Hitchcock: Roger Ebert escolheu o ‘melhor filme’ e não é ‘Psicose’!

Descubra qual filme Alfred Hitchcock o renomado crítico Roger Ebert considerou a verdadeira obra-prima do mestre do suspense, desafiando a popularidade de ‘Psicose’. Explore a profunda análise de Ebert sobre ‘Um Corpo Que Cai’ (‘Vertigo’) e ‘Interlúdio’ (‘Notorious’), e entenda por que a escolha do ‘melhor filme’ de Hitchcock é um debate tão rico e complexo para cinéfilos.

Se você é fã de cinema e adora um bom mistério, prepare-se para um debate que agita os entusiastas do suspense há décadas: qual é o Hitchcock melhor filme? O mestre do suspense, Alfred Hitchcock, nos deixou um legado cinematográfico tão vasto e brilhante que escolher apenas uma obra-prima é quase uma missão impossível. Mas e se um dos maiores críticos de cinema de todos os tempos tivesse uma opinião bem definida, e ela não fosse ‘Psicose’? Pois é, o lendário Roger Ebert tinha um favorito, e ele pode te surpreender. Vamos mergulhar nessa discussão e descobrir por que ‘Um Corpo Que Cai’ conquistou o coração de Ebert!

O Legado Incontestável de Hitchcock: Por Que Seus Filmes Ainda Fascinam?

Alfred Hitchcock é um nome que dispensa apresentações no universo do cinema. Conhecido como o “Mestre do Suspense”, ele revolucionou o gênero, criando histórias que nos mantêm grudados na tela, roendo as unhas de ansiedade. Seus filmes são um estudo de tensão, psicologia e reviravoltas que desafiam a mente, e é por isso que a discussão sobre o Hitchcock melhor filme é tão fervorosa.

Ele tinha um jeito único de brincar com as nossas expectativas, construindo narrativas complexas que iam muito além de um simples “quem matou?”. Hitchcock nos fazia questionar a natureza humana, a obsessão, o medo e a moralidade. O diretor tinha um domínio impressionante da linguagem cinematográfica, usando cada enquadramento, cada corte, cada trilha sonora para intensificar a experiência do espectador.

O catálogo de Hitchcock é recheado de clássicos que poderiam facilmente levar o título de melhor. Pense em ‘Janela Indiscreta’, que nos prende em um apartamento enquanto observamos a vida (e talvez um crime) dos vizinhos. Ou ‘Intriga Internacional’, uma aventura de espionagem cheia de perseguições icônicas. E não podemos esquecer de ‘Festim Diabólico’, um experimento ousado filmado quase como uma única tomada. Cada um desses filmes apresenta uma faceta diferente do gênio de Hitchcock, tornando a escolha do seu principal trabalho um verdadeiro desafio para qualquer cinéfilo.

‘Psicose’: O Ícone Que Quebrou Regras e Mentes

Quando falamos em Alfred Hitchcock, é quase impossível não pensar em ‘Psicose’. Lançado em 1960, este filme não é apenas um marco do terror; ele redefiniu o gênero por décadas. ‘Psicose’ nos entregou um dos maiores choques da história do cinema, uma reviravolta tão inesperada que mudou a forma como o público via as narrativas cinematográficas. A cena do chuveiro, por exemplo, é tão icônica que virou uma referência cultural, sendo parodiada e homenageada incontáveis vezes.

Mas ‘Psicose’ é muito mais do que apenas um filme de terror. É um suspense psicológico brilhante, um estudo de personagem que se aprofunda nas complexidades da mente humana. A atuação de Anthony Perkins como Norman Bates é simplesmente arrepiante e inesquecível, contribuindo para a aura de mistério e perturbação que envolve o filme. A capacidade de Hitchcock de misturar gêneros – de um suspense policial a um terror psicológico – em uma única obra demonstra sua genialidade e sua liberdade criativa.

Mesmo depois de tantos anos, ‘Psicose’ ainda tem o poder de aterrorizar e chocar. Em uma indústria onde os filmes de terror tendem a ter uma “vida útil” mais curta, perdendo o impacto com o tempo, a longevidade de ‘Psicose’ é um testemunho de sua qualidade atemporal. Para muitos, ele é, sem dúvida, o Hitchcock melhor filme, não só pela sua capacidade de assustar, mas pela forma como ele se infiltrou na nossa cultura e na nossa psique coletiva.

Roger Ebert e Sua Escolha Ousada: ‘Um Corpo Que Cai’ é o **Hitchcock Melhor Filme**?

Enquanto ‘Psicose’ é a escolha óbvia para muitos, o renomado crítico Roger Ebert, conhecido por sua perspicácia e análises aprofundadas, tinha uma opinião diferente. Para ele, o Hitchcock melhor filme é ‘Um Corpo Que Cai’ (‘Vertigo’), lançado em 1958. Essa escolha pode parecer surpreendente para quem só conhece os maiores sucessos do diretor, mas a justificativa de Ebert é fascinante e nos convida a olhar para o filme sob uma nova luz.

