Após 25 anos de seu lançamento, a irreverente comédia ‘Dogma’, de Kevin Smith, retorna aos cinemas, provando ser mais atual do que nunca. O filme, que gerou polêmica por sua sátira inteligente às instituições religiosas, e não à fé, explora temas profundos com um elenco estelar e o toque único do diretor. Descubra por que esta obra atemporal continua a provocar risadas e reflexões sobre crenças e ideias.
Se você é daqueles que adora um filme que te faz rir, pensar e até questionar o universo, prepare-se, porque a Crítica Dogma que você vai ler hoje é sobre um clássico que está mais atual do que nunca! Lançado há 25 anos, ‘Dogma’, a irreverente comédia de Kevin Smith, está de volta aos cinemas e promete te deixar boquiaberto. Aqui no Cinepoca, a gente sabe que filmes que geram debate são os melhores, e ‘Dogma’ é mestre nisso.
A Saga de Um Retorno Épico: ‘Dogma’ de Volta às Telas
Imagina só: você cria uma obra de arte, um filme que ama, e de repente, ele simplesmente desaparece do mapa, guardado a sete chaves por alguém que você considera… bem, digamos, “o diabo em pessoa”. Essa foi a realidade de Kevin Smith, o gênio por trás de ‘Dogma’, por anos a fio. Ele passou uma eternidade tentando reaver os direitos do seu próprio filme, que estavam nas mãos dos irmãos Weinstein.
Smith, com seu humor ácido de sempre, chegou a brincar que “seu filme sobre anjos era propriedade do próprio diabo”. Mas a boa notícia é que, finalmente, ele conseguiu! E para celebrar essa vitória e o 25º aniversário do filme, ‘Dogma’ está retornando às telonas. E olha, essa história de bastidores já dá o tom da ousadia e da resiliência que o próprio filme carrega.
O Coração da Loucura: Entendendo a Trama de ‘Dogma’
Antes de ‘Dogma’, Kevin Smith já tinha conquistado uma legião de fãs com filmes mais focados em personagens e diálogos do dia a dia, como ‘O Balconista’, ‘Barrados no Shopping’ e ‘Procura-se Amy’. Mas com ‘Dogma’, ele decidiu ir além, criando sua primeira aventura com uma trama complexa e cheia de reviravoltas. E que trama, meus amigos!
A história gira em torno de dois anjos caídos, Loki (Matt Damon) e Bartleby (Ben Affleck) – que estavam super em alta depois de ‘Gênio Indomável’ –, que descobrem uma brecha no dogma católico que pode levá-los de volta ao Paraíso. Parece simples, né? Mas tem um detalhe: se eles conseguirem, isso provaria que Deus é falível, e toda a criação divina seria desfeita, jogando o universo no caos. É um bilhão de vidas em jogo, literalmente!
Então, para impedir essa catástrofe cósmica, a última descendente de Cristo, Bethany (Linda Fiorentino), precisa se unir a dois profetas muito peculiares: Jay e Silent Bob. Sim, a dupla mais icônica do universo de Smith está de volta, adicionando seu toque hilário e, às vezes, surpreendentemente filosófico à jornada. Prepare-se para uma mistura explosiva de comédia, ação e questionamentos existenciais profundos.
Desvendando a Polêmica: ‘Dogma’ é Blasfêmia ou Sátira Genial?
Se você acha que ‘Dogma’ só causou burburinho agora com seu retorno, está enganado. O filme gerou uma controvérsia gigantesca antes mesmo de ser lançado! A Liga Católica nos EUA o condenou como blasfêmia e Kevin Smith chegou a receber ameaças de morte. Um verdadeiro escândalo que, convenhamos, só aumentou a curiosidade em torno da obra.
Mas aqui está o ponto crucial: a intenção de ‘Dogma’ nunca foi zombar da fé ou das crenças individuais das pessoas. Pelo contrário! O filme é, na verdade, uma análise inteligente e bem equilibrada das instituições que, ao longo do tempo, acabaram distorcendo essas crenças. Ele questiona a absurdidade de como algo tão puro e belo quanto a adoração a um poder superior pode se perder em um emaranhado de regras contraditórias e, por vezes, ilógicas.
Kevin Smith, que foi criado na fé católica, fez de ‘Dogma’ um projeto de paixão, e isso transparece em cada cena. Só alguém que realmente entende e viveu essa religião poderia desconstruí-la satiricamente com tanta autoridade e nuance. Não é um ataque, é uma reflexão profunda, feita com o coração (e muito humor, claro!).
Um Elenco de Estrelas Que Brilha na Sátira Religiosa
‘Dogma’ não é apenas uma comédia inteligente e polêmica; é também um desfile de talentos que eleva o filme a outro patamar. O elenco é absurdamente estrelado, e cada ator entrega uma performance memorável, mesmo em papéis menores. Além da dupla dinâmica Damon e Affleck, que já eram superestrelas, temos nomes de peso que fazem toda a diferença.
- Salma Hayek como Serendipity: A musa da inspiração, com um charme que só ela tem, entregando um papel que é pura poesia.
- Alanis Morissette como Deus: Sim, a própria! Uma escolha de elenco que é pura genialidade e que se encaixa perfeitamente na visão de Smith. Sua presença silenciosa e poderosa é icônica.
- Chris Rock como Rufus: O hilário Décimo Terceiro Apóstolo, que não tem papas na língua e nos presenteia com tiradas profanas e extremamente engraçadas. Ele é a prova de que o riso pode vir da irreverência.
- Alan Rickman como Metatron: O talentoso e saudoso Alan Rickman, a voz de Deus, entrega suas falas com a mesma ironia seca e impagável que vimos em ‘Heróis Fora de Órbita’, lançado no mesmo ano. Uma performance que é um deleite para os fãs.
