Este artigo apresenta um ranking completo dos 12 filmes dirigidos por Wes Anderson, do pior ao melhor, segundo o Cinepoca. Explore a filmografia deste aclamado diretor conhecido por seu estilo visual único, narrativas peculiares e personagens excêntricos. Descubra desde seus primeiros trabalhos como ‘Bottle Rocket’ até sucessos de crítica e público como ‘O Grande Hotel Budapeste’ e ‘Os Excêntricos Tenenbaums’, e prepare-se para revisitar ou conhecer a fundo a obra de um dos cineastas mais autorais da atualidade.
Se você é fã de cinema autoral e adora um estilo único, prepare-se porque chegou a hora de mergulharmos no universo particular de um dos diretores mais icônicos da atualidade! Hoje, aqui no Cinepoca, vamos apresentar um ranking filmes Wes Anderson que vai te fazer repensar suas listas e, quem sabe, descobrir seu novo filme favorito (ou o menos favorito, rs). De ‘Os Excêntricos Tenenbaums’ a ‘Viagem a Darjeeling’, embarque com a gente nessa jornada cinematográfica super estilizada!
Doze vezes Wes Anderson: Uma viagem do pior ao melhor
Wes Anderson, desde seus primeiros trabalhos no Festival de Sundance até se consagrar como um autor com várias indicações ao Oscar, marcou o cinema com sua identidade inconfundível. Quem bate o olho em um filme dele, logo reconhece: paleta de cores vibrante, planos simétricos, elenco recheado de amigos como Bill Murray e Owen Wilson. É um estilo que, ou você ama, ou você ama muito!
Apesar de alguns críticos dizerem que ele faz sempre o mesmo filme, a verdade é que Wes explora temas parecidos, mas com abordagens diferentes a cada projeto. O que se mantém constante é sua voz autoral, algo que todo cineasta busca construir. E mesmo se aventurando por curtas para a Netflix inspirados em Roald Dahl, como fez em 2023, a marca Wes Anderson continua lá, intacta.
12. Viagem a Darjeeling (2007): Irmãos em crise na Índia
Família e laços fraternos sempre foram temas presentes na obra de Wes Anderson, e em ‘Viagem a Darjeeling’ ele explora isso de forma intensa. A trama acompanha três irmãos – interpretados por Adrien Brody, Owen Wilson e Jason Schwartzman – que não se falam há um ano, desde a morte do pai. Eles decidem fazer uma viagem de trem pela Índia em busca de… sei lá, autoconhecimento? Espiritualidade? A verdade é que a viagem vira um grande acerto de contas.
A história em si não é super original, mas a beleza visual do filme é inegável. A Índia é retratada com cores vibrantes e detalhes que saltam aos olhos. ‘Viagem a Darjeeling’ parece um experimento visual e, nesse sentido, funciona muito bem, com momentos emocionantes que ficam na cabeça. A crítica não amou de primeira (apenas 69% de aprovação no Rotten Tomatoes), mas o filme ganhou prêmios e foi indicado ao Leão de Ouro em Veneza. Talvez precise de mais de uma chance para te conquistar de vez.
11. Asteroid City (2023): Ficção científica no deserto
Depois de ‘A Crônica Francesa’, Wes Anderson voltou com ‘Asteroid City’, um filme colorido e divertido ambientado nos anos 1950. A cidade turística do título, no meio do deserto, sedia uma convenção de jovens astrônomos que é interrompida… por ETs! Sim, alienígenas em Wes Anderson! A cidade toda entra em quarentena e o caos (no bom sentido, claro) se instala.
Novos rostos como Tom Hanks se encaixaram perfeitamente no universo peculiar do diretor, e o filme equilibra humor e emoção sem perder o estilo visual impecável. E, como um toque metalinguístico típico de Wes, a história toda é sobre uma peça de teatro que se passa nessa convenção. Confuso? Talvez um pouco, mas genial! Apesar de um final que deixou algumas questões existenciais no ar, ‘Asteroid City’ mostra que Wes Anderson continua evoluindo. O elenco é estelar, mas ele não abre mão do seu estilo único, fazendo com que atores famosos façam coisas bem diferentes do que costumam fazer. O filme foi sucesso de crítica e indicado à Palma de Ouro em Cannes.
