A cena mais surpreendente de ‘Elio’ revela o imenso potencial da Pixar para criar filmes de terror adaptados para todas as idades. O artigo explora como o estúdio, com sua maestria visual e narrativa, poderia inovar no gênero do medo, seguindo uma tradição histórica da Disney e exemplos de sucesso de outros estúdios que já provaram a viabilidade do “terror para a família”.
Se você é fã de animação e adora um bom susto, prepare-se para uma revelação: a cena mais surpreendente de ‘Elio’ nos deu um gostinho do que seria um filme de Pixar terror! Sim, você leu certo! Aquela cena inesperada no novo filme da Pixar não só arrancou risadas, mas também acendeu uma luzinha na nossa cabeça aqui no Cinepoca: e se o estúdio mais querido do mundo da animação decidisse mergulhar de cabeça no gênero do medo? O potencial é gigantesco, e a gente está aqui para te convencer que essa é uma ideia que a Pixar deveria abraçar com tudo!
A cena de ‘Elio’ que vai te surpreender (e assustar!)
Em ‘Elio’, a Pixar nos entrega mais uma de suas viagens emocionantes e visuais, cheia de cores e personagens cativantes. Mas, no meio de toda essa aventura intergaláctica, existe um momento que foge totalmente do padrão e nos faz pensar: “Uau, isso foi… assustador!”. Estou falando daquela sequência hilária e perturbadora onde o clone do Elio decide se desintegrar, virando uma poça de gosma bem na frente dos guardas.
A forma como essa cena é construída é pura genialidade. O clone se move de maneira estranha, robótica, com movimentos rápidos e desordenados, acompanhados de uma calma que é quase desconfortável. A iluminação joga com as sombras, criando um clima de suspense que aumenta a tensão. Enquanto a gente, na plateia, se diverte com o humor mórbido da situação, os guardas estão claramente apavorados. É uma sacada de humor negro que funciona perfeitamente, porque usa elementos clássicos do terror de um jeito que só a Pixar conseguiria. Essa cena é a prova viva de que eles têm a manha para criar visuais arrepiantes!
Pixar e o Potencial para o Terror (sim, existe!)
A gente sabe que a Pixar é sinônimo de histórias emocionantes, universos coloridos e personagens que tocam o coração. Filmes como ‘Divertida Mente’, ‘Toy Story’ e ‘Soul’ são exemplos perfeitos do estilo que a gente ama. Mas e se eu te dissesse que, mesmo dentro desse universo, já vimos lampejos de algo mais sombrio? Pense nos momentos de tensão em ‘Valente’ com o urso Mor’du, ou na própria premissa de ‘Viva: A Vida é uma Festa’, que nos leva para a Terra dos Mortos. Embora o foco sempre volte para a mensagem positiva e o calor emocional, esses filmes mostram que a Pixar não tem medo de flertar com o desconforto.
O que a cena de ‘Elio’ demonstra é que o estúdio possui uma capacidade inata de manipular elementos visuais e sonoros para criar uma atmosfera de medo. Eles conseguem construir suspense, usar o design de personagens para gerar estranheza e até mesmo brincar com a nossa percepção da realidade de um jeito que seria perfeito para um filme de terror para todas as idades. Imagina o que eles fariam se abraçassem essa ideia por completo, sem se prender apenas a um “susto” momentâneo?
O talento artístico na Pixar é inquestionável. Diretores como Domee Shi e Madeline Sharafian, que já nos entregaram obras incríveis, certamente conseguiriam criar narrativas de terror que seriam tanto assustadoras quanto profundamente significativas, mantendo a essência que faz da Pixar um estúdio tão único.
A Longa e Esquecida Tradição Disney de Animação Assustadora
Pode parecer estranho falar em “Pixar terror” quando pensamos nas obras mais recentes do estúdio. Mas, se olharmos para a história da Disney, o guarda-chuva sob o qual a Pixar opera, vamos encontrar uma tradição rica e, muitas vezes, subestimada, de animações que sabiam como dar um bom susto. A Disney nem sempre foi só princesas e finais felizes!
