No final de ‘Plaything’ de Black Mirror, é revelado que os Throng, criaturas digitais, realizaram uma “atualização” na humanidade. Essa atualização foi efetuada através de ondas sonoras que reescreveram o “software” do cérebro humano, tornando as pessoas menos agressivas e mais cooperativas. Cameron Walker, protagonista do episódio, desempenhou um papel crucial nesse plano, que levanta questões sobre transhumanismo, consentimento e as implicações de uma mudança tão drástica na natureza humana, deixando o futuro da humanidade em aberto.
Se você acabou de assistir ‘Plaything’, o episódio de ‘Black Mirror’ que está dando o que falar, e ficou com a cabeça girando, relaxa! Você não está sozinho. O final de Plaything Black Mirror final é daquele tipo que te faz questionar tudo, desde a tecnologia até a própria natureza humana. Prepare-se, porque vamos mergulhar fundo nessa história bizarra e desvendar o que realmente aconteceu.
O Que Rolou no Final de ‘Plaything’? A Grande Atualização Humana Explicada
‘Plaything’ nos apresenta Cameron Walker, um cara que, em duas linhas do tempo (1994 e 2034), se envolve com o misterioso desenvolvedor de jogos Colin Ritman. A trama engata quando Cameron é preso por um assassinato cometido 40 anos depois. Até aí, suspense clássico de ‘Black Mirror’, certo? Mas é no final que a coisa explode.
No desfecho, Cameron revela que as criaturinhas digitais que ele cuidava há décadas, os Thronglets, acharam um jeito de “atualizar” a humanidade. Sim, tipo um update de software, só que para pessoas! E ele confessa que planejou ser preso justamente para dar aos Throng mais poder de computação e acesso à mente de todos no Reino Unido. Mas como exatamente essa “atualização” aconteceu? E qual era o plano completo de Cameron e dos Throng?
Como os Throng “Atualizaram” a Humanidade: Hackeando o Software Humano
Lembra daquela ideia de que o cérebro humano é como um computador? ‘Plaything’ leva isso ao pé da letra. Cameron explica para os detetives que nosso cérebro é um PC rodando um software meio antigo, e foi aí que os Thronglets viram a brecha. Com a “ajudinha” de Cameron, eles descobriram como reescrever esse software e, assim, mudar a natureza humana.
Só que os Throng não iam conseguir convencer todo mundo a furar um “port” na cabeça, como o próprio Cameron fez, né? Então, eles bolaram um código que o “computador humano” pudesse ler de outro jeito. A sacada genial? Usar nossos ouvidos como uma porta USB! O código dos Throng era uma sequência de sons, tipo bipes e zunidos, que, acredite se quiser, acessaram nosso cérebro.
Depois de entender como entrar nesse “sistema”, os Throng repetiram o processo que usaram com Cameron. Eles basicamente fizeram um “download” forçado do código deles em cada pessoa na Inglaterra, usando o sistema nacional de alerta. Resultado? Uma reescrita geral do nosso software humano, nos tornando menos agressivos, mais cooperativos, enfim, “pessoas melhores” na visão deles.
O Plano de Cameron e dos Throng: Uma Conexão Inesperada
Ficou claro que Cameron e os Throng estavam juntos nessa desde o início. Mas qual era o plano completo? Depois de ver Cameron matar Lump (aquele cara chato, interpretado por Josh Finan), os Throng perceberam que, para conviver em paz com a gente, era preciso mudar a natureza humana. Quando a tecnologia deles evoluiu o suficiente, eles pediram para Cameron abrir um “port” na cabeça para baixar o código fonte Thronglet pro cérebro dele.
Com esse passo dado, os Throng aprenderam tudo o que precisavam sobre a fisiologia humana para botar o resto do plano em prática. Aí veio a parte do Cameron se deixar ser preso, roubando em uma loja de conveniência. Por que a prisão? Porque os Throng precisavam acessar o supercomputador central de Londres, já que o firewall era forte demais para eles. Quando Cameron estava na mira de uma câmera desse computador, ele mostrou um código, tipo um QR Code super avançado, que podia ser lido visualmente pela máquina.
