‘Os Simpsons’: A ‘morte’ de Largo na S37 e a lição da polêmica de Marge

A 37ª temporada de ‘Os Simpsons’ surpreende com a “morte” inusitada do Sr. Largo, confirmando a abordagem irreverente da série para o tema e demonstrando que a produção aprendeu com a polêmica da “morte” temporária de Marge na temporada anterior. Explore como as Os Simpsons mortes são tratadas no universo flexível de Springfield, onde o caos e o humor se entrelaçam com momentos de emoção, mantendo o programa relevante e amado por décadas.

Se você é fã de ‘Os Simpsons’ e adora discutir cada reviravolta (ou a falta delas) na vida dos habitantes de Springfield, prepare-se! A 37ª temporada da série mais icônica da TV trouxe uma “morte” que, de tão inusitada, já virou assunto. A “partida” do Sr. Largo no primeiro episódio da nova temporada não só confirmou a natureza irreverente do programa, mas também mostrou que a equipe aprendeu (e muito!) com a polêmica envolvendo a suposta morte de Marge na temporada anterior. Vamos mergulhar no universo de Springfield para entender como as Os Simpsons mortes são tratadas e por que o caos é a alma desse desenho!

O Universo Sem Regras de Springfield: Por Que a Morte é Só um Detalhe?

O Universo Sem Regras de Springfield: Por Que a Morte é Só um Detalhe?

‘Os Simpsons’ não é uma série comum. Com quase 800 episódios e um filme (‘Os Simpsons: O Filme’) no currículo, ela é a produção roteirizada de maior duração na história da TV americana. Mas, mais do que sua longevidade, o que a torna única é seu universo particular, onde as regras da realidade são, no mínimo, flexíveis. O cânone é um conceito em constante mudança, com idades de personagens que variam misteriosamente e eventos que são convenientemente esquecidos ou reescritos.

Essa fluidez se estende, claro, à forma como a série lida com a vida e, principalmente, com a morte. Para muitos espectadores que não acompanham cada novo episódio, a notícia de uma “morte” importante pode soar como um grande acontecimento. Foi exatamente o que aconteceu no final da 36ª temporada, quando Marge teve uma “morte” temporária, gerando burburinho em grandes veículos de comunicação como E!, The Guardian, Variety e até The New York Times. A repercussão foi gigantesca!

No entanto, para os fãs de longa data, a surpresa foi menor. Quem conhece a essência anárquica de ‘Os Simpsons’ sabe que a série adora subverter expectativas. E foi exatamente isso que aconteceu: a estreia da 37ª temporada desfez imediatamente a “morte” de Marge, provando que, em Springfield, o adeus raramente é definitivo. É um lembrete divertido de que o show não joga pelas mesmas regras que as outras produções dramáticas, e é por isso que o amamos tanto!

A “Morte” de Largo na S37: Uma Piada Que Só ‘Os Simpsons’ Poderia Contar

O primeiro episódio da 37ª temporada, intitulado “Thrifty Ways to Thieve Your Mother”, não apenas trouxe Marge de volta, mas também focou em uma adorável (e engraçada) história entre ela e Lisa. As duas começam a assistir a uma série dos anos 90 que parodia ‘Dawson’s Creek’, e nessa busca por nostalgia, Lisa descobre o guarda-roupa adolescente da mãe. Logo, as roupas vintage de Marge se tornam a última moda na Escola Primária de Springfield, levando Lisa a se juntar a um grupo de “snobs da moda” que, bem, digamos que invadem armários de outras mães.

É nesse contexto divertido e cheio de referências que a série lança uma das piadas mais sombriamente cômicas sobre morte que vimos em um tempo. Lisa e suas novas amigas estão na sala de música da escola, que elas “adquiriram” porque o Sr. Largo, o professor de música, havia falecido. Lisa, chocada, pergunta sobre a notícia, e uma de suas novas colegas responde com a maior naturalidade: “Ele morreu, ou teve que ir para o júri, ou algo bobo assim.”

