Descubra como John Wayne, o lendário ícone do faroeste, enfrentou desafios inesperados em sua carreira, quase perdendo dois papéis que se tornariam cruciais para sua ascensão ao estrelato. Este artigo revela as histórias por trás das rejeições que moldaram sua trajetória e como a persistência o levou a superar obstáculos e consolidar seu legado em Hollywood.
Se você pensa que a vida de uma lenda do cinema é só tapete vermelho e aplausos, prepare-se para uma surpresa! Mesmo os maiores astros enfrentam seus “nãos” na carreira. E é exatamente sobre isso que vamos falar hoje: como o ícone do faroeste, John Wayne Rejeitado, quase perdeu não um, mas dois papéis que poderiam ter mudado sua trajetória para sempre!
O Ícone do Faroeste que Quase Não Foi
Quando pensamos em faroeste, é quase impossível não visualizar John Wayne. Com sua postura imponente, voz marcante e aquele chapéu de caubói, ele se tornou a personificação do herói americano, estrelando clássicos como ‘Rio Vermelho’ e ‘Rastros de Ódio’. Ele dominou as telas por décadas, solidificando seu legado como um dos maiores nomes da história do cinema.
Mas, acredite se quiser, a jornada até o topo não foi um passeio a cavalo pelo deserto. Antes de se tornar “O Duke”, Wayne passou por um período de quase dez anos em papéis menores, sem conseguir o grande destaque que merecia. Ele era um ator de filmes B, aqueles com orçamentos mais modestos e produções rápidas.
Foi só em 1939 que a maré virou, e ele finalmente encontrou seu lugar ao sol como Ringo Kid no aclamado filme ‘No Tempo das Diligências’, dirigido pelo mestre John Ford. Esse foi o ponto de virada, mas o caminho até lá foi cheio de reviravoltas, incluindo algumas rejeições dolorosas.
A Rejeição de ‘Jornadas Heróicas’: Um Golpe no Ego?
Antes de ‘No Tempo das Diligências’ catapultá-lo ao estrelato, John Wayne já estava de olho em papéis que pudessem tirá-lo do “limbo” dos filmes B. Um desses papéis cobiçados foi o de Wild Bill Hickok em ‘Jornadas Heróicas’, um faroeste de 1936 dirigido por ninguém menos que Cecil B. DeMille, um nome de peso em Hollywood na época.
DeMille era conhecido por suas produções grandiosas, mesmo antes de seu épico ‘Os Dez Mandamentos’. Wayne sabia que um papel sob a direção dele seria um divisor de águas. Ele fez de tudo para conseguir uma chance, pedindo ao seu agente para agendar um encontro com o diretor. A expectativa era alta, a esperança, imensa.
No entanto, a reunião não saiu como o esperado. DeMille, ao invés de se impressionar, fez uma referência a ‘A Grande Jornada’, um filme de 1930 onde Wayne teve um papel de destaque, e simplesmente descartou a ideia. A frase “muita água passou por baixo da ponte” foi a resposta fria do diretor, dando a entender que o tempo de Wayne em grandes produções havia passado e que ele era apenas mais um ator de faroeste de “segunda linha”.
O papel de Wild Bill Hickok acabou nas mãos de Gary Cooper, que já era uma estrela consolidada. ‘Jornadas Heróicas’ foi um sucesso de bilheteria e crítica, elogiado até hoje, com uma pontuação perfeita no Rotten Tomatoes. Para John Wayne, essa rejeição foi um lembrete amargo de sua situação na indústria na época. Ele mesmo resumiu o ocorrido: “Para ele, eu era agora apenas uma estrela menor de faroestes B.” DeMille só viria a trabalhar com Wayne em 1942, no épico de aventura marítima ‘Vendaval de Paixões’, longe do universo do faroeste.
‘No Tempo das Diligências’: O Papel que Quase Escapou (para Gary Cooper de Novo!)
A história de como John Wayne quase perdeu seu papel mais icônico é de tirar o fôlego e mostra a persistência que o levou ao topo. ‘No Tempo das Diligências’ foi o filme que finalmente o libertou do estigma de “estrela de faroestes B” e o elevou ao patamar de lenda. Mas a ironia é que ele correu o risco de perder esse papel crucial para… adivinhe quem? Sim, Gary Cooper, novamente!
Quando John Ford estava montando o elenco para ‘No Tempo das Diligências’, ele enfrentou resistência. O produtor Walter Wanger, de olho no sucesso comercial, preferia Gary Cooper para o papel de Ringo Kid e Marlene Dietrich para o papel feminino principal. A lógica de Wanger era simples: Cooper era uma estrela maior e, portanto, uma aposta mais segura para o sucesso do filme.
