Produtoras defendem final de ‘And Just Like That’: Entenda o desfecho de Carrie

As produtoras executivas de ‘And Just Like That’, Julie Rottenberg e Elisa Zuritsky, defendem o controverso final da série como uma celebração da independência e do empoderamento feminino. O desfecho de Carrie Bradshaw, que a mostra dançando sozinha e sem um par romântico, é explicado como um símbolo de autoafirmação e plenitude, desafiando a narrativa tradicional e refletindo uma visão mais madura da felicidade feminina.

Se você, assim como a gente aqui do Cinepoca, é fã de carteirinha de ‘Sexo e a Cidade’ e acompanhou a jornada de Carrie Bradshaw em ‘And Just Like That’, provavelmente o And Just Like That final te fez pensar, e talvez até discutir com os amigos. O desfecho da série dividiu opiniões, deixando muita gente com a pulga atrás da orelha. Mas e se a gente te disser que as produtoras executivas, Julie Rottenberg e Elisa Zuritsky, têm uma defesa apaixonada para esse final? Elas veem o desfecho como uma verdadeira celebração da independência e do poder feminino, algo que talvez a gente não tenha parado para analisar a fundo.

O Fim Que Ninguém Esperava (ou Quase Isso)

O final de ‘And Just Like That’ chegou de uma forma que, para muitos, foi bastante discreta e, para alguns, até um pouco “chata”. A cena final mostra Carrie dançando sozinha em seu apartamento ao som de Barry White, sem nenhum homem em sua vida. Além disso, a série optou por manter as personagens principais separadas no Dia de Ação de Graças, com Carrie, Miranda e Charlotte passando a data distantes, o que gerou ainda mais burburinho e descontentamento entre os fãs mais antigos.

Afinal, para quem acompanhou Carrie desde os primeiros episódios de ‘Sexo e a Cidade’, a expectativa por um “felizes para sempre” romântico era quase que uma segunda natureza. A personagem, por anos, foi sinônimo de busca por um grande amor, por um companheiro que a completasse. Ver Carrie terminando a série sem um par romântico, e com as amigas em diferentes cantos do mundo, pode ter parecido, à primeira vista, um anticlímax ou até mesmo uma espécie de “fracasso” em sua jornada pessoal. Essa sensação de “final morno” deixou muitos fãs com um gosto agridoce na boca, questionando se era realmente isso que esperavam para uma personagem tão icônica.

A Visão das Mentes por Trás: Julie Rottenberg e Elisa Zuritsky Defendem o Desfecho

Diante da enxurrada de comentários e da divisão de opiniões, as roteiristas e produtoras executivas Julie Rottenberg e Elisa Zuritsky vieram a público defender o desfecho de ‘And Just Like That’. Para elas, o final escolhido não só faz todo o sentido para a trajetória de Carrie, como também simboliza um momento crucial de autoafirmação e empoderamento feminino. Elas não veem a solidão de Carrie como uma tragédia, mas sim como uma escolha consciente e madura.

Elisa Zuritsky, em entrevista ao TVLine, destacou que, entre todos os possíveis desfechos para as três temporadas, este foi o que mais a tocou e o que soou mais verdadeiro, tanto como fã da série quanto como uma mulher na casa dos cinquenta. Ela ressalta que Carrie finalmente conseguiu “metabolizar” o luto pela perda de Big, seu grande amor, e, mesmo tendo explorado novas relações, percebeu que prefere estar sozinha a estar em uma parceria que não seja ideal. É uma mensagem poderosa sobre autoconhecimento e sobre a importância de se priorizar.

Zuritsky enfatizou que é “gratificante” ver Carrie nesse lugar de plenitude. “Ela se sente realmente completa, totalmente realizada, como uma pessoa feliz vivendo uma vida feliz e grata no mundo que ela mesma criou para si”, disse a produtora. Ela ainda completou que esse tipo de desfecho, em que uma mulher encontra a felicidade e a realização em seu próprio espaço, com suas amizades e escolhas, é algo raro de se ver em filmes e na televisão. Para Zuritsky, é como um “ponto final bonito para uma vida bem vivida”, um selo de aprovação para a jornada de Carrie.

