3 motivos para ‘The Last of Us’ 2 ter despencado no Rotten Tomatoes

A segunda temporada de ‘The Last of Us’ gerou grande controvérsia, com uma queda drástica nas notas do público no Rotten Tomatoes, contrastando com a aclamação da crítica. Fatores como a polêmica morte de Joel, as liberdades criativas na adaptação e a natureza já divisiva do jogo original ‘The Last of Us Part II’ explicam por que a recepção de The Last of Us Rotten Tomatoes se tornou tão polarizada, levantando questões sobre o futuro da série.

Se você, assim como a gente aqui no Cinepoca, ficou chocado com a diferença nas notas de ‘The Last of Us’ entre a primeira e a segunda temporada no Rotten Tomatoes, você não está sozinho! A série, que conquistou corações na sua estreia, viu a recepção do público despencar drasticamente, e a gente foi investigar o que rolou para entender por que The Last of Us Rotten Tomatoes se tornou um campo de batalha de opiniões.

O Grande Divisor de Águas: Entendendo as Notas de ‘The Last of Us’ no Rotten Tomatoes

Lembra daquele clima de unanimidade que a primeira temporada de ‘The Last of Us’ gerou? Críticos e público pareciam em sintonia, com a série atingindo a impressionante marca de 96% de aprovação dos críticos e 86% da audiência no Rotten Tomatoes. Era quase um consenso: um verdadeiro fenômeno que honrava o jogo original e entregava uma história emocionante e visceral. Mas, aí veio a segunda temporada, e o cenário mudou completamente.

Os críticos, para a surpresa de muitos, continuaram elogiando. A segunda temporada manteve uma pontuação alta de 94% entre eles, sendo descrita como uma “expansão desafiadora que mantém as performances soberbas e a verossimilhança de sua antecessora”. O choque veio do lado do público. A nota da audiência desabou para um alarmante 39%! Isso representa uma queda de quase 50% em relação à primeira temporada, um abismo de opiniões que deixou muita gente coçando a cabeça.

É uma diferença gigantesca, que mostra que a experiência do público foi bem diferente daquela dos especialistas. Mas o que exatamente provocou essa reviravolta tão drástica? Não foi um simples descontentamento; parece que algo fundamental na série não ressoou com a base de fãs que a abraçou no começo.

A Queda Livre: O Momento Crucial que Abatou os Fãs

A verdade é que essa queda nas avaliações não aconteceu de uma vez só. Foi um processo gradual, que começou a ganhar força logo nos primeiros episódios. A abertura da segunda temporada até que começou com um respeitável 74% de aprovação do público. Mas a montanha-russa de emoções, e de notas, estava apenas começando.

O ponto de virada, que parece ter sido o grande catalisador para a insatisfação do público, veio no segundo episódio. A morte brutal de Joel (Pedro Pascal), um dos protagonistas mais queridos e a alma da primeira temporada, foi um golpe duríssimo. A nota da audiência despencou para 55% logo após esse evento. A partir daí, a tendência de queda se manteve, e no quinto episódio, a série já estava com 41% de aprovação, bem perto do seu piso atual.

Mesmo com aparições de Joel em flashbacks, a ausência do personagem principal foi sentida e parece ter sido o maior motor das críticas negativas. Para muitos, a série perdeu um de seus pilares mais fortes, e a conexão emocional estabelecida na primeira temporada se rompeu. A sensação era de que um dos corações da história havia sido arrancado logo no início, e o público não conseguiu se reconectar com o que restou.

Liberdades Criativas: Quando a Adaptação Desvia o Caminho

Outro ponto que gerou muita controvérsia e afastou parte do público foi a maneira como a segunda temporada adaptou o jogo ‘The Last of Us Part II’. Embora alguns tenham achado a adaptação fiel, muitos fãs do game sentiram que a série tomou liberdades criativas demais, especialmente na caracterização de personagens e em momentos-chave da trama.

A personalidade de Ellie (Bella Ramsey), por exemplo, foi um tópico quente. Enquanto no jogo ela se torna uma figura mais sombria e obcecada por vingança, a série a retratou de forma um pouco mais “leve” e menos implacável em certos momentos. Uma frase como “Ellie’s dad” no episódio 4, por exemplo, pareceu suavizar a intensidade da sua relação com Joel e sua subsequente jornada de luto e raiva, algo que não passou despercebido pelos olhares mais atentos dos fãs do material original.

Momentos como o flashback entre Ellie e Joel na varanda, no episódio 6, também foram vistos por alguns como uma tentativa de “suavizar” a ambiguidade moral e a brutalidade que são marcas registradas do game. Para quem esperava a mesma crueza e complexidade emocional do jogo, essas mudanças podem ter gerado uma sensação de “alívio de soco”, onde a série evitou ir tão fundo quanto o material fonte em seus temas mais perturbadores. É claro que, em qualquer adaptação, há sempre um debate sobre fidelidade, mas, no caso de ‘The Last of Us’, essas alterações parecem ter impactado diretamente a conexão do público.

A Maldição da Expectativa: Por Que ‘The Last of Us Part II’ Já Era Polêmico?

Talvez a razão mais profunda para a divisibilidade da segunda temporada de ‘The Last of Us’ seja o fato de que a história original, ‘The Last of Us Part II’, já era incrivelmente polêmica entre os jogadores. O game, lançado em 2020, dividiu a base de fãs ao meio, e a série herdou essa complexidade.

O cerne da controvérsia no jogo é o mesmo que na série: a morte chocante de Joel e a decisão narrativa de fazer os jogadores (e agora os espectadores) empatizarem com Abby, a assassina dele. Joel era um personagem amado, e sua saída brutal no início da narrativa foi um choque para muitos. Independentemente de quão bem a história de Abby seja contada, sempre haverá uma parcela do público que simplesmente não consegue perdoá-la pelo que fez.

