A Morte de Joel em ‘The Last of Us’: O que a série mudou (e por que não funcionou)

A morte de Joel na segunda temporada da série ‘The Last of Us’ da HBO recriou a brutalidade do evento do jogo ‘The Last of Us Part II’, gerando debates sobre as alterações na introdução da personagem Abby e na revelação de sua motivação. Essas mudanças na adaptação, comparadas à estrutura narrativa do jogo, impactaram a surpresa inicial e o desafio emocional para o público, apesar da cena em si manter um forte impacto visual e dramático.

Prepare o coração, fã de ‘The Last of Us’, porque a gente precisa falar sobre um momento que abalou todo mundo: a morte Joel The Last of Us na segunda temporada. Esse evento era super aguardado (e temido!) por quem jogou ‘The Last of Us Part II’, e a série da HBO entregou a cena com uma brutalidade de tirar o fôlego. Mas será que a forma como a série adaptou essa morte, principalmente com as mudanças na introdução da Abby, funcionou tão bem quanto no jogo? Vamos mergulhar nisso!

O Impacto Chocante da Morte de Joel

Pra quem jogou, a morte do Joel é um dos momentos mais divisivos e impactantes da história dos videogames. É uma cena cruel, rápida e que te pega completamente desprevenido. A série conseguiu recriar essa sensação de surpresa (para quem não sabia, claro!) e a violência gráfica que a acompanha.

Ver o personagem que a gente acompanhou por tanto tempo, interpretado de forma brilhante pelo Pedro Pascal, ter um fim tão brutal é algo que marca. A série não aliviou na hora de mostrar a violência, e isso, por si só, já garante um impacto visual e emocional forte.

A brutalidade foi entregue. A dor da Ellie, interpretada pela fantástica Bella Ramsey, ao ver tudo acontecer e depois, num toque da série que foi genial, abraçar o corpo do Joel, é de partir o coração. Essa parte, sem dúvida, funcionou e honrou a carga emocional do material original.

Abby na Série vs. no Jogo: Um Ponto de Virada

Aqui é onde a coisa começa a ficar diferente e, na opinião de muitos fãs (e minha também!), um pouco menos impactante. A personagem da Abby, vivida pela talentosa Kaitlyn Dever, é central para a morte do Joel e para toda a história que se segue.

No jogo ‘The Last of Us Part II’, a Abby aparece do nada, executa o Joel de forma chocante e sem explicações imediatas para o jogador. Você só sabe que uma pessoa desconhecida acabou de matar o protagonista que você ama. A motivação dela é revelada muito, muito depois, forçando você a jogar com ela e entender (ou não) o lado dela da história.

Essa estrutura narrativa do jogo é ousada e genial. Ela te joga em um turbilhão de raiva e luto pela Ellie e, só então, te força a ver o mundo pelos olhos da pessoa que causou toda essa dor. É um desafio emocional e moral para o jogador.

O Monólogo que Quebrou a Surpresa

Na série, a abordagem foi diferente. Logo após capturarem o Joel, a Abby tem um momento de diálogo. Ela fala um pouco, expressa o que sente, mostra que há uma história por trás daquela ação brutal. E, sinceramente, isso tirou um pouco da força do momento.

No jogo, a morte é *imediata*. É um tiro de espingarda, pouquíssimas falas, e a violência acontece. É *incivilizado*, *horrível* e *totalmente sem cerimônia*. Essa falta de explicação no calor do momento é o que torna a cena tão chocante e confusa no jogo. Você não entende *por quê*, apenas que aconteceu.

A série, ao dar voz à Abby naquele instante, mesmo que brevemente, aplicou a regra de “mostrar e contar” ao mesmo tempo. Ela mostrou a violência, mas também *contou* um pouco da motivação ali mesmo. No jogo, a regra era puramente “mostrar”. E nesse caso específico, o “mostrar” sem “contar” era crucial para o impacto.

A atuação de Kaitlyn Dever é excelente, não me entenda mal. Ela transmite a emoção necessária. Mas a decisão de roteiro de incluir aquele diálogo no momento da captura diminuiu a sensação de choque e a aleatoriedade cruel que a cena tem no jogo.

Revelando a Motivação Cedo Demais

Outra mudança significativa na série foi a forma como a motivação da Abby é revelada. Nos primeiros minutos do segundo episódio, a série já mostra a Abby logo após o massacre no hospital de Salt Lake City, dando a entender que ela é filha do cirurgião que o Joel matou no final da primeira temporada.

Essa revelação precoce, antes mesmo da morte do Joel acontecer no episódio seguinte, cria uma simpatia inicial pela Abby que não existia para o jogador no momento chocante da morte. No jogo, você passa horas jogando com a Ellie, sentindo a dor e a raiva dela, antes de sequer saber quem é a Abby direito.