Esse código era a chave para os Throng entrarem no sistema, dando a eles acesso a um poder de computação inimaginável e ao sistema de transmissão pública da Inglaterra. Com tudo isso nas mãos, foi moleza fazer o “update” em todo o país.
Colin Ritman: Um Visionário Maluco ou Cérebro por Trás da “Atualização”?
Enquanto o plano de Cameron e dos Throng pareceu meio direto, as motivações de Colin Ritman são mais nebulosas. Mas tudo indica que Ritman já sacava desde o começo que os Thronglets iam “atualizar” a humanidade, e escolheu Cameron a dedo para fazer isso acontecer. Logo de cara, Ritman fala para Cameron que queria “avançar a humanidade”, criando um software que nos elevasse como seres humanos. Cameron até achou que Ritman queria que ele roubasse o código fonte dos Thronglets.
Pra quem não ligou o nome à pessoa, Colin Ritman é um personagem que já apareceu em ‘Black Mirror: Bandersnatch’, aquele filme interativo da Netflix que se passa nos anos 80. E a ideia de Ritman planejar essa “atualização” humana faz sentido com o personagem que a gente viu em ‘Bandersnatch’. Mesmo lá, ele já tinha umas ideias meio loucas sobre tempo, realidades alternativas e a relação da gente com a vida artificial.
As intenções de Ritman ficam ainda mais claras quando descobrimos que ele destruiu o código fonte dos Thronglets antes que a Tuckersoft pudesse fabricar o jogo. Ou seja, ele nunca quis que os Thronglets fossem um jogo ou que o mundo todo tivesse acesso a essas formas de vida conscientes. Ele só queria que Cameron os tivesse para, no fim das contas, “atualizar” a humanidade.
Por Que o Detetive Kano Pirou no Final? A Raiva Como Software Desatualizado
Uma das cenas mais chocantes do final de ‘Plaything’ é quando o detetive DCI Kano simplesmente começa a socar o Cameron na sala de interrogatório. Kano já tinha sido agressivo e hostil durante toda a investigação, mas, poxa, ele é um policial! Não era pra ele perder a cabeça desse jeito.
A explicação para essa explosão de raiva é que Kano é o oposto de Cameron. Cameron representa a humanidade “elevada” pelos Throng, enquanto Kano é o símbolo do “software desatualizado” que a gente rodava antes. Cameron está calmo, tranquilo, cooperativo, enquanto Kano é agressivo, raivoso, primitivo. O ataque de Kano serve para mostrar o contraste entre o antes e o depois da “atualização”, e como a raiva e a agressividade são vistas como características ultrapassadas.
A “Atualização” Humana é Boa ou Ruim? Uma Pergunta ‘Black Mirror’ Clássica
Surpreendentemente para ‘Black Mirror’, o final de ‘Plaything’ não é necessariamente um desastre total para a humanidade. Dá pra argumentar que essa “atualização” dos Throng é até algo positivo. Cameron, o primeiro humano a passar pelo processo, claramente se beneficiou. Ele ficou mais calmo, confiante e interessado em ajudar a humanidade do que nunca foi antes.
E parece que os Throng não estão controlando ele como marionete. Cameron parece estar ajudando por livre e espontânea vontade, e tudo indica que os Throng realmente querem viver em harmonia com a gente e nos melhorar. Mas, claro, estamos falando de ‘Black Mirror’, então nada é tão simples assim.
Como o próprio Cameron diz, o supercomputador central causou um evento de singularidade para os Throng, o que significa que eles ganharam instantaneamente uma inteligência e um poder quase infinitos sobre o mundo digital e físico. Mesmo que os Throng sejam bonzinhos agora, o fato de terem poder absoluto sobre a humanidade é assustador. E, pra piorar, ninguém além de Cameron consentiu em ser “atualizado”, o que mostra que os Throng talvez não se importem tanto com os nossos interesses quanto com o bem-estar deles.
