Black Mirror 6ª Temporada: Do Pior ao Melhor Episódio, Ranqueamos!

A 6ª temporada de Black Mirror trouxe cinco novos episódios em 2023, com rankings variados pelos fãs e crítica. Enquanto ‘Beyond the Sea’ é amplamente considerado o melhor, destacando-se pela inovação e profundidade, ‘Mazey Day’ e ‘Demon 79’ ficaram como os menos favoritos. A temporada como um todo é vista como um retorno à forma da série, superando a 5ª temporada, mas sem alcançar o nível das temporadas 1, 3 e 4.

Se você está curioso para saber quais são os Black Mirror season 6 episódios que realmente valem a pena assistir e quais você pode pular, chegou ao lugar certo! Preparamos um ranking completo, do pior ao melhor, para você não perder tempo e ir direto para os capítulos mais impactantes da sexta temporada dessa série que mexe tanto com a nossa cabeça aqui no Cinepoca.

Do Sofá para o Streaming: Uma Imersão em ‘Black Mirror’ Season 6

Desde que surgiu lá em 2011, ‘Black Mirror’ se consagrou como uma daquelas séries que te fazem pensar na vida, sabe? A pegada distópica, misturada com tecnologia e um toque de crítica social, sempre foi a marca registrada. Ao longo de 27 episódios, a série nos apresentou histórias chocantes sobre como a tecnologia, seja ela nova ou velha, pode virar a nossa realidade de cabeça para baixo. E a sexta temporada, lançada em 2023, não foi diferente!

A gente aqui do Cinepoca adora como ‘Black Mirror’ sempre cutuca a ferida da nossa relação com a tecnologia. Em algumas histórias, eles jogam na nossa cara uns gadgets e softwares super inovadores (e meio assustadores) que nos fazem questionar: “Só porque a gente pode, quer dizer que a gente deve?”. Em outros episódios, o foco é mais na crítica social, usando a tecnologia como pano de fundo para falar de temas super atuais. E aí, será que a sexta temporada manteve o nível? Bora descobrir!

Lugar de Lanterna Vermelha: ‘Mazey Day’

Em quinto lugar no nosso ranking de Black Mirror season 6 episódios, temos ‘Mazey Day’. Apesar de ter uma premissa até que interessante e começar de um jeito que prende a atenção, esse episódio acaba se perdendo no caminho. A gente acompanha a história de Bo, interpretada pela Zazie Beetz (que a gente já ama desde ‘Atlanta’), uma paparazzi meio blasé que lembra um pouco a Van, sua personagem naquela série. O episódio até tenta dar umas pinceladas de nostalgia dos anos 2000, mostrando celulares sem tela touchscreen e Starbucks bombando, mas a vibe mesmo é mostrar que a obsessão por celebridades e o papel dos paparazzi na cultura pop continuam sendo problemáticos como eram há 20 anos.

Visualmente, ‘Mazey Day’ até que funciona. Tem um ritmo legalzinho, um suspense aqui e ali, e as cenas em Los Angeles ensolarada são bonitas. Rola até uma pegada de filme de assalto e mistério, mas no final das contas, o episódio não aproveita muito bem esses elementos. Sério, parece que ‘Mazey Day’ tropeçou nas próprias pernas com aquela reviravolta sobrenatural bizarra, transformando a celebridade em lobisomem! Essa escolha criativa forçada simplesmente não encaixa no universo de ‘Black Mirror’ e pareceu uma baita oportunidade perdida. Ainda que a cena final tenha uma fotografia poética e tente passar uma mensagem sobre redenção, não salvou o episódio de ser o mais fraquinho da temporada.

Quase Lá: ‘Demon 79’

Na quarta posição da nossa lista de Black Mirror season 6 episódios, temos ‘Demon 79’. Esse aqui já começa diferente, sendo apresentado como uma produção “Red Mirror”. Parece que o Charlie Brooker criou essa etiqueta para histórias que se passam no universo ‘Black Mirror’, mas que não são exatamente ficção científica ou focam tanto na tecnologia. Entendemos a intenção de dar uma variada, mas confesso que foi meio frustrante ver um dos cinco episódios da temporada destoando tanto do que a gente espera de ‘Black Mirror’. ‘Demon 79’ até tenta imitar o estilo dos filmes de terror dos anos 70, o que pode ser divertido, mas acaba sendo meio sem sentido e irrelevante para a história e a mensagem que o episódio quer passar.