A série se viu em uma sinuca de bico: adaptar fielmente um jogo que já era controverso ou fazer mudanças para tentar agradar quem não gostou do original? Ao tentar um meio-termo, ‘The Last of Us’ acabou por desagradar a ambos os lados em certos aspectos. Os fãs mais fervorosos do jogo podem ter se sentido traídos pelas mudanças, enquanto aqueles que não gostaram do game original podem ter se deparado novamente com os mesmos pontos de atrito, especialmente a morte de Joel e a transição de perspectiva para Abby. É um desafio e tanto tentar agradar a todos quando o material de origem já é tão polarizador.

O Futuro em Jogo: O Que as Notas Significam para a 3ª Temporada?

Com toda essa turbulência em torno das notas de The Last of Us Rotten Tomatoes para a segunda temporada, fica a pergunta: o que isso significa para o futuro da série, especialmente para a tão aguardada terceira temporada? A verdade é que, no final das contas, as notas do Rotten Tomatoes provavelmente não vão alterar drasticamente os planos da HBO para ‘The Last of Us’.

A terceira temporada deve se aprofundar ainda mais na história de Abby, explorando sua perspectiva e os eventos que a levaram até ali. Grande parte do enredo já está definida, e não é provável que a HBO faça mudanças massivas em algo que já está tão intrinsecamente ligado ao material original. A visão de Abby, sem dúvida, oferecerá uma nova camada de interpretação aos acontecimentos, mas uma correção de curso radical parece improvável, a menos que optem por uma abordagem no estilo ‘Rashomon’, onde os mesmos eventos são contados de múltiplas perspectivas de forma bem distinta.

No entanto, a pressão dos fãs pode ter um impacto sutil. A HBO pode considerar as críticas sobre as mudanças em relação a ‘The Last of Us Part II’ e buscar uma adaptação mais fiel na terceira temporada. Ou, quem sabe, podem tentar tornar Abby ainda mais cativante e empática, suavizando a resistência do público em seguir a jornada da personagem que tirou a vida de Joel. É cedo para dizer com certeza, mas é possível que ‘The Last of Us’ escute seus espectadores a longo prazo, buscando reequilibrar a balança entre fidelidade e atração de novos públicos.

A segunda temporada de ‘The Last of Us’ certamente gerou um debate acalorado, com a queda nas notas do público no Rotten Tomatoes sendo um reflexo claro dessa polarização. Desde a polêmica morte de Joel até as liberdades criativas tomadas na adaptação, passando pela natureza já divisiva do jogo original, diversos fatores contribuíram para que a série se afastasse de parte de sua base de fãs. Resta saber como a HBO e a equipe de produção vão lidar com essa recepção para a terceira temporada, e se conseguirão reconquistar a confiança do público que se sentiu um pouco perdido no meio do caminho. Uma coisa é certa: a jornada de ‘The Last of Us’ continua sendo tão imprevisível quanto o mundo pós-apocalíptico que ela retrata.

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Perguntas Frequentes sobre as Notas de ‘The Last of Us’ no Rotten Tomatoes

Qual a principal diferença nas notas de ‘The Last of Us’ entre as temporadas no Rotten Tomatoes?

A primeira temporada teve alta aprovação de críticos (96%) e público (86%). A segunda manteve a aprovação dos críticos (94%), mas a nota da audiência despencou para 39%, mostrando um abismo de opiniões.

Qual evento crucial impactou negativamente a recepção da segunda temporada?

A morte brutal de Joel (Pedro Pascal) no segundo episódio foi o ponto de virada, causando uma queda significativa na nota do público e a desconexão de muitos fãs com a série.

As liberdades criativas da série afetaram a recepção?

Sim, muitos fãs do jogo ‘The Last of Us Part II’ sentiram que a série tomou liberdades demais na caracterização de personagens, como Ellie, e em momentos-chave da trama, o que gerou controvérsia e afastou parte do público.

Por que a história de ‘The Last of Us Part II’ já era polêmica?

O jogo original já dividia fãs devido à morte chocante de Joel e à decisão narrativa de fazer os jogadores empatizarem com Abby, sua assassina. A série herdou essa polêmica, desagradando a quem não aceitou a premissa no game.

A queda nas notas do Rotten Tomatoes afetará a 3ª temporada?

É improvável que altere drasticamente os planos da HBO, pois grande parte do enredo já está ligada ao material original. No entanto, a pressão dos fãs pode levar a equipe a buscar uma adaptação mais fiel ou tornar Abby mais empática para reconquistar o público.

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Lucas Lobinco
Lucas Lobinco
Sou o Lucas, e minha paixão pelo cinema começou com as aventuras épicas e os clássicos de ficção científica que moldaram minha infância. Para mim, cada filme é uma nova oportunidade de explorar mundos e ideias, uma janela para a criatividade humana. Minha jornada não foi nos bastidores da produção, mas sim na arte de desvendar as camadas de uma boa história e compartilhar essa descoberta. Sou movido pela curiosidade de entender o que torna um filme inesquecível, seja a complexidade de um personagem, a inovação visual ou a mensagem atemporal. No Cinepoca, meu foco é trazer uma perspectiva única, mergulhando fundo nos detalhes que fazem um filme valer a pena, e incentivando você a ver a sétima arte com novos olhos. Tenho um apreço especial por filmes de ação e aventura, com suas narrativas grandiosas e sequências de tirar o fôlego. A comédia de humor negro e os thrillers psicológicos também me atraem, pela forma como subvertem expectativas e exploram o lado mais sombrio da psique humana. Além disso, estou sempre atento às novas vozes e tendências que surgem na indústria, buscando os próximos grandes talentos e as histórias que definirão o futuro do cinema.

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