Temporada 17 de ‘It’s Always Sunny’: O episódio que quase me fez chorar

A 17ª temporada de ‘It’s Always Sunny in Philadelphia’ surpreende ao entregar um raro momento de emoção genuína, quebrando a expectativa de sua comédia ácida e politicamente incorreta. Descubra como a série mais longeva do gênero consegue tocar o coração dos fãs, mesmo com sua gangue de personagens egoístas, e por que seu humor único continua a conquistar audiências após duas décadas.

Prepare-se para uma confissão: eu, um fã de carteirinha de comédias ácidas, que adora um humor politicamente incorreto, quase derramei uma lágrima assistindo à 17ª temporada de ‘It’s Always Sunny in Philadelphia’. Sim, você leu certo! A série conhecida por nos apresentar a alguns dos personagens mais egoístas e moralmente questionáveis da TV conseguiu me pegar de surpresa com um momento de pura emoção. Vem comigo que eu te conto como isso aconteceu e por que essa sitcom quebra todas as regras, e ainda assim, nos conquista.

O Fenômeno Inesperado de ‘It’s Always Sunny’: 17 Temporadas e Contando!

O Fenômeno Inesperado de 'It's Always Sunny': 17 Temporadas e Contando!

Duas décadas! É isso mesmo, ‘It’s Always Sunny in Philadelphia’ está no ar há vinte anos, e a longevidade dessa série é um fenômeno por si só. Ela nos apresenta à Gangue do Paddy’s Pub – Dennis, Dee, Mac, Charlie e, claro, o icônico Frank Reynolds – um grupo de “amigos” que são, para ser gentil, pessoas horríveis. Eles são egoístas, manipuladores, sem noção e, muitas vezes, francamente cruéis uns com os outros e com qualquer um que cruze seu caminho.

O que torna ‘It’s Always Sunny’ tão viciante é a forma como o elenco, incrivelmente talentoso, consegue dar uma humanidade estranha a esses personagens terríveis. Você os odeia, mas ao mesmo tempo não consegue parar de assistir. É raro, no entanto, que a série nos leve a sentir simpatia genuína por eles. A 17ª temporada estreou com tudo, incluindo um episódio que fez a gente repensar tudo o que sabia sobre a Gangue.

‘Frank Is in a Coma’: O Episódio Que Quase Me Fez Chorar (Juro!)

O segundo episódio da 17ª temporada, intitulado ‘Frank Is in a Coma’, foi o responsável por essa reviravolta emocional inesperada. A premissa é simples, mas eficaz: Frank cai em coma, e a Gangue precisa se preparar para a possibilidade de sua morte. E como eles reagem? Da maneira mais ‘It’s Always Sunny’ possível, claro!

A maior parte do episódio é pura comédia, com a Dee, por exemplo, já fazendo planos para a herança do pai. As piadas são afiadas, o ritmo é impecável, e você ri sem parar do desespero e da falta de empatia dos personagens. Mas, de repente, a série joga um balde de água fria na gente, flertando com a ideia de que Frank poderia realmente nos deixar. E é aí que a magia acontece.

Mesmo sabendo pelos trailers que Frank não morreria, houve um momento específico que me pegou de jeito. A reação de Kaitlin Olson como Dee, com lágrimas nos olhos, especialmente depois de encontrar um antigo desenho, foi poderosa. Foi um vislumbre raro de vulnerabilidade em uma personagem que geralmente é pura acidez. Se fosse qualquer outra série, eu teria acreditado totalmente na emoção da cena. Mas era ‘It’s Always Sunny’, e isso a tornou ainda mais impactante.

Talvez seja a nostalgia de tantos anos acompanhando essa série, ou o carinho que desenvolvi por esse elenco que se tornou uma verdadeira família na tela. A ideia de ‘It’s Always Sunny’ perder um de seus membros da Gangue é perturbadora. E Frank, com a genialidade de Danny DeVito, sem dúvida ajudou a moldar o que a série se tornou. Ele é o caos personificado, mas é o nosso caos, e a sua ausência seria um buraco imenso.

Por Que ‘It’s Always Sunny’ Consegue Tocar o Coração (Mesmo Sem Querer)?

Por Que 'It's Always Sunny' Consegue Tocar o Coração (Mesmo Sem Querer)?

Eu sempre ligo ‘It’s Always Sunny’ quando quero dar umas risadas bizarras e fugir do óbvio. Mas, por trás de toda a loucura e das piadas pesadas, a série tem seus raros e doces momentos sentimentais. Ao contrário de sitcoms mais tradicionais, como ‘Friends’ ou ‘Como Eu Conheci Sua Mãe’, que constroem narrativas emocionais com romances e desenvolvimentos de personagens explícitos, ‘It’s Always Sunny’ subverte essa noção de propósito.

A série não te empurra ideias goela abaixo. Pelo contrário, ela deixa as ideias pairarem no ar, e então, de vez em quando, nos atinge com um momento comovente e inesperado. É como levar um soco no estômago, mas de um jeito bom, que te faz pensar.

Quer exemplos? O momento em que Mac se assume gay na 12ª temporada, por exemplo. Embora a cena seja rapidamente seguida por piadas, há um vislumbre especial de sentimentalismo profundo. Outro momento claramente emocionante é no final de ‘Dee Gives Birth’, que celebra o bebê da vida real de Kaitlin Olson e Rob McElhenney, os atores que interpretam Dee e Mac.

Piadas e insultos nunca estão longe em ‘It’s Always Sunny in Philadelphia’. Mas, não se engane, essa série é escrita com uma maturidade e inteligência emocional que poucas comédias conseguem alcançar. Ela nos lembra que, mesmo nos personagens mais desprezíveis, há camadas, e que a humanidade, por mais distorcida que seja, sempre encontra um jeito de se manifestar.

