‘A Empregada’: Sweeney encontra redenção em thriller imperfeito

Com 79% no Rotten Tomatoes, ‘A Empregada’ é o filme mais bem avaliado de Sydney Sweeney em 2025. Analisamos por que o thriller de Paul Feig funciona como entretenimento competente apesar das imperfeições, e o que isso significa para a carreira da atriz após um ano difícil.

‘A Empregada’ chega aos cinemas em um momento crucial para Sydney Sweeney. Depois de um 2025 marcado por fracassos de bilheteria consecutivos e controvérsias que nada tinham a ver com seu trabalho, a atriz precisava de uma vitória. E aparentemente encontrou — ainda que imperfeita.

Com 79% no Rotten Tomatoes baseado em 42 críticas, o thriller psicológico dirigido por Paul Feig é, de longe, o filme mais bem avaliado de Sweeney neste ano. Para contextualizar: ‘Echo Valley’ ficou com 52%, ‘Éden’ com 57%, ‘Americana’ com 64% e ‘Christy’ com 66%. A diferença não é sutil.

Mas números de agregadores contam apenas parte da história. O que realmente importa é: ‘A Empregada’ com Sydney Sweeney funciona como filme? A resposta é um “sim” com asteriscos — e esses asteriscos são mais interessantes do que parecem.

O que o thriller acerta (e por que isso importa)

O que o thriller acerta (e por que isso importa)

Baseado no bestseller de Freida McFadden, o filme segue uma protagonista que aceita trabalhar como empregada doméstica residente para uma família rica. O setup é clássico do gênero: casa grande demais, segredos escondidos em cada cômodo, tensão sexual mal disfarçada. Paul Feig, conhecido principalmente por comédias como ‘Bridesmaids’ e ‘Spy’, faz uma escolha inteligente ao não levar o material a sério demais.

Existe um tipo de thriller que funciona melhor quando abraça suas próprias convenções em vez de fingir que as transcende. ‘A Empregada’ entende isso. As reviravoltas existem não para chocar de verdade, mas para entreter — e há uma diferença importante entre as duas coisas. O filme quer ser um “guilty pleasure” assumido, e consegue.

Críticos têm apontado que a produção resgata tropos do thriller erótico dos anos 90, aquele subgênero que Hollywood abandonou em favor de sustos mais seguros. Há uma ousadia calculada aqui que funciona: suspense, sexualidade e segredos familiares misturados com competência técnica.

Amanda Seyfried rouba o filme — e isso não é problema

O consenso crítico é que Seyfried, no papel da esposa perturbadora, entrega a melhor performance do filme. Não apenas boa — a melhor. Graeme Guttman, na crítica do ScreenRant, foi além ao dizer que ela supera Sweeney em cena.

Isso poderia soar como má notícia para a protagonista, mas pense assim: em um thriller sobre dinâmicas de poder doméstico, ter uma antagonista magnética eleva todo o material. A tensão entre as duas personagens depende de ambas funcionarem, e se Seyfried brilha mais, é porque o roteiro de Rebecca Sonnenshine deu a ela o papel mais suculento.

O elenco ainda conta com Brandon Sklenar e Michele Morrone, mas são as duas mulheres que carregam o peso dramático. E quando funciona, funciona bem.

Por que “imperfeito” não significa “ruim”

Por que

Nenhuma crítica está chamando ‘A Empregada’ de obra-prima. A adaptação do livro de McFadden divide opiniões — alguns acham que captura o espírito, outros sentem que algo se perdeu na transição. O elenco de apoio não impressiona uniformemente. Há momentos em que o toque leve de Feig talvez seja leve demais.

Mas aqui está o ponto: 79% no Rotten Tomatoes para um thriller de fim de ano não é acidente. É um filme que sabe exatamente o que quer ser e executa essa visão com competência. Em dezembro, competindo com produções de grande orçamento, isso é mais do que suficiente.

Cinema de entretenimento bem feito tem valor próprio. Nem todo filme precisa redefinir o gênero para merecer sua existência.

O contexto Sweeney: por que esta vitória importa

2025 foi brutal para Sydney Sweeney. ‘Christy’ estabeleceu um dos maiores tombos de bilheteria entre primeiro e segundo fim de semana da história recente. Os outros lançamentos não se saíram melhor comercialmente. A controvérsia do anúncio da American Eagle consumiu ciclos de notícias que deveriam estar focados em seu trabalho.

