‘Power Rangers reboot’: O grande erro com Tommy Oliver que a série precisa evitar

O vindouro Power Rangers reboot no Disney+ gera grande expectativa, mas também a preocupação de repetir o foco excessivo no icônico Tommy Oliver. Descubra por que centralizar demais a narrativa em um só personagem pode limitar o desenvolvimento da equipe e do próprio Tommy, e como o reboot pode evitar esse “erro” para criar uma história mais equilibrada e cativante.

Se você é fã de carteirinha dos heróis coloridos que salvam o mundo, com certeza está de olho nas novidades sobre o futuro da franquia. Fala-se muito sobre um grande Power Rangers reboot chegando no Disney+, e a gente aqui no Cinepoca está super empolgado! Mas, com essa expectativa toda, surge uma preocupação: será que a nova série vai cometer o mesmo “erro” do passado ao focar demais em um certo Ranger lendário? Sim, estamos falando do icônico Tommy Oliver.

Vamos ser sinceros: a partir do momento em que o Ranger Verde misterioso apareceu em ‘Mighty Morphin Power Rangers’, o Tommy Oliver (interpretado pelo saudoso Jason David Frank) simplesmente roubou a cena. Era impossível não se fascinar por ele. Ele não era apenas mais um membro do time; ele se tornou rapidamente o rosto da série, o centro das atenções em praticamente todas as grandes histórias.

Enquanto os outros Rangers originais – Jason, Trini, Zack, Billy e Kimberly – geralmente tinham arcos de um ou dois episódios, a saga dos poderes do Tommy durou uma temporada inteira! Quando ele eventualmente perdeu os poderes do Ranger Verde, a série já parecia incompleta sem ele. Não é à toa que ele apareceu em incríveis 244 episódios da franquia, sendo o único personagem a ultrapassar a marca de 200 aparições.

A transição para o Ranger Branco, líder do time, parecia inevitável (mesmo que fizesse mais sentido nos bastidores, com a saída de Austin St. John, o Jason). E dali em diante, o Tommy só cresceu em importância, liderando a equipe em várias fases, inclusive se tornando o Ranger Vermelho em ‘Power Rangers Zeo’.

O Efeito “Tommy Mania” Além de Mighty Morphin

A influência e o foco em Tommy Oliver não ficaram presos apenas à era ‘Mighty Morphin Power Rangers’. Essa “Tommy mania” se estendeu por anos e por diferentes encarnações da franquia.

‘Power Rangers Zeo’, por exemplo, girou bastante em torno dele, com a história da carta da Kimberly e o relacionamento dele com a Kat sendo pontos cruciais da trama. O ponto aqui não é que o Tommy não fosse legal – ele era! – mas que a série nem sempre dava a ele o desenvolvimento de personagem necessário para justificar tanto tempo de tela. Claro, ele mudou bastante de vilão para herói e líder, mas em essência, o Tommy que vimos no final de ‘Mighty Morphin’ era bem parecido com o de ‘Turbo: Power Rangers 2’.

Ele continuou aparecendo em momentos chave, como no icônico episódio “Forever Red” em ‘Power Rangers Wild Force’, onde ele reuniu vários Rangers Vermelhos lendários. Foi um episódio clássico, e no final, todos celebravam o legado do Tommy. Mais tarde, em ‘Power Rangers Dino Thunder’, tivemos talvez a melhor versão do personagem: mais velho, mais sábio, um mentor. O próprio Jason David Frank reprisou o papel em participações especiais em ‘Power Rangers Super Megaforce’ e ‘Power Rangers Super Ninja Steel’.

Essa constante presença e centralidade, embora impulsionada pela popularidade do personagem, acabou limitando o espaço para outros heróis brilharem e se desenvolverem de forma mais profunda.

Por Que o Foco Excessivo Pode Ser Um Problema para o Power Rangers Reboot?

A grande questão para o vindouro Power Rangers reboot no Disney+ é: como contar uma nova história sem cair na armadilha de fazer tudo girar em torno do Tommy novamente? O excesso de foco em um único personagem, por mais popular que ele seja, pode ter algumas consequências negativas.

Primeiro, ele pode ofuscar os outros membros da equipe. Os Power Rangers sempre foram sobre o trabalho em equipe, sobre cinco (ou mais) jovens aprendendo a trabalhar juntos e a superar desafios. Se um personagem é constantemente o único a resolver os problemas ou a ter os arcos mais importantes, isso diminui a relevância dos outros. O público pode acabar não se conectando tanto com Jason, Kimberly, Zack, Billy ou Trini se eles sempre parecerem coadjuvantes na história do Tommy.

Segundo, pode limitar o desenvolvimento do próprio Tommy. Ironia, né? Mas é verdade. Quando um personagem é colocado em um pedestal e precisa sempre ser o herói, há menos espaço para explorar suas vulnerabilidades, seus medos ou seus defeitos. O Tommy de ‘Dino Thunder’ funcionou justamente porque o mostrou em um novo papel, com uma nova perspectiva, permitindo um desenvolvimento mais orgânico.

Um Power Rangers reboot tem a chance de reintroduzir esses personagens clássicos para uma nova geração e aprofundar suas histórias de uma forma que a série original, com seu formato mais episódico, não permitiu completamente.

A Estratégia para o Sucesso: Guardar o Melhor Para Depois?

Então, qual seria a solução para o Power Rangers reboot evitar esse tropeço? Uma ideia que faz muito sentido, e que alguns fãs já discutem, seria adiar a introdução de Tommy Oliver.