‘Um Corpo Que Cai’ marca a quarta e última colaboração entre Hitchcock e o ator James Stewart, que interpreta Scottie Ferguson, um detetive de São Francisco que se aposenta após desenvolver acrofobia (medo de altura) e vertigem. Ele é contratado por um amigo para seguir sua esposa, Madeleine, que parece estar agindo de forma estranha e obcecada. O que se segue é uma trama intrincada de mistério, obsessão e identidade, que mergulha nas profundezas da psique humana.

Ebert via ‘Um Corpo Que Cai’ como uma obra confessional de Hitchcock. Ele argumentava que o filme explorava as próprias obsessões do diretor, especialmente sua fixação por mulheres loiras e “geladas”, que se tornaram uma de suas marcas registradas, assim como suas famosas aparições (cameos) em seus próprios filmes. Na trama, Scottie e Elster (o amigo que o contrata) tentam moldar e controlar a personagem Judy, e Ebert interpretou isso como uma reflexão de Hitchcock sobre seu próprio desejo de encaixar suas personagens femininas em caixas predefinidas.

Essa exploração psicológica profunda, que vai além do suspense tradicional, é o que, para Ebert, eleva ‘Um Corpo Que Cai’ ao patamar de obra-prima. O filme é visualmente deslumbrante, com cores vibrantes e uma cinematografia inovadora que captura a sensação de vertigem e desorientação. A narrativa não linear, com suas reviravoltas chocantes, faz com que seja um filme incrivelmente recompensador para se assistir várias vezes, revelando novas camadas a cada nova experiência. É essa profundidade e a forma como o filme se conecta à vida do próprio Hitchcock que, na visão de Ebert, o tornam o Hitchcock melhor filme.

Além de ‘Psicose’: As Outras Pérolas no Olhar de Ebert

Ainda que ‘Um Corpo Que Cai’ fosse a escolha final de Roger Ebert para o título de Hitchcock melhor filme, sua análise da filmografia do diretor não parava por aí. Antes de chegar a essa conclusão, Ebert já havia considerado outra joia do mestre como sua obra-prima principal: ‘Interlúdio’ (‘Notorious’), um filme de espionagem de 1946.

‘Interlúdio’ é um tipo de “cavalo negro” na discussão sobre os melhores filmes de Hitchcock. Ele não é tão popular quanto ‘Psicose’ ou ‘Janela Indiscreta’, mas possui uma reputação de tirar o fôlego entre os críticos e cinéfilos mais dedicados. Estrelado por dois ícones de Hollywood, Cary Grant e Ingrid Bergman, o filme entrega uma trama de espionagem tipicamente retorcida e cheia de tensão, com performances de altíssimo nível.

A história de ‘Interlúdio’ envolve uma mulher (Bergman) recrutada para se infiltrar em um grupo de nazistas exilados no Brasil, enquanto se apaixona pelo agente que a recruta (Grant). É um filme que explora temas como lealdade, sacrifício e amor em circunstâncias extremas, com a maestria de Hitchcock em criar suspense através de diálogos e situações, não apenas de ação. A forma como a tensão romântica se mistura com o perigo iminente é um ponto alto da carreira do diretor.

A preferência de Ebert por ‘Interlúdio’ antes de ‘Um Corpo Que Cai’ mostra o quanto a filmografia de Hitchcock é rica e diversificada. Enquanto ‘Psicose’ é um soco no estômago, ‘Interlúdio’ oferece uma experiência mais romântica e um suspense mais clássico, provando que o diretor era capaz de transitar por diferentes estilos e ainda assim entregar obras-primas. É um filme que, certamente, merece mais reconhecimento e amor nos dias de hoje.

O Debate Sem Fim: Qual É Realmente o **Hitchcock Melhor Filme**?

A discussão sobre qual é o Hitchcock melhor filme é um testamento à qualidade e à diversidade de sua filmografia. A verdade é que não existe uma resposta única, e a opinião de Roger Ebert, por mais respeitada que seja, é apenas mais uma voz nesse coro de admiração. A beleza do trabalho de Hitchcock reside justamente na sua capacidade de agradar a diferentes paladares cinematográficos.

Fãs de terror, por exemplo, provavelmente continuarão a eleger ‘Psicose’ como seu favorito, por sua capacidade de chocar e redefinir o gênero. Aqueles que preferem thrillers de espionagem podem se inclinar para ‘Intriga Internacional’ ou até mesmo ‘Interlúdio’. Já os amantes de mistérios intrincados e reviravoltas podem preferir ‘Disque M para Matar’, com sua trama engenhosa e claustrofóbica.

