3 Motivos para ‘Mortal Thor’ ser melhor que o Thor humano do MCU

Descubra por que a saga do Mortal Thor nos quadrinhos, onde o Deus do Trovão perde completamente sua divindade e memória mitológica, oferece uma exploração mais profunda e autêntica da condição humana e do desenvolvimento de personagem do que a versão “humana” vista no MCU. Entenda as diferenças cruciais e como essa abordagem dos quadrinhos poderia inspirar um final digno para o Thor de Chris Hemsworth.

E aí, galera do cinema! Se você é fã do Deus do Trovão e sempre sonhou em vê-lo numa jornada mais profunda e humana, prepare-se, porque hoje vamos mergulhar no universo dos quadrinhos para entender por que o Mortal Thor oferece uma experiência muito mais rica e emocionante do que a versão que vimos no MCU. Vem com a gente desvendar essa história que promete reviravoltas e muita reflexão!

A Queda do Deus: Quadrinhos vs. MCU no Limite

A Queda do Deus: Quadrinhos vs. MCU no Limite

O Thor que conhecemos é um ser imortal, um deus que já viveu incontáveis vidas e aventuras. Mas, tanto nos quadrinhos quanto no cinema, ele já encarou momentos em que sua divindade foi posta à prova. A diferença, meus amigos, está na profundidade e no impacto dessas provações.

Nos quadrinhos, a história de Thor dá uma guinada radical em ‘The Immortal Thor’, de Al Ewing. Depois de ser morto por Loki – sim, você leu certo, MORTO! – o Deus do Trovão passa por uma espécie de renascimento. Ele volta à vida como o mortal Sigurd Jarlson em ‘The Mortal Thor’. E a parada é séria: como Sigurd, Thor não só perde seus poderes, como também sua lenda e toda a mitologia nórdica simplesmente deixaram de existir para os humanos.

Pense bem: é como se ele nunca tivesse existido. Ninguém se lembra de Asgard, dos Vingadores, ou mesmo da própria ideia de um Deus do Trovão. Essa é uma tela em branco completa, uma chance de reconstruir tudo do zero, mas com a desvantagem de não ter absolutamente nada do seu passado divino para se apoiar. É um banho de água fria na imortalidade e no ego de qualquer deus, não acham?

Agora, vamos para o MCU. O Thor de Chris Hemsworth também passa por momentos superdifíceis, especialmente após ‘Vingadores: Guerra Infinita’. Ele perdeu Asgard, seus pais, Loki, e falhou em impedir Thanos de estalar os dedos. Em ‘Vingadores: Ultimato’, vemos um Thor desolado, que “pendura” o Rompe-Tormentas e se entrega à cerveja e aos videogames. Ele escolhe viver como um mortal na Terra, mas a verdade é que ele ainda tem seus poderes, sua arma e, o mais importante, seus amigos Vingadores por perto. Mesmo deprimido, ele sabe quem ele é e de onde veio.

Apesar de toda a dor, o Thor do MCU nunca esteve realmente “zerado” no sentido de ter sua própria existência e memória apagadas do mundo. Ele ainda era o Deus do Trovão, mesmo que estivesse fora de forma e desmotivado. A jornada de Sigurd Jarlson, por outro lado, é um mergulho em um abismo muito mais profundo de anonimato e perda total. É uma diferença crucial que molda a intensidade de suas respectivas jornadas humanas.

O Desafio de Ser Humano: Por Que o Mortal Thor dos Quadrinhos Vence

Quando falamos sobre a experiência de ser humano, o Mortal Thor dos quadrinhos eleva o sarrafo a um nível que o MCU simplesmente não alcançou. Como Sigurd Jarlson, Thor está completamente desprovido de tudo que o define como deus. Não há Mjolnir, nem Rompe-Tormentas, nem tempestades para convocar. Ele não pode sequer pedir ajuda a Asgard, porque, para os humanos, Asgard não existe. E o mais chocante: ele não pode recorrer aos Vingadores, pois o próprio Thor nunca existiu no imaginário popular.

Imagine a solidão e a impotência de um deus que, de repente, é apenas mais um entre bilhões, sem memória coletiva de sua glória passada. Sigurd Jarlson precisa se virar com o que tem: sua resiliência e, talvez, um martelo comum para enfrentar os desafios. Ele é um herói “do zero”, construindo seu caminho e sua reputação sem um pingo de poder divino ou reconhecimento de sua antiga vida. Essa é uma jornada de autodescoberta autêntica, onde cada pequena vitória é conquistada com suor e pura força de vontade, não com um raio.

No MCU, a experiência “mortal” de Thor é bem diferente. Durante o salto temporal de cinco anos em ‘Vingadores: Ultimato’, vemos um vislumbre de seu estilo de vida, mas a maior parte de sua “vida mortal” acontece fora das telas. E quando os Vingadores precisam dele, ele simplesmente volta à ação, ainda com seus poderes (embora um pouco enferrujados) e sua arma poderosa. Ele é o “Thor gordo”, sim, mas ainda é o Thor. Grande parte do seu tempo de tela nessa fase foi usada para alívio cômico, o que, convenhamos, tirou um pouco da seriedade e do impacto de sua dor.