Só depois de experimentar a vingança pela perspectiva da Ellie é que o jogo te força a mudar para a perspectiva da Abby. Esse contraste é o que torna a narrativa do jogo tão desafiadora e única. Ela te força a confrontar seus próprios sentimentos e preconceitos.

A série, ao revelar a conexão da Abby com o hospital tão cedo, suaviza esse impacto. Você já sabe por que ela está caçando o Joel antes mesmo de ela o encontrar. Isso mitiga a surpresa e, mais importante, o *desafio emocional* que o jogo propõe ao público.

Ainda há choque, claro. Matar um protagonista no segundo episódio de uma temporada é algo raro na TV. Mas a revelação antecipada da motivação da Abby tira um pouco daquela sensação de “quem é essa pessoa e por que ela fez isso?!”, que foi tão central para a experiência do jogo.

O Que a Série Acertou na Morte de Joel

Apesar das críticas às mudanças na abordagem da Abby e na revelação da motivação, é importante reconhecer o que a série acertou em cheio na cena da morte do Joel. A brutalidade da violência, como mencionamos, foi retratada de forma visceral e impactante. Não foi uma morte limpa ou fácil de assistir, e isso é crucial para a história.

A performance de Pedro Pascal, mesmo que breve na segunda temporada, e a forma como a cena foi filmada garantiram o peso que o momento exigia. A cena é difícil, é chocante e cumpre o papel de virar a história de cabeça para baixo.

E a Ellie! A reação da Ellie à morte do Joel foi um dos pontos altos da cena na série. A forma como ela tenta alcançá-lo, o desespero no olhar da Bella Ramsey, e o toque adicionado pela série dela abraçar o corpo do Joel — tudo isso intensificou a carga dramática e a conexão emocional com a perda.

Esses momentos, tirados diretamente do jogo ou expandidos de forma eficaz pela série, garantiram que, apesar das ressalvas sobre a construção em torno da Abby, a morte do Joel em si ainda fosse um evento poderoso e inesquecível para os espectadores da TV.

A cena da morte Joel The Last of Us na série da HBO, com a Ellie gritando por ele, implorando para que ele se levantasse, é algo que vai ficar na memória dos fãs por muito tempo, assim como aconteceu com os jogadores.

Conclusão: Um Debate Necessário

A morte do Joel em ‘The Last of Us’ temporada 2 era um momento inevitável e crucial. A série da HBO fez um trabalho notável em recriar a brutalidade e o impacto emocional da cena, especialmente através das performances de Pedro Pascal e Bella Ramsey e da representação gráfica da violência.

No entanto, as mudanças na forma como a Abby foi introduzida e sua motivação foi revelada, comparado ao jogo ‘The Last of Us Part II’, levantaram um debate válido entre os fãs e críticos. O monólogo de Abby no momento da captura e a revelação precoce de sua história, embora talvez tornem a narrativa mais acessível para novos públicos, diluíram parte do choque, da confusão e, principalmente, do desafio emocional e narrativo que o jogo impôs ao forçar os jogadores a simpatizar com a “vilã” muito depois de presenciar a perda pela perspectiva da Ellie.

A morte Joel The Last of Us na TV foi poderosa e marcante por si só, mas a estrutura narrativa do jogo em torno desse evento ainda é considerada por muitos como uma obra-prima de ousadia e impacto psicológico. A série optou por um caminho diferente na construção que leva a esse momento, e essa diferença, para alguns, custou um pouco do soco no estômago que a experiência original proporcionou.

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Perguntas Frequentes sobre a Morte de Joel em ‘The Last of Us’

Quando a morte de Joel acontece na série ‘The Last of Us’?

A morte de Joel é um evento central na segunda temporada da série ‘The Last of Us’ da HBO.

A morte de Joel na série é fiel à do jogo ‘The Last of Us Part II’?

A série recriou a brutalidade e o impacto visual da cena do jogo. No entanto, a forma como a personagem Abby é introduzida e sua motivação é revelada difere significativamente da estrutura narrativa de ‘The Last of Us Part II’, o que gerou debates entre os fãs.

Por que a introdução de Abby na série foi diferente da do jogo?

A série optou por revelar a conexão e motivação de Abby mais cedo, incluindo um breve diálogo durante a captura de Joel e mostrando sua história logo no início da temporada. No jogo, sua identidade e motivos são revelados muito depois do evento da morte, desafiando a perspectiva do jogador.

Qual o impacto da morte de Joel na história de ‘The Last of Us’?

A morte de Joel é o evento catalisador que impulsiona grande parte da narrativa de ‘The Last of Us Part II’ e da segunda temporada da série, focando nas consequências emocionais, na dor de Ellie e no ciclo de vingança.

Quem interpreta Joel e Abby na série da HBO?

Joel é interpretado por Pedro Pascal, e Abby é interpretada por Kaitlyn Dever na segunda temporada da série.

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