Saruman cores: O segredo de ‘O Senhor dos Anéis’ que o filme de Jackson cortou

No livro ‘O Senhor dos Anéis’, as vestes de Saruman mudam de branco para “muitas cores” após sua traição, simbolizando sua corrupção e orgulho. Este detalhe visual, presente na obra de Tolkien, foi omitido na adaptação cinematográfica de Peter Jackson, que optou por outras formas de retratar a queda do personagem.

Se você é fã de ‘O Senhor dos Anéis’, com certeza conhece Saruman, o Mago Branco cuja queda para o lado sombrio é uma das partes mais dramáticas da história. Mas sabia que existe um detalhe sobre as Saruman cores no livro de J.R.R. Tolkien que o filme de Peter Jackson decidiu não mostrar? Prepare-se para mergulhar em um segredo da Terra Média que pouca gente conhece!

Quem era Saruman, o Mago Branco?

Antes de se tornar um vilão, Saruman era o líder dos Istari, um grupo de cinco magos enviados para a Terra Média. Pense neles como “anjos” ou espíritos divinos (Maiar) disfarçados de velhinhos sábios, com a missão de guiar e ajudar os povos livres a resistir à ameaça de Sauron. Saruman, sendo o chefe da turma, ganhou o título de “o Branco”, simbolizando sua pureza e liderança entre os magos.

Os outros magos que conhecemos são Gandalf, o Cinzento, e Radagast, o Marrom. Existiam ainda outros dois, conhecidos como os Magos Azuis, sobre os quais sabemos menos, mas que também faziam parte dessa missão de proteger a Terra Média. Cada cor, de certa forma, representava um pouco da sua natureza ou papel, com o branco sendo a mais alta patente, digamos assim.

A traição e a mudança de cor no livro

A grande virada de Saruman acontece quando ele cede à tentação do poder e se alia a Sauron. É um momento chocante no livro, e Peter Jackson retratou essa traição muito bem nos filmes, mostrando o confronto épico entre Saruman e Gandalf em Orthanc.

No entanto, o filme omite um detalhe visual super simbólico do livro: a mudança literal das vestes de Saruman. Depois de sua queda, ele rejeita o título de “o Branco” e se autoproclama “Saruman de Muitas Cores”. E suas túnicas brancas, que antes pareciam simples, revelam ser tecidas com fios de todas as cores, cintilando e mudando de tonalidade conforme ele se move.

É o próprio Gandalf quem descreve essa cena no livro ‘A Sociedade do Anel’, no capítulo “O Conselho de Elrond”. Ele conta como Saruman declarou ser “Saruman o Sábio, Saruman Forjador de Anéis, Saruman de Muitas Cores!”. E ao olhar para ele, Gandalf percebe que suas vestes não eram brancas, mas um caleidoscópio que “confundia os olhos”.

O que as Saruman cores significam?

Essa mudança de cor não é só um detalhe fashion da Terra Média; ela carrega um monte de significados profundos criados por Tolkien. A transição do branco puro para “muitas cores” representa a corrupção de Saruman. O branco simbolizava sua posição elevada e sua missão original de unidade contra o mal. Ao se tornar “de Muitas Cores”, ele abraça a fragmentação e a traição.

É como se ele estivesse quebrando a luz branca em várias cores, assim como ele tenta quebrar a união dos povos livres da Terra Média, dividindo-os para servir aos propósitos de Sauron. Essa ostentação das cores também mostra o orgulho e o ego inflado de Saruman, que, cansado de ser apenas um conselheiro, busca o poder e o controle a qualquer custo.

Essa transformação visual reforça a ideia da sua queda e contrasta com o destino de Gandalf, que, após enfrentar o Balrog, retorna como Gandalf, o Branco, assumindo o papel que Saruman deveria ter mantido: o de guia e líder na luta contra a escuridão. Gandalf, de certa forma, se torna “Saruman como ele deveria ter sido”.

Por que Peter Jackson cortou as Saruman cores do filme?

Considerando a riqueza simbólica das Saruman cores no livro, por que Peter Jackson decidiu deixar esse detalhe de fora da adaptação cinematográfica? Existem algumas razões prováveis que fazem sentido no contexto do cinema, especialmente para um público moderno.

Uma das explicações mais fortes é a questão da suspensão de descrença. Embora o mundo de Tolkien seja cheio de magia e criaturas fantásticas, as vestes de Saruman mudando de cor de forma tão literal poderiam parecer um pouco datadas ou até estranhas para o visual que Jackson construiu para a trilogia. O diretor teve uma abordagem muito intencional em relação ao uso de cores e efeitos visuais, buscando um tom épico, mas ainda assim, de certa forma, “realista” dentro do universo da fantasia.

