‘Judas e o Messias negro’

Cinema: Trazendo uma história real que deveria ser muito mais empolgante, ‘Judas e o Messias negro deixa a desejar’…O filme conta a história do infiltrado nos Panteras Negras, Bill O’Neal (Lakeith Stanfield) que, por causa de suas ações auxiliando o FBI, ocasionou inúmeras consequências negativas para o grupo socialista.

Um traidor do movimento dos Panteras Negras. Fonte: Reprodução

O filme traz boas atuações e um elenco bastante conhecido, com destaque para Daniel Kaluya (Fred Hampton no filme, famoso também por filmes como Corra! e as séries Doctor Who e Black Mirror), Jesse Plemons (interpretando o agente do FBI Roy Mitchell, ator conhecido também por Black Mirror e Breaking Bad) além de Lakeith Stanfield (que interpreta o personagem principal Bill O’neal e é conhecido por papéis em filmes como Corra!, onde contracenou com Kaluya), porém, infelizmente o elenco acaba sendo desperdiçado com um filme extremamente maçante, além de ser criticado por não ser fidedigno às pessoas da vida real e que peca também em seu enredo.

O filme se divide entre encontros e atividades dos Panteras Negras e seus parceiros e a atividade investigativa do FBI auxiliados pelas delações de Bill.

Acaba por entreter o público por sua história, que por si só já vale a pena, e a visão contada na perspectiva do delator torna o caso muito mais interessante, fazendo com que o espectador consiga ter sua própria visão a respeito do caso e do que faria caso estivesse no lugar do personagem principal.

Além disso, o filme retrata o cenário de luta socialista e anti racista promovido pelos Panteras durante os anos 60, onde o racismo ainda tomava conta dos Estados Unidos e a perseguição contra a população negra era intensa. Nessa parte, pode-se aproveitar a fotografia do filme, dando destaque para as cenas de conflito armado bem como para os figurinos e arrumações dos integrantes do partido.

Dou destaque para duas considerações que são importantes no filme mas que não revelam nada do mistério da trama: A comparação feita pelo agente do FBI em relação à Ku Klux Klan e os Panteras Negras, dizendo insistentemente ao Bill que os dois movimentos são a mesma coisa, porém em lados opostos; E o fato de não sabermos de que lado está Bill ao longo do filme; apesar de vermos certa emoção em seus olhos nos discursos dos Pantera, ele continuava cedendo ao FBI mesmo indicando que não queria mais fazer parte daquilo.

Trailer oficial de Judas e o Messias Negro

Com uma trilha sonora sensacional, traz músicas importantes em relação a defesa da igualdade racial, contando com grandes artistas do rap estadunidense como por exemplo Jay Z.

Como o filme traz grandes revelações para quem não conhece a história, deixo apenas este breve resumo e interpretação do filme, indicando que apesar de existirem grandes falhas nessa importante produção, é fundamental que os amantes do cinema assistam a obra. No fim, além de uma nova perspectiva de uma famosa história do movimento negro/de esquerda dos Estados Unidos, ainda são contados fatos bem parecidos com os que realmente aconteceram, dando uma base histórica ao telespectador.

Depois de assistir o filme se pergunte o seguinte: O que você faria no lugar de Bill?

Trazendo uma história real que deveria ser muito mais empolgante, Judas e o Messias negro deixa a desejar…O filme conta a história do infiltrado nos Panteras Negras, Bill O’Neal (Lakeith Stanfield) que, por causa de suas ações auxiliando o FBI, ocasionou inúmeras consequências negativas para o grupo socialista.

O filme traz boas atuações e um elenco bastante conhecido, com destaque para Daniel Kaluya (Fred Hampton no filme, famoso também por filmes como Corra! e as séries Doctor Who e Black Mirror), Jesse Plemons (interpretando o agente do FBI Roy Mitchell, ator conhecido também por Black Mirror e Breaking Bad) além de Lakeith Stanfield (que interpreta o personagem principal Bill O’neal e é conhecido por papéis em filmes como Corra!, onde contracenou com Kaluya), porém, infelizmente o elenco acaba sendo desperdiçado com um filme extremamente maçante, além de ser criticado por não ser fidedigno às pessoas da vida real e que peca também em seu enredo.

O filme se divide entre encontros e atividades dos Panteras Negras e seus parceiros e a atividade investigativa do FBI auxiliados pelas delações de Bill.

Acaba por entreter o público por sua história, que por si só já vale a pena, e a visão contada na perspectiva do delator torna o caso muito mais interessante, fazendo com que o espectador consiga ter sua própria visão a respeito do caso e do que faria caso estivesse no lugar do personagem principal.

Questões importantes

Além disso, o filme retrata o cenário de luta socialista e anti racista promovido pelos Panteras durante os anos 60, onde o racismo ainda tomava conta dos Estados Unidos e a perseguição contra a população negra era intensa. Nessa parte, pode-se aproveitar a fotografia do filme, dando destaque para as cenas de conflito armado bem como para os figurinos e arrumações dos integrantes do partido.

Dou destaque para duas considerações que são importantes no filme mas que não revelam nada do mistério da trama: A comparação feita pelo agente do FBI em relação à Ku Klux Klan e os Panteras Negras, dizendo insistentemente ao Bill que os dois movimentos são a mesma coisa, porém em lados opostos; E o fato de não sabermos de que lado está Bill ao longo do filme; apesar de vermos certa emoção em seus olhos nos discursos dos Pantera, ele continuava cedendo ao FBI mesmo indicando que não queria mais fazer parte daquilo.

Com uma trilha sonora sensacional, traz músicas importantes em relação a defesa da igualdade racial, contando com grandes artistas do rap estadunidense como por exemplo Jay Z.

Como o filme traz grandes revelações para quem não conhece a história, deixo apenas este breve resumo e interpretação do filme, indicando que apesar de existirem grandes falhas nessa importante produção, é fundamental que os amantes do cinema assistam a obra. No fim, além de uma nova perspectiva de uma famosa história do movimento negro/de esquerda dos Estados Unidos, ainda são contados fatos bem parecidos com os que realmente aconteceram, dando uma base histórica ao telespectador.

Depois de assistir o filme se pergunte o seguinte: O que você faria no lugar de Bill?

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