‘Black Mirror’: 3 razões para ‘Common People’ ser mais perturbador que ‘Companion’

‘Common People’, o primeiro episódio da sétima temporada de ‘Black Mirror’, eleva o terror tecnológico ao comparar-se com ‘Companion’ de 2025, explorando o controle de emoções, mas desta vez aplicado a humanos e impulsionado por um sistema capitalista predatório. Enquanto ‘Companion’ aborda o controle emocional em androides, ‘Common People’ torna o conceito mais perturbador ao focar na manipulação da mente humana real, explorando o medo da perda de controle sobre a própria essência em um futuro distópico onde a tecnologia invade a privacidade e lucra com as vulnerabilidades humanas.

Se você é fã de ‘Black Mirror’ e adora sentir aquele Black Mirror susto que te faz questionar a tecnologia, prepare-se, porque o primeiro episódio da sétima temporada, ‘Common People’, chegou para elevar o nível do terror tecnológico! E não estamos falando de qualquer sustinho, viu? Para quem já assistiu ‘Companion’, um filme de terror que bombou em 2025, ‘Common People’ vai te lembrar, mas com um toque ainda mais perturbador. Quer saber por quê? Vem com a gente desvendar os segredos desse episódio que já está dando o que falar!

A Volta ao Terror Raiz de ‘Black Mirror’

‘Black Mirror’ sempre teve essa pegada de nos mostrar o lado sombrio da tecnologia, né? Mas parece que a sétima temporada veio para resgatar aquele clima tenso e angustiante das primeiras temporadas. ‘Common People’ é a prova disso! O episódio nos joga de cara em um futuro próximo onde surge uma tecnologia que, a princípio, parece ser a solução para os problemas, mas, como já é de costume na série, logo percebemos que tem algo muito, muito errado por trás.

Em ‘Common People’, conhecemos Amanda e Mike, um casal que tem a vida virada de cabeça para baixo quando Amanda descobre um tumor cerebral. No meio do desespero, surge uma esperança: um tratamento experimental chamado RiverMind. A promessa é salvar a vida de Amanda, mas o preço é alto: transformar a mente dela em um serviço de streaming. Mike, desesperado para salvar a esposa, aceita. Só que, como era de se esperar, as coisas começam a desandar quando eles percebem que manter o tratamento não é tão simples assim, principalmente com os famosos “upgrades” e “tiers” que lembram muito um elemento sinistro de ‘Companion’.

RiverMind Lux: O Controle da Mente Humana como Serviço Premium

No início, com o tratamento RiverMind, Amanda até que leva uma vida normal, precisando só de umas horinhas extras de sono. Mas logo a empresa por trás da tecnologia começa a mexer os pauzinhos, introduzindo níveis de assinatura, os tais “tiers”. Primeiro, começam a passar anúncios na mente de Amanda! Imagina só a invasão! Para se livrar dessa tortura, Mike e Amanda são “convidados” a fazer um upgrade para o RiverMind Plus. Mas não para por aí. Amanda começa a dormir cada vez mais, prejudicando o trabalho. Adivinha qual a solução “milagrosa”? Mais um upgrade, o RiverMind Lux, que promete uma vida mais normal… por um preço bem salgado, claro.

E é no RiverMind Lux que a coisa realmente engrossa. Uma das “funcionalidades especiais” desse pacote premium é o controle de emoções e sensações através de um aplicativo. É isso mesmo que você leu: um app para controlar como você se sente! Essa parte te lembrou de alguma coisa? Se você pensou em ‘Companion’, acertou em cheio!

‘Companion’: Controlando Emoções em um Mundo de Androides

Em ‘Companion’, conhecemos Iris, uma androide companheira programada para ser leal e proteger seu “dono”, Josh. Mas Josh, sendo um cara curioso (e um pouco problemático), decide hackear o sistema de Iris para fazer uns “ajustes”. E que ajustes! Ele consegue controlar as emoções, traços de personalidade e até a aparência física de Iris através de um tablet ou celular. Bizarro, né?

