas escolhas foram certeiras. O figurino de Eve Edwards como Mary é impecável, e a atuação de Miku Martineau como Yumeko é, para muitos, perfeita. Ela conseguiu trazer a essência da protagonista de um jeito único, mesmo com as diferenças na abordagem da série.

Porém, para cada acerto, parece que ‘Kakegurui: Bet’ trouxe um “mas”. A grande questão é que a Netflix não foi totalmente transparente ao posicionar a série como uma “interpretação própria” de ‘Kakegurui’. Isso abriu a porta para comparações massivas com o mangá, o anime, e até mesmo o drama japonês, que quase “mancharam” o lançamento da série assim que o trailer foi divulgado. A galera ficou dividida: os fãs mais dedicados do material original, em sua maioria, não curtiram a adaptação, achando que ela desvirtuava a fonte e que o dinheiro investido poderia ter ido para uma nova temporada do anime.

Até mesmo quem curtiu ‘Kakegurui: Bet’ encontrou falhas. As mudanças nas motivações dos personagens, a trama de assassinato misterioso que permeia a história e o roteiro, que por vezes parece forçar a barra para agradar um público mais jovem (como a mudança de Itsuki Sumeragi para a personagem Suki, que não pegou bem nem com fãs casuais), foram alvos de críticas. É como se os roteiristas estivessem se esforçando demais para usar uma linguagem e situações “familiares” para a audiência teen, perdendo um pouco da profundidade e do charme original.

A Polêmica do “Mas”: Por Que o ‘Kakegurui live-action’ Divide Tanto?

É fascinante observar como ‘Kakegurui: Bet’ consegue se sair bem entre o público, mas quase todo elogio vem acompanhado de um “mas isso…” e um “exceto aquilo…”. A frase mais comum entre os que gostaram é: “Se você não levar a sério, vai se divertir muito mais”. Os fãs do anime, por exemplo, concordam que se você conseguir desapegar da fonte original e enxergar a série como um spin-off ou algo à parte, ela se torna mais “redimível”.

Veículos especializados como Decider, Common Sense Media e Variety, apesar de reconhecerem que há algo a ser apreciado em ‘Kakegurui: Bet’, também apontam uma falha crucial: o que torna essa série única o suficiente para se sustentar sozinha? O original ‘Kakegurui’ aborda temas profundos sobre classes sociais, hierarquia e o significado do poder em uma sociedade. A versão da Netflix até toca nesses assuntos, mas muitas vezes eles são deixados de lado ou subestimados, sendo simplificados para “problemas com o pai”, “esquemas de criptomoedas” ou mistérios rasos que são revelados rapidamente.

A série, em alguns momentos, parece nem se levar a sério. As tentativas de assassinato contra Yumeko, por exemplo, chegam a ser mais cômicas do que deveriam, e o final da temporada com o famoso meme do Rickroll, em uma versão japonesa, é um bom exemplo disso. Como Aramide Tinubu, da Variety, apontou: “No geral, ‘Kakegurui: Bet’ tem uma premissa interessante. Barry oferece ao público a entrada em um mundo sinistro impulsionado pela ganância, poder e desejo de subjugar os outros. Infelizmente, há muitos erros… essa adaptação americanizada parece totalmente desnecessária… e não adiciona nada distintivo ou que valha a pena ao mangá de Kawamoto.”

Apesar de muitos elogios ao cenário, aos figurinos (especialmente os uniformes escolares), ao trabalho de câmera e aos efeitos visuais (que remetem a produções como ‘Scott Pilgrim’), as críticas persistem. Os jogos não são tão criativos, os mistérios não são profundos, e alguns diálogos podem ser bem estranhos. Curiosamente, a cena da guilhotina e sua reprodução no live-action são bastante elogiadas, talvez porque essa seja a única aposta tirada diretamente do ‘Kakegurui’ original, e ela consegue capturar a mentalidade insana dos personagens de forma mais fiel.

Se ‘Kakegurui: Bet’ Fosse uma Paródia, Faria Mais Sentido?

‘Kakegurui: Bet’ prometeu a vibe de drama adolescente, com todos os elementos que poderiam fisgar o público: um romance meio brega, um baile de formatura e uma trama sinistra borbulhando por baixo de tudo. Mas, ao se apoiar tanto no nome ‘Kakegurui’ para atrair espectadores, a série acabou se colocando em uma posição complicada. As comparações eram inevitáveis, e isso acabou tirando o foco do que realmente fazia de ‘Kakegurui: Bet’ um sucesso para o seu público-alvo.

