O episódio ‘Lucky Day’ de ‘Doctor Who’ resgata um evento crucial da era do Nono Doutor: a invasão Slitheen de 2005. Uma Doctor Who referência Slitheen sutil, mas significativa, através do personagem de Conrad Clark, valida a importância do incidente com a nave no Big Ben e oferece uma explicação inteligente para a aparente “memória curta” da Terra em relação a eventos alienígenas, reforçando a continuidade da série.
Se você é fã de ‘Doctor Who’, sabe que a série tem uma história riquíssima e cheia de eventos que moldaram o universo. Mas nem sempre tudo é lembrado, né? Por isso, a aparição de uma Doctor Who referência Slitheen no episódio ‘Lucky Day’, da 15ª temporada, deixou muita gente empolgada por finalmente resgatar um momento crucial da era do Nono Doutor que parecia ter sido esquecido. É um detalhe sutil, mas que faz toda a diferença para quem ama a continuidade da série!
O Evento Slitheen que Balançou Londres na Era do Nono Doutor
Vamos voltar um pouquinho no tempo. Lá em 2005, quando ‘Doctor Who’ retornou às telas com Christopher Eccleston como o Nono Doutor, a série não perdeu tempo em apresentar ameaças de grande escala. Os episódios “Aliens of London” e “World War Three” formaram um arco impactante que colocou os Slitheen no centro da trama.
Esses alienígenas, disfarçados em peles humanas, conseguiram se infiltrar no alto escalão do governo britânico. Imagina só o pânico! A história teve de tudo: conspiração política, a TARDIS sendo confundida com uma arma, e, claro, um evento público inacreditável que parecia impossível de ser ignorado pela população: a queda de uma nave espacial no Big Ben, em pleno dia!
Esse incidente no Big Ben foi um marco. Não foi um ataque escondido ou discreto; foi um objeto voador não identificado colidindo com um dos monumentos mais famosos de Londres, à vista de todos. Parecia que, depois disso, a Terra nunca mais seria a mesma no universo de ‘Doctor Who’. A existência de vida alienígena tinha sido exposta de forma inegável para o mundo todo, ou pelo menos para Londres.
No entanto, para a surpresa de muitos espectadores e para a frustração de quem ama ver a série construindo sua própria história, os eventos de “Aliens of London” e “World War Three” raramente foram mencionados ou referenciados nos anos seguintes. Era como se a cidade e o mundo tivessem superado a invasão Slitheen e a nave no Big Ben com uma rapidez inacreditável. Isso criava uma sensação estranha de que eventos cataclísmicos eram rapidamente esquecidos pela população da Terra na série, algo que nem sempre parecia crível diante da magnitude dos acontecimentos.
‘Lucky Day’ Traz o Evento de Volta à Tona com Conrad Clark
Avançamos para a 15ª temporada de ‘Doctor Who’ e o episódio ‘Lucky Day’. Neste episódio, somos apresentados a Conrad Clark, interpretado por Jonah Hauer-Hill. Conrad é o líder de uma comunidade online de teóricos da conspiração, o “Think Tank”. E é através dele que a série finalmente reconhece o impacto duradouro do evento Slitheen de 2005.
No escritório de Conrad, onde ele grava seu podcast, um detalhe chama a atenção dos fãs mais atentos: um recorte de jornal antigo. Esse recorte é nada menos do que uma manchete sobre os eventos com os quais o Nono Doutor se envolveu em “Aliens of London”. É uma referência visual clara e inconfundível, um aceno direto para aquele arco de história que parecia ter caído no esquecimento da própria série.
A presença desse recorte na posse de um teórico da conspiração como Conrad faz total sentido. Enquanto a maioria da população pode ter “esquecido” ou tentado seguir em frente após o choque de 2005, pessoas como Conrad, que questionam as narragens oficiais e buscam “a verdade por trás dos eventos”, naturalmente se agarrariam a evidências de incidentes tão bombásticos. Para ele, o jornal antigo não é apenas uma recordação, mas prova de algo maior e possivelmente encoberto.
