Ação super-heróis: O segredo que os filmes da Marvel e DC ignoram!

O diretor Chad Stahelski, conhecido por ‘John Wick’, revela o que a indústria de super-heróis ignora para criar cenas de ação verdadeiramente impactantes. Ele argumenta que a ação deve ser intrínseca à história e dirigida pela mesma visão do filme, criticando a dependência de segundas unidades. Descubra os segredos para elevar a ‘ação super-heróis’ a um novo patamar.

Se você é fã de explosões épicas, coreografias de tirar o fôlego e confrontos que parecem saídos dos quadrinhos, este post é para você! Quando o assunto é ação super-heróis, os filmes da Marvel e da DC Comics dominam as telonas, certo? Mas já parou para pensar por que, às vezes, mesmo com orçamentos gigantes e efeitos visuais de ponta, aquelas cenas de luta não nos pegam do jeito que deveriam? A gente sente que falta alguma coisa, que a emoção não chega. Pois é, parece que o diretor de ‘John Wick: De Volta ao Jogo’ tem a resposta para esse mistério e vai te dar a chave para entender o que rola por trás das câmeras!

Chad Stahelski: O Mestre por Trás do Caos Coreografado

Antes de mergulharmos no segredo, vamos falar um pouco sobre quem está revelando essa bomba. Chad Stahelski não é apenas um diretor; ele é uma lenda viva quando o assunto é ação. Começou como dublê, inclusive do Keanu Reeves em ‘Matrix’, e depois se tornou coreógrafo de lutas. Com ‘John Wick: De Volta ao Jogo’, ele elevou o patamar do cinema de ação, mostrando que é possível ter sequências de luta fluidas, realistas e que contam uma história por si só. Ele entende de pancadaria como poucos, e é por isso que suas palavras sobre a indústria do cinema de super-heróis têm tanto peso.

Para Stahelski, a chave para uma cena de ação memorável não está apenas na quantidade de socos ou na grandiosidade das explosões. É muito mais profundo do que isso. Ele observa que o cinema de super-heróis, com suas batalhas colossais e personagens icônicos, tem um potencial gigantesco, mas nem sempre o explora ao máximo. E a explicação dele faz todo o sentido, especialmente para quem, como a gente aqui no Cinepoca, ama uma boa dose de adrenalina na tela!

Ação e História: Uma Dança Inseparável no Cinema

Sabe qual é a primeira grande sacada de Chad Stahelski? Ele diz que o maior erro em filmes de ação é tratar a história e as cenas de luta como duas coisas separadas. É como se a narrativa parasse para a pancadaria começar, e depois continuasse de onde parou. Para ele, isso é um erro crasso! A ação não pode ser só um intervalo, um espetáculo solto; ela precisa ser parte integrante da história, avançando o enredo e revelando mais sobre os personagens.

Pense em um clássico como ‘Duro de Matar’. Não é um filme com ação ininterrupta, mas cada momento de tensão e cada luta do John McClane são super importantes. Quando ele corre descalço sobre os cacos de vidro, a gente sente a dor e a determinação dele. Por quê? Porque conhecemos o personagem, torcemos por ele, e aquela ação está diretamente ligada à sua jornada e ao que ele está passando. É a emoção que te conecta, não só o movimento. Se a gente não se importasse com o John Wick do Keanu Reeves, a gente nem estaria falando das lutas incríveis dele, concorda?

Por muito tempo, a indústria se dividiu em duas frentes: “é sobre a história, não a ação” ou “é sobre a ação, não a história”. Stahelski bate o martelo e diz que ambos estão errados! O segredo é conceber tudo junto, como um único corpo. A cena de luta deve ser uma extensão do drama, um clímax visual da tensão que os personagens estão vivendo. Isso é fundamental para que a ação super-heróis realmente funcione e nos prenda na poltrona.

O Calcanhar de Aquiles da Ação Super-Heróis: A Segunda Unidade

E aqui chegamos ao ponto mais polêmico e revelador, que Chad Stahelski aponta como um dos maiores problemas na ação super-heróis de grandes estúdios: a dependência de “segundas unidades”. Calma, a gente explica! Em grandes produções, para otimizar o tempo e o orçamento, é comum ter uma equipe de “segunda unidade” que filma cenas adicionais, geralmente as de ação, enquanto o diretor principal trabalha com os atores ou em outras partes do filme.