A trama do MCU não explora a fundo a dificuldade de ser um deus destituído. Thor ainda tinha sua identidade, seu status (mesmo que relutante) e seus recursos. Sigurd Jarlson, por outro lado, é um completo anônimo, um mortal sem conexões com seu passado divino. Ele precisa, literalmente, se “fazer um nome” novamente, sem atalhos ou privilégios divinos. É uma luta contra o esquecimento e pela redescoberta de quem ele é em sua essência, antes mesmo de pensar em recuperar seus poderes divinos ou a memória da mitologia nórdica na Terra.

Essa abordagem dos quadrinhos permite uma exploração muito mais profunda do que significa ser um herói, mesmo sem poderes, e da importância da lenda e da crença na construção da identidade. É uma história de resiliência pura, que nos faz torcer por Sigurd Jarlson de uma forma que o “Fat Thor” do MCU, infelizmente, não conseguiu provocar com a mesma intensidade.

Desenvolvimento de Personagem: Uma Jornada Completa, Não uma Montagem Rápida

Desenvolvimento de Personagem: Uma Jornada Completa, Não uma Montagem Rápida

Um dos pontos mais frustrantes para muitos fãs do Thor no MCU foi a forma como sua jornada de superação e transformação foi tratada. Em ‘Vingadores: Ultimato’, vemos Thor em seu ponto mais baixo, mas sua recuperação e retorno à forma acontecem, em grande parte, fora das telas ou de forma muito apressada. E quando ele reaparece em ‘Thor: Amor e Trovão’, parece que o personagem regrediu, voltando a ser o deus arrogante e um tanto imaturo que conhecemos no primeiro filme ‘Thor’.

A transição de um Thor deprimido e “fora de forma” para um Thor “sarado” e confiante em ‘Thor: Amor e Trovão’ é mostrada em uma montagem rápida, quase como um “piscar de olhos”. Isso minimiza o impacto da sua jornada e faz com que momentos cruciais de seu crescimento pessoal sejam apenas um detalhe. É como se os roteiristas tivessem pulado os capítulos mais importantes de um livro, entregando apenas o começo e o fim sem o desenvolvimento do meio. Onde está a luta, a terapia, o esforço para se reerguer? Tudo isso foi deixado para a imaginação do público.

Nos quadrinhos, a história de Thor como Sigurd Jarlson em ‘The Mortal Thor’ é pensada para ser uma jornada longa e ininterrupta. Ela se conecta diretamente com os eventos de ‘The Immortal Thor’ e, provavelmente, com o que virá depois. Isso significa que teremos tempo de sobra para ver Sigurd Jarlson lutar, errar, aprender e, eventualmente, reconquistar sua divindade e restaurar a memória da mitologia nórdica na Terra. Cada passo, cada desafio, cada pequena vitória será explorada com a profundidade que um arco de personagem tão significativo merece.

Essa abordagem permite que o desenvolvimento do personagem seja orgânico e crível. Não é uma recuperação mágica ou uma mudança de personalidade de uma hora para outra. É um processo gradual, que mostra a verdadeira essência do herói emergindo da adversidade. O Mortal Thor dos quadrinhos promete nos entregar um Thor que realmente evolui, que aprende com suas perdas e que se torna um ser melhor e mais consciente de seu lugar no universo, tanto como deus quanto como “humano”.

É uma pena que o MCU tenha desperdiçado a oportunidade de aprofundar a jornada de Thor. Imagina ver cada etapa da sua recuperação, cada reflexão sobre sua identidade e seu propósito. Os quadrinhos nos dão essa chance, oferecendo uma narrativa que valoriza o processo de transformação, e não apenas o resultado final. É uma lição de paciência e de como as grandes mudanças levam tempo para acontecer de forma significativa.

Um Final Digno: Como o Mortal Thor Poderia Inspirar o Futuro do MCU

A história de Sigurd Jarlson em ‘The Mortal Thor’ nos quadrinhos não é apenas uma aventura emocionante, mas também uma ideia poderosa que poderia inspirar um final perfeito para o Thor de Chris Hemsworth no MCU. Ao invés de uma morte heroica (que já vimos com ‘Homem de Ferro’) ou uma aposentadoria “normal” que não soaria crível para um deus, o Thor do MCU poderia encerrar seu arco de forma voluntária, renunciando à sua divindade e abraçando a vida como um ser humano.

Pense comigo: essa seria a conclusão ideal para a jornada que começou lá em 2011, com o primeiro filme ‘Thor’. Naquela época, ele foi banido para a Terra como punição. Agora, ele poderia escolher a mortalidade não como um castigo, mas como uma recompensa, uma vida de paz e propósito que ele finalmente conquistou. Seria uma virada de 180 graus, mostrando um Thor que aprendeu a valorizar a humanidade acima de tudo, inclusive de seu próprio poder divino.

