Os 6 K-dramas mais polêmicos: um foi banido na Coreia do Sul!

Explore os K-dramas que geraram grande polêmica na Coreia do Sul, desde críticas por imprecisões históricas e culturais até temas sociais sensíveis e, em um caso extremo, o banimento completo. Descubra como produções populares como ‘Mr. Queen’, ‘Snowdrop’ e ‘Joseon Exorcist’ desafiaram as sensibilidades do público e da crítica.

Se você é fã de séries coreanas, prepare-se para uma viagem eletrizante pelo universo dos K-dramas polêmicos! Aqui no Cinepoca, a gente sabe que nem tudo é flores no mundo da ficção, e algumas produções, por mais amadas que sejam, acabam gerando um burburinho danado. Já imaginou um dorama ser tão controverso a ponto de perder patrocínio ou, pasmem, ser completamente banido na Coreia do Sul? Pois é, isso acontece! E a gente mergulhou fundo para te contar quais foram os títulos que causaram essa verdadeira tempestade, chocando o público e a crítica.

Por Que Alguns K-dramas Geram Tanta Polêmica?

Por Que Alguns K-dramas Geram Tanta Polêmica?

K-dramas são conhecidos mundialmente por suas histórias cativantes, produção impecável e, muitas vezes, por abordarem temas importantes com uma sensibilidade única. Mas, como em qualquer forma de arte, nem sempre as coisas saem como o esperado. Na Coreia do Sul, a sensibilidade cultural e histórica é altíssima, e certos assuntos podem facilmente se tornar um campo minado para roteiristas e diretores. Coisas que talvez passassem batidas em outros países, como violência, conteúdo sexual explícito ou críticas diretas ao governo, podem causar um rebuliço gigantesco por lá.

A linha entre a liberdade criativa e o respeito a valores sociais ou fatos históricos é tênue. Quando um K-drama esbarra em imprecisões históricas, estereótipos ou aborda temas considerados tabus de forma inadequada, a reação do público pode ser imediata e intensa. É uma prova de como a cultura e a memória coletiva são importantes para os sul-coreanos, e como eles esperam que suas produções reflitam isso com cuidado e responsabilidade.

‘Mr. Queen’: Entre o Humor e a História Incomodada

Lançado em 2022, ‘Mr. Queen’ conquistou muitos corações com sua premissa hilária: um chef moderno tem sua alma transportada para o corpo de uma rainha na era Joseon. A mistura de comédia, romance e viagem no tempo parecia perfeita. No entanto, mesmo antes de sua estreia, o K-drama já estava sob os holofotes da polêmica. O autor do romance original, Xian Chen, havia feito comentários negativos sobre a Coreia do Sul, o que já acendeu um alerta.

Quando os primeiros episódios foram ao ar, a controvérsia explodiu. ‘Mr. Queen’ foi duramente criticado por imprecisões históricas e por, supostamente, ridicularizar a história e a cultura coreanas. Uma cena em particular gerou muita revolta: os “Veritable Records of the Joseon Dynasty”, documentos históricos de extrema importância, foram chamados de “tabloides”. Além disso, jogos de bebida foram mostrados durante um ritual ancestral real, considerado sagrado. O público não perdoou, e a Comissão de Padrões de Comunicação da Coreia recebeu mais de 4.000 reclamações. Os produtores tiveram que se desculpar e editar as cenas problemáticas para as retransmissões. Um verdadeiro teste de fogo para um K-drama tão divertido!

‘Backstreet Rookies’: Quando a Adaptação Gera Polêmica

Em 2020, ‘Backstreet Rookies’ chegou com a promessa de uma comédia romântica leve, baseada no popular webtoon “She’s Too Much for Me”. A história de um gerente de loja de conveniência e uma jovem que começa a trabalhar para ele parecia inofensiva. Contudo, a controvérsia já estava no ar antes mesmo da estreia, pois o webtoon original era conhecido por seu conteúdo sexualmente explícito.

O K-drama foi alvo de críticas pesadas pela forma como retratava as mulheres e pelas cenas de conotação sexual e nudez. O número de reclamações civis foi impressionante: mais de 6.384, o maior daquele ano! A Comissão de Padrões de Comunicação da Coreia interveio, questionando a equipe de produção sobre suas escolhas. A crítica principal foi sobre a classificação indicativa do drama, que era de 15+, enquanto o webtoon original tinha uma classificação de 19+. Muitos espectadores se revoltaram com a sexualização de personagens que pareciam menores de idade. Para contornar a situação, as cenas mais questionadas foram removidas das reprises e dos serviços de VOD. ‘Backstreet Rookies’ mostrou que a adaptação de um material original precisa de um cuidado redobrado, especialmente quando se trata de temas sensíveis.