10. A Vida Marinha com Steve Zissou (2004): Vingança no fundo do mar
Em ‘A Vida Marinha com Steve Zissou’, Bill Murray vive um oceanógrafo meio decadente que jura vingança contra um tubarão-jaguar que devorou seu parceiro, Esteban du Plantier. Para isso, ele reúne uma equipe pra lá de excêntrica, com nomes como Owen Wilson, Cate Blanchett, Anjelica Huston, Willem Dafoe, Jeff Goldblum e mais um monte de gente talentosa. O filme não foi um estouro de bilheteria na época, mas o elenco incrível e a narrativa mais lenta e contemplativa fazem dele um filme para ser revisitado.
Na época do lançamento, as críticas foram mornas, mas com o tempo ‘A Vida Marinha’ virou um cult, ganhando cada vez mais fãs. Lançado logo após o sucesso de ‘Os Excêntricos Tenenbaums’, poucos acharam que ‘A Vida Marinha’ chegava aos pés do anterior. Mas, com o tempo, essa homenagem de Wes Anderson a Jacques Cousteau se revelou um dos seus trabalhos mais geniais. A estranheza e o humor peculiar do filme conquistam a cada nova geração de cinéfilos.
9. O Fantástico Sr. Raposo e Mais Três Histórias (2024): Curtas de Roald Dahl
Em 2024, Wes Anderson surpreendeu com algo inédito na sua carreira: ‘O Fantástico Sr. Raposo e Mais Três Histórias’. Embora já tivesse feito curtas antes, essa é a primeira vez que ele reúne quatro deles em uma antologia fantástica. Todos os quatro são adaptações de contos de Roald Dahl, incluindo a história título e mais ‘O Cisne’, ‘O Caçador de Ratos’ e ‘Veneno’. Lançados na Netflix, cada curta também pode ser visto individualmente.
O elenco é um show à parte, com Benedict Cumberbatch no papel principal de Henry Sugar, e nomes como Ralph Fiennes, Dev Patel, Ben Kingsley e Rupert Friend em papéis secundários. ‘O Fantástico Sr. Raposo e Mais Três Histórias’ foi aclamado pela crítica, com 95% de aprovação no Rotten Tomatoes e 81% de avaliação do público. Muitos críticos consideraram essa antologia uma das histórias “mais doces” de Anderson.
8. Ilha dos Cachorros (2018): Animação stop-motion distópica
A segunda animação stop-motion de Wes Anderson, ‘Ilha dos Cachorros’, se passa em um futuro distópico no Japão. A história acompanha Atari (Koyu Rankin), um garoto japonês que parte em busca de seu cachorro, banido para a Ilha do Lixo pelo seu tio, o prefeito autoritário de Megasaki. Na ilha, Atari encontra um grupo de cães que topam ajudá-lo na aventura.
‘Ilha dos Cachorros’ veio depois do sucesso estrondoso de ‘O Grande Hotel Budapeste’, e talvez por isso não tenha conseguido manter o mesmo impacto. Apesar de ser visualmente deslumbrante e tecnicamente impecável, a animação stop-motion já havia sido explorada por Wes nove anos antes em ‘O Fantástico Sr. Raposo’. ‘Ilha dos Cachorros’ agradou a crítica e foi indicado a dois Oscars (Melhor Animação e Melhor Trilha Sonora), mas não levou nenhum.
7. Bottle Rocket (1996): O início de tudo
Considerado um fracasso de bilheteria na época do lançamento, ‘Bottle Rocket’ foi tão mal que Owen Wilson (que interpreta Dignan e co-escreveu o filme com Anderson) chegou a pensar em desistir da carreira de ator para se juntar aos fuzileiros navais! O filme acompanha três amigos – Owen Wilson, Luke Wilson e Robert Musgrave – que decidem roubar uma livraria e fugir, tudo ideia mirabolante de Dignan. Como esperado, nada sai como planejado para esse trio azarado.
