10 Episódios de ‘Better Call Saul’: As Obras-Primas Que Definiram a Série

Explore a jornada transformadora de Jimmy McGill em ‘Better Call Saul’, o aclamado spin-off de ‘Breaking Bad’ que conquistou críticos e fãs. Este artigo destaca os 10 episódios que melhor definem a complexidade, profundidade e genialidade da série, revelando por que ela se tornou um marco na televisão contemporânea.

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Se você é fã de dramas que te prendem do início ao fim, prepare-se para mergulhar no universo de Better Call Saul. Essa série, que começou como um spin-off de ‘Breaking Bad: A Química do Mal’, não só conseguiu se destacar, mas para muitos, superou a original em complexidade e profundidade. A jornada de Jimmy McGill até se tornar o icônico Saul Goodman é recheada de momentos que nos deixam sem fôlego, com reviravoltas que marcam a história da televisão. Por isso, separamos os 10 episódios que, na nossa humilde opinião, são verdadeiras obras-primas e definem o que faz de ‘Better Call Saul’ um fenômeno.

A Magia por Trás de ‘Better Call Saul’: Mais que um Spin-off

Quando ‘Better Call Saul’ foi anunciada, a expectativa era enorme, mas também havia um certo ceticismo. Afinal, como superar a grandiosidade de ‘Breaking Bad: A Química do Mal’? Vince Gilligan e Peter Gould, os gênios por trás da série, não apenas aceitaram o desafio como o abraçaram com maestria. Eles transformaram um personagem que era puramente cômico em um anti-herói tridimensional, tão complexo e cativante quanto Walter White. A série ‘Better Call Saul’ conseguiu construir uma narrativa própria, rica em detalhes, personagens memoráveis e dilemas morais que nos fazem questionar tudo.

A escrita é afiada, as atuações são impecáveis – com destaque para Bob Odenkirk e Rhea Seehorn – e a direção é cinematográfica. Cada episódio de ‘Better Call Saul’ é uma aula de como contar uma história, mesclando humor, drama, suspense e até momentos de puro terror. É essa combinação que faz com que ‘Better Call Saul’ não seja apenas uma série sobre um advogado, mas um estudo profundo sobre escolhas, consequências e a natureza humana.

10. Wexler v. Goodman

Na quinta temporada, o sexto episódio, ‘Wexler v. Goodman’, nos joga de cabeça na dinâmica complexa entre Jimmy e Kim. A gente vê a dupla prestes a aplicar um golpe genial contra a Mesa Verde, mas Kim, com seu senso de moralidade ainda intacto, hesita e decide cancelar tudo. O que Jimmy faz em seguida é puro Jimmy: ele ignora o pedido dela e executa o plano mesmo assim. A cena em que ele apresenta suas propagandas litigiosas à Mesa Verde é um show de comédia constrangedora, com Bob Odenkirk entregando uma atuação perfeita, cheia de sorrisos maliciosos.

Este episódio de ‘Better Call Saul’ não brilha só pela inteligência do golpe, mas pela honestidade brutal que se segue. A reação de Kim ao descobrir o que Jimmy fez é visceral e leva a uma conversa crua e emocionante entre os dois. É um momento chave que mostra o abismo crescente entre eles, mas também a atração magnética que os une, mesmo diante de escolhas moralmente questionáveis.

9. Bad Choice Road

Em ‘Bad Choice Road’, o nono episódio da quinta temporada, ‘Better Call Saul’ nos lembra que nem sempre a ação mais intensa é a que mais impacta. Este capítulo lida com as consequências devastadoras de uma sequência de ação explosiva. Jimmy está de volta do deserto, traumatizado pela experiência de transportar o dinheiro da fiança de Lalo. O estresse pós-traumático é palpável, e a série nos permite sentir cada grama da angústia dele.

O que eleva ‘Bad Choice Road’ de um ótimo episódio para uma obra-prima é a vulnerabilidade de Jimmy e a resposta de Mike. Quando Jimmy finalmente se abre sobre seu trauma, Mike entrega um monólogo emocionante sobre como o tempo cura as feridas, ecoando as palavras da nora em uma sessão de terapia. É um momento de conexão humana rara e profunda em ‘Better Call Saul’, que revela a complexidade emocional de Mike e a fragilidade de Jimmy, mostrando que mesmo os mais durões carregam suas cicatrizes.

8. Fun and Games

Desde o início de ‘Better Call Saul’, a grande pergunta na mente dos fãs era: o que aconteceria com Kim Wexler? Como ela não aparece na vida de Saul Goodman em ‘Breaking Bad: A Química do Mal’, o pior era esperado. Mas o destino dela em ‘Fun and Games’, o nono episódio da sexta temporada, foi ainda mais dilacerante. Após o assassinato chocante de Howard, Kim toma uma decisão que muda tudo: ela deixa Jimmy.

