Descubra por que o quarto episódio de ‘Stick’, a série da Apple TV+, gerou frustração entre os espectadores. Esta crítica detalha como a produção errou o alvo ao desviar do tema central do golfe, apresentar personagens planos e diálogos cansativos, além de falhar em entregar o humor e o drama esperados, levantando dúvidas sobre seu verdadeiro público-alvo.
Se você está procurando uma Stick crítica do quarto episódio para entender por que a série da Apple TV+ está dando o que falar (e não no bom sentido), você veio ao lugar certo! Aqui no Cinepoca, a gente mergulha de cabeça nas produções para te contar a real, e parece que ‘Stick’ errou o alvo feio em seu mais recente capítulo. Vem descobrir o que rolou!
Quando a Promessa Vira Frustração: O Caso ‘Stick’
‘Stick’ chegou com a promessa de ser aquela série leve e inspiradora, talvez até uma substituta à altura de ‘Ted Lasso’, com aquela vibe otimista que a gente tanto curte. Mas, sinto informar, o episódio 4 da primeira temporada jogou um balde de água fria em muitas expectativas. O que era para ser um conforto viciante, com um enredo previsível (mas nem por isso ruim, se bem executado), acabou se tornando um show genérico que parece mais um “tapa-buraco” enquanto esperamos por ‘Ted Lasso’ temporada 4.
A trilha sonora, que deveria embalar a gente numa sensação gostosa de “lar doce lar”, parece ter saído de programas de reforma de casas ou de culinária, tipo ‘Em Busca da Casa Perfeita’. Essa tentativa forçada de ser “confortável” demais acaba tendo o efeito contrário, tornando a experiência quase massante. A série tenta ser tão segura e “família” que perde a sua própria identidade, diluindo-se em um mar de produções que tentam agradar a todos e acabam não agradando a ninguém.
Golfe? Quase um Detalhe Esquecido no Campo
O grande problema, e que se torna gritante no episódio 4 de ‘Stick’, é que o golfe, que deveria ser o coração da história, vira quase um cenário de fundo irrelevante. A série é vendida como uma comédia de golfe, mas a verdade é que o esporte serve apenas como pano de fundo para os dramas e desafios melodramáticos dos personagens. É como se a trama pudesse acontecer em qualquer outro esporte, seja boliche, como em uma série chamada ‘C. B. Strike’, ou basquete, como em ‘Score’.
Não esperamos que Owen Wilson, interpretando Pryce Cahill, seja um exímio golfista na vida real, mas seria incrível ver um pouco mais de autenticidade nas cenas de golfe. Afinal, as notícias e troféus que ele coleciona no início da série, mostrando-o como um campeão da PGA, perdem a credibilidade quando não o vemos nem sequer balançar um taco. Nem mesmo Adam Sandler, em ‘Um Maluco no Golfe’, deixou de lado a parte física do esporte. Essa falta de imersão afasta os verdadeiros fãs de golfe, que esperavam ver mais do esporte e menos do drama genérico.
Personagens Planos e Diálogos Cansativos
Outro ponto que pesa na nossa Stick crítica é a forma como os personagens são desenvolvidos (ou a falta dela). Pryce Cahill, interpretado por Owen Wilson, não consegue se distinguir de outros papéis famosos do ator, como Josh Beckwith em ‘Penetras Bons de Bico’. Ele parece apenas uma versão mais velha de si mesmo, mascarando seu desespero com uma paixão que não convence. O personagem é unidimensional, e a série não oferece profundidade suficiente para que o público se conecte de verdade com suas motivações.
O episódio 4, em particular, se torna excessivamente explicativo e até um pouco “sermonário”. Os diálogos, especialmente nas conversas entre os personagens da Geração Z e os Boomers, soam mais como lições de moral forçadas do que interações naturais. A série tenta abordar questões geracionais, mas o faz de uma maneira que mais cansa do que engaja. A personagem Zero (Lilli Kay), por exemplo, parece existir apenas para “chacoalhar” a cabeça dos mais velhos com visões de mundo consideradas “desatualizadas”, tornando-se uma fonte constante de julgamentos e pontos de vista exaustivos.
