‘Steal’: Sophie Turner inverte os papéis em novo thriller do Prime Video

Analisamos ‘Steal’, o novo thriller do Prime Video onde Sophie Turner troca o papel de ladra pelo de refém em um assalto bilionário. Descubra por que a trama de Danny Brocklehurst foca no peso moral do crime financeiro e o que esperar dessa inversão de papéis da atriz.

Sophie Turner parece ter decifrado o código de como sobreviver ao fim de uma série colossal. Enquanto parte do elenco de ‘Game of Thrones’ ainda busca uma identidade fora de Westeros, Turner encontrou um porto seguro no neo-noir e nos thrillers de crime britânicos. Após a aclamação em ‘Joan’, onde viveu uma ladra de joias magnética, ela agora inverte a mesa em ‘Steal’, nova aposta do Prime Video que estreia em 21 de janeiro de 2026.

A banalidade do mal financeiro

A banalidade do mal financeiro

Em ‘Steal’, Turner abandona o glamour das perucas e diamantes de ‘Joan’ para interpretar Zara, uma funcionária de nível médio na Lochmill Capital. A série, escrita por Danny Brocklehurst (conhecido por suas adaptações afiadas de Harlan Coben), evita o clichê do assalto a banco com máscaras de palhaço e fuzis. Aqui, a invasão é silenciosa e o objetivo é puramente digital.

O conflito central é moral: os criminosos exigem que Zara e seu colega Luke (interpretado por Archie Madekwe, de ‘Saltburn’) desviem bilhões de fundos de pensão. Não é o dinheiro de um banco segurado pelo governo; são as economias de professores, enfermeiros e aposentados. Essa escolha narrativa eleva o peso emocional — o espectador não torce pelo sucesso do roubo, mas teme pela alma da protagonista.

Sophie Turner e a arte de perder o controle

O ângulo mais fascinante de ‘Steal’ é observar Turner desconstruir a confiança que exibiu em seus papéis anteriores. Se em ‘Joan’ ela era a mestre da manipulação, aqui ela é a peça de xadrez sendo movida. A tensão não vem de planos infalíveis, mas do desespero de uma pessoa comum tentando manter a ética enquanto uma arma (literal ou figurada) está apontada para sua cabeça.

A dinâmica com Jacob Fortune-Lloyd, que vive o detetive Rhys, promete ser o ponto alto. Rhys não é o herói imaculado; ele é um homem asfixiado por dívidas de jogo, o que cria um paralelo sombrio com o crime que ele investiga. É o tipo de escrita cínica e realista que Brocklehurst domina, onde a linha entre o criminoso e a lei é borrada pela necessidade financeira.

Por que ficar de olho nesta estreia

Visualmente, ‘Steal’ parece adotar a estética fria e claustrofóbica dos escritórios modernos — uma escolha que remete ao excelente ‘The Walk’ ou até aos momentos mais tensos de ‘Succession’, mas com a urgência de um thriller de reféns. A decisão de limitar a série a seis episódios é um alento em uma era de narrativas inchadas; sugere um ritmo de pacing acelerado, focado na escalada da tensão dentro de um único dia de trabalho que deu errado.

Para quem busca um suspense que valoriza o intelecto e o dilema moral acima de perseguições de carro, ‘Steal’ tem todos os ingredientes para ser o primeiro grande hit de 2026. Turner está consolidando uma filmografia sólida, provando que sua força reside em personagens que operam nas zonas cinzentas da moralidade humana.

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Perguntas Frequentes sobre a série ‘Steal’

Quando estreia ‘Steal’ com Sophie Turner no Prime Video?

A série ‘Steal’ tem estreia programada para o dia 21 de janeiro de 2026, exclusivamente no catálogo do Prime Video.

Qual é a história da série ‘Steal’?

A trama acompanha Zara (Sophie Turner), uma funcionária de uma empresa de investimentos que é feita refém durante um assalto. Ela é forçada a realizar transações ilegais para desviar bilhões de fundos de pensão de cidadãos comuns.

Quantos episódios tem a série ‘Steal’?

‘Steal’ é uma minissérie britânica composta por seis episódios, focada em uma narrativa contida e de alta tensão.

Quem está no elenco de ‘Steal’ além de Sophie Turner?

O elenco principal conta com Archie Madekwe (Saltburn), Jacob Fortune-Lloyd (O Gambito da Rainha) e é escrita por Danny Brocklehurst.

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Marina Souza
Marina Souza
Oi! Eu sou a Marina, redatora aqui do Cinepoca. Desde os tempos de criança, quando as tardes eram preenchidas por maratonas de clássicos da Disney em VHS e as noites por filmes de terror que me faziam espiar por entre os dedos, o cinema se tornou um portal para incontáveis realidades. Não importa o gênero, o que sempre me atraiu foi a capacidade de um filme de transportar, provocar e, acima de tudo, contar algo.No Cinepoca, busco compartilhar essa paixão, destrinchando o que há de mais interessante no cinema, seja um blockbuster que domina as bilheterias ou um filme independente que mal chegou aos circuitos.Minhas expertises são vastas, mas tenho um carinho especial por filmes que exploram a complexidade da mente humana, como os suspenses psicológicos que te prendem do início ao fim. Meu objetivo é te levar em uma viagem cinematográfica, apresentando filmes que talvez você nunca tenha visto, mas que definitivamente merecem sua atenção.

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