Por outro lado, ‘Demon 79’ acerta em cheio ao mostrar a discriminação racial que pessoas não brancas, especialmente aquelas de origem indiana e paquistanesa, enfrentavam naquela época. É um tema importante e relevante para ‘Black Mirror’ abordar, ainda que seja um retrato cru da realidade da época em que a história se passa. As pitadas de sobrenatural e pseudo-espiritual do episódio parecem querer comentar sobre como a sociedade enxerga pessoas com problemas de saúde mental, mas a narrativa perde força por falta de foco. Sabe quando parece que a história não sabe muito bem para onde ir? E o final completamente fantasioso de ‘Demon 79’ acaba confirmando que o episódio realmente carece daquela substância reflexiva que a gente tanto ama em ‘Black Mirror’.

No Meio do Caminho: ‘Joan Is Awful’

Abrindo o top 3 dos Black Mirror season 6 episódios, temos ‘Joan Is Awful’. Esse episódio é super meta e original ao criticar a própria plataforma onde ele está sendo exibido: a Netflix (ou melhor, a Streamberry, a versão paródia da série). É uma sacada genial e uma atualização bem-vinda para o universo de ‘Black Mirror’. A gente acompanha a vida de Joan, interpretada pela Annie Murphy (a eterna Alexis de ‘Schitt’s Creek’), que não é nenhuma santa, mas também não é essa pessoa horrível que a Streamberry decide transformá-la em um reality show bizarro que destrói a vida dela em tempo real. ‘Joan Is Awful’ tem todos os elementos clássicos de um bom episódio de ‘Black Mirror’. Tecnologia futurista (mas plausível), crítica a corporações gananciosas e uma reflexão sobre como a conectividade digital afeta a qualidade de vida. Tudo certinho!

Só que ‘Joan Is Awful’ peca um pouco no humor forçado e nos diálogos meio sem graça, que beiram um estilo “Marvel” que não combina muito com ‘Black Mirror’. A premissa inicial do episódio é uma das mais fortes da sexta temporada, mas algumas reviravoltas da trama não fazem muito sentido ou não entregam tudo que prometiam. Por exemplo, aquela explicação de que os termos e condições de uso tiram todo o poder da Joan sobre a Streamberry é meio irreal, já que existem limites legais e éticos para o que pode ser colocado em contratos. Apesar dessas forçadas na narrativa, ‘Joan Is Awful’ acerta ao levantar a discussão sobre a possibilidade (cada vez mais real) de inteligências artificiais escreverem, produzirem e editarem conteúdo de forma autônoma no futuro. Fica aí o alerta!

Quase Perfeito: ‘Loch Henry’

Na medalha de prata do nosso ranking de Black Mirror season 6 episódios, está ‘Loch Henry’. Esse episódio é um suspense criminal de primeira, daqueles que te prendem do início ao fim e que se encaixa perfeitamente no universo de ‘Black Mirror’. ‘Loch Henry’ entrega a crítica mais certeira da sexta temporada sobre a indústria do entretenimento em geral. A mensagem central é um tapa na cara da nossa falta de empatia com tragédias reais quando transformamos histórias de crimes em produtos de Hollywood. O roteiro de ‘Loch Henry’ é o mais bem escrito da temporada, mesmo que, a princípio, ele não pareça tanto um episódio típico de ‘Black Mirror’. Mas calma que o final chega para mostrar a que veio, com um comentário cultural ácido sobre a busca incessante por atenção e poder através de conteúdos premiados.

Os personagens de ‘Loch Henry’ são uns dos mais cativantes de toda a série, especialmente o bartender Stuart, interpretado pelo Daniel Portman (o Podrick de ‘Game of Thrones’), que é hilário e simpático. Alguns elementos da trama até que acontecem meio rápido, como a morte da Pia, que escorrega numa pedra molhada de um jeito meio forçado, mas a grande reviravolta do episódio é genuinamente surpreendente e aterradora. A falta de uma tecnologia super inovadora em ‘Loch Henry’ pode até parecer preguiça criativa, mas, na verdade, a crítica ao nosso consumo desenfreado de tragédias transformadas em conteúdo de streaming é muito mais relevante e “Black Mirror” do que parece. É um espelho da nossa cultura, literalmente.