‘Snowdrop’: A História Que Trivializou a História

‘Snowdrop’, lançado em 2021 e sendo o primeiro K-drama da Disney+, parecia ter todos os ingredientes para o sucesso: um romance proibido, um elenco estrelado (com Jisoo do Blackpink!), e um cenário histórico interessante. A trama se passava em 1987 e acompanhava um soldado norte-coreano que se apaixona por uma estudante sul-coreana. Mas a escolha do ano de 1987 não foi aleatória e acabou sendo o calcanhar de Aquiles da produção.

1987 foi um período crucial na Coreia do Sul, marcando a transição de uma ditadura para a democracia, com muitos protestos estudantis e sacrifícios. A relação entre Coreia do Sul e Coreia do Norte também é um tema extremamente delicado. Para muitos, ‘Snowdrop’ distorceu fatos históricos e trivializou um momento monumental, misturando a luta democrática com a trama de espionagem. Patrocinadores como Teazen e Puradak Chicken rapidamente retiraram seu apoio, alegando não saber da premissa política do K-drama. Mais de 325.000 pessoas assinaram uma petição para que a série fosse cancelada. Apesar de uma ação judicial contra a emissora JTBC ter sido arquivada, a reputação de ‘Snowdrop’ ficou marcada, e apenas sete episódios foram ao ar na emissora original. Um exemplo claro de como a ficção pode colidir com a sensibilidade histórica e gerar um dos mais comentados K-dramas polêmicos.

‘The King: Eternal Monarch’: Detalhes Que Fazem Toda a Diferença

‘The King: Eternal Monarch’, estrelado por Lee Min-ho em 2020, foi um fenômeno internacional, mas na Coreia do Sul, a recepção foi bem diferente. O K-drama de fantasia, que explorava dois universos paralelos (a República da Coreia e o Reino da Coreia), tinha visuais deslumbrantes e uma arquitetura impressionante. No entanto, foram justamente os detalhes arquitetônicos que acenderam o pavio da controvérsia.

O problema? Algumas das construções apresentadas no K-drama se assemelhavam a templos japoneses. Para piorar, bandeiras japonesas foram exibidas em estruturas que deveriam ser navios de guerra coreanos. Para o público internacional, isso poderia parecer um detalhe menor, mas na Coreia do Sul, foi um escândalo. A razão é a dolorosa história de ocupação japonesa na Coreia, que durou de 1910 a 1945. Ver elementos japoneses misturados com símbolos coreanos de forma equivocada remeteu a um período de grande sofrimento e opressão. A equipe de design de ‘The King: Eternal Monarch’ rapidamente emitiu um pedido de desculpas, e os episódios restantes da série foram corrigidos. Esse episódio mostra como a atenção aos detalhes culturais e históricos é crucial para evitar que um K-drama se torne polêmico.

‘Squid Game’: O Espelho Cruel da Realidade

‘Squid Game’, lançado em 2021 pela Netflix, se tornou um fenômeno global, arrebatando audiências com sua história de adultos competindo em jogos infantis mortais por uma fortuna. O K-drama original não teve medo de criticar o sistema capitalista que explora os pobres para enriquecer os ricos, o que, para muitos, foi parte de seu apelo. A violência gráfica, embora chocante para alguns, não foi o principal motivo da polêmica na Coreia do Sul.

O verdadeiro frenesi se deu porque ‘Squid Game’ tocou em uma ferida aberta para muitos sul-coreanos: a realidade financeira desesperadora. Para alguns, o K-drama foi um lembrete cruel de suas próprias circunstâncias financeiras, que muitas vezes parecem sem saída. Embora a série seja um entretenimento viciante, é inegavelmente sombria e expõe um lado da Coreia que raramente é mostrado na televisão. Essa exposição, embora educativa, foi uma “faca de dois gumes”. Muitos não queriam ser lembrados das situações desesperadoras que a falta de dinheiro pode gerar, tornando ‘Squid Game’ um dos K-dramas polêmicos por sua crueza social e econômica, indo além da violência explícita.

‘Joseon Exorcist’: O K-drama Banido na Coreia do Sul

E chegamos ao K-drama que foi banido: ‘Joseon Exorcist’, de 2021. A premissa parecia promissora: uma fantasia histórica com a família real lutando contra zumbis na era Joseon. O elenco era de peso, e as expectativas eram altas. A série estreou com ótimas avaliações, mas tudo desmoronou rapidamente.

