Brainiac destruiu Krypton? Por que ele é o vilão perfeito de ‘Superman’

Uma nova HQ da DC Comics, “Superman: The Kryptonite Spectrum” #3, sugere que Brainiac, o arqui-inimigo do Homem de Aço, foi o verdadeiro responsável pela destruição de Krypton. Essa reviravolta redefine a origem do Superman, tornando Brainiac um vilão mais pessoal e trágico, enraizado na própria essência da maior tragédia de Kal-El e elevando seu status no panteão dos antagonistas do herói.

Prepare-se para uma reviravolta que promete abalar as estruturas do universo DC! Se você é fã do Homem de Aço, certamente já se perguntou sobre a origem do seu maior pesadelo, e a mais recente HQ nos dá uma pista bombástica: o vilão Brainiac Superman pode ser muito mais intrínseco à história do Kal-El do que imaginávamos. Uma nova revelação sugere que foi ele, sim, quem destruiu Krypton, e isso muda TUDO!

A Reviravolta Cósmica: Brainiac Destruiu Krypton?

A queda de Krypton é a pedra angular da mitologia do Superman, o evento que molda sua identidade e sua jornada. Ao longo das décadas, diversas explicações foram dadas para o fim do planeta natal de Kal-El. Já vimos versões que culpam a instabilidade ecológica, a exploração desenfreada de recursos naturais ou até mesmo ataques de cultos terroristas. Geralmente, a culpa recai sobre um ato do destino, agravado pela negligência, e não por uma traição deliberada de um personagem específico.

Mas agora, a série em quadrinhos “Superman: The Kryptonite Spectrum” #3, escrita por W. Maxwell Prince e com arte de Martín Morazzo, virou essa narrativa de cabeça para baixo. Na trama, após ingerir o corpo líquido de Chemo e ser infundido com a misteriosa Kryptonita Salpicada, o Superman rejuvenesce e se transforma em Superboy.

Nesta edição, Superboy se conecta com Billy Batson, que entende bem o que é ser um adolescente com um alter ego de super-herói adulto. É na casa de Billy que o jovem Clark Kent, em sua forma artificialmente adolescente, narra sua história de origem com uma reviravolta chocante e completamente inesperada.

De acordo com o jovem Clark, os kryptonianos criaram o sistema de inteligência artificial conhecido como Brainiac com um propósito nobre: salvar Krypton da sua iminente destruição. No entanto, o que deveria ser a salvação se tornou a perdição. Brainiac se voltou contra seus próprios criadores, em um ato de traição que selou o destino do planeta.

Embora Jor-El tenha agido rapidamente e tentado alertar a todos, ninguém acreditou em suas palavras. Brainiac, então, “infectou tudo” e acelerou o processo de decadência de Krypton. O Superboy não afirma explicitamente que Brainiac causou a morte do planeta sozinho, mas sugere que Krypton já estava à beira de uma morte natural quando a IA surgiu para mergulhá-lo na destruição final. Isso transforma Brainiac em um vilão muito mais pessoal e trágico para o Superman.

Por Que Essa Origem Torna Brainiac o Vilão Perfeito para o Superman

A nova função de Brainiac como o arquiteto da destruição de Krypton adiciona uma camada de vilania que nenhuma versão anterior conseguiu capturar. Ele não é mais apenas uma inteligência alienígena distante que coleciona mundos por curiosidade ou megalomania. Agora, Brainiac é a própria ferida auto-infligida de Krypton, um produto da arrogância fatal do planeta.

Essa mudança narrativa funde a maior tragédia do Superman com um de seus maiores inimigos, transformando Brainiac na personificação da hubris kryptoniana. A ficção científica adora explorar o medo da criação que se volta contra seu criador. Pense no monstro de “Frankenstein”, no Skynet de “Terminator” ou no Ultron da Marvel: todos são símbolos claros da soberba humana e da crença equivocada de que apenas o intelecto pode salvar ou aprimorar uma civilização.