Muita coisa não acontece em ‘Bottle Rocket’, mas assistir ao filme hoje é como ver Wes Anderson e Owen Wilson dando seus primeiros passos no cinema. Muitos dos elementos que se tornariam marcas registradas do diretor já estão ali, ainda que precisando de um polimento. Anos depois do lançamento inicial, o filme ganhou reconhecimento e hoje tem 86% de aprovação no Rotten Tomatoes, com críticos comparando-o a ‘Cães de Aluguel’, mas com “sensibilidade do Texas”.
6. A Crônica Francesa (2021): Um jornal e suas histórias
Com ‘A Crônica Francesa’, Wes Anderson abandona a narrativa convencional para criar uma espécie de antologia hiper-estilizada. O filme se passa na redação do jornal fictício “The French Dispatch”, em uma cidade francesa inventada chamada Ennui-sur-Blasé. A trama principal é o fechamento do jornal, e as histórias que vemos são como artigos da última edição. O elenco de ‘A Crônica Francesa’ é o maior de todos os filmes de Wes Anderson, e cada pequena história mostra a alma não só do jornal, mas também da cidadezinha onde ele está localizado.
O estilo de Wes Anderson está mais presente do que nunca em ‘A Crônica Francesa’, o que só aumenta o brilho do filme. Cada história mostra um ponto de vista diferente da cidade francesa, sempre sob a ótica dos jornalistas que as escrevem, tudo embalado por uma trama emocionante sobre a perda do dono do jornal. A crítica elogiou o filme (75% no Rotten Tomatoes) e ele ganhou vários prêmios, incluindo Melhor Design de Produção pela Online Film Critics Society Awards.
5. Moonrise Kingdom (2012): Aventura juvenil em Nova Inglaterra
Mais um sucesso de crítica de Wes Anderson, ‘Moonrise Kingdom’ acompanha os pré-adolescentes Sam (Jared Gilman), um órfão, e Suzy (Kara Hayward), uma garota local, que se apaixonam na ilha fictícia de New Penzance, em Nova Inglaterra. Tudo isso se passa em um acampamento de escoteiros com chefes excêntricos (Bill Murray e Edward Norton), Bruce Willis em um ótimo papel como o Capitão Sharp, e participações de outros atores queridinhos de Wes (Jason Schwartzman e Tilda Swinton).
Muitos dos elementos estilísticos que viraram marca registrada de Anderson estão presentes no filme, que marca a transição do diretor de autor indie para hitmaker mainstream. Uma história de amor juvenil e divertida é a cara de Wes Anderson, e o contraste entre o mundo de fantasia de Sam e Suzy e a realidade dura dos adultos ao redor é um dos temas mais interessantes de seus filmes. A crítica elogiou as atuações e o design do filme, que foi indicado ao Oscar.
4. O Fantástico Sr. Raposo (2009): Roald Dahl em stop-motion
Mais de dez anos depois de começar a dirigir longas, Wes Anderson resolveu adaptar ‘O Fantástico Sr. Raposo’, a clássica história de Roald Dahl, para o cinema em stop-motion. O Sr. Raposo (George Clooney) coloca sua família (Meryl Streep e Jason Schwartzman) e amigos em perigo ao planejar um roubo ousado contra fazendeiros vingativos. O elenco de vozes também conta com figurinhas carimbadas de Anderson (Owen Wilson, Willem Dafoe, Bill Murray).
Misturar o estilo visual de Wes Anderson com os bonequinhos fofos de stop-motion foi um golpe de mestre, e o único problema do filme é um terceiro ato meio arrastado, resultado da tentativa de expandir a história original de Dahl. Infelizmente, muitos filmes baseados em Roald Dahl não fizeram sucesso de bilheteria, e ‘O Fantástico Sr. Raposo’ não foi exceção. Apesar disso, foi indicado ao Oscar e ao BAFTA de Melhor Animação e Melhor Trilha Sonora.