Na série original, o Ranger Verde apareceu relativamente rápido, apenas 16 episódios depois da estreia dos cinco originais. Embora esse tempo tenha sido suficiente para eles se tornarem ícones, um reboot com um formato de streaming (que geralmente permite arcos de história mais longos e complexos) poderia dedicar uma temporada inteira aos Rangers originais: Jason, Kimberly, Zack, Billy e Trini.

Isso daria tempo de sobra para o público conhecer e se conectar com cada um deles individualmente e como equipe. Poderíamos ver suas vidas, seus desafios, suas personalidades e como eles lidam com os poderes e a responsabilidade de serem Rangers antes que um novo membro chegue e mude a dinâmica. A história de “Green With Evil”, por mais icônica que seja, poderia ser o grande evento da segunda temporada, tornando a chegada do Tommy ainda mais impactante depois que os primeiros heróis já estiverem bem estabelecidos.

O filme de 2017 de ‘Power Rangers’ tentou algo parecido, focando nos cinco principais antes de qualquer menção a Tommy (embora ele aparecesse em uma cena pós-créditos). Um formato de série teria ainda mais tempo e flexibilidade para desenvolver essa base sólida.

Ao fazer isso, o Power Rangers reboot não estaria diminuindo a importância do Tommy. Pelo contrário, estaria construindo uma base mais forte para a chegada dele, garantindo que, quando ele aparecesse, fosse em um momento narrativo significativo e sem roubar o espaço que os outros heróis merecem ter no início da jornada.

O Potencial Inexplorado de Tommy no Power Rangers Reboot

É crucial entender que sugerir um foco menor em Tommy *inicialmente* não significa que ele não deva ter um papel importante no Power Rangers reboot. Longe disso! Tommy Oliver é uma parte fundamental da história dos Power Rangers, e muitos dos momentos mais memoráveis da franquia o envolvem.

A questão é encontrar um equilíbrio. O reboot pode, e deve, usar o Tommy de formas novas e empolgantes. As HQs da BOOM! Studios, por exemplo, exploraram o personagem de maneiras incríveis, apresentando o aclamado arco “Shattered Grid” e o vilanesco Lord Drakkon (uma versão alternativa e sombria de Tommy). Adaptar essas histórias para live-action seria algo realmente inovador para a série de TV tradicional e mostraria o potencial inexplorado do personagem.

Um Power Rangers reboot de sucesso precisa honrar a nostalgia que os fãs sentem pelos personagens clássicos, mas também precisa trazer novas ideias e perspectivas. Dar o devido destaque aos Rangers originais no começo e introduzir Tommy em um momento estratégico, talvez explorando facetas dele que nunca vimos na TV, seria uma forma inteligente de equilibrar o respeito ao legado com a necessidade de inovar. Seria uma forma de garantir que a história seja sobre *todos* os heróis, e não apenas sobre um, por mais lendário que seja.

Conclusão: A Chave é o Equilíbrio

O Power Rangers reboot no Disney+ tem um potencial enorme para revitalizar a franquia e conquistar novas gerações de fãs. No entanto, para evitar os erros do passado, é essencial que os criadores pensem cuidadosamente sobre como usar personagens tão icônicos quanto Tommy Oliver.

O foco excessivo em um único herói, por mais amado que seja, pode prejudicar o desenvolvimento dos outros e a dinâmica da equipe, que é o coração de Power Rangers. Dedicar tempo para construir a história dos Rangers originais e introduzir Tommy de forma mais planejada e impactante em um momento posterior da série pode ser o caminho para garantir que o reboot seja não apenas nostálgico, mas também fresco, equilibrado e empolgante para todos os heróis envolvidos.

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Perguntas Frequentes sobre o Power Rangers Reboot e Tommy Oliver

Por que Tommy Oliver se tornou tão central na franquia Power Rangers?

Tommy Oliver, introduzido como o Ranger Verde, rapidamente cativou o público com seu carisma e arcos de história proeminentes, tornando-se o rosto da série e aparecendo em um número recorde de episódios e temporadas.

Qual foi o “erro” do passado em relação ao foco em Tommy?

O foco excessivo em Tommy muitas vezes ofuscou outros membros da equipe, limitando o desenvolvimento de suas histórias e personalidades. Isso também, ironicamente, restringiu o próprio desenvolvimento de Tommy a ser apenas o “herói central”.

Por que o excesso de foco em um Ranger é um problema para o reboot?

Power Rangers é sobre trabalho em equipe. Centralizar demais em um personagem diminui a relevância dos outros, impede que o público se conecte igualmente com toda a equipe e pode limitar a exploração de novas facetas dos personagens clássicos.

Como o Power Rangers reboot pode evitar focar demais em Tommy Oliver?

Uma estratégia sugerida é adiar a introdução de Tommy, dedicando a primeira temporada ao desenvolvimento dos cinco Rangers originais (Jason, Kimberly, Zack, Billy, Trini). Isso constrói uma base sólida para a equipe antes de introduzir um novo membro que mude a dinâmica.

Tommy Oliver não terá importância no novo reboot?

Não. A sugestão é equilibrar o foco, não excluir Tommy. Ele é fundamental para a franquia. O reboot pode introduzi-lo em um momento estratégico e explorar novas facetas do personagem, talvez adaptando histórias das HQs como “Shattered Grid” ou Lord Drakkon, honrando o legado enquanto inova.

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