Essa escolha não só traria um fechamento significativo para o personagem, mas também poderia “corrigir” algumas das escolhas questionáveis de ‘Thor: Amor e Trovão’, que, como mencionamos, pareciam regredir o personagem para uma imaturidade antiga. Retornar à Terra como um mortal permitiria a Thor se reconectar com a humanidade que ele descobriu pela primeira vez ao lado de Jane Foster. Desta vez, escolher a mortalidade não o enfraqueceria, mas sim o fortaleceria, mostrando que há mais significado em ser vulnerável e autêntico do que em ser um rei imortal.

Seria um final que ressoa com a ideia de que a verdadeira força não reside nos poderes, mas na capacidade de amar, de se importar e de viver uma vida plena, mesmo sem raios e martelos mágicos. O arco de Sigurd Jarlson nos quadrinhos nos mostra que essa transição não é fácil, mas é incrivelmente recompensadora em termos de desenvolvimento de personagem. E é essa riqueza que o MCU poderia (e deveria) explorar para dar ao seu Thor o adeus que ele realmente merece.

Imagine o impacto de ver Thor, o Deus do Trovão, finalmente encontrar a paz e a felicidade em uma vida simples, depois de milênios de batalhas e perdas. Seria um testemunho poderoso de seu crescimento e uma mensagem inspiradora para todos nós. A história do Mortal Thor nos quadrinhos é um blueprint para um final lendário, que transcende a mera ação e nos entrega uma profunda reflexão sobre identidade e propósito.

E aí, o que vocês acham? Será que o MCU deveria se inspirar mais nos quadrinhos para o futuro do Thor? A gente aqui do Cinepoca acha que sim!

Para ficar por dentro de tudo que acontece no universo dos filmes, séries e streamings, acompanhe o Cinepoca também pelo Facebook e Instagram!

Perguntas Frequentes sobre Mortal Thor

Quem é o Mortal Thor nos quadrinhos?

O Mortal Thor é a versão de Thor que, após ser morto por Loki em ‘The Immortal Thor’, renasce como o mortal Sigurd Jarlson. Ele não apenas perde seus poderes, mas também toda a memória da mitologia nórdica e sua própria lenda são apagadas da consciência humana.

Qual a principal diferença entre o Mortal Thor dos quadrinhos e o Thor “humano” do MCU?

A principal diferença reside na profundidade da perda. Enquanto o Thor do MCU (pós-‘Guerra Infinita’) ainda mantinha seus poderes, sua arma e a memória de sua identidade e amigos, o Mortal Thor dos quadrinhos (Sigurd Jarlson) perde tudo: poderes, lenda, memória coletiva de sua existência e conexões com Asgard ou os Vingadores.

Por que a jornada do Mortal Thor dos quadrinhos é considerada mais rica em desenvolvimento de personagem?

A jornada do Mortal Thor é mais rica porque ele precisa se reconstruir do zero, sem atalhos divinos ou reconhecimento prévio. Cada vitória é conquistada por resiliência e força de vontade, permitindo um desenvolvimento orgânico e crível que explora o que significa ser um herói mesmo sem poderes, ao contrário das transições mais rápidas e com foco cômico do MCU.

Em qual série de quadrinhos o conceito de Mortal Thor é explorado?

O conceito é explorado na série ‘The Immortal Thor’, de Al Ewing, onde Thor é morto por Loki e, posteriormente, renasce como o mortal Sigurd Jarlson em um arco conhecido como ‘The Mortal Thor’.

Como o conceito de Mortal Thor poderia ser aplicado no final do Thor do MCU?

Ao invés de uma morte ou aposentadoria convencional, o Thor do MCU poderia voluntariamente renunciar à sua divindade e abraçar a mortalidade como uma recompensa e uma escolha consciente. Isso traria um fechamento significativo para seu arco, mostrando um Thor que valoriza a humanidade e encontra paz em uma vida simples, consolidando seu crescimento pessoal.

Mais lidas

Marina Souza
Marina Souza
Oi! Eu sou a Marina, redatora aqui do Cinepoca. Desde os tempos de criança, quando as tardes eram preenchidas por maratonas de clássicos da Disney em VHS e as noites por filmes de terror que me faziam espiar por entre os dedos, o cinema se tornou um portal para incontáveis realidades. Não importa o gênero, o que sempre me atraiu foi a capacidade de um filme de transportar, provocar e, acima de tudo, contar algo.No Cinepoca, busco compartilhar essa paixão, destrinchando o que há de mais interessante no cinema, seja um blockbuster que domina as bilheterias ou um filme independente que mal chegou aos circuitos.Minhas expertises são vastas, mas tenho um carinho especial por filmes que exploram a complexidade da mente humana, como os suspenses psicológicos que te prendem do início ao fim. Meu objetivo é te levar em uma viagem cinematográfica, apresentando filmes que talvez você nunca tenha visto, mas que definitivamente merecem sua atenção.

Veja também