Enquanto no livro de Tolkien, um estudioso de mitologia antiga, a imagem de um mago com vestes que mudam de cor se encaixa em tradições literárias mais antigas (como em contos nórdicos ou saxões), no cinema contemporâneo, um efeito visual assim poderia tirar a seriedade do momento da traição, que é crucial para a trama.

Jackson e sua equipe optaram por focar na atuação de Christopher Lee e nos diálogos para transmitir a profundidade da traição de Saruman, o que funcionou incrivelmente bem. O impacto emocional da sua queda é totalmente preservado nos filmes, mesmo sem a mudança visual das vestes. As escolhas editoriais de Jackson foram, provavelmente, uma forma de adaptar a simbologia de Tolkien para uma audiência moderna sem perder a força narrativa.

O impacto da omissão no cinema

Apesar de ser um detalhe fascinante para os fãs do livro, a ausência das Saruman cores nos filmes de Peter Jackson não diminui a força da narrativa cinematográfica. A traição de Saruman é palpável e impactante, construída através das suas ações, do seu olhar frio e da sua aliança com Sauron.

O filme consegue transmitir a ideia da sua corrupção e da sua ambição sem precisar de um efeito visual literal de mudança de cor. A performance de Christopher Lee como Saruman, o cenário sombrio de Orthanc e a destruição de Isengard comunicam visualmente a decadência e a maldade do personagem de forma eficaz para a linguagem do cinema.

Para os puristas do livro, a omissão pode ser notada, mas para a maioria do público que conheceu a história através dos filmes, a representação de Saruman como o Mago Branco que se torna um agente da escuridão é completa e poderosa por si só. O Mago de Muitas Cores continua sendo um segredo delicioso para quem mergulha nas páginas da obra original.

Livro vs. Filme: Diferenças e Escolhas Criativas

A história das Saruman cores é um ótimo exemplo de como as adaptações de livros para o cinema envolvem escolhas difíceis. Nem sempre o que funciona em uma mídia funciona perfeitamente na outra. Tolkien usava a linguagem e a descrição para criar imagens e simbolismos que ressoam na mente do leitor, muitas vezes com raízes em mitologias antigas.

O cinema, por outro lado, é uma mídia visual que precisa traduzir esses conceitos de forma que sejam compreendidos e impactem o espectador em tempo real, em movimento. O que no livro é uma passagem rica em simbolismo, na tela poderia se tornar um momento visualmente confuso ou até cômico, dependendo de como fosse executado.

Peter Jackson e sua equipe tiveram a responsabilidade de adaptar uma obra amada por milhões, e isso envolveu tomar decisões sobre o que incluir, o que cortar e como representar visualmente os elementos da história. A escolha de omitir as Saruman cores parece ter sido uma decisão pragmática para manter a coesão visual e o tom épico dos filmes, sem prejudicar a compreensão da queda do personagem.

É fascinante pensar nessas diferenças e em como elas moldam nossa experiência com a história, seja lendo o livro ou assistindo aos filmes. Ambas as versões têm seus méritos, e o debate sobre as adaptações é parte da diversão de ser fã de ‘O Senhor dos Anéis’.

Conclusão: Um segredo colorido de ‘O Senhor dos Anéis’

As Saruman cores são um detalhe intrigante presente apenas no livro ‘O Senhor dos Anéis’, simbolizando a corrupção, o orgulho e a tentativa de divisão do Mago Branco após sua traição. Embora Peter Jackson tenha optado por não incluir essa transformação visual literal em seus filmes, a essência da queda de Saruman é perfeitamente capturada na tela. Essa diferença entre livro e filme nos lembra das complexidades e escolhas criativas envolvidas nas adaptações, e adiciona mais uma camada de profundidade para os fãs explorarem no vasto universo criado por Tolkien.

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Perguntas Frequentes sobre Saruman e suas Cores

O que são as Saruman cores mencionadas no livro ‘O Senhor dos Anéis’?

No livro de Tolkien, após sua traição, Saruman rejeita o título de “o Branco” e suas vestes brancas revelam ser tecidas com fios de diversas cores, cintilando e mudando de tonalidade. Ele se autoproclama “Saruman de Muitas Cores”.

Qual o significado da mudança de cor das vestes de Saruman no livro?

A mudança simboliza a corrupção de Saruman, a rejeição de sua pureza e missão original (representada pelo branco) e o abraço da fragmentação e do orgulho.

Saruman muda de cor nos filmes de Peter Jackson?

Não. Este detalhe visual específico das vestes mudando de cor foi omitido na adaptação cinematográfica de Peter Jackson. O filme retrata a queda de Saruman de outras formas, como sua atuação e o cenário.

Por que Peter Jackson decidiu cortar o detalhe das Saruman cores dos filmes?

Uma das razões prováveis é a adaptação para a linguagem cinematográfica moderna. Um efeito visual de mudança de cor literal poderia parecer estranho ou datado, potencialmente prejudicando a seriedade do momento da traição para o público atual.

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