Julie Rottenberg, por sua vez, complementou que o desfecho pareceu a forma mais “honesta” e “limpa” de encerrar a série. Ela aborda o fato de Carrie encarar de frente a possibilidade de não haver outro homem em sua vida e, mais importante, de estar “ok com isso”. Para Rottenberg, a verdadeira força do final reside justamente nessa aceitação. “Acho que a força foi deixá-la em um momento em que ela diz: ‘Talvez não haja, e eu estou bem com isso'”, explicou a produtora.

Ela também reforçou que a situação de Carrie não é, de forma alguma, uma tragédia. Pelo contrário, a personagem tem uma vida “muito boa”, com amigos incríveis e um mundo que ela mesma construiu. Ambas as produtoras concordam que o objetivo era deixar Carrie em um “bom lugar”, um lugar de paz, aceitação e, acima de tudo, autonomia. É uma perspectiva que desafia a narrativa tradicional de que uma mulher só é completa quando encontra um parceiro, abrindo espaço para uma visão mais contemporânea e realista da felicidade feminina.

Carrie Bradshaw: De Busca por um Amor à Celebração da Autonomia

Carrie Bradshaw: De Busca por um Amor à Celebração da Autonomia

A jornada de Carrie Bradshaw, desde os tempos de ‘Sexo e a Cidade’, sempre girou em torno de suas paixões, dilemas amorosos e a busca incessante por “o cara certo”. Big era, para muitos, o grande amor de sua vida, o porto seguro, mesmo com todas as idas e vindas. É natural, portanto, que uma grande parcela dos fãs desejasse um final de conto de fadas para ela, um “felizes para sempre” ao lado de um novo amor, ou talvez até uma reconciliação milagrosa (se Big não tivesse morrido, claro).

No entanto, a vida real nem sempre segue roteiros previsíveis. E ‘And Just Like That’ parece ter se proposto a refletir essa complexidade. A morte de Big foi um divisor de águas na vida de Carrie, forçando-a a confrontar o luto, a solidão e a necessidade de se reinventar. Colocar um novo grande amor em sua vida tão rapidamente, ou de forma forçada, poderia ter soado artificial e desrespeitoso com a intensidade de sua relação com Big. A série optou por um caminho mais corajoso e, para muitos, mais autêntico: o da redescoberta pessoal.

O desfecho de Carrie dançando sozinha, em seu próprio espaço, ao som de uma música que a faz feliz, é um símbolo poderoso. Não é uma dança de tristeza ou solidão forçada, mas sim de liberdade e de contentamento consigo mesma. Ela não está esperando que um príncipe encantado bata à sua porta para preencher um vazio. Pelo contrário, ela está plena, desfrutando da companhia que ela mesma se proporciona e celebrando a vida que construiu com suas próprias mãos, suas amizades e sua carreira.

Essa evolução de Carrie de uma mulher que, por vezes, definia sua felicidade pela presença de um homem, para uma que encontra a plenitude em sua própria autonomia, é um reflexo do amadurecimento não só da personagem, mas também da própria sociedade. A mensagem é clara: a felicidade não precisa vir de fora, de um relacionamento romântico. Ela pode ser construída de dentro para fora, através da aceitação, do autoconhecimento e da valorização das outras formas de amor, como a amizade e o amor-próprio.

Por Que Este Final Faz Sentido para a Carrie de Hoje

A vida, como ‘And Just Like That’ nos mostra, continua, mesmo diante das maiores perdas. Pessoas partem, mas o mundo não para de girar. A capacidade de Carrie de abraçar essa realidade, de aceitar que sua vida segue em frente mesmo sem Big, e de celebrar a nova direção que ela está tomando, é algo verdadeiramente inspirador. É um final que, embora tenha desagradado alguns que esperavam um desfecho mais tradicional, oferece uma perspectiva otimista e empoderadora sobre o envelhecimento e a redefinição da felicidade feminina.

