‘Ballerina’ tropeçou? 6 motivos para a bilheteria decepcionar!

Apesar da alta expectativa, ‘Bailarina – Do Universo de John Wick’ decepcionou em sua bilheteria. Fatores como atrasos na produção, uma estratégia de divulgação cautelosa da Lionsgate, o impacto da recepção de ‘The Continental’, o histórico inconsistente do diretor Len Wiseman, a forte concorrência no lançamento e uma linha do tempo que não avançava a saga principal de John Wick contribuíram para a performance abaixo do esperado. Descubra os motivos que levaram a essa frustração para o spin-off da amada franquia.

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A gente sabe que a expectativa estava lá no alto para ‘Bailarina – Do Universo de John Wick’, o spin-off aguardado da franquia que a gente tanto ama. Mas, infelizmente, a Ballerina bilheteria não decolou como o esperado, deixando muita gente se perguntando: o que rolou? O filme, que prometia trazer de volta a adrenalina e o estilo único do universo de John Wick, teve uma estreia mais tímida do que o previsto, e nós do Cinepoca mergulhamos fundo para entender os seis motivos que podem ter levado a essa decepção.

1. A Promessa que Demorou Demais: Atrasos e Refilmagens

Imagina só: você ouve falar de um filme super legal, vê as primeiras cenas e fica na maior ansiedade. Mas aí, a data de lançamento muda, e muda de novo. Foi exatamente isso que aconteceu com ‘Bailarina – Do Universo de John Wick’. As primeiras imagens foram mostradas lá em 2024, na CinemaCon, e a ideia era que o filme chegasse aos cinemas em junho do mesmo ano. Mas, por causa de algumas refilmagens para ajustar as cenas de ação, a estreia foi parar em junho de 2025.

E quem veio para ajudar a turbinar essas cenas? Ninguém menos que Chad Stahelski, o diretor que fez ‘John Wick’ virar esse fenômeno. É claro que a intenção era boa – deixar o filme ainda mais incrível. Mas, para o público, tanto atraso e tanta refilmagem podem soar como um sinal de que algo não está tão bom assim. Tipo quando você vê um trailer muito tempo antes do filme e, quando ele finalmente chega, já perdeu um pouco da empolgação, sabe?

Essa “conscientização” precoce do público sobre ‘Ballerina’ acabou virando uma faca de dois gumes. O burburinho inicial se dissipou e, quando a data de estreia real chegou, muita gente já nem lembrava mais ou achava que o filme já tinha até passado. Isso, com certeza, deu uma rasteira na ‘Ballerina’ bilheteria logo de cara.

2. Confiança em Xeque: A Estratégia da Lionsgate

Outro ponto que levantou uma sobrancelha foi a forma como a Lionsgate, o estúdio por trás de ‘Ballerina’, lidou com a divulgação. Pensa comigo: se um estúdio está super confiante em um filme, ele geralmente libera as críticas bem antes da estreia, certo? Assim, o público pode ver o que a galera especializada está achando e se animar para ir ao cinema. Mas com ‘Bailarina – Do Universo de John Wick’ foi diferente.

O embargo para as críticas formais foi liberado só dois dias antes do lançamento oficial do filme. Antes disso, só era permitido postar “entusiasmo sem spoilers” nas redes sociais. Essa tática, de segurar as críticas até o último minuto, é geralmente usada por filmes que o estúdio não tem tanta certeza se vão agradar. Mesmo que as avaliações de ‘Ballerina’ tenham sido, no fim das contas, bem positivas, essa estratégia estranha pode ter passado uma mensagem errada para o público, como se o estúdio não acreditasse totalmente no potencial da Eve, a personagem da Ana de Armas, para carregar o filme sozinha sem a sombra do John Wick.

E falando em John Wick, a notícia de que mais cenas com o personagem foram adicionadas durante as refilmagens também pode ter sido interpretada como uma falta de confiança na história original da protagonista. Tudo isso contribuiu para uma sensação de que a Lionsgate não estava totalmente a fim de apostar todas as fichas na ‘Ballerina’ bilheteria.

3. O Universo ‘John Wick’ Expande… Mas Nem Tanto?

A franquia ‘John Wick’ é um sucesso estrondoso, e é natural que os estúdios queiram expandir esse universo cheio de assassinos, hotéis misteriosos e regras de conduta. A ideia era criar um universo cinematográfico, com spin-offs e séries, assim como a Marvel fez. E a primeira grande aposta nesse sentido foi a série ‘The Continental’, que contava a história de origem do Winston.

Acontece que ‘The Continental’ não foi bem o sucesso esperado. Muita gente não assistiu, e quem assistiu, muitas vezes, não gostou tanto assim. A série não conseguiu replicar a qualidade e a empolgação dos filmes do John Wick. E qual o impacto disso? Quando o primeiro spin-off não decola, a expectativa para os próximos, como ‘Bailarina – Do Universo de John Wick’, diminui bastante. Se o público já ficou com um “gosto amargo” da expansão do universo, ele fica mais cauteloso antes de gastar tempo e dinheiro em uma nova produção. Isso, sem dúvida, afetou a ‘Ballerina’ bilheteria, pois o entusiasmo por novas histórias nesse mundo já estava abalado.