Afinal, John Wayne estava vindo de uma sequência de filmes de baixo orçamento, enquanto Cooper já era um nome que atraía multidões. A posição do produtor era compreensível do ponto de vista financeiro. Mas Ford, que já havia trabalhado com Wayne em ‘A Grande Jornada’ e conhecia seu potencial, não cedeu. Ele confiava no talento e na presença de Wayne, mesmo que o ator ainda não tivesse o reconhecimento que merecia.
A teimosia e a visão de John Ford foram decisivas. Ele resistiu às pressões para substituir Wayne e seguiu em frente com sua escolha. E que escolha acertada! A atuação de Wayne como Ringo Kid não só redefiniu sua carreira, mas também ajudou a solidificar ‘No Tempo das Diligências’ como um dos maiores faroestes de todos os tempos. Foi a prova de que a fé de um diretor no talento de um ator pode superar qualquer dúvida ou preferência de estúdio.
A Reviravolta: Wayne Supera Cooper (e Recusa ‘Matar ou Morrer’)
O tempo é o senhor da razão, e em Hollywood, ele também é o senhor das reviravoltas. Anos depois, a situação se inverteu. John Wayne, agora consolidado como uma megastar do faroeste, superou Gary Cooper em poder de estrela. E foi nesse cenário que Wayne teve a oportunidade de virar o jogo, recusando um papel que se tornaria icônico para Cooper.
Estamos falando do papel de Will Kane em ‘Matar ou Morrer’, um faroeste de 1952 que se tornou um marco na carreira de Gary Cooper, rendendo-lhe um Oscar de Melhor Ator. Wayne, por outro lado, não se sentia confortável com a mensagem do filme, que ele considerava “antiamericana” por retratar um xerife abandonado pela cidade. Ele simplesmente não se via naquele papel.
Essa recusa mostra como as carreiras em Hollywood são cíclicas e cheias de oportunidades perdidas e conquistadas. Aquele que antes era “John Wayne Rejeitado” em grandes produções, agora tinha o luxo de escolher seus projetos, e suas escolhas, mesmo que polêmicas na época, moldaram ainda mais sua lenda. Gary Cooper, por sua vez, aproveitou a chance e entregou uma das atuações mais celebradas de sua vida.
É fascinante ver como esses dois gigantes do cinema se cruzaram e competiram por papéis, com cada rejeição ou escolha moldando seus destinos. A história de John Wayne nos lembra que, mesmo para os maiores ícones, o caminho para o sucesso é pavimentado com “nãos”, mas a perseverança e a crença no próprio talento podem transformar qualquer “quase” em uma vitória lendária.
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Perguntas Frequentes sobre John Wayne e Seus Papéis
Quais papéis icônicos John Wayne quase perdeu em sua carreira?
John Wayne quase perdeu o papel de Wild Bill Hickok em ‘Jornadas Heróicas’ (que foi para Gary Cooper) e o de Ringo Kid em ‘No Tempo das Diligências’, seu grande divisor de águas, também quase interpretado por Gary Cooper.
Por que Cecil B. DeMille rejeitou John Wayne para ‘Jornadas Heróicas’?
DeMille considerava Wayne apenas uma “estrela menor de faroestes B” na época, apesar de seu papel anterior em ‘A Grande Jornada’. Ele acreditava que o tempo de Wayne em grandes produções havia passado, preferindo Gary Cooper para o papel.
Quem era a preferência do produtor para o papel de Ringo Kid em ‘No Tempo das Diligências’?
O produtor Walter Wanger preferia Gary Cooper para o papel de Ringo Kid, devido à sua maior popularidade e apelo comercial na época. No entanto, o diretor John Ford insistiu em John Wayne.
Por que John Wayne recusou o papel principal em ‘Matar ou Morrer’?
Wayne recusou o papel de Will Kane em ‘Matar ou Morrer’ por não se sentir confortável com a mensagem do filme, que ele considerava “antiamericana” por retratar um xerife abandonado pela cidade em um momento de necessidade.
Qual a importância de ‘No Tempo das Diligências’ para a carreira de John Wayne?
‘No Tempo das Diligências’ foi o filme que catapultou John Wayne ao estrelato, tirando-o do estigma de “estrela de faroestes B”. Sua atuação como Ringo Kid redefiniu sua carreira e solidificou seu status como uma lenda do cinema.