Talvez a Netflix e os produtores de ‘Kakegurui: Bet’ devessem ter abraçado de vez o que a série realmente era: uma espécie de paródia de ‘Kakegurui’. Ela se distancia tanto do material original, com personagens inéditos, uma trama que muda as motivações de Yumeko e Kirari, e jogos totalmente diferentes, que se a ideia era ir tão longe, por que não ir com tudo? Poderiam ter mudado a narrativa completamente e vendido a série como um spin-off. Afinal, a franquia ‘Kakegurui’ nunca teve medo de se aventurar em novas perspectivas, com seu prelúdio, drama japonês, dois filmes e spin-offs de outros personagens.

Se ‘Kakegurui: Bet’ ia arriscar fazer um Kakegurui live-action sem seguir a mesma história que já foi contada em várias outras versões, deveria ter deixado essa premissa clara para o público desde o início. Ao se apegar ao material original, a série acabou sendo criticada por não seguir o mangá de Kawamoto à risca, fazendo com que todos os seus easter eggs e homenagens parecessem mais um insulto do que um aceno inteligente aos fãs. A transparência na comunicação é um jogo que a Netflix ainda precisa dominar.

Veredito Final: Vale a Pena Apostar em ‘Kakegurui: Bet’?

Então, depois de toda essa análise, ‘Kakegurui: Bet’ é um live-action genial ou um erro da Netflix? A resposta é que ele é um pouco dos dois, e isso é o que o torna tão intrigante. Para os puristas do anime, pode ser uma decepção. Mas para quem busca um drama adolescente com uma estética visual interessante, um toque de mistério e não se importa em assistir a algo sem levar tudo tão a sério, a série pode ser uma surpresa divertida.

Se você consegue desapegar das expectativas do material original e encarar ‘Kakegurui: Bet’ como uma obra à parte, com seu próprio ritmo e estilo, há elementos que valem a pena a espiada. Afinal, nem todo jogo precisa ser uma aposta de vida ou morte, certo? Às vezes, a diversão está em se deixar levar pela loucura, mesmo que ela não seja exatamente o que você esperava. E você, já assistiu? Conta pra gente o que achou nos comentários!

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Perguntas Frequentes sobre ‘Kakegurui: Bet’

O que é ‘Kakegurui: Bet’?

‘Kakegurui: Bet’ é uma série live-action da Netflix que se passa no universo de ‘Kakegurui – Compulsive Gambler’, mas que se propõe a ser uma interpretação própria, focando em um drama adolescente com elementos de thriller policial e apostas insanas.

Por que ‘Kakegurui: Bet’ dividiu a opinião dos fãs?

A série gerou controvérsia por não ser uma adaptação fiel do anime ou mangá original. Muitos fãs criticaram as mudanças na trama, nos personagens e na abordagem, esperando uma cópia carbono da obra fonte, enquanto a Netflix buscava uma nova roupagem para o público ocidental.

Quais são os pontos positivos da adaptação ‘Kakegurui: Bet’?

A série é elogiada pela cinematografia, que captura a energia visual do material original, pelos efeitos visuais que realçam os jogos e por algumas atuações, como a de Miku Martineau como Yumeko. O figurino também é um ponto forte.

Para quem ‘Kakegurui: Bet’ é recomendada?

A série é mais recomendada para quem busca um drama adolescente com uma estética visual interessante e um toque de mistério, e que esteja disposto a desapegar das expectativas do material original. Ela pode ser uma surpresa divertida para quem não a leva tão a sério.

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Lucas Lobinco
Lucas Lobinco
Sou o Lucas, e minha paixão pelo cinema começou com as aventuras épicas e os clássicos de ficção científica que moldaram minha infância. Para mim, cada filme é uma nova oportunidade de explorar mundos e ideias, uma janela para a criatividade humana. Minha jornada não foi nos bastidores da produção, mas sim na arte de desvendar as camadas de uma boa história e compartilhar essa descoberta. Sou movido pela curiosidade de entender o que torna um filme inesquecível, seja a complexidade de um personagem, a inovação visual ou a mensagem atemporal. No Cinepoca, meu foco é trazer uma perspectiva única, mergulhando fundo nos detalhes que fazem um filme valer a pena, e incentivando você a ver a sétima arte com novos olhos. Tenho um apreço especial por filmes de ação e aventura, com suas narrativas grandiosas e sequências de tirar o fôlego. A comédia de humor negro e os thrillers psicológicos também me atraem, pela forma como subvertem expectativas e exploram o lado mais sombrio da psique humana. Além disso, estou sempre atento às novas vozes e tendências que surgem na indústria, buscando os próximos grandes talentos e as histórias que definirão o futuro do cinema.

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