Propaganda alta no streaming: Califórnia bane anúncios, mas só lá!

A Califórnia aprovou a lei SB 576, que proíbe a propaganda alta streaming, buscando pôr fim aos anúncios com volume excessivo em plataformas digitais. Inspirada na Lei CALM para TV tradicional, essa medida estadual atende a uma demanda crescente dos consumidores por uma experiência de entretenimento mais harmoniosa e menos intrusiva. Embora local, a iniciativa pode servir de precedente para futuras legislações nacionais e globais, incluindo o Brasil, na busca por publicidade mais respeitosa nos serviços de streaming.

Você já se pegou assistindo à sua série favorita, totalmente imerso na história, quando de repente é bombardeado por uma propaganda alta streaming que te faz pular do sofá e correr para baixar o volume? Se sim, você não está sozinho! Essa é uma queixa super comum entre os amantes de cinema e séries, e a boa notícia é que, lá na Califórnia, algo está sendo feito a respeito. Mas calma, tem um pequeno detalhe: por enquanto, essa novidade só vale por lá.

O Grito Silencioso (e Depois Barulhento) dos Anúncios

O Grito Silencioso (e Depois Barulhento) dos Anúncios

Imagina só: você está curtindo um momento de paz, talvez tarde da noite, com fones de ouvido, ou até mesmo com um bebê dormindo tranquilamente no quarto ao lado. A trilha sonora da sua série preferida embala o ambiente, os diálogos são claros e tudo está perfeito. De repente, PAH! Um anúncio surge com um volume que parece ter sido amplificado mil vezes, estragando todo o clima e, em alguns casos, até acordando quem estava dormindo. É frustrante, certo?

Essa experiência, infelizmente, é a realidade de muitos de nós que passamos horas maratonando conteúdo nas plataformas de streaming. A diferença de volume entre o programa e a publicidade não é apenas um incômodo; ela quebra a imersão, causa sustos desnecessários e, para ser sincero, é bem irritante. É como se a plataforma estivesse gritando na sua cara para vender algo, mesmo que você esteja pagando por ela.

Essa é uma daquelas reclamações universais que unem cinéfilos de todas as idades. Ninguém gosta de ter a experiência de entretenimento sabotada por um volume desregulado. E foi exatamente essa insatisfação generalizada que levou à ação em um dos maiores centros da indústria do entretenimento global.

Califórnia Diz “Chega!”: A Lei SB 576

Pois é, enquanto a gente por aqui só reclama, os californianos deram um passo à frente! O governador da Califórnia, Gavin Newsom, assinou uma lei novinha em folha, a SB 576, que é tipo um abraço quentinho para os ouvidos dos espectadores. Basicamente, essa lei proíbe os serviços de streaming de aumentarem o volume dos anúncios acima do nível de áudio do próprio filme ou série que você está assistindo.

Parece óbvio, né? Mas até agora, não era uma regra. O que é mais impressionante é que nem um único membro da legislatura estadual votou contra o projeto. Isso mostra que, independentemente de partidos ou ideologias, todo mundo concorda que propaganda barulhenta é um saco. O próprio Newsom deixou claro que a decisão veio da voz “alta e clara” dos moradores do estado. Eles não querem mais ser surpreendidos por um anúncio gritando na tela.

E a inspiração para essa lei? Vem de uma história super fofa e relatable. O senador estadual Thomas Umberg, um dos coautores do projeto, contou que a ideia surgiu por causa da bebê Samantha, filha de seu diretor legislativo. A pequena Samantha vivia sendo acordada por anúncios estrondosos das plataformas de streaming, desfazendo todo o trabalho de fazer o bebê dormir. Quem é pai ou mãe sabe bem o que é isso! É a prova de que até as pequenas coisas do dia a dia podem gerar grandes mudanças.

Um Legado do Passado: A Lei CALM e Seus Limites

Um Legado do Passado: A Lei CALM e Seus Limites

Talvez você esteja pensando: “Mas eu já ouvi falar de algo parecido antes…” E sim, você não está errado! Essa nova lei da Califórnia é como uma versão atualizada da Lei CALM (Commercial Advertising Loudness Mitigation Act), uma legislação nacional dos EUA que foi aprovada lá em 2010. A ideia da CALM Act era exatamente a mesma: impedir que os comerciais de TV linear (a TV tradicional, sabe?) fossem mais altos do que a programação normal.