A Humanidade Por Trás da Crueldade: O Segredo do Sucesso de ‘It’s Always Sunny’

O grande trunfo de ‘It’s Always Sunny’ é conseguir que nos importemos com pessoas que, em qualquer outro contexto, seriam detestáveis. Como eles fazem isso? É uma combinação de roteiro brilhante e atuações impecáveis. Os roteiristas não tentam redimir a Gangue; eles apenas exploram suas falhas de forma tão exagerada e consistente que se tornam quase caricaturas da natureza humana.

Essa abordagem permite que a série aborde temas complexos de uma forma única. Eles tocam em questões sociais, políticas e de comportamento humano, mas sempre através da lente distorcida e egoísta dos personagens. É um espelho engraçado e assustador de certas facetas da sociedade, e a forma como a Gangue reage a essas questões é o que gera o humor e, ocasionalmente, a surpresa emocional.

A química entre o elenco é inegável. Eles se conhecem tão bem, dentro e fora das telas, que a interação parece fluir naturalmente, mesmo nas situações mais absurdas. Essa autenticidade, por mais bizarra que seja, é o que nos conecta a eles. Sentimos que estamos espiando um grupo de amigos disfuncionais, e por isso, quando um momento de carinho ou vulnerabilidade surge, ele atinge com força máxima.

Em um mundo onde muitas comédias buscam ser “boazinhas”, ‘It’s Always Sunny’ ousa ser o oposto. E é justamente nessa ousadia que reside seu charme e sua capacidade de nos surpreender, seja com uma risada incontrolável ou, como no meu caso, com uma lágrima inesperada.

O Futuro de ‘It’s Always Sunny’: O Que Esperar?

Com a 17ª temporada recém-lançada e seis novos episódios a caminho, os fãs de ‘It’s Always Sunny’ têm muito o que comemorar. A série já está renovada para ainda mais temporadas, o que significa que teremos mais anos de caos, egoísmo e, quem sabe, mais alguns momentos que nos farão questionar se essa gangue de desajustados tem um coração afinal.

O sucesso contínuo de ‘It’s Always Sunny’ é a prova de que há espaço para comédias que não têm medo de ir longe, de explorar o lado mais sombrio da natureza humana com inteligência e um humor afiado. Se você ainda não mergulhou no universo do Paddy’s Pub, essa é a sua chance de descobrir por que essa série é tão cultuada e por que ela consegue nos fazer rir e, ocasionalmente, nos emocionar de maneiras que você jamais esperaria.

Então, prepare a pipoca, chame seus amigos (ou não, se eles forem como a Gangue) e se jogue nas temporadas de ‘It’s Always Sunny in Philadelphia’. Você pode se surpreender com o que vai sentir!

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Perguntas Frequentes sobre ‘It’s Always Sunny in Philadelphia’

Qual é a premissa de ‘It’s Always Sunny in Philadelphia’?

‘It’s Always Sunny in Philadelphia’ acompanha a Gangue do Paddy’s Pub – Dennis, Dee, Mac, Charlie e Frank Reynolds – um grupo de “amigos” egoístas, manipuladores e moralmente questionáveis que vivem situações absurdas e hilárias na Filadélfia.

Por que o episódio ‘Frank Is in a Coma’ da 17ª temporada é considerado emocionante?

Embora majoritariamente cômico, o episódio “Frank Is in a Coma” surpreende com um momento de vulnerabilidade rara da personagem Dee, que reage à possibilidade da morte de Frank. Esse vislumbre de emoção genuína, vindo de personagens tão insensíveis, impacta profundamente o público.

‘It’s Always Sunny’ possui outros momentos de vulnerabilidade ou emoção?

Sim, a série tem raros, mas impactantes, momentos sentimentais. Exemplos incluem a cena em que Mac se assume gay na 12ª temporada e o final do episódio ‘Dee Gives Birth’, que celebra o bebê da vida real dos atores Kaitlin Olson e Rob McElhenney.

Qual o segredo do sucesso e longevidade de ‘It’s Always Sunny’?

O sucesso da série reside na combinação de roteiros brilhantes e atuações impecáveis que exploram as falhas humanas de forma exagerada e consistente. Sua ousadia em ser politicamente incorreta, a química do elenco e a capacidade de abordar temas complexos através de lentes distorcidas contribuem para sua cultuação e longevidade.

A série ‘It’s Always Sunny in Philadelphia’ terá mais temporadas?

Sim, ‘It’s Always Sunny in Philadelphia’ já está renovada para futuras temporadas além da 17ª, garantindo mais anos de caos e humor único para os fãs.

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Marina Souza
Marina Souza
Oi! Eu sou a Marina, redatora aqui do Cinepoca. Desde os tempos de criança, quando as tardes eram preenchidas por maratonas de clássicos da Disney em VHS e as noites por filmes de terror que me faziam espiar por entre os dedos, o cinema se tornou um portal para incontáveis realidades. Não importa o gênero, o que sempre me atraiu foi a capacidade de um filme de transportar, provocar e, acima de tudo, contar algo.No Cinepoca, busco compartilhar essa paixão, destrinchando o que há de mais interessante no cinema, seja um blockbuster que domina as bilheterias ou um filme independente que mal chegou aos circuitos.Minhas expertises são vastas, mas tenho um carinho especial por filmes que exploram a complexidade da mente humana, como os suspenses psicológicos que te prendem do início ao fim. Meu objetivo é te levar em uma viagem cinematográfica, apresentando filmes que talvez você nunca tenha visto, mas que definitivamente merecem sua atenção.

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