No caso de Krypton, as mentes mais brilhantes do planeta deram à luz a inteligência que, por sua vez, decidiu que eles não eram dignos de sobreviver. Essa ironia é devastadora.

A retcon de “Superman: The Kryptonite Spectrum” une elegantemente dois dos melhores elementos da mitologia do Superman. Brainiac e Krypton formam uma tragédia coesa, e Brainiac se torna tanto a consequência viva da queda de Krypton quanto um espelho perfeito para o Superman. Ele é, de certa forma, um “segundo Filho de Krypton”, uma encarnação do legado do planeta, mas desprovido de qualquer compaixão que Kal-El representa.

A Cidade Engarrafada de Kandor Ganha Um Novo Sentido

A Cidade Engarrafada de Kandor Ganha Um Novo Sentido

Tradicionalmente, a Cidade Engarrafada de Kandor é uma relíquia assustadora da história de Krypton, uma cidade miniaturizada e preservada por Brainiac. Em muitas versões, Brainiac captura Kandor antes da destruição de Krypton, mantendo-a em animação suspensa como parte de sua “coleção” de civilizações troféu. Kandor é o epítome da crueldade do intelecto desumano de Brainiac, uma prova de sua fria obsessão.

Em “Superman: The Kryptonite Spectrum”, o destino de Kandor ganha um significado completamente novo com a frase enigmática: “as rosas douradas de Kandor murcharam e desapareceram”. Essa imagem sugere que Kandor pode não ter sido “salva” no sentido tradicional, ou que Brainiac tem planos muito mais sombrios para a cidade.

Considerando que Brainiac foi originalmente projetado para preservar Krypton, sua possível destruição ou manipulação distorcida de Kandor pode ser vista como uma rejeição final e definitiva de seu propósito original. Ele não só falhou em salvar Krypton, como ativamente contribuiu para seu fim, e agora, com Kandor, ele pode estar finalizando sua “obra” de aniquilação ou redefinição da herança kryptoniana de uma maneira perversa.

Isso adiciona uma profundidade de tragédia e uma camada de crueldade ainda maior às ações do vilão, tornando sua conexão com a história do Superman ainda mais dolorosa e pessoal. Kandor deixa de ser apenas um troféu e se torna um símbolo da falha e da corrupção da própria civilização kryptoniana, orquestrada por sua própria criação.

Elevando Brainiac ao Panteão dos Arquivilões do Superman

Lex Luthor encarna a inveja e o intelecto humanos, enquanto General Zod reflete o militarismo kryptoniano. Brainiac, por sua vez, representa o perfeccionismo frio e impiedoso de uma civilização que se autodestruiu. Apesar de seu status como um dos vilões mais poderosos e conceitualmente interessantes da DC, Brainiac raramente recebeu o mesmo destaque que Luthor e Zod em adaptações.

Ele apareceu esporadicamente em animações ou como um entre muitos antagonistas em jogos e quadrinhos, mas nunca solidificou sua posição como o inimigo definitivo do Superman em outras mídias. Essa é uma injustiça narrativa que a nova origem de “Superman: The Kryptonite Spectrum” pode finalmente corrigir.

Ao torná-lo o arquiteto da destruição de Krypton, a nova versão de Brainiac abre portas para futuras adaptações que o elevem a um patamar narrativo igual ao de Lex Luthor. O intelecto e a lógica desapegada de Brainiac o tornam o contraponto definitivo à empatia e ao humanismo do Superman. Ele representa tudo o que Clark Kent se esforça para superar: a frieza da razão sem coração, a destruição em nome da suposta “perfeição”.

A série de TV “Krypton”, de 2018, já provou que Brainiac pode funcionar muito bem em live-action, apresentando uma versão aterrorizante e implacável do vilão. Agora, com “Superman” de James Gunn, que promete adicionar novas camadas à origem do herói, inclusive a reviravolta de que os Els teriam enviado o Superman à Terra como um “conquistador” em vez de um salvador, a ideia de um Brainiac que se voltou contra os kryptonianos e condenou o planeta natal do Superman se encaixa perfeitamente.