O fato é que ‘Um Corpo Que Cai’ e ‘Interlúdio’ merecem, sem dúvida, um lugar de destaque entre os maiores trabalhos do mestre. ‘Um Corpo Que Cai’, com seu final chocante e sua riqueza visual, se torna ainda mais gratificante a cada nova revisão. Suas cores ousadas e sua ousadia narrativa o diferenciam de muitas outras obras. ‘Interlúdio’, por sua vez, oferece uma complexidade emocional e um romance que não são tão comuns na obra do diretor, adicionando uma camada extra à sua genialidade.

No fim das contas, a escolha do Hitchcock melhor filme é uma jornada pessoal. É preciso assistir, se deixar levar pela tensão, pelo suspense e pela psicologia que ele tão bem explorava. O importante é celebrar o legado de um diretor que, mais do que qualquer outro, soube como prender o público na cadeira e nos fazer sentir cada emoção, cada susto, cada reviravolta.

Conclusão

A discussão sobre qual é o Hitchcock melhor filme é um fascinante mergulho na mente de um dos maiores cineastas de todos os tempos. Enquanto ‘Psicose’ reina como o ícone cultural, a visão do lendário Roger Ebert nos convida a olhar para ‘Um Corpo Que Cai’ com olhos mais críticos e apreciativos, reconhecendo sua profundidade psicológica e sua beleza visual como insuperáveis. E não podemos esquecer de ‘Interlúdio’, uma joia que mostra a versatilidade do mestre.

A obra de Alfred Hitchcock é um convite constante à exploração, à análise e, acima de tudo, ao prazer de se deixar levar por histórias que continuam a nos surpreender e a nos desafiar. Então, que tal aproveitar a oportunidade para maratonar esses clássicos e formar a sua própria opinião sobre qual é a verdadeira obra-prima do mestre do suspense?

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Perguntas Frequentes sobre o Melhor Filme de Alfred Hitchcock

Qual filme Roger Ebert escolheu como o melhor de Alfred Hitchcock?

Roger Ebert, um dos mais respeitados críticos de cinema, elegeu ‘Um Corpo Que Cai’ (‘Vertigo’, 1958) como a obra-prima de Alfred Hitchcock, contrariando a visão popular que aponta ‘Psicose’.

Por que ‘Psicose’ é tão famoso, mas não foi a escolha de Ebert para o melhor filme de Hitchcock?

‘Psicose’ é icônico por revolucionar o gênero de terror e suspense psicológico, com cenas memoráveis como a do chuveiro e uma reviravolta chocante. Embora Ebert reconhecesse sua importância, ele via ‘Um Corpo Que Cai’ como uma obra mais confessional e psicologicamente profunda do diretor.

O que Roger Ebert via em ‘Um Corpo Que Cai’ para considerá-lo o melhor?

Ebert considerava ‘Um Corpo Que Cai’ uma exploração das próprias obsessões de Hitchcock, especialmente sua fixação por personagens femininas loiras e “geladas”. Ele via o filme como uma obra visualmente deslumbrante, com uma narrativa complexa e reviravoltas que revelam novas camadas a cada revisão.

Roger Ebert já considerou outro filme de Hitchcock como sua obra-prima antes de ‘Um Corpo Que Cai’?

Sim, antes de se decidir por ‘Um Corpo Que Cai’, Roger Ebert chegou a considerar ‘Interlúdio’ (‘Notorious’, 1946) como a principal obra-prima de Hitchcock. ‘Interlúdio’ é um aclamado thriller de espionagem com Cary Grant e Ingrid Bergman.

Existe um consenso entre os críticos sobre qual é o melhor filme de Hitchcock?

Não há um consenso único sobre qual é o “melhor” filme de Hitchcock. A escolha é subjetiva e depende do gosto pessoal, com filmes como ‘Psicose’, ‘Janela Indiscreta’, ‘Intriga Internacional’, ‘Disque M para Matar’, ‘Um Corpo Que Cai’ e ‘Interlúdio’ frequentemente citados como favoritos, cada um destacando uma faceta diferente do gênio do diretor.

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Marina Souza
Marina Souza
Oi! Eu sou a Marina, redatora aqui do Cinepoca. Desde os tempos de criança, quando as tardes eram preenchidas por maratonas de clássicos da Disney em VHS e as noites por filmes de terror que me faziam espiar por entre os dedos, o cinema se tornou um portal para incontáveis realidades. Não importa o gênero, o que sempre me atraiu foi a capacidade de um filme de transportar, provocar e, acima de tudo, contar algo. No Cinepoca, busco compartilhar essa paixão, destrinchando o que há de mais interessante no cinema, seja um blockbuster que domina as bilheterias ou um filme independente que mal chegou aos circuitos. Minhas expertises são vastas, mas tenho um carinho especial por filmes que exploram a complexidade da mente humana, como os suspenses psicológicos que te prendem do início ao fim. Meu objetivo é te levar em uma viagem cinematográfica, apresentando filmes que talvez você nunca tenha visto, mas que definitivamente merecem sua atenção.

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