A cena final entre eles é de partir o coração. Jimmy implora para Kim ficar, mas a decisão dela é firme e irrevogável. É esse adeus que serve como o empurrão final para Jimmy abraçar de vez a persona de Saul Goodman, completando sua transformação. Além disso, o episódio oferece um momento final e triste para Gus Fring, que percebe que nunca poderá encontrar o amor, vivendo com o medo de que seus entes queridos acabem como Max. ‘Fun and Games’ é um soco no estômago, um divisor de águas na trama de ‘Better Call Saul’.

7. Waterworks

Rhea Seehorn entregou uma atuação de tirar o fôlego como Kim Wexler ao longo de ‘Better Call Saul’, e essa performance atingiu seu ápice em ‘Waterworks’, o penúltimo episódio da série na sexta temporada. Neste capítulo, vemos a brilhante advogada vivendo uma existência miserável, exilada em um relacionamento infeliz e um trabalho tedioso em outra parte do país. A culpa pelo que aconteceu com Howard a consome por dentro, transformando sua vida em uma rotina dolorosamente mundana.

Quando a dor se torna insuportável, Kim retorna a Albuquerque para confessar a verdade à viúva de Howard, buscando oferecer-lhe algum tipo de paz. É no ônibus de volta para o aeroporto que ela finalmente desmorona em lágrimas, em uma cena devastadora. Este momento é a culminação de todo o arco emocional de Kim em ‘Better Call Saul’, e Rhea Seehorn o torna incrivelmente real e palpável. É um testemunho do poder da série em explorar as profundezas da psique humana e as consequências duradouras das escolhas.

6. Five-O

A primeira obra-prima de ‘Better Call Saul’ chegou na metade da primeira temporada. ‘Five-O’, o sexto episódio, quebra a fórmula estabelecida da série para nos dar um mergulho profundo na origem de Mike Ehrmantraut. Descobrimos que seu filho, Matt, foi assassinado por policiais corruptos na Filadélfia, e que Mike orquestrou um esquema elaborado e brutal para se vingar. É uma visão fascinante do lado emocional de um personagem geralmente estoico e reservado.

Jonathan Banks entrega uma atuação inacreditável neste episódio de ‘Better Call Saul’, seja quando Mike finge estar bêbado para atrair suas presas, seja quando ele se abre, em lágrimas, sobre sua culpa em relação à morte de Matt. ‘Five-O’ não só nos ajuda a entender melhor Mike, mas também estabelece o tom sombrio e complexo que a série viria a explorar ainda mais. É um episódio que solidifica ‘Better Call Saul’ como uma série que não tem medo de explorar as sombras de seus personagens.

5. Winner

No final da quarta temporada, ‘Winner’, o décimo episódio, nos mostra Jimmy em seu auge de manipulação. Com a audiência de reintegração da sua licença de advogado se aproximando, ele faz de tudo para convencer o painel de que está sinceramente em luto pela perda de Chuck. Kim, inicialmente comovida pela sinceridade de Jimmy, fica perturbada ao descobrir que tudo não passou de uma farsa. É um momento que reforça a natureza dual de Jimmy e a crescente preocupação de Kim com suas táticas.

A cena de abertura de ‘Winner’ é uma das melhores de ‘Better Call Saul’. É um flashback emocionante de Jimmy e Chuck cantando um dueto do ABBA em um karaokê, mostrando que a relação deles nem sempre foi tóxica. O episódio termina com Jimmy pedindo um formulário para praticar sob o nome “Saul Goodman”, marcando o início oficial de sua descida. Este capítulo é um lembrete agridoce do que foi perdido e do que está por vir na jornada de ‘Better Call Saul’.

4. Bagman

O oitavo episódio da quinta temporada, ‘Bagman’, é um capítulo autônomo que parece uma versão de ‘Onde os Fracos Não Têm Vez’ no universo de ‘Better Call Saul’. A premissa é simples: Jimmy vai até o deserto para pegar o dinheiro da fiança de Lalo e volta para Albuquerque. Mas no caminho de volta, ele é emboscado. O que se segue é uma hora de televisão eletrizante, cheia de ação, suspense e uma dose saudável de tensão.