O problema, segundo Stahelski, é que isso cria uma desconexão gritante. É como se duas pessoas diferentes estivessem pintando o mesmo quadro, mas cada uma com seu próprio estilo, suas próprias cores e até suas próprias técnicas de pincelada. Quando a segunda unidade assume as cenas de luta, a direção, a fotografia, a iluminação e até a edição podem mudar drasticamente em relação ao resto do filme. O resultado? A cena de ação parece um corpo estranho, um segmento à parte que não se encaixa perfeitamente no todo.

Ele é categórico: “Se você não quer filmar sua própria ação, então não faça o filme.” Diretores renomados como Steven Spielberg, Christopher Nolan, Guy Ritchie e as irmãs Wachowski, por exemplo, sempre dirigem suas próprias cenas de ação. Eles têm uma visão unificada para o filme inteiro, do drama mais sutil à explosão mais grandiosa. Essa coesão é o que faz a diferença, transformando uma simples sequência de socos e pontapés em um momento cinematográfico inesquecível que eleva a experiência da ação super-heróis a outro nível.

Quando a Ação Acerta em Cheio (e Quando Nem Tanto)

Ainda que a crítica de Stahelski seja geral, existem momentos em que os filmes da Marvel e da DC conseguem brilhar intensamente. A batalha final de ‘Vingadores: Ultimato’, por exemplo, é um espetáculo de proporções épicas. É uma explosão de poder e personagens, com todos os heróis reunidos. E a cena do Batman no armazém em ‘Batman vs Superman: A Origem da Justiça’ é um show à parte, com o Cavaleiro das Trevas mostrando uma brutalidade e eficiência que lembram suas melhores versões nos quadrinhos.

No entanto, a consistência é o desafio. Chad Stahelski destaca que uma boa cena de ação precisa ser visualmente envolvente, servir à história e manter o mesmo estilo do resto do filme. Um exemplo de sucesso é a batalha final de ‘Capitão América: Guerra Civil’. Aquela luta entre Homem de Ferro, Capitão América e Soldado Invernal é o clímax perfeito para as tensões construídas ao longo do filme. Cada golpe, cada movimento, reflete a emoção e o conflito entre os personagens. A cena usa as habilidades de cada herói de forma inteligente e mantém a mesma pegada visual da trama, prestando até uma homenagem aos quadrinhos. Parece que, mesmo sendo planejada meio que “na hora”, a sintonia entre a equipe e a visão dos diretores (os irmãos Russo) foi fundamental para o resultado final, mostrando que a exceção pode ser a regra quando há talento e foco.

Mas nem tudo são flores no universo da ação super-heróis. Stahelski insinua que outras cenas, como a destruição da Sala Vermelha em ‘Viúva Negra’ ou a batalha final de ‘Pantera Negra’, podem ter falhado em um ou mais desses aspectos. Lembre-se da diretora Lucrecia Martel, que quase dirigiu ‘Viúva Negra’ mas desistiu porque, nas palavras dela, “as empresas estão interessadas em cineastas mulheres, mas ainda acham que cenas de ação são para diretores homens”. Isso sugere fortemente que, sim, as cenas de ação de ‘Viúva Negra’ foram delegadas à segunda unidade, o que pode ter comprometido a visão unificada e a emoção que a personagem da Natasha Romanoff merecia.

Quando a ação é desconectada, a gente percebe. Falta peso, falta impacto, falta a sensação de que aquilo realmente importa para o que está acontecendo com os personagens. É como assistir a um clipe de luta sem contexto, por mais bem coreografado que seja. A ação super-heróis precisa de alma, e essa alma vem da mão do diretor principal, que permeia cada frame do filme com sua visão.

A Receita Secreta de Stahelski para a Ação Super-Heróis Perfeita

Então, qual é o segredo para que a ação super-heróis atinja seu potencial máximo? Segundo Chad Stahelski, é uma questão de equilíbrio. Não se trata de escolher entre história e ação, mas sim de fundir as duas de forma orgânica. A receita dele é simples, mas poderosa: um balanço perfeito entre narrativa, espetáculo e inovação.

