3 Razões Pelas Quais Jacob Elordi é o Monstro Perfeito em ‘Frankenstein’

A inesperada escalação de Jacob Elordi como o Monstro na aguardada adaptação de ‘Frankenstein’ de Guillermo del Toro, após a saída de Andrew Garfield, revela-se uma escolha surpreendente e ideal. O artigo explora como a fisicalidade imponente de Elordi, sua “alma melancólica” e sua própria experiência de adaptação rápida ao papel o tornam o intérprete perfeito para a visão humanizada e trágica que Del Toro busca para sua criatura.

Se você é fã de cinema e acompanha as novidades, com certeza já ouviu falar da aguardada adaptação de Frankenstein pelas mãos de Guillermo del Toro. Mas a notícia da troca de Andrew Garfield por Jacob Elordi no papel do Monstro gerou burburinho, não é? No começo, a gente também ficou com aquela pulguinha atrás da orelha, afinal, mudanças de última hora podem ser um desafio. Mas, prepare-se para mudar de ideia! Vamos explorar por que Jacob Elordi não só se encaixa no papel, mas pode ser o Monstro perfeito para a visão única de Del Toro.

Guillermo del Toro e o Amor Pelos Monstros Inesquecíveis

Guillermo del Toro e o Amor Pelos Monstros Inesquecíveis

Guillermo del Toro é um mestre quando o assunto é dar vida a criaturas que nos tocam a alma. Ele tem um jeito especial de mostrar os monstros, de uma forma que a gente sente que ele entende e ama esses seres tanto quanto nós. É como se cada detalhe, cada expressão, viesse de um lugar de profunda admiração. Por isso, quando soubemos que ele finalmente faria ‘Frankenstein’, sua “baleia branca” – aquele projeto dos sonhos que ele persegue há anos –, a expectativa foi lá nas alturas. Era nítido que essa adaptação teria uma profundidade e uma humanidade que só Del Toro conseguiria entregar.

A paixão de Del Toro por figuras marginalizadas e incompreendidas brilha em filmes como ‘O Labirinto do Fauno’ e ‘A Forma da Água’. Ele não vê os monstros apenas como seres assustadores, mas como reflexos de nossos medos, esperanças e, muitas vezes, da própria humanidade. Essa abordagem é crucial para ‘Frankenstein’, uma história que, em sua essência, questiona o que nos torna humanos e o que significa ser uma “criatura”. Ele tem a capacidade de nos fazer empatizar com o “outro”, com aquilo que a sociedade rejeita.

A Reviravolta Inesperada: De Andrew Garfield a Jacob Elordi

No início, o elenco de ‘Frankenstein’ parecia um sonho: Oscar Isaac como o Dr. Victor Frankenstein e Andrew Garfield como sua criação. Andrew Garfield, com sua sensibilidade e capacidade de expressar emoções complexas, parecia a escolha ideal para dar vida à dor e à busca por aceitação do Monstro. A ideia de vê-lo nesse papel já indicava que a versão de Del Toro seria profundamente humana e tocante, explorando o pathos da criatura de forma intensa.

Essa escolha de elenco nos fez lembrar da aclamada adaptação teatral de ‘Frankenstein’ de Danny Boyle, em 2011. Nela, Benedict Cumberbatch e Jonny Lee Miller alternavam os papéis de Victor e do Monstro em noites diferentes. Era uma sacada genial que mostrava a dualidade intrínseca entre criador e criatura. Com Oscar Isaac e Andrew Garfield, dava para sentir que Del Toro buscava uma química semelhante, uma conexão quase espelhada entre os dois personagens.

Mas, como a vida imita a arte – ou o caos –, o destino tinha outros planos. As greves de 2023 da WGA e SAG-AFTRA (os sindicatos de roteiristas e atores de Hollywood) causaram um efeito dominó. Andrew Garfield, por conflitos de agenda, teve que se afastar do projeto poucas semanas antes do início das filmagens. Foi um baque! E então, a notícia: Jacob Elordi seria seu substituto.

No primeiro momento, a gente ficou apreensivo. Uma mudança tão abrupta no elenco principal pode desestabilizar qualquer produção. Além disso, Jacob Elordi tem uma presença de tela bem diferente de Garfield. Embora a gente conseguisse imaginá-lo como o Monstro, aquela sensação de dualidade com Victor, interpretado por Oscar Isaac, parecia ter diminuído. Mas, depois de algumas informações novas sobre o filme, a gente começou a ver que essa mudança, no fim das contas, pode ter sido um presente para a visão de Del Toro.