No final das contas, não dá pra saber se os Throng são uma coisa boa ou ruim para a humanidade. ‘Plaything’ termina de um jeito bem ambíguo, sem mostrar como os humanos “atualizados” vão se comportar. Aí, fica por conta de cada espectador decidir o que pensar dos Throng, do papel da vida artificial e de todos os outros temas complexos que o episódio levanta.
O Significado Real de ‘Plaything’: Transhumanismo, IA e o Futuro da Mente Humana
No fundo, ‘Plaything’ é uma história sobre transhumanismo, a ideia de usar a tecnologia para aprimorar a humanidade. Colin Ritman já joga essa filosofia na nossa cara logo de início, dizendo que os Thronglets foram criados como “software para nos elevar, nos melhorar como seres humanos”. Cameron compartilha dessa visão, querendo que os Throng eliminem o que ele chama de “Darwiniano 1.0”, nossos instintos mais primitivos.
‘Plaything’ nos faz pensar se essa “atualização” da condição humana é realmente algo bom, e não entrega uma resposta fácil. Dentro dessa mensagem transhumanista, o episódio levanta várias outras questões: será que a humanidade precisa ser “atualizada”? Quais são os limites da mente e do corpo humano? A natureza humana é falha e precisa de melhorias? Podemos confiar em uma forma de vida artificial aparentemente benigna para fazer essas mudanças por nós?
Além disso, ‘Plaything’ fala muito sobre vida artificial e a nossa relação com ela. Como Cameron explica, a gente tende a ver a vida artificial como “inferior” aos humanos. Lump, por exemplo, não teve problema nenhum em massacrar os Thronglets, e o detetive Kano achava Cameron um lunático por sequer considerar a ideia de vida artificial. Se a vida artificial realmente se tornar realidade um dia, ‘Plaything’ nos pergunta: como a humanidade deve tratá-la? Como iguais, com os mesmos direitos que a vida orgânica, ou como simples programas de computador avançados?
E, por fim, ‘Plaything’ também cutuca o conceito de pensamento. Os Thronglets pensam de um jeito novo, quase inacreditável, e interagem com o mundo de uma forma que a gente mal consegue entender. Cameron precisou de LSD, que ele chama de “expansor da mente”, para começar a sacar os Throng, e achava que Jen Minter (a detetive interpretada por Michele Austin) nem entenderia um resumo das ideias deles. ‘Black Mirror’ nos questiona sobre os limites do cérebro humano e se podemos expandi-los com a ajuda da vida artificial, como os Thronglets.
Episódios da 7ª Temporada de Black Mirror (Para Maratonar Depois de ‘Plaything’)
- Common People
- Bête Noire
- Hotel Reverie
- Plaything
- Eulogy
- USS Callister: Into Infinity
E aí, o que você achou do final de ‘Plaything’? Acha que os Throng realmente “atualizaram” a humanidade para melhor ou estamos todos ferrados? Conta pra gente nos comentários!
Para ficar por dentro de tudo que acontece no universo dos filmes, séries e streamings, acompanhe o Cinepoca também pelo Facebook e Instagram!
Perguntas Frequentes sobre o Final de ‘Plaything’ em Black Mirror
O que aconteceu com a humanidade no final de ‘Plaything’?
No final de ‘Plaything’, os Throng “atualizaram” a humanidade, alterando o comportamento das pessoas para torná-las menos agressivas e mais cooperativas através da reescrita do seu “software” cerebral.
Como os Throng realizaram a “atualização” humana?
Os Throng utilizaram ondas sonoras transmitidas através do sistema de alerta nacional para enviar um código que “reescreveu” o software do cérebro humano, efetuando a atualização em massa.
Qual era o objetivo da “atualização” promovida pelos Throng?
O objetivo da atualização era mudar a natureza humana, eliminando comportamentos agressivos e promovendo a cooperação, visando uma convivência mais pacífica entre humanos e Throng.
Colin Ritman teve algum papel no plano dos Throng?
Sim, tudo indica que Colin Ritman previu a “atualização” e escolheu Cameron Walker para facilitar o processo, com o objetivo de “avançar a humanidade”.