Para uma atriz que há dois anos era celebrada como a próxima grande estrela de Hollywood após o sucesso de ‘Todos Menos Você’ — também lançado em dezembro, também um sleeper hit durante as festas — a queda foi rápida e pública.

‘A Empregada’ não apaga os tropeços, mas oferece algo valioso: prova de que o problema não era ela. Com material adequado e direção competente, Sweeney entrega. O filme pode não ser seu veículo definitivo, mas é um lembrete de que a carreira está longe de acabada.

Expectativas para bilheteria: há espaço para surpresa

Expectativas para bilheteria: há espaço para surpresa

O lançamento em 19 de dezembro coloca ‘A Empregada’ em posição interessante. Há um público específico — majoritariamente feminino, interessado em thriller com elementos de suspense doméstico — que representa uma fatia considerável do mercado de fim de ano.

O precedente de ‘Todos Menos Você’ é relevante. Aquele filme também enfrentou competição pesada e cresceu organicamente durante as festas, beneficiando-se do boca a boca e do período em que famílias buscam opções variadas no cinema. Se ‘A Empregada’ repetir essa trajetória, Sweeney fecha o ano em alta.

As críticas positivas ajudam. Em uma era de agregadores, 79% é um selo de qualidade que influencia decisões de compra de ingresso. Não é garantia de sucesso, mas remove uma barreira.

Para quem é este filme

‘A Empregada’ não é para quem busca thriller psicológico que desafia convenções. É para quem quer duas horas de suspense bem executado, com reviravoltas previsíveis no melhor sentido — aquelas que você meio que espera, mas ainda assim satisfazem quando chegam.

Se você gostou de thrillers como ‘A Mão que Balança o Berço’ ou ‘Obsessão’ nos anos 90, vai encontrar algo familiar aqui. Se Amanda Seyfried em modo vilã te interessa, mais um motivo. Se você torce para Sydney Sweeney provar os críticos errados, este é o filme para assistir.

Não é perfeito. Mas é exatamente o tipo de entretenimento que dezembro pede — e às vezes, isso basta.

Para ficar por dentro de tudo que acontece no universo dos filmes, séries e streamings, acompanhe o Cinepoca também pelo Facebook e Instagram!

Perguntas Frequentes sobre ‘A Empregada’

Quando estreia ‘A Empregada’ com Sydney Sweeney?

‘A Empregada’ estreia nos cinemas em 19 de dezembro de 2025, posicionado como opção de thriller para o público das festas de fim de ano.

‘A Empregada’ é baseado em livro?

Sim. O filme é adaptação do bestseller homônimo de Freida McFadden, que se tornou fenômeno de vendas. A adaptação foi escrita por Rebecca Sonnenshine.

Quem dirige ‘A Empregada’?

Paul Feig, conhecido por comédias como ‘Bridesmaids’ e ‘Spy’. É uma mudança de gênero para o diretor, que aqui trabalha com thriller psicológico.

Qual a nota de ‘A Empregada’ no Rotten Tomatoes?

O filme tem 79% de aprovação no Rotten Tomatoes baseado em 42 críticas, sendo o filme mais bem avaliado de Sydney Sweeney em 2025.

Quem está no elenco de ‘A Empregada’ além de Sydney Sweeney?

O elenco inclui Amanda Seyfried (apontada pela crítica como destaque do filme), Brandon Sklenar e Michele Morrone.

Mais lidas

Lucas Lobinco
Lucas Lobinco
Sou o Lucas, e minha paixão pelo cinema começou com as aventuras épicas e os clássicos de ficção científica que moldaram minha infância. Para mim, cada filme é uma nova oportunidade de explorar mundos e ideias, uma janela para a criatividade humana. Minha jornada não foi nos bastidores da produção, mas sim na arte de desvendar as camadas de uma boa história e compartilhar essa descoberta. Sou movido pela curiosidade de entender o que torna um filme inesquecível, seja a complexidade de um personagem, a inovação visual ou a mensagem atemporal. No Cinepoca, meu foco é trazer uma perspectiva única, mergulhando fundo nos detalhes que fazem um filme valer a pena, e incentivando você a ver a sétima arte com novos olhos.Tenho um apreço especial por filmes de ação e aventura, com suas narrativas grandiosas e sequências de tirar o fôlego. A comédia de humor negro e os thrillers psicológicos também me atraem, pela forma como subvertem expectativas e exploram o lado mais sombrio da psique humana. Além disso, estou sempre atento às novas vozes e tendências que surgem na indústria, buscando os próximos grandes talentos e as histórias que definirão o futuro do cinema.

Veja também