Isso significa que a cena de luta deve ser grandiosa, sim, mas também precisa avançar a trama, revelar algo novo sobre os personagens ou a situação. E, acima de tudo, ela deve ser filmada pelo mesmo diretor que está no comando do resto do filme. Essa visão unificada garante que a cor, a edição, o ritmo e o tom da ação estejam em perfeita harmonia com o drama, a comédia ou o suspense que o filme está propondo. É essa coesão que transforma uma sequência de golpes em um momento de pura catarse cinematográfica.

Para nós, fãs de cinema, isso significa que a próxima vez que você for assistir a um filme de super-heróis, preste atenção não só nos poderes e nas explosões, mas em como as cenas de luta se encaixam na história. Elas te fazem sentir algo? Elas te contam mais sobre os personagens? Elas mantêm o mesmo “sabor” do resto do filme? Se a resposta for sim, é provável que você esteja diante de uma obra onde a ação super-heróis foi concebida com a maestria que Chad Stahelski tanto prega.

O Futuro da Ação Super-Heróis: Uma Lição Aprendida?

A visão de Chad Stahelski sobre a ação super-heróis é um lembrete valioso de que o cinema é uma arte de detalhes e de coesão. Não basta ter os maiores orçamentos ou os efeitos visuais mais avançados se a alma da cena não estiver conectada à alma da história. A esperança é que, com diretores como ele compartilhando seus insights, as futuras produções da Marvel e da DC (e de qualquer outro universo de super-heróis!) possam aprender com esses “erros” e nos entregar cenas de ação ainda mais envolventes e memoráveis.

Afinal, a gente quer mais do que só ver heróis se batendo; a gente quer sentir a emoção, o peso de cada decisão, a urgência de cada golpe. E isso só acontece quando a ação é parte intrínseca da história, dirigida com uma visão única e apaixonada. Fique ligado aqui no Cinepoca para mais análises e dicas que vão transformar sua experiência cinematográfica!

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Perguntas Frequentes sobre Ação Super-Heróis

Quem é Chad Stahelski e qual sua relevância para o cinema de ação?

Diretor de ‘John Wick’, ex-dublê e coreógrafo de lutas, Stahelski é uma autoridade em cenas de ação fluidas e realistas, o que dá peso às suas críticas à indústria de super-heróis.

Qual é o principal erro dos filmes de super-heróis na visão de Stahelski?

Ele critica a separação entre história e ação, defendendo que as cenas de luta devem avançar a narrativa e revelar mais sobre os personagens, em vez de serem meros espetáculos isolados.

O que são “segundas unidades” e por que Stahelski as critica?

São equipes separadas que filmam cenas adicionais, geralmente de ação, para otimizar tempo. Stahelski as critica por criarem uma desconexão visual e tonal, comprometendo a coesão do filme quando o diretor principal não as supervisiona diretamente.

Quais exemplos de “ação super-heróis” o artigo cita como bem-sucedidos?

A batalha final de ‘Vingadores: Ultimato’, a cena do Batman no armazém em ‘Batman vs Superman: A Origem da Justiça’ e a luta em ‘Capitão América: Guerra Civil’ são mencionadas como exemplos positivos de cenas de ação integradas à narrativa.

Como a visão de Stahelski pode melhorar futuras produções de super-heróis?

Ao integrar a ação à narrativa e garantir que o diretor principal lidere todas as cenas, as produções podem criar sequências mais envolventes, emocionantes e coerentes, elevando a experiência cinematográfica da ação super-heróis.

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Marina Souza
Marina Souza
Oi! Eu sou a Marina, redatora aqui do Cinepoca. Desde os tempos de criança, quando as tardes eram preenchidas por maratonas de clássicos da Disney em VHS e as noites por filmes de terror que me faziam espiar por entre os dedos, o cinema se tornou um portal para incontáveis realidades. Não importa o gênero, o que sempre me atraiu foi a capacidade de um filme de transportar, provocar e, acima de tudo, contar algo. No Cinepoca, busco compartilhar essa paixão, destrinchando o que há de mais interessante no cinema, seja um blockbuster que domina as bilheterias ou um filme independente que mal chegou aos circuitos. Minhas expertises são vastas, mas tenho um carinho especial por filmes que exploram a complexidade da mente humana, como os suspenses psicológicos que te prendem do início ao fim. Meu objetivo é te levar em uma viagem cinematográfica, apresentando filmes que talvez você nunca tenha visto, mas que definitivamente merecem sua atenção.

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