O episódio também sugere uma possível origem para a obsessão de Conrad com teorias de conspiração alienígena. “Aliens of London” aconteceu em 2005, quando Conrad teria apenas seis anos. A experiência de ver uma nave espacial colidir com o Big Ben, mesmo sendo uma criança, deve ter sido traumática e marcante. Anos depois, em 2007 (dentro da linha do tempo da série), Conrad tem um encontro com o Décimo Quinto Doutor (Ncuti Gatwa). É plausível que essa combinação de um evento chocante na infância e um encontro direto com o Doutor e o extraordinário na vida adulta tenha cimentado suas crenças e o levado a fundar o Think Tank.
Essa escolha narrativa de conectar o passado de Conrad com um evento específico da era do Nono Doutor é inteligente. Ela não apenas serve como uma referência nostálgica para os fãs, mas também fundamenta o personagem de Conrad e sua motivação dentro da lógica do universo de ‘Doctor Who’. Ele não é apenas um teórico da conspiração genérico; ele é alguém cuja visão de mundo foi moldada por experiências reais (dentro da ficção, claro) de contato alienígena e a aparente falta de reconhecimento público desses eventos.
Por Que Essa Referência é Importante para a Continuidade da Série
Para muitos fãs de longa data, a falta de referências a eventos passados em ‘Doctor Who’ sempre foi um ponto delicado. Com tantas invasões alienígenas, naves caindo na Terra e encontros espetaculares, parecia estranho que a vida na Terra (especialmente em Londres, o epicentro de muitos desses eventos) pudesse voltar ao normal tão rapidamente. A referência no episódio ‘Lucky Day’ ajuda a mitigar essa sensação, mostrando que, sim, esses eventos deixam marcas e são lembrados por algumas pessoas, mesmo que a maioria tente seguir em frente.
O retorno de Russell T. Davies como showrunner trouxe a esperança de que a série voltaria a abraçar sua própria história e continuidade de forma mais explícita. E essa Doctor Who referência Slitheen é um ótimo exemplo disso. Ela não é apenas um easter egg; ela está integrada à trama através do personagem de Conrad e suas crenças.
Além disso, o episódio ‘Lucky Day’ usa a perspectiva de Conrad para oferecer uma explicação, dentro do universo da série, para por que esses eventos alienígenas massivos parecem ser “esquecidos” ou ignorados pela população em geral. Conrad e seu Think Tank acreditam que esses encontros alienígenas são, na verdade, encenações do governo britânico para manter a população em estado de medo e controle. Embora essa seja a visão conspiratória dele, a ideia de que uma parte da população simplesmente se recusa a acreditar no que vê – preferindo explicações alternativas, por mais absurdas que pareçam – oferece uma camada de realismo (dentro da fantasia da série) sobre como as pessoas lidam com eventos traumáticos e inacreditáveis.
Essa negação ou descrença, mesmo diante de evidências esmagadoras (como a nave no Big Ben), pode ser a forma como a série justifica por que nem todo mundo está constantemente em pânico ou falando sobre a última invasão alienígena. As pessoas encontram maneiras de racionalizar, negar ou simplesmente ignorar o que não conseguem processar, e as teorias da conspiração de Conrad representam essa faceta da reação humana ao extraordinário.
Portanto, a referência Slitheen em ‘Lucky Day’ é muito mais do que um simples aceno ao passado. Ela valida a importância de um evento crucial da era do Nono Doutor, integra a história da série à trama atual através de um novo personagem e oferece uma explicação inteligente para um aspecto da narrativa de ‘Doctor Who’ que por vezes incomodava os fãs. É um exemplo de como a série pode honrar seu legado enquanto avança, usando o passado para enriquecer as histórias do presente.
Essa conexão mostra que os eventos de 2005 com os Slitheen não foram em vão e continuam a ecoar no universo da série, influenciando personagens e perspectivas anos depois. Para os fãs, é um alívio ver que momentos tão icônicos não foram apagados e que a série valoriza sua própria cronologia e os impactos duradouros dos encontros do Doutor.