3 Razões Pelas Quais Jacob Elordi é o Monstro Perfeito em ‘Frankenstein’

Vamos direto ao ponto! A entrada de Jacob Elordi como o Monstro de ‘Frankenstein’ gerou discussões, mas a verdade é que ele traz elementos únicos que se encaixam perfeitamente na narrativa e na estética de Guillermo del Toro. Prepare-se para se surpreender com as qualidades que fazem dele a escolha ideal.

1. A Fisicalidade Imponente e a Presença Marcante

Quando a Vanity Fair publicou uma prévia detalhada de ‘Frankenstein’ de Guillermo del Toro, as preocupações iniciais de muitos, incluindo as nossas, pareciam se confirmar. O diretor e o designer de maquiagem, Mike Hill, passaram nove meses projetando o Monstro com Andrew Garfield em mente. Para adaptar todo esse trabalho a Elordi, que é bem mais alto, eles tiveram apenas nove semanas. Um desafio e tanto!

No entanto, tanto Del Toro quanto Hill rapidamente perceberam algo crucial: a fisicalidade de Elordi é incrivelmente adequada para o Monstro de ‘Frankenstein’. Com seus 1,96m de altura (6’5″), ele possui uma presença física que é, ao mesmo tempo, imponente e desajeitada. Mike Hill, que descreveu Elordi como um “milagre que salvou o filme”, explicou de um jeito que nos fez entender tudo:

“O que Jacob tem é um pacote completo… O que me atraiu nele foi sua desengonçada e seus pulsos. Era essa soltura. Ele tem esses momentos realmente sombrios em que te observa com muita destreza, e suas pálpebras são baixas, com os cílios longos como Karloff. Eu pensei, ‘Não sei quem mais você conseguiria com uma fisicalidade como essa.’ Seu comportamento é inocente, mas está contido em um corpo de quase dois metros. Ele poderia realmente causar muito dano se quisesse ser um cara mau.”

Essa descrição é ouro! Se Garfield talvez exalasse emoção de forma mais explícita, a “alma melancólica” de Elordi nos puxa para dentro, convidando à contemplação. Ele tem a capacidade de parecer ao mesmo tempo frágil e ameaçador, uma dicotomia essencial para o Monstro. A altura e a estrutura de Elordi dão ao Monstro uma escala quase mítica, mas seus movimentos “desengonçados” e seu olhar “sombrío” trazem uma vulnerabilidade que é a marca registrada das criaturas de Del Toro.

Pense bem: o Monstro é uma figura trágica, criada de forma imperfeita e jogada em um mundo que não o compreende. A fisicalidade de Elordi, que consegue transmitir essa combinação de força bruta e inocência desamparada, é perfeita para essa dualidade. Ele tem a estatura de uma ameaça, mas o semblante de uma alma perdida, ecoando a performance icônica de Boris Karloff no ‘Frankenstein’ original de 1931, que também tinha um olhar melancólico e profundo.

2. A “Alma Melancólica” e a Nova Dualidade com Victor

Se Andrew Garfield traria uma emoção mais aberta e talvez até um desespero mais visível, Jacob Elordi, com sua “alma melancólica”, promete uma abordagem mais introspectiva e enigmática para o Monstro de ‘Frankenstein’. Essa qualidade é algo que vemos em muitos dos papéis dramáticos de Oscar Isaac, que interpreta Victor Frankenstein. Essa combinação pode criar uma nova e fascinante dualidade entre criador e criatura.

Imagine só: um Victor atormentado por sua criação, e um Monstro que expressa sua dor e confusão através de uma introspecção profunda, quase silenciosa. Essa dinâmica pode ser ainda mais potente, pois ambos os personagens, à sua maneira, carregam um peso existencial. A melancolia de Elordi pode espelhar o tormento de Isaac, criando uma conexão sutil, mas poderosa, que vai além das palavras.

Del Toro é conhecido por explorar a beleza na tristeza e a complexidade nas emoções. A escolha de Elordi, com sua capacidade de transmitir profundidade sem necessariamente ser exuberante, pode aprofundar a relação entre Victor e sua criação. É como se ambos estivessem presos em um labirinto de suas próprias dores, um reflexo do outro. Essa “sullen soulfulness” pode ser a chave para uma interpretação do Monstro que é ao mesmo tempo assustadora e profundamente comovente.

3. A Experiência Pessoal do Ator Refletindo a Jornada do Monstro

Essa é, talvez, a razão mais curiosa e potente pela qual Jacob Elordi pode ser o Monstro ideal. O Monstro de ‘Frankenstein’ é criado e se desenvolve rapidamente, jogado em um mundo que ele não está pronto para entender. Ele experimenta tudo de uma vez, sem tempo para processar ou se adaptar. E adivinha? A jornada de Elordi para assumir o papel foi, de certa forma, um espelho disso.

