O Dia das Bruxas se aproxima, e nesta data do ano colocamos para fora aqueles instintos que passam desacordados por longos onze meses. Contudo, o que levamos apenas como entretenimento, muitos indivíduos incorporam como estilo de vida, e o ‘Chucky’ carrega consigo um pedaço de diversos serial killers que já assombraram o mundo.
Vale destacar, acima de tudo, que o icônico personagem criado por Don Mancini é protagonista de uma série recém-lançada. A produção teve sua estreia em 12 de outubro nos Estados Unidos, propositalmente no Dia das Crianças, e chegou ao Brasil, no catálogo da Star+, na última quarta-feira, 27.
Em ‘Brinquedo Assassino’, de 1988, o público descobriu que Chucky era um serial killer chamado Charles Lee Ray, que usa uma técnica de transferência de alma para não morrer, todavia, existe uma explicação para o vilão ter esse nome. Charles Lee Ray, a versão humana do boneco, combina três nomes de assassinos famosos da vida real.

‘Charles’ vem de Charles Manson, o criminoso que liderou nove assassinatos em 1969, incluindo o da atriz Sharon Tate, que estava grávida de nove meses. ‘Lee’ vem de Lee Harvey Oswald, acusado de matar, em 1963, o então presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy. Em contrapartida, o ‘Ray’ vem de James Earl Ray, que em 1968 recebeu condenação da justiça pelo assassinato de Martin Luther King Jr.
As diferenças entre os filmes e a nova série do Star+
Na história original, o serial killer entra em um boneco que, tragicamente, cai nas mãos de um menino, que por diversas vezes tenta alertar que o presente que sua mãe lhe deu ‘está vivo’, contudo, a polícia só acredita em suas palavras após diversas mortes. O que ninguém sabe, é que o vilão está interessado no garoto, pois no corpo dele poderá continuar vivo.
Há uma variedade de filmes que fazem parte da franquia, entretanto, o antagonista agora tem sua própria série, com outro enredo. Na nova produção, o jovem Jake encontra o brinquedo em um bazar, mas logo muitos homicídios começam acontecer na pequena comunidade local, deixando todos em pânico. Sendo assim, o caos está instaurado, mas também, contribui para que diversos segredos dos moradores sejam expostos publicamente.

Série de Chucky aborda questões da militância LGBT em tom sutil
A princípio, a dupla improvável começa a criar um forte laço, onde o vilão vê no rapaz um pupilo em potencial para continuar com seu legado de terror. Nos dois primeiros episódios (a partir da próxima semana toda quarta-feira um novo será lançado), uma sequência chamou bastante atenção. Nela, Chucky mata uma pessoa para defender o amigo gay que sofreu bullying. Inclusive, muitos internautas estão apontando o protagonista do mal como ‘justiceiro’, levando um curioso tom de militância LGBT para dentro da trama.
Vale lembrar que essa não é a primeira vez que assuntos similares aparecem na vida do boneco. Em 2004, ‘O Filho de Chucky’ chegou para seu pai e Tiffany, sua mãe, dizendo que “às vezes quero ser um menino, e às vezes quero ser menina. Ei, eu posso ser os dois”. A fala pegou carona no movimento ‘não-binário’, que estava dando seus primeiros passos no mundo.
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