Essa frase casual e descompromissada é a cereja do bolo da irreverência de ‘Os Simpsons’. Ela solidifica a ideia de que a série não busca drama ou solenidade nas mortes, mas sim o gag, a piada rápida e inusitada. Não espere lágrimas ou luto em Springfield quando a morte é tratada com tamanha leveza. É um jeito hilário de nos lembrar que, para ‘Os Simpsons’, a vida (e a morte) é uma grande comédia, e o que importa é a próxima gargalhada.

As Várias Faces das Os Simpsons Mortes: Uma Linha do Tempo Inesperada

As Várias Faces das Os Simpsons Mortes: Uma Linha do Tempo Inesperada

Ao longo de suas décadas no ar, ‘Os Simpsons’ mudou sua abordagem sobre as mortes de personagens mais vezes do que Homer mudou de emprego. No início, a série levava o tema um pouco mais a sério. Lembra-se do Gengiva Sangrenta Murphy? Sua morte foi um momento genuinamente triste, tratado com respeito e com consequências emocionais para Lisa. A morte de Maude Flanders também foi um evento trágico que teve um impacto duradouro na família Flanders e na comunidade de Springfield.

No entanto, à medida que o tom do programa se tornou mais excêntrico e abertamente surreal, essa seriedade começou a diminuir. A partir da 13ª temporada, ‘Os Simpsons’ começou a matar personagens e trazê-los de volta sem qualquer explicação lógica. Dr. Marvin Monroe, por exemplo, “morreu” e “ressuscitou” várias vezes, virando quase um meme interno da série. Em um exemplo particularmente bizarro, Ralph Wiggum chegou a “explodir” na tela, apenas para aparecer ileso no episódio seguinte. A ideia de mortes permanentes se tornou uma piada recorrente.

Mas a série é mestre em se reinventar. Por volta da 33ª temporada, ‘Os Simpsons’ começou a receber aclamação da crítica por sua escrita aprimorada. Com um foco maior em personagens e menos em gags por minuto, a série revitalizou seu humor, reconquistando tanto fãs antigos quanto novos. Com essa escrita centrada nos personagens, veio um renovado foco na narrativa, o que significava que a morte precisava, mais uma vez, ter algum peso.

Foi assim que, nas temporadas 35 e 36, vimos mortes que foram tratadas como eventos reais e dramáticos. Na 35ª temporada, o episódio “Cremains of the Day” começou com a morte do personagem de fundo Larry the Barlfy, enquanto a 36ª temporada, com “The Yellow Lotus”, centrou-se na misteriosa morte de Nick the Realtor. Essas mortes foram apresentadas como permanentes e impactantes, sem retcons posteriores. Parecia que ‘Os Simpsons’ havia encontrado um novo equilíbrio entre o humor e a seriedade.

Mas, como vimos com a “morte” de Marge e a piada com Largo, a série parece ter mudado sua atitude novamente. Em contraste com essas histórias mais sombrias, a “morte” temporária de Marge na 36ª temporada e a gag do Sr. Largo na 37ª provam que a série não está mais levando a morte tão a sério, pelo menos não o tempo todo. Essa imprevisibilidade mantém os espectadores adivinhando e adiciona uma camada extra de diversão ao show.

Equilibrando Coração e Riso: A Magia por Trás da S37 de ‘Os Simpsons’

Apesar de toda a irreverência e as piadas com a morte, ‘Os Simpsons’ nunca perde seu coração. O episódio de estreia da 37ª temporada, “Thrifty Ways to Thieve Your Mother”, que brincou com a “morte” de Largo, também foi recheado de momentos emocionantes que o fizeram parecer mais doce do que cínico. A luta de Lisa e Marge para se entenderem, e sua eventual reconciliação depois que Lisa quase foi pega roubando a casa de Martin Prince, formou uma linda história de amadurecimento entre mãe e filha. É a prova de que, mesmo em meio ao caos, a série ainda consegue tocar nossos corações.

Enquanto isso, a subtrama de Homer e Bart, que parodiava ‘Reacher’, foi um exemplo clássico da bobagem e do humor físico que tanto amamos em ‘Os Simpsons’. Essa mistura de gags hilárias com momentos genuinamente emocionantes é a fórmula secreta do programa. Ela mostra que a série aprendeu a lição certa com todo o furor em torno da “morte” de Marge no final da 36ª temporada.

