Apesar do desempenho inicial discreto nas bilheterias, ‘TRON: Ares’ demonstra forte potencial para se tornar um clássico cult, seguindo a tradição da franquia ‘Tron’. O filme se destaca por seus visuais inovadores e uma trilha sonora marcante de Nine Inch Nails, aspectos que sempre foram o ponto forte da saga. Além disso, a alta aprovação da audiência indica que o filme pode florescer e conquistar um público fiel nas plataformas de streaming, consolidando seu legado no universo digital.
E aí, galera do Cinepoca! Preparem-se para mergulhar no universo digital mais estiloso do cinema, porque hoje vamos falar de um filme que, apesar de não ter feito a bilheteria explodir, já está com cara de clássico cult: ‘TRON: Ares’. Sim, a gente sabe que os números de estreia podem ter deixado alguns fãs com a pulga atrás da orelha, mas aqui no Cinepoca, a gente enxerga além do óbvio. A história da franquia ‘Tron’ é cheia de reviravoltas, e tudo indica que Tron Ares seguirá o legado, conquistando corações (e bytes) muito depois de sair das salas de cinema!
A Maldição das Bilheterias para a Franquia ‘Tron’
Não é novidade que a saga ‘Tron’ tem uma relação complicada com as bilheterias. Desde o seu início, lá em 1982, com o inovador ‘Tron: Uma Odisseia Eletrônica’, a franquia sempre foi mais reconhecida pela sua audácia visual e conceitual do que pelos seus lucros astronômicos. O filme original, apesar de ser um divisor de águas na computação gráfica, arrecadou modestos US$ 33 milhões globalmente. Para a época, não foi um fracasso retumbante, mas também não foi o blockbuster que a Disney esperava, especialmente para um filme tão ambicioso.
Esse padrão se repetiu em 2010, quando ‘Tron: O Legado’ tentou reviver o Grid. Com um orçamento robusto de US$ 170 milhões e uma campanha de marketing pesada, o filme arrecadou cerca de US$ 400 milhões mundialmente. Parece muito, né? Mas para os padrões de Hollywood e da Disney, que esperavam um novo ‘Piratas do Caribe’, o resultado foi considerado apenas mediano, mal cobrindo os custos de produção e marketing.
E agora, com ‘TRON: Ares’, a gente vê a história se desenrolar novamente. O mais recente capítulo, que nos apresenta a uma nova inteligência artificial interpretada por Jared Leto, não teve o “start” que o estúdio sonhava. Com uma abertura global de US$ 60.5 milhões e um orçamento de produção de US$ 180 milhões, o caminho para a lucratividade é, no mínimo, desafiador.
É quase como se a franquia ‘Tron’ tivesse uma sina de ser subestimada no lançamento, para depois ser redescoberta e aclamada. Talvez seja essa a magia do Grid: ele não se entrega facilmente ao mainstream. Os longos hiatos entre os filmes — 28 anos entre o primeiro e ‘Legacy’, e 14 anos até ‘Ares’ — também contribuem para essa dificuldade em construir uma base de fãs consistente e pronta para lotar os cinemas no dia da estreia. A cada novo lançamento, a franquia precisa reintroduzir seu universo e seus conceitos, o que é um desafio em um mercado tão competitivo, com gigantes como ‘O Telefone Preto 2’ e ‘Springsteen: Salve-me do Desconhecido’ disputando a atenção do público.
Visuais de Arrasar e Trilhas Sonoras Épicas: O Legado de ‘Tron’
Mas se a bilheteria tem sido um calcanhar de Aquiles para ‘Tron’, existe um campo onde a franquia sempre brilhou intensamente: a inovação visual e a excelência sonora. O ‘Tron: Uma Odisseia Eletrônica’ de 1982 foi, sem dúvida, um filme à frente do seu tempo. As críticas da época podem ter sido mornas em relação ao roteiro, mas o consenso era unânime: os efeitos visuais, a estética futurista e a trilha sonora eletrônica de Wendy Carlos eram revolucionários.
Ele criou um universo digital que parecia impossível de ser concebido na tela grande, com seus ‘lightcycles’ icônicos e uma arquitetura cibernética de tirar o fôlego. Essa capacidade de transportar o público para um mundo totalmente novo, visualmente deslumbrante e sonoramente envolvente, é a verdadeira assinatura de ‘Tron’.
‘Tron: O Legado’ soube honrar e expandir esse legado. Quem não se lembra das sequências de ação neon e da trilha sonora pulsante do Daft Punk? O duo eletrônico não apenas compôs uma trilha, eles criaram uma experiência sonora que se tornou sinônimo do filme e da franquia, elevando a imersão a um novo patamar. Muitos consideram a trilha sonora de ‘Legacy’ uma obra-prima, e o filme, anos depois, é revisitado por sua visão artística e técnica.
E ‘TRON: Ares’? Pelo que já vimos e ouvimos, ele segue essa tradição com maestria. As primeiras impressões e críticas, apesar de mistas na narrativa, são quase unânimes em exaltar o visual do filme. Prepare-se para ser transportado novamente para o Grid, com uma estética ainda mais refinada e efeitos visuais de ponta que prometem ser um espetáculo para os olhos. E para embalar essa jornada, temos a trilha sonora original de ninguém menos que Nine Inch Nails! Trent Reznor e Atticus Ross, conhecidos por seu trabalho atmosférico e intenso, trazem uma sonoridade que promete ser tão marcante quanto as de seus antecessores.