O Grande Campeão: ‘Beyond the Sea’

E no topo do nosso ranking de Black Mirror season 6 episódios, o episódio que conquistou nossos corações (e mentes) é ‘Beyond the Sea’! Esse aqui é o mais inovador e ambicioso da sexta temporada. ‘Beyond the Sea’ brilha em quase todos os aspectos, entregando um conceito originalíssimo e uma temática tecnológica que cria suspense e tensão de forma natural. O Aaron Paul rouba a cena com uma atuação impecável, interpretando tanto o astronauta Cliff no espaço, quanto a réplica terráquea do personagem, que alterna a consciência com o colega astronauta David, vivido pelo Josh Hartnett. ‘Beyond the Sea’ é criativo, lindo visualmente e devastador do início ao fim. Prepare o lencinho!

A visão pessimista e quase niilista de ‘Beyond the Sea’ é tão chocante quanto profunda. A narrativa direta e crua expõe o pior da natureza humana através da perspectiva de um fanático religioso, um pai de família destruído e um amigo inocente prejudicado pela própria bondade. ‘Beyond the Sea’ foge daquela necessidade forçada de inserir uma mensagem de esperança após uma tragédia inimaginável, o que é refrescante e impactante. O episódio é uma meditação profunda sobre a escuridão corrosiva que a violência e o trauma podem espalhar, transformando vítimas em agressores. E, de quebra, ainda nos apresenta uma das tecnologias mais incríveis do universo ‘Black Mirror’: o sistema de transferência de consciência. Sem dúvidas, o melhor episódio da sexta temporada!

Temporada 6: Vale a Pena?

Cada temporada de ‘Black Mirror’ tem sua própria identidade, e a sexta não é exceção. Mais uma vez, os cinco episódios que a Netflix lançou em 2023 trouxeram histórias únicas e provocadoras. Se é a melhor ou a pior temporada, aí já é questão de opinião, mas uma coisa é certa: a sexta temporada não decepcionou na hora de quebrar barreiras e explorar premissas originais. As comparações com as outras temporadas são inevitáveis, e o debate sobre onde a sexta temporada se encaixa no ranking geral de ‘Black Mirror’ já começou faz tempo.

No geral, a sexta temporada de ‘Black Mirror’ pode ser considerada “meio termo” em comparação com as anteriores. Longe de ser a pior temporada (título quase unânime da quinta temporada, de 2019), a sexta temporada também supera a segunda, de 2013. Isso mostra que ‘Black Mirror’ não perdeu o fôlego desde as primeiras temporadas e que a mudança para a Netflix fez bem para a série. Os fãs, no geral, ficaram satisfeitos com a sexta temporada, vendo nela um retorno à boa forma após a decepção da quinta.

Mas, sejamos sinceros, a sexta temporada de ‘Black Mirror’ também não alcançou os picos de qualidade das melhores temporadas. A primeira, a quarta e, principalmente, a terceira, ainda são consideradas o auge da série. Ainda assim, alguns momentos da sexta temporada superam os piores episódios das temporadas mais elogiadas. ‘Beyond The Sea’, por exemplo, pode ser considerado melhor que ‘Metalhead’ (quarta temporada) ou ‘The National Anthem’ (primeira temporada). No fim das contas, a sexta temporada de ‘Black Mirror’ não tem a mesma consistência das melhores, mas, com a genialidade de ‘Beyond The Sea’ e os tropeços de ‘Demon 79’ e ‘Mazey Day’, ela fica ali no meio do caminho, garantindo momentos de reflexão e aquela pulguinha atrás da orelha que só ‘Black Mirror’ sabe colocar.

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Perguntas Frequentes sobre a 6ª Temporada de Black Mirror

Quais são os episódios da 6ª temporada de Black Mirror ranqueados do pior para o melhor?

O ranking da 6ª temporada de Black Mirror, do pior para o melhor, conforme analisado, é: ‘Mazey Day’, ‘Demon 79’, ‘Joan Is Awful’, ‘Loch Henry’ e ‘Beyond the Sea’.

Qual episódio é considerado o melhor da 6ª temporada de Black Mirror?

‘Beyond the Sea’ é amplamente considerado o melhor episódio da 6ª temporada, elogiado por sua inovação, conceito original e profundidade temática.

Quais episódios da 6ª temporada de Black Mirror são menos recomendados?

‘Mazey Day’ e ‘Demon 79’ são os episódios menos recomendados da 6ª temporada, sendo considerados os mais fracos em comparação com os demais.

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