A dinâmica entre Zero e Santi (Pete Sager), um prodígio do golfe que curiosamente não quer jogar, é particularmente problemática. Santi, que mal conhece Zero, de repente se curva a todas as suas crenças, perdendo toda a sua credibilidade. Zero, por sua vez, assume uma postura quase maternal e protetora sobre Santi, com um ar de superioridade que não faz sentido. Ela distorce as tentativas de Pryce de motivar Santi com jargões anticapitalistas mal colocados, o que acaba prejudicando a química do elenco que parecia promissora nos três primeiros episódios. Seria muito mais útil se Zero usasse seu tempo para dar conselhos sobre como Santi pode melhorar seu swing, que, para a nossa sorte, parece ser o que ela fará como sua caddie no episódio 5.
Drama Subestimado e Humor Ausente
Apesar de ‘Stick’ tentar se aprofundar em elementos dramáticos no episódio 4, como a trágica morte do filho de Pryce, Jett, aos quatro anos, e o consequente afastamento do golfe profissional, o drama acaba sendo lento e pouco impactante. A introdução do vilão Clark Ross (Timothy Olyphant) e a explicação de sua rivalidade com Pryce, através do personagem rabugento de Marc Maron, também não conseguem injetar a tensão necessária. A série se torna previsível e aprofunda-se em um melodrama que não consegue sustentar o interesse do público, principalmente pela ausência de humor.
O grande paradoxo de ‘Stick’ é que ela se esforça para apresentar a fórmula estética de um programa “para se sentir bem”, mas entrega uma experiência que gera mais frustração do que qualquer outra coisa. A falta de humor, combinada com o desenvolvimento raso dos personagens e a ausência de verdadeiros riscos na trama, faz com que o episódio 4 seja simplesmente sem graça. A série tenta ser pessoal e “bagunçada”, o que seria a cara de uma produção com essa pegada, mas não há nada de interessante ou engraçado para nos prender de verdade.
O Público-Alvo Errado?
Apesar de ‘Stick’ ter um público em potencial, o episódio 4 levanta a séria questão de para quem a série realmente foi feita. O trailer, que contava com a participação de profissionais da PGA como Colin Morikawa e Max Homa, parecia indicar que a série era para os amantes do golfe. No entanto, a execução do enredo e a superficialidade do esporte na trama afastam justamente esse público. É uma Stick crítica que se sustenta na ideia de que a série não cumpre o que promete, deixando os fãs do esporte a ver navios.
A série tenta ser uma comédia esportiva, mas se perde no meio do caminho, entregando um drama morno e personagens que não cativam. Embora ‘Stick’ possa eventualmente voltar aos campos de golfe e melhorar sua jogada, o episódio 4 foi um “swing and a miss” que pode ter feito muitos espectadores desistirem da partida. É uma pena, pois o potencial estava ali, mas a execução deixou a desejar, transformando o que poderia ser um gol de placa em uma bola fora do campo.
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Perguntas Frequentes sobre a Crítica de ‘Stick’ – Episódio 4
Por que o episódio 4 de ‘Stick’ é considerado decepcionante?
O episódio 4 de ‘Stick’ é criticado por ser genérico, com a trilha sonora inadequada, o golfe sendo irrelevante para a trama, personagens superficiais, diálogos cansativos e uma notável ausência de humor, o que frustrou as expectativas de ser uma série “para se sentir bem”.
O golfe é um elemento central na série ‘Stick’?
Apesar de ser vendida como uma comédia de golfe, o esporte serve apenas como pano de fundo para os dramas melodramáticos dos personagens, afastando os fãs de golfe que esperavam mais autenticidade e imersão no esporte.
Quais são os problemas com os personagens de ‘Stick’?
Os personagens, como Pryce Cahill (Owen Wilson), são considerados planos e unidimensionais. Os diálogos, especialmente entre gerações, soam forçados e “sermonários”, e a dinâmica entre Zero e Santi é vista como problemática, prejudicando a química do elenco.
A série ‘Stick’ consegue ser engraçada ou dramática no episódio 4?
O episódio 4 tenta aprofundar elementos dramáticos, mas o drama é lento e pouco impactante. A série carece de humor, tornando a experiência sem graça e incapaz de prender o interesse do público, apesar de tentar uma estética “para se sentir bem”.
Para quem ‘Stick’ parece ser direcionada?
Embora o trailer tenha sugerido um apelo aos amantes do golfe com a participação de profissionais da PGA, a execução do enredo e a superficialidade do esporte na trama afastam esse público, levantando dúvidas sobre o verdadeiro público-alvo da série.