A CALM Act foi um alívio para muita gente na época, e funcionou bem para o que se propunha. No entanto, o mundo mudou muito desde 2010. Naquela época, o streaming ainda engatinhava. Hoje, plataformas como Netflix, Prime Video, Disney+ e tantas outras são o centro do nosso consumo de entretenimento. Por isso, a CALM Act, apesar de genial, não conseguia abraçar essa nova realidade digital.

E aqui vem o “porém” que mencionamos lá no início: a SB 576, ao contrário da CALM Act, é uma medida apenas em nível estadual. Isso significa que ela só vale dentro das fronteiras da Califórnia. Ou seja, se você mora em Nova York, no Texas ou, principalmente, aqui no Brasil, essa lei não te protege. Ainda estamos sujeitos à montanha-russa de volumes dos anúncios.

A Esperança de uma Mudança Nacional (e Global)

Apesar de ser uma lei local, a SB 576 da Califórnia tem um potencial enorme para ser um modelo. Ela pode servir de inspiração e template para algum congressista nos EUA que decida introduzir uma legislação federal, estendendo essa proteção para todo o país. Pensa só: se a CALM Act original foi aprovada por unanimidade no Senado americano em 2010, é bem possível que uma versão atualizada, que inclua os serviços de streaming, também possa passar sem grandes problemas.

Em um cenário político muitas vezes polarizado, onde democratas e republicanos discordam sobre quase tudo, a questão da propaganda alta no streaming pode ser um daqueles raros pontos de consenso. Afinal, quem gosta de levar um susto com um anúncio barulhento? Ninguém, certo? É um problema que afeta a todos, independentemente de suas convicções políticas, e por isso tem um bom potencial para unir forças em prol do bem-estar do consumidor.

Se isso acontecer nos EUA, pode abrir precedentes para outros países. Leis e regulamentações muitas vezes se espelham em grandes mercados. Então, quem sabe, essa iniciativa californiana não seja a sementinha para que um dia a gente também possa ter um alívio da propaganda alta streaming aqui no Brasil?

Além do Volume: Outras Dores de Cabeça da Publicidade no Streaming

Além do Volume: Outras Dores de Cabeça da Publicidade no Streaming

A questão do volume é só uma pontinha do iceberg quando falamos de anúncios nas plataformas de streaming. Com a popularidade crescente dos planos mais acessíveis que incluem publicidade – como o próprio Netflix passou a oferecer –, mais e mais pessoas estão se deparando com comerciais em serviços pelos quais pagam.

Lembra quando o Prime Video, por exemplo, adicionou anúncios ao seu plano básico, que antes era livre de interrupções? Isso gerou um burburinho enorme! Muitos assinantes se sentem frustrados por pagar por um serviço e ainda assim ter que assistir a propagandas. A ideia original do streaming era justamente fugir da TV tradicional com seus intervalos comerciais intermináveis.

Claro, os planos com anúncios são mais baratos e tornam o streaming mais acessível para um público maior, o que é ótimo. Mas isso não significa que a experiência deva ser de baixa qualidade ou irritante. A indústria precisa encontrar um equilíbrio entre monetização e a satisfação do usuário. Afinal, a gente paga para ter acesso a um catálogo incrível, não para ser incomodado.

É um desafio e tanto para as empresas: como manter a receita e, ao mesmo tempo, oferecer uma experiência de usuário que justifique a assinatura? A solução da Califórnia para o volume é um bom começo, mas a discussão sobre a quantidade, a relevância e a intrusividade dos anúncios ainda está longe de terminar.

E o Brasil, Como Fica? Será que a Propaganda Alta no Streaming Tem Fim Por Aqui?

Agora a pergunta que não quer calar: será que essa onda de mudança chega ao Brasil? Por enquanto, não temos nenhuma legislação específica para controlar o volume da propaganda alta streaming por aqui. Nossas leis focadas em publicidade geralmente se concentram em outros aspectos, como conteúdo e veracidade, mas não no controle de volume em plataformas digitais.

No entanto, a pressão dos consumidores é uma força poderosa. Se a discussão ganhar força globalmente e se tornar um padrão nos EUA, é muito provável que as grandes plataformas de streaming, que operam em escala mundial, comecem a padronizar suas práticas. Seria impraticável para elas ter um volume de anúncios diferente para cada país.

