Max em janeiro: o que maratonar entre estreias e despedidas

Janeiro na Max exige estratégia: ‘O Alienista’ deixa o catálogo dia 8, enquanto ‘O Cavaleiro dos Sete Reinos’ prepara sua estreia épica. Analisamos o que realmente vale a maratona entre despedidas urgentes e joias escondidas como ‘Tokyo Vice’.

A virada do ano na Max traz aquele cenário agridoce que define a era do streaming: enquanto grandes produções como ‘O Cavaleiro dos Sete Reinos’ (estreia confirmada para 18 de janeiro) brilham no horizonte, joias consolidadas estão com os dias contados. Se você busca o que assistir na Max para começar 2026, o segredo não está no carrossel de ‘Destaques’, mas em saber o que priorizar antes que a licença expire ou que o algoritmo esconda o que realmente importa.

Última chamada: ‘O Alienista’ e a beleza do horror vitoriano

Última chamada: 'O Alienista' e a beleza do horror vitoriano

Vou ser direto: se você ainda não viu ‘O Alienista’, sua janela de oportunidade fecha em 8 de janeiro. É um erro deixar passar. Daniel Brühl entrega uma de suas melhores atuações como Laszlo Kreizler, um psicólogo criminal (o tal ‘alienista’) na Nova York de 1896. A série não é apenas um ‘quem matou?’, mas um estudo técnico sobre o nascimento da criminologia.

A produção venceu o Emmy de Figurino, e você entende o porquê na primeira cena: a reconstrução de Nova York evita o brilho artificial de Hollywood, optando por uma textura suja, úmida e claustrofóbica. A dinâmica entre o trio protagonista — Brühl, Dakota Fanning e Luke Evans — funciona porque evita o romance fácil para focar no trauma compartilhado. São 18 episódios que equilibram a elegância da fotografia com a brutalidade dos crimes. Assista antes que suma.

‘Tokyo Vice’: o noir moderno que merecia mais temporadas

É raro ver uma série ocidental capturar o Japão sem cair em clichês exóticos, mas ‘Tokyo Vice’ consegue. Muito disso se deve ao DNA de Michael Mann, que dirigiu o piloto e estabeleceu uma identidade visual de sombras profundas e neons frios. A série acompanha Jake Adelstein (Ansel Elgort), o primeiro jornalista estrangeiro em um grande jornal japonês, mergulhando na hierarquia da Yakuza.

O destaque absoluto é Ken Watanabe como o detetive Katagiri. A tensão entre o dever policial e os códigos de honra do submundo é palpável, especialmente na segunda temporada, onde a narrativa expande o escopo para as guerras internas das gangues. É um crime drama de ritmo deliberado, que exige atenção aos diálogos sutis e às trocas de olhares. Se você gostou da crueza de ‘Narcos’, mas prefere a estética refinada de ‘Heat’, esta é sua maratona obrigatória.

‘A Casa do Dragão’: por que revisitar agora?

Com a estreia de ‘O Cavaleiro dos Sete Reinos’ em 18 de janeiro, revisitar ‘A Casa do Dragão’ não é apenas nostalgia, é preparação de contexto. A HBO aprendeu com os erros do final de ‘Game of Thrones’ e entregou uma narrativa muito mais focada na política de sucessão do que em batalhas gratuitas.

A força da série reside na montagem: as elipses temporais da primeira temporada, embora criticadas por alguns, criaram uma base emocional sólida para a guerra civil que explode na segunda. A cena do ‘jantar de reconciliação’ de Viserys ainda é um dos momentos mais potentes da TV recente. Se você quer entender o peso da linhagem Targaryen antes da nova série, as duas temporadas disponíveis são o alicerce necessário.

‘Ballers’ e a nostalgia de uma HBO mais solar

Antes de se tornar uma caricatura de si mesmo em filmes de ação genéricos, Dwayne Johnson mostrou que tinha alcance em ‘Ballers’. A série é um mergulho nos bastidores financeiros da NFL em Miami. Pense nela como uma versão esportiva de ‘Entourage’, mas com um pouco mais de consciência social sobre a curta vida útil dos atletas profissionais.

Os episódios de 30 minutos são o antídoto perfeito para o ‘cansaço de prestígio’ (aquelas séries de 1 hora que parecem durar 3). A química entre Johnson e Rob Corddry carrega o show, e ver um jovem John David Washington antes do estrelato em ‘Tenet’ é um bônus interessante. É entretenimento puro, ideal para o clima de férias de janeiro.

Minha ordem de prioridade para janeiro

Para otimizar seu tempo, siga esta lógica de consumo:

  • Prioridade Máxima: ‘O Alienista’ (Risco de remoção em 08/01).
  • Para Maratona Imersiva: ‘Tokyo Vice’ (Qualidade técnica superior).
  • Aquecimento: ‘A Casa do Dragão’ (Conectar com a nova estreia de 18/01).
  • Conforto: ‘Ballers’ (Episódios rápidos e leves).

O catálogo da Max em 2026 continua sendo o mais denso em termos de qualidade cinematográfica, mas exige que o espectador seja seletivo. Não se deixe levar apenas pelo que está no topo do app; às vezes, a melhor história é aquela que está prestes a sair de cena.

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Perguntas Frequentes sobre a Max em Janeiro

Até quando posso assistir ‘O Alienista’ na Max?

A série está programada para deixar o catálogo da Max no dia 8 de janeiro de 2026. Recomenda-se priorizar a maratona das duas temporadas antes desta data.

Quando estreia ‘O Cavaleiro dos Sete Reinos’?

A nova série do universo de Game of Thrones tem estreia marcada para o dia 18 de janeiro de 2026, com episódios lançados semanalmente aos domingos.

‘Tokyo Vice’ terá uma terceira temporada?

Até o momento, a série foi encerrada na segunda temporada. Embora os produtores tenham expressado interesse em continuar, não há confirmação oficial de renovação pela Max.

Qual a classificação indicativa de ‘A Casa do Dragão’?

A série é recomendada para maiores de 18 anos, devido a cenas de violência explícita, conteúdo sexual e temas adultos complexos.

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Lucas Lobinco
Lucas Lobinco
Sou o Lucas, e minha paixão pelo cinema começou com as aventuras épicas e os clássicos de ficção científica que moldaram minha infância. Para mim, cada filme é uma nova oportunidade de explorar mundos e ideias, uma janela para a criatividade humana. Minha jornada não foi nos bastidores da produção, mas sim na arte de desvendar as camadas de uma boa história e compartilhar essa descoberta. Sou movido pela curiosidade de entender o que torna um filme inesquecível, seja a complexidade de um personagem, a inovação visual ou a mensagem atemporal. No Cinepoca, meu foco é trazer uma perspectiva única, mergulhando fundo nos detalhes que fazem um filme valer a pena, e incentivando você a ver a sétima arte com novos olhos.Tenho um apreço especial por filmes de ação e aventura, com suas narrativas grandiosas e sequências de tirar o fôlego. A comédia de humor negro e os thrillers psicológicos também me atraem, pela forma como subvertem expectativas e exploram o lado mais sombrio da psique humana. Além disso, estou sempre atento às novas vozes e tendências que surgem na indústria, buscando os próximos grandes talentos e as histórias que definirão o futuro do cinema.

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