‘Bagman’ não é apenas um dos episódios mais cheios de ação de ‘Better Call Saul’, mas também joga um holofote na relação entre Jimmy e Mike. Mike resgata Jimmy da emboscada, e os dois precisam atravessar o deserto escaldante juntos, enquanto são caçados por um assassino do cartel. A química entre Bob Odenkirk e Jonathan Banks é fenomenal, e a forma como eles dependem um do outro neste cenário hostil é um testemunho da profundidade de seus personagens e da complexidade de ‘Better Call Saul’.

3. Saul Gone

É quase impossível criar um final de série satisfatório, especialmente quando a série é tão aclamada quanto ‘Better Call Saul’ e o episódio final precisa funcionar como o desfecho de uma franquia inteira. Mas ‘Saul Gone’, o décimo terceiro e último episódio da sexta temporada, é um dos melhores finais da história da TV. É uma conclusão agridoce para a história de Jimmy, que é pego, consegue negociar uma pena leve, mas então faz a coisa certa e permite que o juiz lhe dê uma sentença muito mais dura e justa.

Ao chegar à prisão, este advogado “criminal” é recebido como um herói, mostrando que, no fundo, ele nunca perdeu seu toque com os desfavorecidos. E, para a alegria dos fãs, ele até se reconcilia com Kim. ‘Saul Gone’ é um episódio que amarra todas as pontas soltas de ‘Better Call Saul’ e ‘Breaking Bad: A Química do Mal’, dando a Jimmy McGill o encerramento que ele merecia, com um toque de esperança e redenção. É um final que ressoa e fica na memória por muito tempo.

2. Plan and Execution

A primeira metade da temporada final de ‘Better Call Saul’ é uma aventura hilária, quase como um filme de golpe no estilo ‘Golpe de Mestre’, com Jimmy e Kim orquestrando a queda de Howard. Mas no final da mid-season, ‘Plan and Execution’, o sétimo episódio da sexta temporada, essa trama atinge um fim muito mais sombrio e violento. O plano de Jimmy e Kim segue sem grandes problemas, e eles celebram em casa, achando que tudo deu certo.

Então, como esperado, Howard aparece para confrontá-los. Mas o que ninguém esperava é que Lalo – que Jimmy tinha certeza que estava morto – também aparece. Enquanto Howard tenta se retirar, Lalo o mata com um tiro na cabeça. A atuação poderosa e a direção intensa se unem para tornar o assassinato de Howard um dos momentos mais chocantes da história da TV. ‘Plan and Execution’ é um episódio de ‘Better Call Saul’ que muda o jogo, elevando as apostas e mergulhando a série em um território ainda mais perigoso e imprevisível.

1. Chicanery

O quinto episódio da terceira temporada, ‘Chicanery’, é o capítulo que transformou ‘Better Call Saul’ de uma ótima série em uma das maiores de todos os tempos. Ele leva a rivalidade entre Jimmy e Chuck ao seu ponto culminante, quando eles se enfrentam no tribunal. Chuck havia gravado secretamente Jimmy confessando a sabotagem intencional de seus documentos da Mesa Verde, o que levou à prisão de Jimmy. O palco estava montado para um confronto épico.

Em ‘Chicanery’, Jimmy se vinga ao orquestrar um cenário que expõe a condição de Chuck como psicossomática. O colapso de Chuck que se segue é uma aula de atuação do grande Michael McKean. O maior episódio de ‘Better Call Saul’ constrói magistralmente para aquele monólogo climático, e McKean entrega uma performance que é simplesmente inesquecível. É um momento de pura genialidade, que demonstra a profundidade dos personagens e a capacidade da série de nos deixar completamente imersos em seu drama.

O Legado Inesquecível de ‘Better Call Saul’

Assistir a ‘Better Call Saul’ é uma experiência única, e esses 10 episódios que destacamos são apenas a ponta do iceberg de uma série repleta de momentos brilhantes. A genialidade de Vince Gilligan e Peter Gould em expandir o universo de ‘Breaking Bad: A Química do Mal’ e criar uma história que se sustenta por si só é algo raro na televisão. A jornada de Jimmy McGill para Saul Goodman é um estudo de personagem fascinante, cheio de nuances, escolhas difíceis e consequências que se desenrolam de forma devastadora.

Seja pela atuação impecável de Bob Odenkirk e Rhea Seehorn, pela direção cinematográfica ou pelo roteiro afiado que nos prende do primeiro ao último minuto, ‘Better Call Saul’ se consolidou como um marco. Cada um desses episódios, e a série como um todo, nos lembra do poder da narrativa bem construída e da capacidade de personagens complexos nos fazerem refletir sobre a vida, a moralidade e o que significa ser humano. Se você ainda não mergulhou nesse universo, todas as seis temporadas de ‘Better Call Saul’ estão disponíveis na Netflix, esperando para te surpreender!

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