Afinal, nem toda franquia de sucesso consegue virar um universo gigante. ‘John Wick’ é incrível como filme, mas a expansão precisa manter o mesmo nível de qualidade para continuar atraindo os fãs. E ‘The Continental’ não conseguiu fazer isso, o que pode ter gerado um ceticismo geral em relação a qualquer nova produção que não tenha o Keanu Reeves no centro.

4. O Histórico do Diretor: Len Wiseman no Comando

A escolha do diretor é super importante para o sucesso de um filme, e em ‘Bailarina – Do Universo de John Wick’, a batuta ficou com Len Wiseman. Ele é conhecido por dirigir os primeiros filmes da franquia ‘Anjos da Noite: Underworld’ e o remake de ‘O Vingador do Futuro’, de 2012. O problema é que o histórico de Wiseman não é dos mais consistentes quando o assunto é crítica e bilheteria. ‘O Vingador do Futuro’, por exemplo, não foi muito bem recebido. O único filme dele com uma boa aprovação crítica é ‘Duro de Matar 4.0’.

Os filmes ‘Anjos da Noite: Underworld’ têm seus fãs, claro, mas são mais nichados, um tipo de fantasia sombria que não agrada a todo mundo. E ‘O Vingador do Futuro’ não foi um estouro de bilheteria, apesar de ter arrecadado mais que seu orçamento. Ou seja, o currículo de Wiseman não inspirava aquela confiança total que um estúdio geralmente busca para um spin-off de uma franquia de peso. E a Lionsgate meio que confirmou isso quando chamou Chad Stahelski para as refilmagens de ‘Ballerina’, mostrando que eles mesmos não estavam 100% seguros com o que tinham em mãos. Esse histórico pode ter feito alguns fãs mais atentos pensarem duas vezes antes de comprar o ingresso para a ‘Ballerina’ bilheteria, afinal, o nome do diretor importa.

5. Campo de Batalha: A Concorrência na Bilheteria

Lançar um filme é como entrar em uma arena de gladiadores: você precisa ser o mais forte para sobreviver. E ‘Bailarina – Do Universo de John Wick’ chegou aos cinemas em um momento com uma concorrência pesadíssima. Pensa só: o multiplex já estava lotado de filmes de ação de peso, e o maior deles era ‘Missão: Impossível – O Acerto Final’. Mesmo semanas após sua estreia, o filme do Tom Cruise continuava bombando e atraindo muita gente, com suas cenas de ação insanas e efeitos práticos de cair o queixo. É tipo comparar um show de rock com um espetáculo de pirotecnia: ambos são legais, mas um pode ser mais grandioso que o outro.

A ‘Ballerina’ bilheteria também teve que lidar com a concorrência do streaming. ‘Predador: Assassino de Assassinos’, por exemplo, foi lançado no Hulu e ofereceu uma experiência de ação elogiadíssima, direto da sala de casa. Para o público que ama ação, mas tem que escolher onde gastar o dinheiro, ‘Missão: Impossível’ ainda parecia uma opção mais “imperdível” por seu espetáculo e a fama das suas acrobacias. Embora ‘Bailarina – Do Universo de John Wick’ prometesse ótimas lutas, o fator “uau” não estava no mesmo nível dos concorrentes, o que certamente impactou a decisão de muitos espectadores na hora de escolher qual filme assistir.

6. Uma História Sem Urgência: O Problema da Linha do Tempo

Essa é talvez a razão mais curiosa de todas para a ‘Ballerina’ bilheteria não ter deslanchado. Em ‘John Wick 4: Baba Yaga’, o personagem principal, John Wick, teve um final que parecia definitivo. O próprio Chad Stahelski, o cara que comanda a franquia, já disse que ele e Keanu Reeves não têm interesse em “voltar no tempo” com as histórias. E o que ‘Bailarina – Do Universo de John Wick’ faz? Exatamente isso!

O filme se passa antes dos eventos de ‘John Wick 4: Baba Yaga’, mais especificamente durante o período de ‘John Wick: Um Novo Dia para Matar’. Ou seja, é uma história que acontece no passado, em uma linha do tempo que o público já “passou”. É como se a gente já soubesse o que vai acontecer depois, e isso tira um pouco da urgência e do mistério da narrativa. Se a história não avança, ela pode parecer “ancilar”, ou seja, menos essencial para a saga principal.

O público se apaixonou pelo John Wick e por essa jornada de vingança e redenção. Quando um spin-off não avança a história e se prende a um passado que já foi explorado, ele pode perder o impacto. Mesmo com a carisma da Ana de Armas e a presença do Keanu Reeves, a sensação de que a história não era fundamental para o universo ‘John Wick’ pode ter sido um fator decisivo para a ‘Ballerina’ bilheteria não atingir as expectativas. Afinal, os fãs querem ver o que vem a seguir, não o que já passou, especialmente depois de um final tão impactante como o de ‘John Wick 4: Baba Yaga’.

No fim das contas, a performance da Ballerina bilheteria é um lembrete de que, mesmo em franquias de sucesso, cada novo lançamento é um desafio. ‘Bailarina – Do Universo de John Wick’ enfrentou uma mistura de atrasos, estratégias de marketing questionáveis, um histórico de diretor irregular, concorrência pesada e, talvez o mais crucial, uma história que não pareceu essencial para o progresso do amado universo de John Wick. Resta saber se, nas próximas semanas, o filme conseguirá virar o jogo e conquistar o público que, por enquanto, preferiu ficar de fora dessa dança.

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