A “morte” do Sr. Largo na 37ª temporada comprova que ‘Os Simpsons’ ainda não leva nada muito a sério, mas isso não significa que a série não possa ter apostas emocionais para seus heróis. Pelo contrário, a capacidade de equilibrar o absurdo com a emoção é o que mantém ‘Os Simpsons’ relevante e amado por tantas gerações. A dedicatória ao compositor da série, Alf Clausen, no final do episódio, serve como um belo lembrete de que, por trás de toda a comédia, existe um apreço genuíno pelas pessoas que fazem o show acontecer.

As Mortes em ‘Os Simpsons’: Uma Lição de Vida (e Morte) Irreverente

‘Os Simpsons’ continua sendo um fenômeno cultural, um marco na história da televisão que desafia as convenções de narrativa, especialmente quando se trata de algo tão definitivo quanto a morte. A “morte” do Sr. Largo na 37ª temporada e a subsequente “ressurreição” de Marge na mesma temporada são exemplos perfeitos de como a série usa a imprevisibilidade para manter seu público engajado e sempre com um sorriso no rosto.

As Os Simpsons mortes não são apenas eventos chocantes; elas são ferramentas narrativas que oscilam entre o drama sincero e a piada mais absurda, refletindo a natureza multifacetada do próprio programa. A série nos ensina que, em Springfield, a vida é uma comédia, e a morte, muitas vezes, é apenas mais uma gag. E é exatamente por isso que, depois de décadas, continuamos voltando para mais. Qual será a próxima surpresa que a família amarela nos reserva? Só o tempo (e o caos de Springfield) dirá!

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Perguntas Frequentes sobre Mortes em ‘Os Simpsons’

Como ‘Os Simpsons’ aborda a morte de personagens?

‘Os Simpsons’ trata a morte de forma flexível e muitas vezes cômica, subvertendo expectativas. Embora tenha havido momentos de seriedade no passado, a série frequentemente usa a morte como uma piada rápida ou um evento temporário, especialmente nas temporadas mais recentes.

Quem “morreu” na 37ª temporada de ‘Os Simpsons’?

Na 37ª temporada, o Sr. Largo, professor de música da Escola Primária de Springfield, foi casualmente mencionado como falecido (ou em júri), servindo mais como uma piada do que um evento dramático.

A “morte” de Marge na 36ª temporada foi real?

Não, a “morte” de Marge na 36ª temporada foi temporária e desfeita no início da 37ª temporada, provando a natureza anárquica da série, onde a morte raramente é definitiva.

‘Os Simpsons’ sempre tratou a morte de forma tão leve?

Não, no início da série, mortes como as de Gengiva Sangrenta Murphy e Maude Flanders foram tratadas com mais seriedade e impacto emocional. No entanto, o tom mudou ao longo das décadas, tornando-se mais surreal e cômico em relação ao tema.

Por que ‘Os Simpsons’ lida com a morte de maneira diferente de outras séries?

A longevidade e o universo sem regras de Springfield permitem que a série trate a morte como um elemento narrativo flexível, usado para gags e subversão de expectativas, em vez de drama permanente, o que contribui para seu humor único e duradouro.

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Marina Souza
Marina Souza
Oi! Eu sou a Marina, redatora aqui do Cinepoca. Desde os tempos de criança, quando as tardes eram preenchidas por maratonas de clássicos da Disney em VHS e as noites por filmes de terror que me faziam espiar por entre os dedos, o cinema se tornou um portal para incontáveis realidades. Não importa o gênero, o que sempre me atraiu foi a capacidade de um filme de transportar, provocar e, acima de tudo, contar algo.No Cinepoca, busco compartilhar essa paixão, destrinchando o que há de mais interessante no cinema, seja um blockbuster que domina as bilheterias ou um filme independente que mal chegou aos circuitos.Minhas expertises são vastas, mas tenho um carinho especial por filmes que exploram a complexidade da mente humana, como os suspenses psicológicos que te prendem do início ao fim. Meu objetivo é te levar em uma viagem cinematográfica, apresentando filmes que talvez você nunca tenha visto, mas que definitivamente merecem sua atenção.

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