3. Rushmore (1998): Triângulo amoroso no colégio
O segundo longa de Wes Anderson, ‘Rushmore’, já mostra uma evolução enorme em relação a ‘Bottle Rocket’, lançado dois anos antes. Acompanhando as aventuras de Max Fischer (Jason Schwartzman), um aluno precoce e dramaturgo de uma escola particular de elite, o filme mistura temas complexos da adolescência com um humor ácido. A confusão começa quando Max se apaixona pela professora Rosemary Cross (Olivia Williams) e entra em guerra com o empresário Herman Blume (Bill Murray), que também está de olho nela.
Amor, rejeição, vida e morte são alguns dos temas que Anderson e o co-roteirista Owen Wilson abordam com uma habilidade rara em cineastas tão jovens. Na filmografia de Anderson, ‘Rushmore’ é muitas vezes esquecido por não ser tão estilizado visualmente, mas os personagens são alguns dos mais marcantes do diretor. Em 2016, a Biblioteca do Congresso dos EUA reconheceu a importância do filme e o adicionou ao National Film Registry para preservação.
2. O Grande Hotel Budapeste (2014): Mistério e elegância na Europa
Para muitos, ‘O Grande Hotel Budapeste’ é a obra-prima de Wes Anderson, o ápice de sua carreira. Ambientado na fictícia República de Zubrowka, na Europa, o filme acompanha uma série de eventos caóticos que acontecem depois que o concierge do Grande Hotel Budapeste (Ralph Fiennes) herda um quadro valioso de uma antiga amante. Isso leva ao assassinato de uma condessa rica, que incrimina o concierge, que precisa provar sua inocência.
Nos 100 minutos de filme, temas como imigração, guerra e lealdade de classe são explorados, tudo dentro da obsessão de Anderson com a temática familiar. ‘O Grande Hotel Budapeste’ é lindo do início ao fim, e parece reunir tudo o que Wes Anderson aprendeu em sua carreira. Foi também o maior sucesso de Anderson no Oscar, com nove indicações, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor, e quatro estatuetas.
1. Os Excêntricos Tenenbaums (2001): Família disfuncional e genial
Considerado o filme que consagrou Wes Anderson, ‘Os Excêntricos Tenenbaums’ é pura magia cinematográfica. A família Tenenbaum, brilhante e disfuncional, se reúne de repente, e velhas feridas vêm à tona. Gene Hackman entrega um dos melhores papéis de sua carreira, e o elenco ainda conta com atuações incríveis de Luke Wilson, Ben Stiller, Gwyneth Paltrow e Bill Murray. As emoções desse filme são profundas, e ele é, de fato, a obra-prima de Wes Anderson.
‘Os Excêntricos Tenenbaums’ rendeu a Anderson e Owen Wilson a primeira indicação ao Oscar de Melhor Roteiro Original. O filme é cheio de histórias envolventes, engraçadas e emocionantes, tudo em um pacote visualmente impecável. A dinâmica familiar é retratada de forma genial, solidificando esse tema como o favorito de Wes Anderson. Dirigir um filme dessa qualidade no início da carreira foi a prova definitiva de que Wes Anderson se tornaria um dos maiores cineastas do nosso tempo.
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Perguntas Frequentes sobre Ranking de Filmes de Wes Anderson
Qual é o filme número 1 no ranking de Wes Anderson?
De acordo com este ranking do Cinepoca, ‘Os Excêntricos Tenenbaums’ (2001) é considerado o melhor filme de Wes Anderson.
Qual filme de Wes Anderson é considerado o “pior” neste ranking?
‘Viagem a Darjeeling’ (2007) ocupa a 12ª e última posição neste ranking, sendo considerado o filme “menos favorito” entre os 12 longas de Wes Anderson listados.
Quais são os filmes de Wes Anderson mais bem avaliados pela crítica?
Filmes como ‘O Grande Hotel Budapeste’, ‘Os Excêntricos Tenenbaums’ e ‘Moonrise Kingdom’ são frequentemente citados como os mais aclamados pela crítica e público.
Quais são as características do estilo de Wes Anderson que o tornam único?
Wes Anderson é conhecido por seu estilo visual marcante, que inclui paletas de cores vibrantes, simetria, direção de arte detalhada, narrativas peculiares e personagens excêntricos. Ele também costuma trabalhar com um elenco recorrente de atores.