- George Carlin como Cardeal Glick: Uma das maiores mentes do humor e um ateu declarado, Carlin foi uma escolha de elenco ousadíssima e perfeita para o Cardeal Glick. Ele domina cada monólogo com seu intelecto afiado e seu sarcasmo típico, provando que a crítica pode ser feita com elegância e inteligência.
- Linda Fiorentino como Bethany: A personagem que serve como a “voz da razão” para o público. Linda Fiorentino tem o trabalho ingrato de ser a mais “normal” em meio a tanta loucura, mas ela o faz de forma brilhante, nos conectando à jornada e à gravidade dos acontecimentos.
É uma constelação que não só entrega risadas, mas também profundidade e carisma a cada personagem, fazendo com que a mensagem da Crítica Dogma ressoe ainda mais forte.
Kevin Smith em Nova Direção: A Evolução Visual de ‘Dogma’
Se você conhece a filmografia de Kevin Smith, sabe que ele é famoso por um estilo mais minimalista, com longas cenas de diálogo e pouca movimentação de câmera. Isso funcionou perfeitamente em filmes como ‘O Balconista’ e ‘Procura-se Amy’, onde a força estava na escrita e nas atuações.
Mas para contar a saga épica de ‘Dogma’, Smith elevou seu jogo de direção. Ele abraçou uma mise-en-scène mais movimentada, com movimentos de câmera mais dinâmicos e uma edição mais envolvente. É visível como ele se esforçou para fazer justiça à sua visão ambiciosa, criando um universo visual que acompanha a grandiosidade da narrativa teológica e cheia de ação.
E não podemos esquecer da trilha sonora. Howard Shore, o mesmo gênio por trás da música vencedora do Oscar em ‘O Senhor dos Anéis’, compôs uma partitura orquestral grandiosa para ‘Dogma’. Ela transmite o peso existencial da trama, mas também tem uma leveza e um toque de humor que nos lembram que, no fundo, estamos assistindo a uma comédia. É essa combinação que faz de ‘Dogma’ uma experiência cinematográfica única.
Mais Atual do Que Nunca: Por Que ‘Dogma’ Continua Relevante?
Vinte e cinco anos se passaram, mas a sátira de ‘Dogma’ sobre as falhas da religião organizada e a má interpretação dos ensinamentos de Cristo é, infelizmente, ainda muito, muito relevante hoje. O filme questiona por que as pessoas frequentam a igreja todo domingo, se Jesus concordaria com o que o cristianismo representa atualmente e, talvez o mais importante, a vantagem das ideias sobre as crenças.
Pensa só: crenças muitas vezes levam a conflitos violentos, enquanto ideias abrem caminho para discussões pacíficas e construtivas. ‘Dogma’ explora essa dicotomia de forma perspicaz, fazendo-nos refletir sobre o impacto das nossas convicções no mundo. Em tempos de polarização e extremismos, a mensagem do filme ecoa com uma força impressionante.
Embora ‘A Vida de Brian’, do Monty Python, seja sempre lembrada como a maior sátira religiosa do cinema – e é merecidamente –, ‘Dogma’ chega muito perto, ocupando um lugar de honra nesse panteão. É um filme que te desafia, te faz pensar e, ao mesmo tempo, te arranca gargalhadas. É uma obra que não se esquiva de temas espinhosos, mas os aborda com inteligência e um coração (quase) puro.
Conclusão: A Crítica ‘Dogma’ Que Você Precisa Ver (Ou Rever!)
Então, se você ainda não assistiu a ‘Dogma’, ou se já viu e está ansioso para reviver essa experiência, a hora é agora. A Crítica Dogma que trouxemos hoje mostra que este filme é muito mais do que uma comédia polêmica; é uma obra atemporal que nos provoca a refletir sobre fé, instituições e o que realmente importa na nossa jornada.
Com um elenco estelar, uma direção que surpreende e um roteiro que é o mais pensado e contemplativo de Kevin Smith, ‘Dogma’ é um filme que merece ser celebrado. Ele é engraçado, inteligente, e te fará questionar tudo – da melhor forma possível. Não perca a chance de mergulhar nessa aventura teológica que continua a ressoar com força total!
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Perguntas Frequentes sobre ‘Dogma’
Por que ‘Dogma’ está retornando aos cinemas após 25 anos?
O filme está retornando para celebrar seu 25º aniversário e porque Kevin Smith, finalmente, conseguiu reaver os direitos de sua obra, que estavam há anos com os irmãos Weinstein.
Qual é a trama principal de ‘Dogma’?
‘Dogma’ segue dois anjos caídos, Loki e Bartleby, que tentam usar uma brecha no dogma católico para voltar ao Paraíso, o que desfararia toda a criação. A última descendente de Cristo, Bethany, junto com Jay e Silent Bob, precisa impedi-los.
Por que ‘Dogma’ foi considerado um filme polêmico?
O filme gerou grande controvérsia antes de seu lançamento, sendo condenado como blasfêmia pela Liga Católica nos EUA. No entanto, a intenção de Kevin Smith era satirizar as instituições religiosas e a distorção das crenças, e não a fé em si.
Quais atores famosos fazem parte do elenco de ‘Dogma’?
‘Dogma’ conta com um elenco estelar, incluindo Matt Damon, Ben Affleck, Salma Hayek, Chris Rock, Alan Rickman, George Carlin, Linda Fiorentino e até mesmo Alanis Morissette no papel de Deus.
Por que ‘Dogma’ continua relevante 25 anos depois?
O filme permanece relevante por sua crítica perspicaz às falhas da religião organizada e à má interpretação dos ensinamentos de Cristo. Ele questiona a dicotomia entre crenças que geram conflitos e ideias que promovem discussões pacíficas, ecoando fortemente nos tempos atuais.