Além dos Slitheen, a Terra em ‘Doctor Who’ já foi palco de inúmeros outros incidentes, desde a invasão Cyberman até a chegada dos Daleks e a aparição de criaturas de todos os cantos do universo. Cada um desses eventos, por mais contido ou global que fosse, adiciona uma camada à história do planeta e à forma como seus habitantes percebem (ou se recusam a perceber) a realidade que os cerca. A Doctor Who referência Slitheen serve como um lembrete poderoso de que, mesmo que a vida pareça voltar ao normal, as sementes da dúvida, do medo ou da descrença plantadas por esses eventos continuam a crescer em cantos inesperados da sociedade, como na comunidade de teóricos da conspiração liderada por Conrad.
Ver essa continuidade sendo abordada em ‘Lucky Day’ reforça a ideia de que o mundo de ‘Doctor Who’ é um lugar onde o extraordinário acontece com frequência, e que as pessoas reagem a isso de maneiras complexas e variadas. Alguns aceitam, outros negam, e alguns, como Conrad, transformam a negação em uma forma de ativismo online, buscando “provar” que tudo é uma farsa governamental. É uma dinâmica fascinante que adiciona profundidade à série.
O fato de Russell T. Davies, que trouxe a série de volta em 2005 com os Slitheen, ser o responsável por trazer essa referência de volta agora, na era do Décimo Quinto Doutor, fecha um ciclo interessante. Mostra um respeito pela base que ele mesmo ajudou a construir e a vontade de amarrar pontas soltas ou, pelo menos, reconhecer que essas pontas existem e têm impacto.
Essa Doctor Who referência Slitheen em ‘Lucky Day’ não apenas agrada aos fãs nostálgicos, mas também enriquece a narrativa atual, oferecendo uma explicação plausível para a aparente “memória curta” da Terra em relação a invasões alienígenas e fundamentando o personagem de Conrad Clark de forma significativa. É um pequeno detalhe que fala muito sobre a atenção da série à sua própria história e a forma como os eventos passados continuam a moldar o presente de maneiras inesperadas.
Conclusão
O episódio ‘Lucky Day’ da 15ª temporada de ‘Doctor Who’ trouxe um presente para os fãs ao incluir uma Doctor Who referência Slitheen, lembrando o evento de 2005 que parecia ter sido esquecido. Através do personagem de Conrad Clark e seu recorte de jornal, a série valida a importância daquela invasão na era do Nono Doutor e, de quebra, oferece uma explicação inteligente para a aparente facilidade com que a população da Terra “esquece” grandes encontros alienígenas. É um movimento que fortalece a continuidade e mostra que o passado da série continua relevante, influenciando novas histórias e personagens de maneiras surpreendentes e satisfatórias para os fãs.
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Perguntas Frequentes sobre a Referência Slitheen em ‘Doctor Who’
Qual evento Slitheen é referenciado no episódio ‘Lucky Day’?
O episódio ‘Lucky Day’ referencia o evento de 2005 nos episódios “Aliens of London” e “World War Three”, onde os Slitheen se infiltraram no governo britânico e uma nave espacial colidiu com o Big Ben em Londres.
Em qual episódio da 15ª temporada de ‘Doctor Who’ a referência Slitheen aparece?
A referência Slitheen é destacada no episódio intitulado ‘Lucky Day’, que faz parte da 15ª temporada de ‘Doctor Who’.
Por que essa referência é importante para a continuidade de ‘Doctor Who’?
A referência valida a importância de um evento passado que parecia esquecido, mostra que esses incidentes deixam marcas e são lembrados por algumas pessoas, e ajuda a integrar a história da série à trama atual, reforçando a coesão do universo.
A referência no episódio ‘Lucky Day’ explica por que a Terra “esquece” invasões alienígenas?
Sim, através da perspectiva do personagem Conrad Clark e suas teorias da conspiração, o episódio oferece uma explicação dentro do universo da série: parte da população pode simplesmente negar, racionalizar ou ignorar eventos inacreditáveis, preferindo explicações alternativas.