No filme, Iris usa essa “funcionalidade” para aumentar a própria inteligência e tentar escapar de Josh. Já ele, em um momento de pura crueldade, usa o controle para diminuir a inteligência dela a zero, basicamente forçando Iris a se “auto-destruir”. Em ‘Companion’, o controle de emoções é assustador, mas dentro de um contexto de androides, de inteligência artificial. Mas e quando essa mesma ideia é aplicada a uma pessoa de verdade, como em ‘Common People’? É aí que o Black Mirror susto se torna ainda mais intenso.

Por que ‘Common People’ é Mais Perturbador que ‘Companion’?

A grande sacada que torna ‘Common People’ tão mais assustador que ‘Companion’ está justamente no “usuário” dessa tecnologia de controle emocional. Iris, em ‘Companion’, é uma androide. Mesmo com toda a discussão filosófica sobre a consciência de máquinas e a linha tênue entre humanos e inteligência artificial, no final das contas, ela ainda é uma máquina, um programa. Amanda, em ‘Common People’, é uma pessoa real, de carne e osso.

Mesmo com parte da consciência dela sendo “streamada” por causa do tratamento, ela continua sendo um ser humano vivendo aquela experiência bizarra. A ideia de ter suas emoções manipuladas por um aplicativo, por uma empresa que visa lucro, quando você é uma pessoa real, é infinitamente mais aterradora. Afinal, estamos falando da essência do que nos torna humanos: nossos sentimentos, nossas reações, nossas emoções.

E tem mais um ponto crucial: a crueldade do RiverMind Lux é potencializada pelo foco no dinheiro. A empresa não está preocupada com o bem-estar de Amanda, mas sim em lucrar com a doença dela, explorando a fragilidade do casal. Controlar emoções por um aplicativo pode até parecer útil em situações extremas, como no exemplo do episódio onde Mike usa um “booster” de serenidade para Amanda em um momento difícil. Mas, no geral, a ideia de ter suas emoções à venda, controladas por terceiros, é profundamente perturbadora e, claro, a cara de ‘Black Mirror’.

O Susto Real Está na Linha Tênue Entre Ficção e Realidade

O que ‘Black Mirror’ faz de melhor é nos cutucar, nos fazer pensar sobre o futuro da tecnologia e como ela pode impactar nossas vidas. ‘Common People’ não é diferente. O episódio pega um elemento já explorado em ‘Companion’ – o controle de emoções – e o eleva a um novo patamar de horror ao aplicá-lo a um contexto humano e capitalista. O Black Mirror susto aqui não vem de monstros ou jumpscares, mas de uma reflexão incômoda sobre o quanto já estamos dependentes da tecnologia e o quão perto podemos estar de perder o controle sobre nossas próprias mentes. Se você busca um terror que te faça pensar muito depois que a tela apagar, ‘Common People’ é imperdível!

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Perguntas Frequentes sobre ‘Black Mirror: Common People’

Qual é a premissa de ‘Common People’ e por que ele causa ‘Black Mirror susto’?

‘Common People’ apresenta uma tecnologia que permite controlar as emoções de uma pessoa através de um aplicativo, explorando o medo da manipulação e perda de controle sobre a própria mente, um tema central do ‘Black Mirror susto’.

Como ‘Common People’ se compara a ‘Companion’ em termos de terror?

Enquanto ‘Companion’ explora o controle emocional em androides, ‘Common People’ eleva o terror ao aplicar essa tecnologia a seres humanos, tornando a ameaça mais realista e perturbadora, pois questiona a essência da humanidade e a autonomia individual.

Qual o papel do capitalismo na trama de ‘Common People’?

O capitalismo é um elemento crucial em ‘Common People’, pois a tecnologia de controle emocional é oferecida como um serviço com diferentes níveis de assinatura, expondo como empresas podem lucrar com a vulnerabilidade e a saúde mental das pessoas, intensificando o horror da trama.

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