Quem se lembra do Cavaleiro sem Cabeça em ‘As Aventuras de Ichabod e Sr. Sapo’? Aquela sequência é de arrepiar até hoje! Ou o lado mais sombrio de ‘Pinóquio’, especialmente quando ele vai para a Ilha do Prazer? E não podemos esquecer de ‘O Caldeirão Mágico’, um filme que mergulha de cabeça em elementos de fantasia sombria e criaturas macabras, sendo um dos filmes mais assustadores da Disney, mesmo sendo uma animação.
Filmes como ‘Frankenweenie’, de Tim Burton (que tem sua própria estética sombria e adorável), mostram que o terror gótico e o stop-motion podem ser perfeitamente integrados ao universo Disney. Até mesmo em clássicos como ‘A Bela e a Fera’ e ‘Fantasia’ existem momentos e visuais que, embora não sejam terror puro, conseguem ser bem impactantes e até um pouco assustadores, demonstrando o domínio da animação para criar atmosferas intensas.
Essa herança da Disney prova que há espaço para o medo no mundo da animação infantil e familiar. A atenção aos detalhes e a excelência na animação, que são marcas registradas da Disney e da Pixar, poderiam ser usadas para criar um terror visualmente deslumbrante e narrativamente envolvente, sem precisar de gore ou violência explícita.
Por Que o Terror “Para Todas as Idades” é um Sucesso (e a Pixar está perdendo!)
Apesar da relutância da Pixar em mergulhar de vez no terror, o mercado de filmes assustadores para toda a família está mais vivo do que nunca! Vários estúdios rivais da Pixar e da Disney já provaram, repetidamente, que é possível criar filmes que dão medo na medida certa, divertem e ainda trazem mensagens importantes. E o melhor: eles fazem um baita sucesso!
Pense em obras como ‘A Casa Monstro’, com sua premissa de uma casa viva e assustadora, ou ‘ParaNorman’, que mistura zumbis com uma história emocionante sobre aceitação. E quem não se lembra da obra-prima ‘Coraline e o Mundo Secreto’, que é pura poesia gótica e terror psicológico para crianças? ‘A Noiva Cadáver’ e ‘A Família Addams’ também são exemplos de como o humor macabro e a estética sombria podem ser adorados por todas as idades.
Até mesmo franquias mais antigas, como ‘Scooby-Doo na Ilha dos Zumbis’, mostraram que o terror pode ser divertido e cativante para um público jovem. A Disney, por sua vez, já teve sucesso com o especial de TV ‘The Scariest Story Ever: A Mickey Mouse Halloween Spooktacular’, que ganhou um Emmy e provou que o próprio Mickey Mouse pode ser assustador sem deixar de ser o Mickey. Essa é a prova de que a Pixar tem todo o potencial para explorar esse nicho e criar algo realmente único e memorável.
Imaginando um Filme de Pixar Terror de Verdade
Dada a trajetória da Pixar e o que vimos em ‘Elio’, não é difícil imaginar o quão incrível seria um filme de Pixar terror completo. Pense nas possibilidades criativas! O estúdio é mestre em construir mundos complexos e personagens com profundidade emocional. Imagine como eles poderiam usar isso para criar um tipo de medo diferente, que mexe com a nossa cabeça e com o nosso coração ao mesmo tempo.
Um filme de terror da Pixar não precisaria ser violento ou explícito. Poderia focar no suspense psicológico, na atmosfera de dread, em criaturas estranhas e fascinantes, ou até mesmo em temas como perda e luto, que a Pixar já abordou tão bem em outros filmes. ‘Viva: A Vida é Festa’, por exemplo, já explora o conceito da morte e do pós-vida. E se eles mergulhassem mais fundo no lado assustador de ser um espírito ou de estar preso em um mundo desconhecido, como Miguel percebeu ao ficar preso na Terra dos Mortos?
Ou, quem sabe, um filme que explore o terror mais primal, como o medo da natureza selvagem e desconhecida, assim como o urso Mor’du em ‘Valente’ gerava um terror quase elementar. Seria uma chance para a Pixar quebrar as próprias barreiras e explorar novos territórios criativos, mostrando que sua inventividade não se limita apenas às histórias que já conhecemos.