A principal crítica que ‘Joseon Exorcist’ recebeu foi o uso de trajes e adereços de estilo chinês, além de retratar o Rei Taejong, uma figura histórica importante, como um tirano. O lançamento da série não poderia ter sido em pior momento, já que havia uma tensão considerável entre a China e a Coreia. Misturar elementos culturais chineses de forma proeminente em uma série histórica coreana, especialmente com a crítica ao rei, foi visto como uma distorção e uma afronta à identidade nacional.

A avalanche de reclamações foi tão massiva que a SBS, emissora que transmitia ‘Joseon Exorcist’, emitiu um pedido de desculpas e, em uma decisão sem precedentes, cancelou a série após apenas dois dos dezesseis episódios planejados. Isso resultou em um prejuízo financeiro significativo para a emissora, que já havia pago pelos direitos de produção. ‘Joseon Exorcist’ se tornou o exemplo mais dramático de um K-drama que cruzou a linha da aceitabilidade pública, sendo o único desta lista a ser completamente banido na Coreia do Sul.

Conclusão: A Arte e Seus Limites

Como vimos, o mundo dos K-dramas, por mais mágico e envolvente que seja, também tem seus momentos de turbulência. As controvérsias em torno de títulos como ‘Mr. Queen’, ‘Backstreet Rookies’, ‘Snowdrop’, ‘The King: Eternal Monarch’, ‘Squid Game’ e, claro, o banido ‘Joseon Exorcist’, nos mostram que a arte não existe em um vácuo. Ela reflete e, por vezes, desafia as sensibilidades culturais, históricas e sociais de um povo.

Para os criadores de K-dramas, é um lembrete constante de que a liberdade criativa vem acompanhada de uma grande responsabilidade, especialmente em um país com uma história tão rica e complexa como a Coreia do Sul. E para nós, fãs, essas histórias nos ensinam que cada K-drama é muito mais do que apenas entretenimento: é um reflexo de uma cultura, de suas memórias e de seus valores. Qual desses K-dramas polêmicos te surpreendeu mais? Conta pra gente nos comentários!

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Perguntas Frequentes sobre K-dramas Polêmicos

Por que alguns K-dramas se tornam polêmicos na Coreia do Sul?

Devido à alta sensibilidade cultural e histórica do país, temas tabus, imprecisões históricas, violência ou críticas diretas ao governo podem gerar forte reação do público.

Qual K-drama foi banido na Coreia do Sul e por quê?

‘Joseon Exorcist’ foi banido em 2021 por usar elementos culturais chineses de forma proeminente e retratar o Rei Taejong como tirano, o que foi visto como uma afronta à identidade nacional em meio a tensões China-Coreia.

Por que ‘Snowdrop’ causou tanta controvérsia?

‘Snowdrop’ gerou controvérsia por supostamente distorcer fatos históricos e trivializar o movimento democrático de 1987 na Coreia do Sul, misturando-o com uma trama de espionagem e romance.

‘Squid Game’ foi polêmico na Coreia do Sul?

Sim, apesar do sucesso global, ‘Squid Game’ foi polêmico na Coreia do Sul por expor a dura realidade financeira e social do país, o que muitos consideraram um lembrete cruel de suas próprias dificuldades.

Como as emissoras e produções coreanas lidam com as polêmicas?

As produções e emissoras geralmente emitem pedidos de desculpas, editam ou removem cenas problemáticas das retransmissões e serviços de VOD, e, em casos extremos como ‘Joseon Exorcist’, chegam a cancelar a série.

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Lucas Lobinco
Lucas Lobinco
Sou o Lucas, e minha paixão pelo cinema começou com as aventuras épicas e os clássicos de ficção científica que moldaram minha infância. Para mim, cada filme é uma nova oportunidade de explorar mundos e ideias, uma janela para a criatividade humana. Minha jornada não foi nos bastidores da produção, mas sim na arte de desvendar as camadas de uma boa história e compartilhar essa descoberta. Sou movido pela curiosidade de entender o que torna um filme inesquecível, seja a complexidade de um personagem, a inovação visual ou a mensagem atemporal. No Cinepoca, meu foco é trazer uma perspectiva única, mergulhando fundo nos detalhes que fazem um filme valer a pena, e incentivando você a ver a sétima arte com novos olhos.Tenho um apreço especial por filmes de ação e aventura, com suas narrativas grandiosas e sequências de tirar o fôlego. A comédia de humor negro e os thrillers psicológicos também me atraem, pela forma como subvertem expectativas e exploram o lado mais sombrio da psique humana. Além disso, estou sempre atento às novas vozes e tendências que surgem na indústria, buscando os próximos grandes talentos e as histórias que definirão o futuro do cinema.

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