Além disso, a conscientização sobre os direitos do consumidor e a qualidade da experiência digital está crescendo. Quem sabe, inspirados pela Califórnia, nossos legisladores não comecem a olhar para essa questão com mais atenção? Afinal, a gente também merece maratonar nossas séries sem sustos desnecessários e sem ter que ficar com o controle remoto na mão, pronto para o ataque de volume.

Por enquanto, o jeito é continuar ajustando o volume manualmente e torcer para que a boa ideia da Califórnia se espalhe como um vírus (do bem!) pelo mundo. A gente segue de olho e, claro, ouvindo (no volume certo!) cada novidade.

Um Futuro Mais Calmo e Menos Barulhento

A iniciativa da Califórnia em combater a propaganda alta streaming é um marco importante. Ela mostra que as preocupações dos consumidores são levadas a sério e que é possível regular a publicidade nas plataformas digitais para melhorar a experiência de todos. Embora a lei seja local por enquanto, ela acende uma luz de esperança para que, em breve, possamos desfrutar de nossos filmes e séries favoritos sem a interrupção abrupta de anúncios estrondosos.

O caminho para uma experiência de streaming mais harmoniosa, com publicidade que respeite o usuário, ainda está sendo trilhado. Mas com passos como esse, estamos mais perto de um futuro onde o único grito que ouviremos será o de um personagem em uma cena de suspense, e não o de um comercial que nos faz pular da cadeira. Fique ligado no Cinepoca para mais novidades sobre o universo do cinema e das séries, e quem sabe, em breve, sobre um streaming mais “calmo” para todos nós!

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Perguntas Frequentes sobre Propaganda Alta no Streaming

O que é a lei SB 576 da Califórnia?

É uma nova lei assinada pelo governador da Califórnia que proíbe os serviços de streaming de aumentar o volume dos anúncios acima do nível de áudio do filme ou série que está sendo assistido. O objetivo é evitar a propaganda alta streaming e melhorar a experiência do usuário.

Essa lei afeta quem mora fora da Califórnia, como no Brasil?

Não, por enquanto a SB 576 é uma medida em nível estadual e só é válida dentro das fronteiras da Califórnia. Consumidores em outros estados dos EUA ou no Brasil ainda estão sujeitos aos anúncios com volume desregulado.

Qual a diferença entre a SB 576 e a Lei CALM?

A Lei CALM (Commercial Advertising Loudness Mitigation Act), de 2010, é uma legislação nacional dos EUA focada em impedir comerciais de TV linear mais altos que a programação. A SB 576, por sua vez, é uma lei estadual (Califórnia) e se aplica especificamente aos serviços de streaming.

A iniciativa da Califórnia pode influenciar outros países, como o Brasil?

Sim, a SB 576 pode servir de inspiração para uma legislação federal nos EUA, que por sua vez poderia abrir precedentes para outros países. Grandes plataformas de streaming, que operam globalmente, podem padronizar suas práticas se a discussão ganhar força, beneficiando consumidores em todo o mundo, incluindo o Brasil.

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Lucas Lobinco
Lucas Lobinco
Sou o Lucas, e minha paixão pelo cinema começou com as aventuras épicas e os clássicos de ficção científica que moldaram minha infância. Para mim, cada filme é uma nova oportunidade de explorar mundos e ideias, uma janela para a criatividade humana. Minha jornada não foi nos bastidores da produção, mas sim na arte de desvendar as camadas de uma boa história e compartilhar essa descoberta. Sou movido pela curiosidade de entender o que torna um filme inesquecível, seja a complexidade de um personagem, a inovação visual ou a mensagem atemporal. No Cinepoca, meu foco é trazer uma perspectiva única, mergulhando fundo nos detalhes que fazem um filme valer a pena, e incentivando você a ver a sétima arte com novos olhos.Tenho um apreço especial por filmes de ação e aventura, com suas narrativas grandiosas e sequências de tirar o fôlego. A comédia de humor negro e os thrillers psicológicos também me atraem, pela forma como subvertem expectativas e exploram o lado mais sombrio da psique humana. Além disso, estou sempre atento às novas vozes e tendências que surgem na indústria, buscando os próximos grandes talentos e as histórias que definirão o futuro do cinema.

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