Ele chegou ao projeto de última hora, com um tempo extremamente limitado para se preparar e se adaptar ao papel. O próprio Elordi descreveu essa experiência de forma que ecoa a do Monstro:

“Porque eu cheguei tão tarde, tudo aconteceu ao mesmo tempo. Eu estava filmando enquanto via, enquanto entendia.”

Pense no impacto disso! Não é que um ator precise viver a experiência de seu personagem para dar uma grande performance, mas quando a vida imita a arte dessa forma, algo especial pode surgir. Elordi teve que mergulhar de cabeça, aprender no set, sentir a pressão do tempo e a urgência de dar vida a algo complexo sem o luxo de uma preparação prolongada. Essa vivência pode infundir sua interpretação do Monstro com uma autenticidade e uma crueza que seriam difíceis de replicar de outra forma.

Ele sentiu na pele a sensação de ser jogado em algo novo e avassalador, de ter que se adaptar em tempo recorde. Essa vulnerabilidade e esse processo de descoberta podem transparecer na tela, tornando o Monstro de Elordi ainda mais real e palpável. Essa sequência de eventos, embora inesperada, pode ter transformado Jacob Elordi na pessoa ideal para dar vida ao papel mais crítico em ‘Frankenstein’, adicionando uma camada extra de profundidade à sua performance.

O Futuro de ‘Frankenstein’ e a Expectativa Crescente

Ainda nos perguntaremos como seria o Monstro de Andrew Garfield, é verdade. Mas, ao que tudo indica, a reviravolta no elenco de ‘Frankenstein’ pode ter sido um golpe de sorte, especialmente para a visão única de Guillermo del Toro. Jacob Elordi traz uma combinação rara de fisicalidade imponente, uma alma melancólica e uma experiência de bastidores que se alinha de forma surpreendente com a própria natureza da Criatura.

Essa adaptação de ‘Frankenstein’ tem tudo para ser um marco, um filme que vai além do terror e explora a complexidade da condição humana através dos olhos de um Monstro. Com Elordi no papel principal, a promessa é de uma performance que será ao mesmo tempo assustadora e profundamente comovente, exatamente como Del Toro gosta de fazer.

Estamos super ansiosos para ver essa versão de ‘Frankenstein’ nas telas. E você, o que achou dessa análise? Acredita que Jacob Elordi vai arrasar como o Monstro? Compartilhe sua opinião nos comentários e vamos continuar essa conversa sobre cinema que a gente tanto ama!

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Perguntas Frequentes sobre Jacob Elordi em ‘Frankenstein’

Por que Jacob Elordi é considerado o Monstro perfeito na versão de Guillermo del Toro?

Jacob Elordi é visto como ideal devido à sua fisicalidade imponente (1,96m), sua capacidade de transmitir uma “alma melancólica” e sua experiência pessoal de ter que se adaptar rapidamente ao papel, o que espelha a jornada da Criatura.

Quem foi o ator inicialmente escalado para o Monstro de ‘Frankenstein’ e por que ele saiu?

Andrew Garfield foi o ator inicialmente escalado para o papel do Monstro. Ele teve que se afastar do projeto devido a conflitos de agenda causados pelas greves de Hollywood da WGA e SAG-AFTRA em 2023.

Qual a abordagem de Guillermo del Toro para os monstros em seus filmes, incluindo ‘Frankenstein’?

Guillermo del Toro é conhecido por humanizar seus monstros, explorando suas complexidades, medos e esperanças, e fazendo com que o público sinta empatia por essas figuras marginalizadas. Ele busca a profundidade e a humanidade, não apenas o aspecto assustador.

Como a fisicalidade de Jacob Elordi contribui para o papel do Monstro?

Com 1,96m de altura, Elordi possui uma presença física imponente e desajeitada. Sua estatura, combinada com movimentos “desengonçados” e um olhar “sombrío”, transmite a dualidade de força bruta e vulnerabilidade essencial para o personagem.

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Marina Souza
Marina Souza
Oi! Eu sou a Marina, redatora aqui do Cinepoca. Desde os tempos de criança, quando as tardes eram preenchidas por maratonas de clássicos da Disney em VHS e as noites por filmes de terror que me faziam espiar por entre os dedos, o cinema se tornou um portal para incontáveis realidades. Não importa o gênero, o que sempre me atraiu foi a capacidade de um filme de transportar, provocar e, acima de tudo, contar algo.No Cinepoca, busco compartilhar essa paixão, destrinchando o que há de mais interessante no cinema, seja um blockbuster que domina as bilheterias ou um filme independente que mal chegou aos circuitos.Minhas expertises são vastas, mas tenho um carinho especial por filmes que exploram a complexidade da mente humana, como os suspenses psicológicos que te prendem do início ao fim. Meu objetivo é te levar em uma viagem cinematográfica, apresentando filmes que talvez você nunca tenha visto, mas que definitivamente merecem sua atenção.

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