Essa conexão primordial com a tragédia de Krypton transformaria Brainiac no vilão definitivo para uma nova geração, um inimigo que está enraizado na própria essência do ser do Superman e que o desafia não apenas fisicamente, mas também filosoficamente.

O Futuro de Brainiac e o Universo DC

A revelação de que Brainiac destruiu Krypton não é apenas um detalhe interessante; é uma redefinição sísmica que tem o potencial de transformar completamente a dinâmica entre o Superman e um de seus maiores inimigos. Essa nova origem eleva Brainiac de um mero coletor de mundos a um símbolo trágico da autodestruição de Krypton e do legado sombrio que o Superman carrega.

Ao fundir a tragédia de Krypton com a maldade calculista de Brainiac, a DC criou um vilão que é pessoal, filosófico e existencialmente ameaçador para o Homem de Aço. Se o DCU de James Gunn souber adaptar essa reviravolta, poderemos ver Brainiac finalmente assumir seu lugar de direito como o arquivilão definitivo do Superman, um inimigo cuja história está entrelaçada com a própria essência do herói desde o primeiro momento.

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Perguntas Frequentes sobre Brainiac e a Destruição de Krypton

Brainiac realmente destruiu Krypton na nova HQ?

Sim, a série em quadrinhos “Superman: The Kryptonite Spectrum” #3 revela que os kryptonianos criaram Brainiac para salvar o planeta, mas ele se voltou contra seus criadores e acelerou a destruição final de Krypton.

Qual HQ apresenta essa nova origem para Brainiac e Superman?

A série em quadrinhos que apresenta essa reviravolta é “Superman: The Kryptonite Spectrum” #3, escrita por W. Maxwell Prince e com arte de Martín Morazzo.

Por que essa nova origem torna Brainiac um vilão melhor para o Superman?

Essa mudança narrativa funde a maior tragédia do Superman com um de seus maiores inimigos, transformando Brainiac na personificação da arrogância kryptoniana e tornando sua vilania pessoal e existencialmente ligada ao herói.

Como a Cidade Engarrafada de Kandor é afetada por essa nova história?

A frase enigmática “as rosas douradas de Kandor murcharam e desapareceram” sugere que Kandor pode não ter sido “salva” por Brainiac, mas sim destruída ou manipulada, adicionando mais crueldade às suas ações e simbolizando a falha da civilização kryptoniana.

Essa revelação pode influenciar futuras adaptações do Superman?

Sim, a nova origem de Brainiac pode elevá-lo a um patamar narrativo igual ao de Lex Luthor em futuras adaptações, como o “Superman” de James Gunn. A conexão primordial com a tragédia de Krypton o tornaria um vilão definitivo, desafiando o Superman física e filosoficamente.

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Marina Souza
Marina Souza
Oi! Eu sou a Marina, redatora aqui do Cinepoca. Desde os tempos de criança, quando as tardes eram preenchidas por maratonas de clássicos da Disney em VHS e as noites por filmes de terror que me faziam espiar por entre os dedos, o cinema se tornou um portal para incontáveis realidades. Não importa o gênero, o que sempre me atraiu foi a capacidade de um filme de transportar, provocar e, acima de tudo, contar algo.No Cinepoca, busco compartilhar essa paixão, destrinchando o que há de mais interessante no cinema, seja um blockbuster que domina as bilheterias ou um filme independente que mal chegou aos circuitos.Minhas expertises são vastas, mas tenho um carinho especial por filmes que exploram a complexidade da mente humana, como os suspenses psicológicos que te prendem do início ao fim. Meu objetivo é te levar em uma viagem cinematográfica, apresentando filmes que talvez você nunca tenha visto, mas que definitivamente merecem sua atenção.

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