É essa combinação de arte visual e auditiva que transforma um filme, que talvez não seja um sucesso imediato de público, em um objeto de culto. Os fãs de ‘Tron’ não procuram apenas uma história linear; eles buscam uma experiência imersiva, um mergulho em um universo estético e sonoro que desafia os limites do cinema. E ‘Ares’ parece entregar exatamente isso, pavimentando seu caminho para ser amado e redescoberto por gerações.
O Poder da Audiência: Por Que ‘Tron Ares’ Pode Florescer no Streaming
Apesar do desempenho discreto nas bilheterias e das avaliações da crítica que variam entre o “ok” e o “bom” (com 57% no Rotten Tomatoes), ‘TRON: Ares’ tem um trunfo que não pode ser ignorado: a voz do público! O filme conquistou um respeitável B+ no CinemaScore, uma pesquisa feita com espectadores no dia da estreia para medir a satisfação geral. E no Rotten Tomatoes, a pontuação da audiência é ainda mais animadora, batendo a casa dos 87%!
O que isso nos diz? Simples: quem foi ver ‘Ares’ no cinema, saiu satisfeito, ou até mesmo encantado! Isso é um indicativo fortíssimo de que o filme tem potencial para crescer e conquistar um público ainda maior com o tempo, especialmente quando aterrissar nas plataformas de streaming. A história está cheia de exemplos de filmes que não foram sucesso de bilheteria, mas se tornaram clássicos cult ao encontrar seu público no home video, e agora, no streaming.
Pense em ‘Blade Runner’, por exemplo, ou em outros filmes de ficção científica que foram inicialmente incompreendidos e depois aclamados. O universo ‘Tron’ sempre teve uma base de fãs apaixonada, que valoriza a ousadia e a originalidade da franquia, mesmo que ela não seja um “cash cow” para a Disney. São essas pessoas que, ao rever ‘Ares’ no conforto de casa, vão propagar a mensagem e apresentar o filme a novos curiosos, criando uma onda de apreciação que as bilheterias não conseguiram captar.
Plataformas como o Disney+ são o terreno fértil perfeito para filmes como ‘TRON: Ares’. Longe da pressão do “fim de semana de estreia” e das comparações com outros blockbusters, o filme terá a chance de ser descoberto, assistido e debatido em seu próprio ritmo. É ali que a magia dos clássicos cult acontece: eles não explodem, eles se infiltram, se enraízam e, com o tempo, florescem.
A franquia ‘Tron’ sempre foi um celeiro de ideias visuais e sonoras inovadoras, e ‘Ares’ não é diferente. O fato de já ter um público engajado e satisfeito é um excelente presságio. E se o filme já prepara o terreno para uma sequência, como a referência indica, talvez a Disney não demore mais 15 anos para nos levar de volta ao Grid. O futuro de ‘Tron’ pode não estar nas bilheterias imediatas, mas sim na sua capacidade de criar uma experiência duradoura e inesquecível para seus fãs.
Então, galera do Cinepoca, a mensagem é clara: não se deixem enganar pelos números frios das bilheterias! ‘TRON: Ares’ pode ter tido um começo modesto, mas a história da franquia ‘Tron’ nos ensina que o verdadeiro valor de seus filmes é construído com o tempo, através da apreciação de um público que busca algo mais do que apenas um blockbuster. Com visuais que desafiam a imaginação, uma trilha sonora que já é icônica e a aprovação calorosa de quem o assistiu, ‘Ares’ tem todos os ingredientes para se juntar a ‘Tron: Uma Odisseia Eletrônica’ e ‘Tron: O Legado’ como um legítimo clássico cult.
Preparem-se para a redescoberta, porque o Grid está mais vivo do que nunca, e ‘TRON: Ares’ é a prova de que algumas obras de arte precisam de tempo para serem verdadeiramente compreendidas e amadas. Fiquem ligados no Cinepoca para mais discussões sobre os filmes que marcam (ou ainda vão marcar) a história do cinema!
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Perguntas Frequentes sobre ‘TRON: Ares’
Por que ‘TRON: Ares’ é considerado um potencial clássico cult, apesar da bilheteria fraca?
Ele segue a tradição da franquia ‘Tron’ de ser subestimado no lançamento, mas valorizado por sua inovação visual e sonora. Além disso, a alta aprovação da audiência indica que o filme pode florescer e conquistar um público fiel nas plataformas de streaming.
Qual a relação da franquia ‘Tron’ com as bilheterias?
Desde o filme original de 1982 e ‘Tron: O Legado’ (2010), a franquia sempre teve um desempenho financeiro mediano ou desafiador, sendo mais reconhecida pela audácia visual e conceitual do que pelos lucros astronômicos.
Quem é responsável pela trilha sonora de ‘TRON: Ares’?
A trilha sonora original de ‘TRON: Ares’ foi composta por Trent Reznor e Atticus Ross, da banda Nine Inch Nails, conhecidos por seu trabalho atmosférico e intenso.
Como a audiência reagiu a ‘TRON: Ares’ no lançamento?
Apesar da bilheteria discreta, o filme recebeu um respeitável B+ no CinemaScore e uma alta pontuação de 87% da audiência no Rotten Tomatoes, indicando grande satisfação entre os espectadores.
Por que ‘TRON: Ares’ pode ter sucesso no streaming?
Plataformas de streaming, como o Disney+, oferecem um ambiente sem a pressão do fim de semana de estreia, permitindo que o filme seja descoberto e apreciado por um público maior ao longo do tempo, transformando-o em um clássico cult.