Imagine a pressão de ter que encontrar um novo “grande amor” para Carrie. Qualquer escolha, por mais bem intencionada que fosse, estaria fadada a comparações com Big, e provavelmente desapontaria uma parte considerável dos fãs. Ao optar por um final onde Carrie está bem consigo mesma, as produtoras não apenas evitaram essa armadilha, mas também entregaram uma mensagem universal sobre resiliência e autossuficiência. É um final que diz: “Sim, a vida é cheia de altos e baixos, de perdas e recomeços, mas você tem a força para seguir em frente e encontrar a alegria em sua própria jornada.”

O final de ‘And Just Like That’ pode não ter sido o que todos esperavam, mas ele funciona em vários níveis. Ele é um lembrete de que a vida não é uma linha reta em direção a um “felizes para sempre” romântico, mas sim uma jornada cheia de curvas, aprendizados e, acima de tudo, a descoberta de que a maior história de amor pode ser aquela que temos com nós mesmos. É um convite para refletir sobre o que realmente significa ser feliz e realizado, independentemente das expectativas externas ou dos roteiros pré-determinados.

No fim das contas, o And Just Like That final é um adeus que celebra a Carrie Bradshaw que se tornou uma mulher completa, em paz com suas escolhas e com a certeza de que a felicidade pode ser encontrada na dança solitária ao som de Barry White, no conforto do próprio lar, e na força inabalável de suas amizades. É um desfecho que, apesar de controverso, se propõe a ser um espelho de uma realidade mais madura e autêntica da vida feminina.

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Perguntas Frequentes sobre o Final de ‘And Just Like That’

Por que o final de ‘And Just Like That’ gerou controvérsia entre os fãs?

O desfecho da série dividiu opiniões porque Carrie Bradshaw termina sem um par romântico e com as amigas separadas no Dia de Ação de Graças, o que foi considerado por muitos um anticlímax ou “final morno” após anos de busca por um grande amor.

Quem são as produtoras executivas que defenderam o desfecho da série?

As roteiristas e produtoras executivas Julie Rottenberg e Elisa Zuritsky vieram a público para defender o final de ‘And Just Like That’.

Qual a principal defesa das produtoras para o final de Carrie Bradshaw?

Para elas, o final simboliza um momento crucial de autoafirmação e empoderamento feminino, mostrando Carrie em um lugar de plenitude e aceitação, onde ela encontra a felicidade e a realização em seu próprio espaço, sem a necessidade de um parceiro romântico.

Como o final de Carrie reflete o amadurecimento da personagem?

A evolução de Carrie, de uma mulher que por vezes definia sua felicidade pela presença de um homem para uma que encontra a plenitude em sua autonomia, reflete seu amadurecimento e uma visão mais contemporânea da felicidade, construída de dentro para fora.

O que a cena final de Carrie dançando sozinha representa?

A cena é um símbolo poderoso de liberdade e contentamento consigo mesma. Ela não representa tristeza ou solidão forçada, mas sim uma celebração da vida que Carrie construiu com suas próprias mãos, suas amizades e sua carreira, plena em sua autonomia.

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Lucas Lobinco
Lucas Lobinco
Sou o Lucas, e minha paixão pelo cinema começou com as aventuras épicas e os clássicos de ficção científica que moldaram minha infância. Para mim, cada filme é uma nova oportunidade de explorar mundos e ideias, uma janela para a criatividade humana. Minha jornada não foi nos bastidores da produção, mas sim na arte de desvendar as camadas de uma boa história e compartilhar essa descoberta. Sou movido pela curiosidade de entender o que torna um filme inesquecível, seja a complexidade de um personagem, a inovação visual ou a mensagem atemporal. No Cinepoca, meu foco é trazer uma perspectiva única, mergulhando fundo nos detalhes que fazem um filme valer a pena, e incentivando você a ver a sétima arte com novos olhos.Tenho um apreço especial por filmes de ação e aventura, com suas narrativas grandiosas e sequências de tirar o fôlego. A comédia de humor negro e os thrillers psicológicos também me atraem, pela forma como subvertem expectativas e exploram o lado mais sombrio da psique humana. Além disso, estou sempre atento às novas vozes e tendências que surgem na indústria, buscando os próximos grandes talentos e as histórias que definirão o futuro do cinema.

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