As paisagens cósmicas e bizarras de ‘Elio’ já nos dão uma pista do quão visualmente interessante um filme de terror da Pixar poderia ser. Eles são mestres em design de personagens e ambientes, e poderiam criar monstros e cenários que seriam ao mesmo tempo aterrorizantes e visualmente deslumbrantes. Seria uma experiência cinematográfica única, que desafiaria as expectativas e nos lembraria que o medo pode vir de onde menos esperamos.
O Futuro da Pixar: Sequências vs. Inovação (e o Terror que Queremos)
Infelizmente, por mais que a gente sonhe com um filme de Pixar terror, a realidade atual do estúdio parece ir em outra direção. Nos últimos anos, a Pixar tem focado bastante em sequências de IPs já estabelecidas. Isso não é ruim, claro, amamos ver mais de nossos personagens favoritos, mas pode limitar a exploração de novos gêneros e conceitos mais arriscados.
Pense em um possível ‘Coco 2’. Embora a premissa de um filme centrado no pós-vida tenha um potencial enorme para momentos assustadores, é provável que o foco continue sendo nos elementos coloridos, na música e nas emoções que fizeram do original um sucesso. A ideia de um filme de terror genuíno, mesmo que para todas as idades, parece não ter um lugar na lista de lançamentos futuros da Pixar no momento.
É uma pena, porque a cena de ‘Elio’ é um lembrete poderoso do talento inexplorado da Pixar para o gênero do terror. É um momento bobo, sim, mas que sublinha o quão bem o estilo de animação da Pixar se traduziria para o medo. Não estamos falando de filmes sangrentos ou impróprios, mas de um terror inteligente, atmosférico e que ainda assim seja adequado para a família, seguindo a tradição da própria Disney.
A gente espera que a cena de ‘Elio’ sirva de inspiração para a Pixar finalmente abraçar o terror. Quem sabe no futuro, eles nos surpreendam com um filme que nos faça gritar e rir ao mesmo tempo, mostrando que o medo, quando bem contado, pode ser uma aventura emocionante para todos!
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Perguntas Frequentes sobre Filmes de Terror da Pixar
Qual cena de ‘Elio’ sugere o potencial da Pixar para o terror?
A cena em ‘Elio’ onde o clone do protagonista se desintegra em uma poça de gosma, com movimentos robóticos e iluminação tensa, é citada como um exemplo da capacidade da Pixar de criar visuais e atmosferas assustadoras, mesmo em um contexto de humor negro.
A Pixar já incluiu elementos sombrios ou de tensão em outros filmes?
Sim, o artigo menciona momentos de tensão com o urso Mor’du em ‘Valente’ e a própria premissa de ‘Viva: A Vida é uma Festa’, que explora a Terra dos Mortos, como exemplos de flertes da Pixar com temas mais sombrios, embora sempre com um foco emocional e positivo.
A Disney, empresa-mãe da Pixar, tem histórico de animações assustadoras?
Sim, a Disney possui uma rica tradição de animações com elementos assustadores, como o Cavaleiro sem Cabeça em ‘As Aventuras de Ichabod e Sr. Sapo’, a Ilha do Prazer em ‘Pinóquio’, e o filme ‘O Caldeirão Mágico’, que mergulha em fantasia sombria.
Quais outros estúdios já fizeram sucesso com filmes de terror para todas as idades?
O mercado de terror familiar é próspero, com exemplos de sucesso como ‘A Casa Monstro’, ‘ParaNorman’, ‘Coraline e o Mundo Secreto’, ‘A Noiva Cadáver’ e ‘A Família Addams’, que provam a viabilidade e o apelo desse gênero para públicos diversos.
Por que a Pixar deveria explorar mais o gênero de terror?
A Pixar possui um talento inquestionável para criar mundos complexos e personagens profundos, que poderiam ser usados para desenvolver um terror psicológico e atmosférico, sem necessidade de violência explícita, expandindo seus territórios criativos e oferecendo experiências cinematográficas únicas para todas as idades.